Fanfics Brasil - Faça-me Sua (Parte 1) Aceita-me (RBD)

Fanfic: Aceita-me (RBD) | Tema: Rebelde, Romance, LGBT, Portinon


Capítulo: Faça-me Sua (Parte 1)

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Dulce Maria


Estava difícil me concentrar em qualquer lance daquele jogo.


Eu nunca perdia um jogo do Palmeiras, ainda mais um clássico como o que estava passando no telão daquele bar. Mas com a presença de Anahí estava tudo mais complicado.


Não simplesmente por ela ser ela, mas isso também contava muito. Ah, droga! O que eu estava pensando? Não era nada disso! Eu estava assim por tê-la magoado, ter brincado com seus sentimentos, achando que realmente gostava de buceta, quando na verdade eu gostava de... Homens? Olhei para Christopher atrás de mim, uma mão na minha cintura enquanto o olhar estava fixo no telão.


Engoli em seco e de repente não tive mais tanta certeza se era homem que eu realmente queria. Pelo menos não aquele homem, especificamente. Mas aquilo não queria dizer que eu gostava de mulheres, só que eu havia me decepcionado com Christopher.


Olhei novamente para Anahí que ainda não tinha desviado o intenso olhar. Eu poderia ser despida só com aquele olhar e uma parte minha queria, mas outra, a que dominava, repelia esse desejo.


Pensei sobre o beijo que eu havia tomado a iniciativa, dos lábios da garota nos meus, do movimento da sua língua na minha e como o seu beijo era delicioso. Nunca havia testado em qualquer outra garota antes, mas ela havia sido um bom começo. Eu só queria uma aventura e a garota poderia se apaixonar. Eu não poderia dar à ela mais do que uma noite, mais do que a casualidade. O que diria a minha família? Eu não aguentaria a rejeição do meu próprio pai.


Engoli em seco e bebi um gole da minha cerveja para espantar os pensamentos que alguns goles daquele líquido amarelo me causavam. Eu realmente estava considerando transar com uma garota?


Em algum momento, vi o incômodo de Anahí quanto aos seus pés estarem suspensos no ar já que o banco era alto demais. Em um ímpeto, estiquei meus próprios o pés e falei:


— Apoie aqui.


Um reflexo de sorriso surgiu nos seus lábios e ela apoiou seus pés ali, um sorriso tímido surgindo em seus lábios.


Só consegui quebrar aquela ligação com Anahí quando uma mão tocou meu ombro e eu me virei a tempo de ver uma antiga amiga de escola. Pulei do banco alto e abracei Angelique com toda a força possível. Ela fora minha melhor amiga durante muito tempo, mas a faculdade acabou por nos afastar. Depois dela, nunca mais confiei plenamente em alguém... Até a Anahí.


— Achei que tinha se mudado pra Curitiba. O que tá fazendo aqui? - Questionei, abrindo um enorme sorriso.


— Eliminei algumas matérias. - Deu de ombros. - Acabei o curso antes da hora.


Angel era inteligente apesar de ter a mesma disposição para sair com garotos como Maite, mostrando que uma coisa não anulava a outra.


— Então já posso cometer algumas infrações por aí que terei uma advogada pronta para me defender? - Ergui uma sobrancelha, dando um meio sorriso para a garota que já gargalhava.


— Vai com calma. Só não mate ninguém. - Pediu.


— Senti tanto sua falta. - Toquei suas mãos e a abracei de novo. - Venha, tem algumas pessoas que eu quero te apresentar. - Me virei imediatamente para Anahí e senti minhas pernas bambearem. Não era para eu apresentar Christopher primeiro? Ah, que se dane!


O que encontrei, ao invés de uma Anahí intensa, foi uma Anahí bem irritada. Franzi o cenho e continuei:


— Essa é Anahí, sua substituta. - Ela riu e deu um beijo no rosto de Anahí que retribuiu de mau gosto.


— Espero estar fazendo um bom trabalho.


Anahí deu um sorriso sem dentes e bebericou de sua cerveja. Angelique ficou um tanto sem graça e eu continuei a apresentar Maite e, por fim, Christopher.


— Vai morar em São Paulo agora? - Questionei, enquanto via os amigos dela chamando-a para a mesa.


— Estou no processo. - Apontou com o polegar na direção da mesa com os amigos e continuou: - Estamos pensando em abrir um escritório aqui.


— Você e seus amigos nerds? - Ri e ela assentiu. - Tenho certeza que vão ganhar muito. - Abracei-a para mim. - Agora vá, mas não suma.


— Pode deixar. Eu te ligo. - Piscou na minha direção e se afastou.


Me sentei nos bancos altos mais uma vez com um enorme sorriso, mas quando encontrei o olhar de Anahí me senti mais uma vez sendo julgada. Não abaixei a cabeça dessa vez, fiquei encarando-a em desafio. Não tinha o que temer.


 


Anahí Portilla


Peguei o meu copo e ingeri o resto do líquido ali, me levantando e pegando meus pertences. Me aproximei de Maite, que conversava com um garoto do nosso grupo animadamente.


— Maite. - Atrai sua atenção, vendo a garota se afastar para me atender de pronto. Minha expressão deveria estar pior do que eu imaginava. - Me empresta a chave do carro? Eu vou pra casa.


— Por que, amiga? - Disse com pesar, já erguendo as chaves na minha direção. Maite sabia que em uma situação na qual minha expressão se encontrava irritada era difícil me fazer voltar atrás.


— Depois eu falo. - Peguei as chaves e fui me afastando.


— Não me espere acordada! - Gritou por cima das pessoas e eu apenas ergui o polegar.


Quando atingi o carro estacionado, senti uma mão em meu ombro a qual eu repeli de imediato ao ver quem era.


— O que você quer, Dulce? - Perguntei, irritada.


— Você vai dirigir alcoolizada? - Ergueu uma sobrancelha. - Aliás, você sequer saber dirigir?


— Sei, só não tenho carta. - Dei de ombros.


Dulce revirou os olhos e riu, e eu quis bater naquela carinha linda que Deus deu à ela.


— Eu te levo em casa. - Ergueu a mão na minha direção para que eu entregasse as chaves.


— Por que se importa? - Franzi o cenho.


— Pode não parecer, mas eu gosto de você, Anahí. - Dulce encostou uma mão ao lado do meu corpo no carro de Maite.


— E o seu namorado? O que vai dizer à ele?


Em um movimento rápido, ela pegou as chaves da minha mão e abriu a porta do carro, me fazendo desencostar dali e chocar meu corpo contra o dela. Ia me desequilibrar e cair no chão se não fosse seu braço agarrando minha cintura com possessividade. Nossos rostos estavam tão próximos, mas eu tinha que ter a consciência de que ela havia me trocado e de que não era aquilo que queria, por isso desviei meu rosto e me afastei para o lado do passageiro.


Quando estávamos as duas dentro do carro com ele em movimento, Dulce continuou:


— Primeiro que ele não é meu namorado. Segundo que eu disse à ele que precisava pegar umas coisas na sua casa.


— Hm... E como vai voltar para o bar?


— Não sei. Peço um Uber ou táxi. - Deu de ombros.


Mais uma vez o silêncio reinou enquanto olhávamos apenas para a rua à nossa frente. Eu fiz questão de quebrá-lo mais uma vez:


— Por que ele não é o seu namorado? Não foi morar com ele para firmar o relacionamento?


Dulce respirou fundo e segurou o volante com força.


— Parece que ele não era tudo aquilo que eu imaginava. - Deu de ombros, estralando o pescoço de nervosismo.


— E agora?


Tive esperanças de que ela fosse falar que ia voltar para casa, que ia morar conosco mais uma vez, mas o que recebi foi o silêncio de alguém que não tinha nada resolvido. Pairavam no ar as decisões que poderiam mudar sua vida.


Quando chegamos ao apartamento, eu a vi esperar o elevador comigo e franzi o cenho na sua direção, sem entender a sua atitude.


— Onde você vai? Me colocar na cama? - Ironizei.


— Por mais que seja o seu maior desejo, eu só vou realmente pegar algo que eu esqueci. - Provocou.


— O quê? O bom senso? - Retruquei, entrando no elevador junto com ela.


— Você fica mais ridícula a cada dia, Anahí. - Dulce riu, abaixando a cabeça e se recostando na parede do elevador.


— Ah, que ótimo! Agora eu sou a ridícula! - Ergui as mãos no ar e as bati nas coxas, me aproximando da porta para sair em disparada assim que ela se abrisse. - Por que você não vai à merda?


Quando saí, Dulce acompanhou meus passos largos até a porta do apartamento.


— Por que você já está lá. - Dulce rebateu. - Aliás, que cena patética foi aquela com a Angelique no bar? Você te que melhorar essa cara de quem comeu e não gostou quando eu te apresento alguém.


— Você vai me apresentar para mais alguém por um acaso? - Questionei depois de fechar a porta e colocar as mãos na cintura. - Quem é essa Angelique, afinal de contas? Sou a "substituta" dela? - Fiz aspas no ar. - Vocês já se beijaram?


— É claro que não! - Riu, como se eu pensar aquilo fosse um completo absurdo. - Olha o que você tá falando, Anahí! Você foi a primeira garota que eu beijei e provavelmente vai ser a última depois dessa merda toda que tá me acontecendo.


— Ah, então me desculpe machucar os sentimentos da sua amiguinha. - Fiz um pequeno bico teatral.


— Melhor amiga. - Corrigiu.


— Não me importa! Volte pra sua vida hétero perfeita. - Tirei os sapatos e fui me afastando.


É claro que ouvi os passos de Dulce me acompanharem e então ela me puxou pelo braço.


— Chega dessa merda. Eu tô cansada disso. Cansada de pensar sobre isso.


Engoli em seco e olhei em seus olhos cheios de curiosidade, descendo para seus lábios avermelhados naturalmente e perdendo a fala por um momento. Esse tipo de reação que causávamos uma na outra ia acabar nos enlouquecendo.


— Então não pense.


E foi ali que eu a beijei, uma semana depois do nosso primeiro beijo. Foi no meio daquela sala que já havia se passado tanto, onde fizemos novas descobertas e estávamos a ponto de fazer mais uma.


Suas mãos bagunçavam meus cabelos enquanto as minhas se dirigiam para a sua cintura, colando nossos corpos. Seus lábios se moldavam aos meus com perfeição e nossas línguas dançavam em nossas bocas em sincronia. Andei com ela pela casa, puxando-a para o meu quarto, ficando parada aos pés da cama.


Brinquei com a barra da sua blusa, como se pedisse permissão e a vi afastar nossos lábios, me ajudando a tirar e ficando apenas com seu sutiã a mostra. Pensei por um momento se Christopher a obrigara a não usar top, mas não queria pensar sobre ele naquele momento. Eu só queria admirá-la em meio ao fio de luz que adentrava pelo corredor.


— Anahí. - Ela chamou a minha atenção e eu olhei em seus olhos. - Eu quero só uma noite.


Dei um meio sorriso e umedeci os lábios, assentindo.


— Depois a gente vê isso.


Sem deixar mais tempo para a garota falar, ataquei seus lábios mais uma vez. Dessa vez as minhas mãos se direcionaram aos seus seios, tocando-a por cima do sutiã, mas aquilo não era o suficiente. Foi por isso que eu desabotoei seu sutiã e libertei seus seios, levando os beijos por sua mandíbula, pescoço e descendo. Dulce cedia pouco a pouco, deixando o desconforto para trás e envolvendo as mãos nos meus cabelos quando eu toquei seu mamilo com os lábios. Uma lufada de ar saiu por entre seus lábios quando eu passei a rodear minha língua ali, roçando meus dentes e sugando em volta, e repetindo o processo no outro.


Quando me dei por satisfeita, agarrei sua cintura e a vi rir quando nos deitamos na cama. Leve daquele jeito, ela me deixava mais confiante e foi por isso que sentei em cima de seu corpo e tirei minha própria blusa, vendo sua expressão de espanto.


— Eu não...


— Shh, não vou te obrigar a fazer nada que você não queira. - Garanti, vendo sua expressão se suavizar.


Desci os beijos por seu corpo, tratando com especial atenção seu baixo ventre, vendo-a se contorcer e suspirar com o toque quente dos meus lábios ali. Abri com destreza sua calça e a deixei apenas com a calcinha que usava. Suas pernas se abriram em um movimento, deixando os joelhos flexionados e iniciei mais alguns beijos na parte interna da sua coxa, sentindo o gosto e a textura da sua pele. Eu sentia minha própria calcinha umedecer apenas de tê-la para mim.


Foi por cima da calcinha que eu beijei a sua buceta, sentindo-a úmida por mim, pelo meu toque e ouvi seu gemido em protesto, querendo sentir meus lábios sem a calcinha atrapalhando. Sorri com aquele pensamento e encontrei seus olhos intrigados nos meus.


Tirei a calcinha devagar e joguei-a de lado, voltando a me posicionar entre suas pernas. Abracei suas coxas e comecei lambendo a sua virilha, passando a língua entre os seus grandes lábios umedecidos. Dulce, que antes estava apoiada nos antebraços, havia deitado seu corpo na cama, querendo ser apenas sensações. E foi isso que eu dei à ela, um monte de sensações de prazer. Comecei sugando seu clítoris, ouvindo seu gemido e vendo uma de suas mãos se direcionarem ao seu seio. Sorri e soprei em sua buceta, passando a ponta da língua na sua entrada. Dulce se contorcia embaixo de mim, querendo sentir minha língua em seu ponto de prazer.


Enquanto brincava com a língua em seu clítoris, roçando os dentes vez ou outra, para então sugá-lo e repetir todo o processo, penetrei um dedo dentro de garota sentindo seu interior quente e úmido me receber. Passei a me movimentar, o dedo levemente curvado para tocar em seu ponto sensível.


A garota gemia, tocava os próprios seios e forçava meu rosto contra si, imersa em seu próprio prazer. Dulce atingiu seu ápice tão rápido e ter ela derramada em meus lábios foi o meu próprio ápice. Não deixei sobrar uma gosta sequer do seu prazer e me deitei ao seu lado, tão ofegante quanto ela.


Olhei na sua direção, ela completamente nua e extasiada. Com as costas da mão, acariciei seu rosto, vendo-a sorrindo como boba para mim.


— Eu preciso... - Dulce começava a se levantar para vir para cima de mim.


— Não precisa. - Abracei seu corpo para o meu, tendo ela deitada em meu peito. - Você vai fazer quando se sentir a vontade para fazer.


— Parece tão difícil. - Resmungou, dando um beijo em meu peito descoberto.


— É mais fácil do que você imagina. - Garanti, acariciando seus cabelos.


Priorizar o seu prazer e não exigir nada dela era um modo de demonstrar o que uma relação saudável significava, o que o amor significava.


Naquela noite, eu poderia garantir que dormi com o maior sorriso no rosto e que aquele sorriso era reflexo do dela.



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Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Dulce Maria Eu havia transado com a Anahí. Aquilo era considerado uma transa? Ah, eu sei lá como funcionava isso. Mas eu havia transado, para todos os efeitos. Foi aquela a primeira coisa que pensei ao abrir os olhos e me encontrar completamente despida e coberta pelo edredom da garota. Me enrolei mais nele, me encolhendo. Não surte agora, não ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • Gabiih Postado em 28/02/2019 - 14:15:26

    Que linda história , eu amei meus parabéns que bom que tudo acabou bem depois de tudo oque as duas passaram, final lindo e merecido parabéns!!!

    • GioviSouza Postado em 13/03/2019 - 11:38:24

      obrigada pelo carinho! <3

  • Gabiih Postado em 25/02/2019 - 16:27:31

    oi bom ainda estou lendo tudo, mas eu estou adorando posta mais!!!

    • GioviSouza Postado em 25/02/2019 - 16:31:06

      olá! seja bem vinda! ela já está completa. espero que goste!


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