Fanfics Brasil - Estranheza Aceita-me (RBD)

Fanfic: Aceita-me (RBD) | Tema: Rebelde, Romance, LGBT, Portinon


Capítulo: Estranheza

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Ana Torres


Eu nunca havia visto Dulce tomar tanta atitude como naquela volta pra casa. Meu coração começava a se apertar com a possibilidade de algo ter acontecido para ela querer me compensar de algum modo, para mostrar que poderia estar próxima de querer experimentar de mim também.


Estávamos deitadas de lado depois de mais uma rodada de muito gemido e prazer, e eu conseguia ter fácil acesso ao seu rosto. Acariciei seus cabelos, olhando fundo em seus olhos enquanto sentia suas mãos passearem pelos meus braços.


— Um ano atrás eu nunca imaginaria que estaria tão satisfeita, muito menos que estaria na cama de uma garota e que isso não me incomodaria tanto quando eu imaginava. - Comentou e aquilo me fez rir.


— Eu quero saber como foi a sua viagem. - Mudei de assunto e ela se mexeu, parecendo desconfortável enquanto se virava de barriga para cima.


Me sentei na cama de frente para o seu perfil e fiquei olhando-a, esperando que me dissesse algo. O que de tão errado ela havia feito para não querer falar sobre o JUEF? Acariciei sua barriga e atrai seu olhar para o meu, que antes parecia tão concentrado no teto como se ali passassem todas as lembranças que ela não queria me contar.


— Foi só um monte de gente bebendo muito, jogando e se divertindo. - Deu de ombros. - Tive que substituir algumas atletas no handebol, mas eu bebi muito. Só isso. E senti sua falta, Anahí.


Sem que eu esperasse, a garota me pegou pela cintura e beijou meus lábios. Eu esqueci que queria perguntar à ela se o seu time já sabia que agora ela tinha uma namorada, se ela havia beijado alguém ou feito algo pior. Como poderia me lembrar com a boca da garota que eu amava me devorando de um jeito tão desejoso?


Deixei que uma de minha pernas ficasse entre as suas e que podia sentir ela se roçar na minha pele, sentir sua intimidade tão úmida mais uma vez. Ela nunca se cansava, eu nunca me cansava e todo aquele tempo longe tinha que ser recompensado. Passei a esfregar a minha própria intimidade na sua perna, sentindo meu grelo duro pela excitação. A fricção já estava sendo de extremo alívio.


Antes que eu descesse meus lábios, Dulce me conteve e puxou a perna que estava entre as suas para envolver sua cintura, me deixando completamente aberta em cima dela. Eu entendi o que ela queria, mas não fazia ideia de onde tinha tirado aquilo. Ao ver a minha expressão meio surpresa e confusa, se apressou em explicar:


— Talvez eu tenha pesquisado um pouco. - Deu de ombros.


— Espero que a sua pesquisa tenha sido feita online. - Meus olhos estavam em fenda na sua direção, enquanto ela revirava os próprios.


Dulce tomou meus lábios para si e eu passei a fazer uma fricção gostosa, no vai e vem de nossos corpos roçando um no outro, nossos pontos de prazer sendo estimulados. Apoiei meus antebraços ao lado de suas cabeça e aumentei a velocidade dos movimentos, sentindo o prazer se acumular em meu baixo ventre.


Deixei meus lábios entreabertos sobre os seus, nossos gemidos se misturando e nossos seios colados. Dulce cravou as mãos em minha bunda e eu tratei de morder seu lábio inferior para demonstrar que havia ficado feliz pela iniciativa. Não demoraram mais que algumas investidas para derramarmos o prazer naquela cama, preenchendo o quarto com nossos gemidos satisfeitos.


 


 


 


Na manhã seguinte, acordei com a janela aberta - me amaldiçoando por ter esquecido de fechá-la - e completamente nua com a minha garota entrelaçada à mim. Me levantei com cuidado para não acordar Dulce e fechei a janela, cobrindo seu corpo desnudo e beijando seus lábios antes de vestir uma blusa e calça confortáveis e sair do quarto.


— Bom dia, sua safada. - Ouvi a voz da Maite e a vi sentada na mesa de jantar com o notebook em sua frente. - Vai lavar essa cara ramelenta e vem aqui ver as notas das provas finais.


— Já saíram? - Me alarmei, sentindo meu coração se acelerar enquanto me apressava em fazer minha higiene.


Eu não fora a melhor das alunas naqueles tempos, tinha faltado muito e Dulce tomara um tempo integral da minha vida. Temia que tivesse pego alguma pendência, foi por isso que eu terminei se fazer a higiene na velocidade da luz e corri para trás da minha amiga que já procurava pela minha nota.


— Passou! - Anunciou, se virando pra mim.


Coloquei a mão no peito e soltei todo o ar preso ali desde que me prostrara atrás dela.


— Menos um problema na minha vida. - Me afastei, indo até a cozinha para pegar o café recém feito pela minha amiga.


— Iiiih, ontem a noite vocês fizeram um bom barulho e hoje vem com essa conversa? - Maite se virou para mim quando sentei ao seu lado. - O que tá acontecendo?


Suspirei pesado antes de tomar um gole do café e decidi desabafar com a minha amiga.


— Ah Maite, ela tá estranha. Parece que tá escondendo algo de mim. - Dei de ombros.


— Sabe qual o seu problema? - Fiz um gesto para ela continuar. - Você não pergunta as coisas, deixa tudo no ar. Deveria chegar nela e perguntar o que tá acontecendo, o que ela tá escondendo.


— Com a Dulce não é tão simples assim. - Balancei a cabeça em negação.


— Então problema é seu, eu não tenho paciência pra mimimi. - Maite se virou para o notebook, abrindo uma aba onde mostravam casas para alugar.


— O que é isso? - Perguntei, curiosa. - Já tá querendo se juntar com quem?


— Com ninguém, Ana Torres curiosa. - Ela fechou as abas, se virando para mim sem conseguir esconder o sorriso.


— Eu te conto tudo e você fica me escondendo as coisas. Eu tô ótima de namorada e de amiga.


— Tá mesmo. - Ouvi a voz de Dulce vinda do corredor e senti borboletas no meu estômago. Algum dia aquilo iria passar? Ela já vestia uma blusa própria mais comprida. - Já terminaram de falar mal de mim?


— Nem começamos. - Maite respondeu.


Dulce veio selar nossos lábios antes de se sentar em meu colo.


— Tem outras cadeiras, você sabia? - Maite provocou e pela visão periférica pude ver Dulce lançar-lhe um olhar cortante.


— Para de ser mal amada. - Dulce deitou a cabeça em meu ombro e passou a beijar meu pescoço.


— Eu não sou mal amada, só não fico me comendo com as pessoas pela casa em inteira. Parecem duas coelhas. Tira a mão da coxa dela, se eu ver vocês fazendo sexo perto de mim um dia antes de me mudar vou ter uma síncope. - Maite deu um tapa na minha mão e aquilo só fez eu e Dulce rirmos ainda mais.


— Mal amada. - Dulce provocou.


— Tão mal amada que até a sua amiga me comeu. - Se levantou, pegando o notebook e andando rapidamente até o seu próprio quarto enquanto Dulce processava o que Maite havia acabado de dizer.


— COMO É? - Minha garota se levantou para berrar.


Eu continuava a gargalhar de onde estava sentada e não tendo dúvida alguma de que Maite ia dar um jeito de tentar seduzir Angelique.


— Maite não tem jeito. - Dulce voltou a se sentar em meu colo, resmungando.


— As notas saíram. Já viu a sua? - Perguntei, acariciando suas coxas novamente.


— Depois eu vejo.


— Queria ser tão despreocupada quanto você. - Senti seus lábios tocando o meu pescoço com devoção, sua mão acariciando minha nuca.


— Um dia. Quando você for um pouquinho mais dedicada. - Mordeu meu pescoço e eu senti os pelos do meu corpo se eriçarem.


— Ah, me desculpa se sou eu quem sustenta essa casa e não tenho tempo de estudar. - Dei um tapa em sua coxa. - Agora vamos, eu tenho que ir trabalhar.


— Ah não! - Dulce disse manhosa e eu quase não resisti. Quase a deitei naquela mesa e fiz amor com ela ali mesmo.


— Vamos sair hoje a noite, eu e você, pra jantar onde você quiser. O que acha? - Sugeri e ela pensou por um momento, fazendo desenhos aleatórios no meu peito.


— Tudo bem. - Se levantou e me puxou pelo braço. - Quer que eu te leve para o trabalho hoje?


— De moto? - Mordi o lábio inferior, pensando no quanto ela ficava sexy pilotando.


— Mas é claro. - Piscou para mim e eu a abracei pela cintura, tomando seus lábios para mim.


 


Dulce Maria


Eu realmente achei que daria tempo para mais uma rapidinha, mas estava redondamente enganada, já que deixei Ana no trabalho atrasada - mesmo com todas as minha ultrapassagens imprudentes.


O dia se arrastou, mesmo tentando ocupar minha cabeça de todas as formas. A série não me prendia e a arrumação de Maite não ajudava na minha concentração.


— Quer ajuda? - Perguntei à ela quando passou pela vigésima vez com um saco de lixo.


— Você faria isso por mim, Dulce? - Colocou a mão no peito, fazendo uma expressão surpresa. - É uma honra ter a sua ajuda.


Revirei os olhos e passei a ajudá-la, dobrando suas roupas jogadas de qualquer jeito na cama.


— Como foi no JUEF? - Perguntou ela, revendo algumas de suas lembranças jogadas na sua cama como fotos e pertences.


— Por que vocês estão tão interessadas? Foi como qualquer outro. - Dei de ombros. - Com a diferença de que eu não beijei nenhuma boca.


— Foi só uma pergunta. - Ergueu as mãos espalmadas na altura dos ombros. - Ana acha que você tá escondendo algo.


— Eu sei, ouvi a conversa de vocês. Vamos dizer que vocês não são muito silenciosas pela manhã. - Comentei, erguendo as sobrancelhas e não a vendo vacilar. Ela provavelmente já imaginava que eu estava escutando. - Eu vou conversar com ela hoje a noite. Vamos sair pra jantar.


— Esclarece essa sua estranheza. - Sugeriu.


— É a ideia. - Suspirei e decidi que deveria mudar de assunto. - E você e a Angelique?


— Não é nada. Foi coisa de uma noite só. - Deu de ombros.


— E você quer que seja coisa de uma noite só?


A garota ficou em silêncio por um momento e, depois de pensar por um momento fitando uma pelúcia que fazia seu próprio nariz coçar, falou:


— Não foi a vida que eu planejei. Então sim, eu quero que seja coisa de uma noite só.


— O que quer dizer com vida que planejou? - Me sentei sobre a pilha de roupas que ainda faltavam para dobrar e a olhei com curiosidade.


— Podemos mudar de assunto? Essa conversa toda só está nos atrasando. - Pegou mais um saco de lixo e colocou nas costas enquanto me fitava. - Vou ficar pouco tempo com a Angel e os amigos dela.


— E depois?


— Quem sabe? - Deu de ombros e saiu do quarto.


Maite era uma incógnita que ninguém conseguia resolver por inteiro, cheia de meias palavras, meias respostas que nos deixavam curiosos até o último fio de cabelo. Talvez fosse esse um dos motivos por ela atrair tantos fãs.


 


 


 


Ana pediu para que eu a buscasse no trabalho e foi o que eu fiz. Nos vestimos para poder comer no Paris 6, deixando para trás uma Maite que berrou quando soube que íamos lá. "Aquela sobremesa", ela falou, fingindo um desmaio. "Eu como por você", foi o que eu respondi recebendo como resposta um dedo médio.


— Minha namorada tá rica. - Comentei depois de descermos da moto e a vi rir.


— Você merece. - Enlaçou minha cintura e escorregou a mão para tocar a minha. Sem pensar duas vezes, selei nossos lábios e lhe sorri.


Antes que entrássemos, ouvi meu nome seu chamado por uma voz que eu conhecia bem e congelei onde estava, soltando a mão de Ana de imediato. Meu pai estava ali, minha mãe do seu lado, se aproximando de nós.



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Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

— Senhor e senhora Bueno. - Anahí ofegou ao meu lado. — Dulce, o que é isso? - A minha mãe não olhou na direção de Anahí, preferindo ignorar a minha namorada e se dirigindo à mim com um olhar feroz. Quais eram as probabilidades daquilo acontecer? De sairmos para comer no Paris 6 e encontrarmos os meus pais ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • Gabiih Postado em 28/02/2019 - 14:15:26

    Que linda história , eu amei meus parabéns que bom que tudo acabou bem depois de tudo oque as duas passaram, final lindo e merecido parabéns!!!

    • GioviSouza Postado em 13/03/2019 - 11:38:24

      obrigada pelo carinho! <3

  • Gabiih Postado em 25/02/2019 - 16:27:31

    oi bom ainda estou lendo tudo, mas eu estou adorando posta mais!!!

    • GioviSouza Postado em 25/02/2019 - 16:31:06

      olá! seja bem vinda! ela já está completa. espero que goste!


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