Fanfic: Aceita-me (RBD) | Tema: Rebelde, Romance, LGBT, Portinon

Era incrível como o amor funcionava. Em um momento você está extremamente irritada com a pessoa, quer matá-la, nunca mais olhar em sua cara, mas é só ela aparecer que a vontade, a saudade e o sentimento predominam sobre qualquer sentimento ruim que um dia você nutriu pela pessoa.

Eu estava completamente apaixonada por Dulce. Não, paixão era passageira, eu amaria aquela garota pelo resto da minha vida, mesmo que ela deixasse de me amar.

Nos sentamos na mesa para começar a comer e só então eu me dei conta:

— Não sabíamos que você viria, não compramos nada. - Olhei para ela, sentada ao meu lado, e toquei sua coxa torneada.

— Tudo bem, eu já comi no caminho. - Sorriu para mim, colocando a sua mão sobre a minha. - Maite estava me contando no caminho que vai se mudar. - Mudou de assunto, mas não deixando de roubar uma das minhas batatas.

Sabia que mesmo que tivesse comido no caminho, nenhuma batata seria desperdiçada por Dulce. Olhei de Maite para Dulce e ergui as sobrancelhas, não deixando de expandir meu sorriso - se é que aquilo era possível.

— Vocês estão de bem? - Questionei.

Maite olhou para Dulce e deu de ombros, minha namorada repetindo seu gesto.

— Um tempo longe fez bem. - Foi minha amiga quem respondeu.

— Eu fiquei triste dela ir e depois muito brava. - Dulce continuou, não querendo fugir do assunto Maite-está-indo-embora.

— Quando você não fica brava? - Maite a interrompeu.

— Cala a boquinha, Maite. - Dulce prosseguiu, nos fazendo rir.

Aquelas duas pareciam gato e rato, adoravam se provocar. Se eu não estivesse envolvida com Dulce, não duvidaria que Maite estivesse flertando com ela de algum jeito. Eu estava muito paranoica de ciúmes?

— Quando ela me contou que foi a Angel quem a persuadiu, quis ligar para ela na hora e xingar por achar que Maite está nos incomodando.

— E eu disse pra ela parar com isso, que eu tenho semancol e sei a hora de tirar meu cavalinho da chuva. - Maite finalizou, mordendo seu lanche e revirando os olhos, como se estivesse tendo um orgasmo dado pelo prazer de estar consumindo aquela comida.

Ri do seu ato e continuei a comer.

— Vamos sentir sua falta, Maite. - Dulce comentou e se virou para mim. - Essa casa não vai ser só gemido sem você.

Fiquei corada de imediato e nossa amiga primeiro cuspiu todo o refrigerante em cima de nós duas para depois gargalhar.

— Maite! - Berrei, me olhando completamente encharcada pelo refrigerante.

— Você é retardada, mano? - Dulce se levantou, limpando o rosto com o pano de prato que jazia em cima da mesa.

— Olha o que você fala! E não quer que eu ria que nem uma desgraçada depois? Presta atenção em mim da próxima, aí você vai ver se eu tô bebendo alguma coisa.

— Ah, me desculpa se eu estava tentando seduzir a minha namorada depois de quatro dias longe. - Dulce se afastou e eu pude ouvir a movimentação no banheiro.

Maite fez um pequeno bico enquanto eu guardava minha refeição para depois . Me aproximei dela e acariciei seus cabelos.

— Obrigada pelo banho não intencional que você vai me fazer tomar com a minha namorada. - Pisquei para ela, indo em direção ao banheiro.

— Ah droga! - Ouvi ela gritar e não pude evitar de rir.

Quando entrei no banheiro, Dulce pendurava a toalha limpa que havia deixado em casa e, quando se virou para fechar a porta, me encontrou com um sorriso malicioso nos lábios.

Dulce Maria

Eu sentia tanta falta de Anahí depois de todos os dias sem vê-la, sem tê-la comigo. A nossa despedida não fora o suficiente.

Apesar de não ficar com ninguém na viajem tenha levantado suspeitas, eu dei a desculpa de que precisava me focar nos jogos. Aquilo era bobeira, porque eu ia bêbada para um senhor caralho. Mas ninguém tinha nada a ver com a minha vida, por isso deixava perguntas sem responder. Eu contaria que estava namorando uma garota quando estivesse pronta para isso e as primeiras pessoas que deveriam saber disso eram meus pais.

Todos os meus problemas desapareciam quando um só sorriso brotava nos lábios da garota que eu amava. Aquele sorriso malicioso que fazia eu umedecer a minha calcinha de imediato. Mordi o lábio inferior e me aproximei dela, girando nossos corpos quando a envolvi com os braços, chutando a porta para que se fechasse.

— Tava com saudades. - Sussurrei contra seus lábios, roçando-os.

— Eu também. - Confessou, tirando minha blusa e deixando de lado. - Muitas.

Tomei seus lábios nos meus em um beijo cheio de saudade, digno de todo esse sentimento que eu nutria por ela. Descolamos nossos lábios apenas para nos desfazermos de nossas roupas e novamente estávamos enroscadas uma na outra.

Encostei seu corpo na parede fria e a senti estremecer, me fazendo rir de seu ato enquanto levava meus lábios para seu pescoço livre. Estiquei o braço e liguei o chuveiro, sentindo a água fria batendo em minhas costas, me fazendo ter a mesma reação da garota segundos antes. Lambi seu pescoço até o seu lóbulo e ali rocei os dentes, sugando para então distribuir beijos por seu maxilar.

Anahí parecia se deliciar com meu corpo, não havia uma parte dele que estivesse livre de seu toque. Suas mãos apertavam minha bunda enquanto eu passava a ponta da língua por seus lábios. Ela buscou por meus lábios com sede, mas eu neguei, chamando-a com o indicador para baixo d'água.

Nossos rostos e cabelos ficaram molhados e eu a ouvir rir, me fazendo acompanhar o som contagiante que saía de seus lábios. Roubei um beijo seu, sentindo a água participar daquele nosso momento único, descendo entre nossos corpos. Mordi seu lábio inferior e me afastei o mínimo para pegar a esponja e passar sabão o suficiente para fazer espuma. Enquanto isso sentia os lábios de Anahí beijarem o colo dos meus seios e deixei que ela alcançasse meus seios, mas não se demorou como eu achei que o faria. Olhando em meus olhos ela sugou o direito e levou os lábios até o esquerdo, mordiscando-o e brincando com a língua no mamilo duro.

Antes que seus beijos escorregassem por minha barriga, segurei seus cabelos pela nuca e trouxe seus lábios para os meus. Seu corpo empurrou o meu para que se chocasse contra o box e uma de suas mãos puxou minha perna para se entrelaçar em sua cintura. A mesma mão atrevida fez uma carícia gostosa de minha coxa até minha bunda, apertando minha carne mais uma vez e eu quase podia sentir seus dedos próximos do meu buraco tão apertado, mas tão sedento por seu toque. Eu não me esquecera do que ela fizera na cozinha no outro dia.

Finalizei nosso beijo chupando a sua língua e mordendo a ponta, apenas para empurrá-la de leva e tirar minha perna de seu quadril. Passei a esfregar a esponja no colo se seus seios, admirando o quanto ela era linda. Contornei um seio primeiro aplicando extremo cuidado, quase como se ela fosse quebrar, talvez sumir. Sem demora ensaboei o outro e quando finalizei apertei ambos os seios com devoção, selando nossos lábios enquanto descia a esponja por sua barriga.

Não antecipei aquele momento, apenas a virei de costas e passei a ensaboar ali, vendo seu olhar no meu por cima do ombro. Anahí mordia o lábio inferior e parecia envergonhada, mas não tinha porquê. Ela era tão linda! Apertei ambas as nádegas quando ali ensaboei e a vi se apoiar na parede fria à sua frente. Voltei a virá-la, olhando fundo nos seus olhos antes de dizer:

— Você é linda. A mulher mais linda que eu já conheci nessa vida. Nunca duvide disso, entendeu?

Anahí assentiu mais uma vez e eu antecipei seu movimento quando ela se aproximou para me beijar, por isso que eu tomei coragem e coloquei a esponja entre suas pernas e passei a lavar sua intimidade. A primeira reação da garota foi apoiar as mãos em meus ombros e arregalar os olhos em surpresa, o suspiro veio em seguida.

A verdade é que esse tempo todo eu dizia ser passiva, mas eu sempre tivera curiosidade para ver a minha garota tendo o prazer que ela merecia. Eu não achava justo com ela. Mas tinha que ir com calma e aquilo era o que eu faria: a tocaria por cima daquele objeto, a veria morder os lábios enquanto se impressionaria com a minha iniciativa. Anahí nunca me forçara a nada e era por isso que aquela atitude a deixava maravilhada.

Quando me dei por satisfeita, passei a ensaboar a mim, mas ela me impediu e repetiu cada gesto meu. Terminamos o nosso banho sem que houvesse sexo - não que eu não gostasse, eu amava transar com Anahí em qualquer cômodo daquela casa, mas a nossa cama era nosso santuário e precisava de uma reestreia depois de tanto tempo longe.

Nos enrolamos nas toalhas e fomos aos beijos - ou aos tropeços - até o quarto, não nos importando com a presença de Maite. Àquela altura a garota já devia ter se trancado no quarto com o Netflix no último volume. Mesmo assim fechamos a porta, deixando o quarto no completo breu, apenas a luz da lua e da rua iluminando o ambiente.

Puxei a toalha de Anahí e mais uma vez admirei seu corpo úmido e mal seco, e deixei que a minha própria toalha caísse. A garota se aproximou os poucos passos que nos separavam e acariciou meu rosto, colocando o cabelo molhado para as minhas costas. Suas mãos encontraram os meus seios, apertando e brincando com meus mamilos, sabendo exatamente como me tocar para me deixar úmida.

— Me pergunto como consegui conquistar uma mulher linda e gostosa como você. - Falou, me despertando dos meus devaneios.

Toquei seus pulsos e a virei de costas para mim, abraçando-a e virando para o espelho.

— Consegue ver esse reflexo no espelho? - Perguntei ao pé do seu ouvido e a garota assentiu, fixa no meu olhar através do reflexo. - Nunca duvide que você é capaz de fazer qualquer um cair aos seus pés, Anahí.

Minha garota ainda ficou um tempo olhando nosso reflexo no espelho antes de se virar e reivindicar meus lábios para si. Não a impedi dessa vez e a acompanhei até a cama. Seu corpo ficou sobre o meu enquanto ela se deliciava em beijar meus lábios como se fosse a minha própria buceta. Eu mal poderia esperar para tê-la me chupando e foi como se tivesse lendo os meus pensamentos, a garota desceu os beijos pouco a pouco e, parecendo bem interessada em me provocar, deu mordidas e sugadas em meu monte vênus.

— Por Deus, Anahí Portilla! - Implorei, vendo-a rir contra a minha intimidade. - Não tem graça!

Sem me responder, ela entreabriu meus lábios e soprou ali, e eu já não tinha forças para olhá-la. Apenas me deitei para sentir quando seus lábios passaram a beijar minha buceta como estava beijando meus lábios há pouco. Revirei os olhos e acariciei meus seios, descendo uma mão para segurar em seus cabelos. Um gemido escapou de meus lábios quando ela mordiscou meu clítoris e meus calcanhares se apoiaram em suas costas em reflexo. Minha boca já parecia tão seca e eu já sentia o prazer acumulado em meu baixo ventre. Eu sentia tanta saudades dela que não aguentaria nem mesmo ela penetrar um dedo, mas foi só ela o fazer que eu explodi em seus lábios.

Continuei deitada, sentindo a garota continuar a tomar do meu líquido com devoção. Ela ainda se deitou ao meu lado, lambendo o único dedo que havia feito o trabalho de me levar ao ápice. Puxei seu rosto para o meu e a beijei, sentindo meu gosto presente ali. Anahí me puxou pela cintura, sua perna se enfiando entre as minhas e a coxa já fazendo o trabalho de pirraçar meu clítoris ainda sensível pela recente onda de prazer. Gemi contra seus lábios e vi um sorriso surgir nos seus lábios antes de finalizar o beijo.

— Você é terrível. - Murmurei, mordendo seu lábio inferior e selando nossos lábios.

— Achei que estivesse com saudades. - Anahí roçou o nariz no meu pescoço e eu estremeci, mas não me afastei. Ela sabia bem onde eram meus pontos mais sensíveis.

— Eu nem comecei a matar as saudades ainda. - Confessei e vi um sorriso genuíno naqueles lábios que eu adorava beijar.