Fanfics Brasil - Acaso Aceita-me (RBD)

Fanfic: Aceita-me (RBD) | Tema: Rebelde, Romance, LGBT, Portinon


Capítulo: Acaso

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Dulce Maria


Maite pediu reforços enquanto eu me trocava e com isso ela queria dizer que convidou Angelique para passar a tarde na nossa casa. A garota, mesmo com o convite de última hora, decidiu que seria bom curar a ressaca comigo e suas novas amigas.


Não sei ao certo de Maite mencionou o que havia acontecido, mas, se eu bem conhecia a Angel, não haveria nenhum comentário sobre isso a menos que o assunto surgisse, mas nunca por ela. Angelique costumava ter o jeito de uma mãe, cuidava muito dos seus amigos e muitas vezes acabava deixando de cuidar de si própria.


Depois de muita insistência para que eu almoçasse - me arrependeria se não o tivesse feito, porque a comida de Anahí era muito boa, em todos os sentidos -, as meninas arrumaram a mesa e eu ajudei a lavar a louça para me distrair. E funcionou muito bem.


Anahí jogou água em mim uma vez, dizendo que fora sem querer, mas sabia que ela só queria se fazer de santa. Passei o dedo no sabão de um dos muitos utensílios que ali estavam e passei em seu nariz, recebendo o olhar irritado dela.


— Ficou linda. Agora seu nariz vai ficar cheiroso. - Brinquei.


— Tá falando que meu nariz é fedido? - Ergueu uma sobrancelha, alcançando a manga da minha blusa e secando seu próprio nariz.


— Nunca disse isso. - Pressionei os lábios, contendo o riso e voltando a secar a louça que ela colocava no escorredor e guardando.


— Digam "xis", empregadinhas. - Ouvi a voz de Maite atrás de nós e o flash antes que pudéssemos nos virar.


— Maite, não gasta as fotos da polaroid tirando fotos da gente em casa, de costas e na cozinha. - Anahí reclamou.


— Mão de vaca. - Murmurou.


— Deixa eu ver como ficou. - Pedi, estendendo a mão pra foto que a garota abanava.


Estávamos eu e Anahí de costas, e até que tinha ficado boa.


— Você tem um bom faro pra arte. - Comentei.


— Eu sei, obrigada. - Sorriu, se debruçando sobre a bancada que separava a cozinha da sala de jantar. - Ainda vou acrescentar uma legenda deixando claro que vocês são minhas empregadas.


Me aproximei de Anahí e mostrei a foto.


— Ficou boa mesmo. Mas chega, criatura! - Anahí desligou a água da torneira e tomou o pano de minhas mãos, secando as suas próprias. - Vamos escolher um filme e fazer pipoca, Angelique deve estar chegando. - Anahí tinha desânimo na voz e eu me perguntei porquê.


— Vou fazer pipoca, porque sei que ela ama. - Disse, terminando de secar a louça.


— Eu vou guardar essa foto com muito amor. - Maite se afastou e então éramos eu e Anahí na cozinha.


Anahí se recostou na bancada e cruzou os braços, me olhando enquanto eu pegava a pipoca e colocava no micro-ondas. Engoli em seco e me virei para a garota que fazia um pequeno bico, parecendo morder a parte interna da boca para não falar o que gostaria.


Me aproximei dela e apoiei uma mão de cada lado de seu corpo, deixando nossos rostos próximos.


— O que foi? - Perguntei, colocando um fio que escapou de seu coque atrás da orelha.


— Nada. - Balançou a cabeça em negação para enfatizar a mentira.


— Pode falando, Anahí Portilla.


A garota bufou e desviou o olhar do meu, ponderando se deveria falar.


— Talvez eu esteja com ciúmes. - Murmurou.


— Ah Anahí, você tá de brincadeira, né? - Me afastei dela, levantando os braços no ar e batendo nas coxas. - Eu já disse que não tive nada com ela, você foi minha primeira, eu só trato meus amigos com um carinho excessivo.


— Eu sei, tá bom? Acha que eu não sei que eu confundi um pouco as coisas no início com você? - Anahí batia o pé direito no chão repetidas vezes, ainda com a pose defensiva.


— Você não entendeu errado. - Voltei a me aproximar, tocando seus cotovelos para que ela descruzasse os braços e foi o que ela fez, prestando a atenção no que eu tinha para dizer. - Eu me atrai por você desde o princípio. Era um sentimento novo e confuso para mim, mas eu estou aqui com você, não estou?


Anahí me olhava nos olhos enquanto eu entrelaçava nossos dedos, mas abaixou a cabeça e suspirou.


— Eu fui o começo. Pode ser que você queira experimentar novas bocas. - Deu de ombros. - Eu só tenho medo que estejamos indo rápido demais, que eu a perca no meio do caminho por algum erro bobo.


— Anahí... - Chamei e ela levantou o olhar. - Não vai me perder, tá bom? Eu sei que você tem esse medo por tudo o que já aconteceu com nós duas, mas eu vou te provar que eu não vou te deixar.


— Me desculpa pelo ciúmes possessivo. - Fez um pequeno bico e eu selei nossos lábios.


— Não se desculpe, mas me fale quando sentir que algo está errado, porque quanto mais você guardar para si, pior vai ser. - Coloquei uma das mãos em seu rosto e ela cobriu com a sua enquanto meu polegar a acariciava. - Você foi o acaso mais lindo que já me aconteceu.


Anahí abriu um enorme sorriso e colou nossos lábios em um beijo rápido, mas calmo. Eu queria mais, queria beijá-la por horas, mas sabia que, com Maite ali, seria impossível beijá-la mais do que cinco minutos sem querer levá-la pro quarto. E, claro, Angelique estava chegando para nos fazer uma visita.


Me afastei de Anahí para pegar a pipoca e colocar em um recipiente com sal enquanto Maite atendia a porta assim que a campainha tocou.


— O interfone tocou? - Anahí questionou, franzindo o cenho.


— Eu deixei a Angel liberada. - Maite informou, sorrindo e deixando a garota passar para nos cumprimentar.


Anahí cumprimentou minha amiga e eu umedeci os lábios que pareceram secos de repente, mesmo depois do recente beijo. Assim que abracei Angel, soube no exato momento que ela sabia do furacão de novos acontecimento em minha vida. Ela me agarrava nas roupas com tanto força que eu tive que me segurar para não derrubar algumas lágrimas.


— Eu tô aqui. - Ela sussurrou tão baixo que eu tive que fazer uma força para entender.


Assenti para ela e lhe sorri, estendendo a pipoca na sua direção com um enorme sorriso no rosto.


— Angel, você está encarregada de escolher o nosso filme.


 


 


 


Depois de muito procurar por filmes no Netflix, decidimos por A Escolha que era um filme do livro do Nicholas Sparks e todas concordamos que seria bom chorar. Maite fez um brigadeiro antes de colocarmos o filme e separou em dois pratos para que comêssemos livremente.


Deitei com a Anahí no tapete da sala enquanto Maite e Angel ficaram no sofá. Nos cobrimos e passamos a assistir o filme enquanto comíamos tudo o que havíamos feito para acompanhar o filme.


Em determinado momento eu senti o sono se apossando do meu corpo e me aconcheguei no peito de Anahí. A garota tinha a mão fria como gelo quando alcançou a minha calcinha e espalmou a mão na minha bunda. Resmunguei e olhei para ela, os olhos quase se fechando pelo sono.


— O que foi? - Sussurrou, selando nossos lábios.


— Nem pense nisso. - Murmurei.


— Pensar no que? - Anahí umedeceu os lábios e mordeu em seguida, tentando conter a expressão maliciosa.


— Você sabe o que. - Olhei pelo canto de olho para as garotas que estavam fixas no filme.


— Se você ficar quietinha, elas nem vão perceber.


Revirei os olhos e balancei a cabeça em negação.


— Você é impossível, sabia? - Deitei a cabeça em seu peito mais uma vez.


Eu não estava no clima. Na verdade, eu estava muito chateada com os último acontecimentos com Christopher, mas sabia que ela só queria me distrair e não tinha um jeito melhor de fazer aquilo do que me dando um pouco de prazer. A verdade é que depois de gozar, quase todo mundo saía por aí exibindo um sorriso maior que a boca. Era como se todos os nossos problemas escorressem por um só lugar, pelo menos por um momento.


Foi por isso que eu me desfiz de seu abraço e dobrei um dos joelhos embaixo da coberta. Pelo canto de olho vi o sorrio de Anahí enquanto sua mão adentrava na minha calcinha. Segurei em seu braço quando seu indicador começou a pirraçar meu clitóris e eu quase pedi para ela parar ou então eu ia gemer alto, mas mordi meu lábio e fingi estar concentrada em alguma cena daquele filme. Já não fazia mais ideia do que estava acontecendo, concentrada demais em não gemer ou suspirar alto.


Engoli em seco quando seus dedos escorregaram por entre meus lábios e eu tive que olhá-la, sentindo inveja da sua expressão apática. Tive curiosidade para saber se ela própria se tocava e, com a mão na sua barriga, procurei por seu braço livre. Ela me olhou com curiosidade quando eu cobri sua mão, que estava dentro da sua própria calcinha, com a minha própria mão. Não estava preparada ainda para tocá-la, não sabia como fazer, por isso tirei a mão dali, vendo que a curiosidade sobre o que eu tinha feito não deixava seus olhos.


Foi sem aviso prévio que ela mergulhou seus dedos em mim. Por instinto eu abri mais as pernas e engoli em seco, fechando os olhos com força enquanto me concentrava em não gemer. Contraí minhas paredes vaginais em volta de seus dedos, vendo ela dobrar levemente seus dedos para tocar no meu ponto sensível.


Eu queria gritar, queria morder algo, queria agarrar algo, mas não tinha muito o que fazer sem chamar a atenção das garotas. Anahí não parou seus movimentos e eu me aproximei dela em um momento oportuno do filme e que seria compreensível para as garotas se nos beijássemos, já que o casal principal iniciava uma transa.


Beijei os lábios de Anahí, o gemido sendo abafado enquanto ela não parava os seus movimentos. Sentia tremores passarem por meu corpo e tentava me conter, não fazer nenhum movimento brusco e aquilo só aumentava o meu tesão. Me derramei nos dedos de Anahí não muito tempo depois, aliviada e ofegante.


Descolei nossos lábios e me deitei no seu peito, sentindo ela tirar seus dedos de mim e parar de tocar a si própria para envolver os braços ao meu redor. Seus lábios tocaram meus cabelos e eu sorri contra sua pele, alcançando seu maxilar e beijando-a ali.


— Quando eu beijava a Anahí, ela não me tirava o fôlego assim. - Ouvi Maite comentar e mordi o lábio inferior, fechando os olhos com força e sentindo minhas bochechas corarem.


— Tá com ciúmes, Maite? - Anahí questionou, apoiando o queixo em minha cabeça para olhar a amiga.


— Inveja é uma definição mais apropriada.


Todas caímos na gargalhada e passamos a assistir o restante do filme em silêncio. Quando ele finalizou, Maite fungava e ninguém a acompanhava. Era a mais sensível do grupo sem dúvida alguma.


— Vocês são muito insensíveis. - Choramingou. - Eu até entendo a Anahí e a Dulce que são Capricórnio e Áries, mas e você? Qual seu signo, Angel?


Angelique umedeceu os próprios lábios e olhou para Maite, temendo pela reação da garota ao falar seu signo.


— Aquário.


— Eca, que nojo. Não quero mais ser amiga de nenhuma de vocês. - Maite se levantou, recolhendo a sujeira e levando para a cozinha.


— Você disse que amava o meu signo! - Gritei para ela.


— É uma situação de amor e ódio, tanto o seu quanto o da Anahí, mas Aquário eu odeio com todas as minhas forças. Vou ignorar esse fato sobre você e continuar te integrando ao grupo, OK Angel?


A garota assentiu, rindo em descrença.


— Você é o que pra ser doidinha assim? Sagitário?


— Bissexual? - Maite arrancou uma gargalhada de todas nós e voltou a se aproximar, com copos e uma garrafa de vinho. - Sou Libra. Você entende de signos?


— Bem pouco, mas adoraria aprender mais. - Confessou.


— Essa casa é um perfeito vale. - Anahí comentou enquanto Maite servia o vinho.


Sentamos de frente para as nossas amigas para que pudéssemos interagir melhor.


— Vale? - Questionei, franzindo o cenho.


— Esqueço que você é nova nisso, amor. - Revirou os olhos e explicou: - Vale porque temos nós duas que somos... Eu não sei ao certo o que você é, mas acredito que todas sejamos bissexuais.


— Entendi. Ainda bem que temos pelo menos uma hétero no grupo. - Apontei para Angelique que momentaneamente enrubesceu e mordeu o lábio inferior. - Ah, não me diga que...


— A faculdade me corrompeu, tá bom? Eu beijei sim umas garotas, mas nada de mais. - Deu de ombros, bebericando do vinho que lhe foi oferecido.


Peguei meu copo e dei uma grande golada, balançando a cabeça em negação.


— Esse mundo tá perdido. - Resmunguei, fazendo todas rirem.


Era bom ter amigas, era bom finalmente estar plenamente feliz, ter momentos como aqueles para guardar na memória e repeti-los. Era bom finalmente se sentir em casa.



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Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Quando eu pensei que estávamos livres de todos os problemas que podiam nos atingir, quando sequer me deixei levar pelo momento e aproveitei da felicidade que vinha acompanhada do amor correspondido, quando começava a caminhar nas nuvens, sofri uma queda brusca de lá do céu. O fim de semana reservado para as garotas visitarem seus familiares chego ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • Gabiih Postado em 28/02/2019 - 14:15:26

    Que linda história , eu amei meus parabéns que bom que tudo acabou bem depois de tudo oque as duas passaram, final lindo e merecido parabéns!!!

    • GioviSouza Postado em 13/03/2019 - 11:38:24

      obrigada pelo carinho! <3

  • Gabiih Postado em 25/02/2019 - 16:27:31

    oi bom ainda estou lendo tudo, mas eu estou adorando posta mais!!!

    • GioviSouza Postado em 25/02/2019 - 16:31:06

      olá! seja bem vinda! ela já está completa. espero que goste!


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