Fanfic: Aceita-me (RBD) | Tema: Rebelde, Romance, LGBT, Portinon
Minha casa estava uma bagunça e faltava muito a se fazer nela, mas até que eu conseguisse algo pra comer, qualquer outra coisa de casa ficaria para trás. Terminei de me arrumar pra faculdade e nem olhei para a bagunça atrás de mim quando fechei a porta. Me dirigi até a garagem e montei na minha moto, pilotando até o inferno enquanto colocava uma música pra me animar. Eu ia me atrasar para o treino antes da aula, mas era tudo culpa da Anahí.
Ah sim, a Anahí! Conversamos sobre as nossas vidas para tentarmos nos conhecer melhor e sermos amigas. Foi esquisito fazer isso depois dela ter dado em cima de mim descaradamente. Ela me respondeu no fim da tarde de ontem e desde então eu só consegui me atrasar para absolutamente tudo na minha vida.
A conversa com ela era boa, envolvente e me fazia rir. É claro que uma vez ou outra nós nos perdíamos no meio da conversa, porque duas lerdas juntas conversando era nisso que dava. Por exemplo, quando ela pediu pra chamar no outro aplicativo de conversa e eu me esqueci completamente.
Mas mesmo com toda a distração que ela causava, não me saía da cabeça o jeito como ela fez aquela pergunta. Quem tinha atitude o suficiente para fazer aquilo? Acho que ninguém que eu conhecera, nenhum homem tivera a atitude dela. E que atitude!
Eu havia dito à ela que não adicionava qualquer um e ela logo emendou:
"Mas eu não sou qualquer uma. E eu te adicionei por um motivo: quero te beijar."
Quero te beijar.
Beijar.
Eram essas exatas palavras que rondavam a minha cabeça do meu acordar até o dormir, que me atormentavam durante o meu sonho.
Essa garota era louca e estava me deixando maluca!
Não perdia uma oportunidade de dar em cima de mim. Eu disse à ela que não beijava garotas, que era hétero e deixei às claras que ela nunca conseguiria algo comigo. Não tinha mas, porém, contudo e nem entretanto. Eu estava determinada como a boa ariana que era.
Deixei minha moto no estacionamento e cumprimentei o pessoal que já conhecia dali, correndo até a quadra onde já havia começado o treino das garotas. Felizmente eu já estava equipada por baixo do jeans então foi só tirar ali mesmo na quadra e esperar a minha vez de entrar na quadra.
Eu estava focada no jogo, completamente imersa e finalmente com um momento de paz, sem pensar nas minhas conversas com a Anahí. A garota era uma boa amiga e eu com certeza havia arrumado alguém para a vida toda. No sentido da amizade, não de me casar e passar a vida junto. Não, isso nunca. A minha família me mataria.
Anahí Portilla
— Essa batata frita vai me matar. - Maite andava reclamando na frente. - Olha, parece que eu tô grávida. - Continuou, passando a mão na barriga e me fazendo rir. - Deixa eu ver a sua. - Parou e passou a mão na minha como sempre fazia.
— Nem brinca com isso, tive duzentas gravidez psicológica só esse ano. - Bati na sua mão e a vi se afastar na frente.
— E me causou duzentos infartos também. - Murmurou na frente, mas eu consegui ouvir.
— Eu ouvi!
— Era pra ouvir mesmo, neném. - Mandou um beijo e piscou, abrindo a porta para entrar no banheiro. - Esses macho vão me matar de tanta mensagem. Olha esse aqui, namorando e atrás de mim! Bando de cachorro.
— Nossa gente, ela é a rainha dos contatinhos! - Ri e me fechei em uma das cabines.
— Sou mesmo, ainda bem que você sabe.
Revirei os olhos e saí do banheiro, arrumando minha calça depois de terminar.
Eu tinha complexo com as minhas coxas, isso era fato. Enquanto Maite usava suas coxas fartas de fora, eu deixava as minhas escondidas por vergonha. Já recebera diversas broncas da Maite por isso, mas não me importava, era o meu tipo de insegurança.
— Vamos, senão a gente vai se atrasar. - Maite foi na frente mais uma vez e eu a segui.
Abriu a porta e saiu, deixando meia aberta para mim. A sua mão soltou e eu me preparei para a porta me acertar em cheio, mas uma mão a segurou. Olhei primeiro para ela e então segui por seu braço até encontrar quem estava ali. Meu coração saltou dentro do peito e eu senti minhas pernas fraquejarem.
Era ela.
Era a...
Ah meu Deus! Ela estava tão maravilhosa!
— Oi! - Dulce Maria me cumprimentou, dando um meio sorriso.
Eu já disse que a boca daquela garota é a coisa mais linda que eu já vi?
— Oi, vai fazer a prova agora? - Questionei, passando por ela e a vendo entrar pouco a pouco no banheiro.
— Vou, tô indo lá. - Umedeceu os lábios. - Tava no treino.
— Ah, tudo bem. A gente se fala depois.
— Claro. - Sorriu uma última vez antes da porta se fechar.
— Hmmmmmmm... Quem é essa, sua danada? - Maite bateu o ombro no meu, me acordando do meu transe.
— É a Dulce. - Comecei a andar lado a lado com Maite, pegando até mesmo o seu braço pra entrelaçar no meu. - Conheci ela no churrasco.
— Você disse pra mim que não ficou com ninguém. - Aquele tom de Maite era desconfiado. Eu a conhecia bem o bastante para saber que ela achava que eu a estava enganando.
— Eu não fiquei mesmo. - Ela me olhou confusa. - Eu só flertei com ela. Mas descobri que é hétero.
Maite parou e me fez parar, quando a olhei ela tinha uma expressão de choque que transitou para outra divertida.
— Você tá brincando, né? Pode falar que mentiu e ficou com ela, amiga.
— Eu não fiquei, mano!
— Ah, tá bom. - Maite saiu andando de novo, me puxando consigo dessa vez.
— Para de estereotipar os outros, Maite. - Reclamei.
— Não dá, me desculpa. Essa menina é 100% lésbica. Falta escrever na testa "eu gosto de boceta".
Gargalhei, não conseguindo me conter.
— Quem me dera.
Falar com Dulce pelo celular era diferente de encontrá-la. Eu me soltava na tela, mas travava quando ela estava ali. Como aquela garota conseguia ser tão instigante? Minha boca estava seca demais e eu umedeci meus lábios.
— Eu precisava tanto de uma cerveja agora. - Confessei.
— Vamos essa semana no Rei das Batidas. - Maite me fez a promessa.
Uma ideia me veio na cabeça e eu sorri involuntariamente enquanto me dirigia para o meu lugar. Eu com certeza convidaria Dulce para o bar e assim nós poderíamos nos soltar depois de alguns litrões.
Dulce Maria
Eu estava rindo sozinha olhando para a tela do celular pela milésima vez naquele dia.
Estava perto da hora de dormir e eu estava muito bem alimentada deitada no meu colchão, embaixo das minhas cobertas e com a televisão do século passado desligada. A bagunça ainda estava presente.
"Eu ainda vou te pegar, Dulce. E você vai gostar."
Pressionei os lábios e revirei os olhos.
"Daqui você não consegue nada, Anahí."
Deixei o celular de lado e fitei o teto, dando um longo suspiro enquanto fechava meus olhos e deixava meus pensamentos voarem longe.
Foi com um baque na porta do quarto que eu me levantei e quem estava ali era Anahí Portilla. Franzi o cenho e me apoiei nos cotovelos, tentando ver se estava enxergando bem. Não era possível que sem os óculos eu estava tendo a perfeita visão da Anahí.
— O que você tá fazendo aqui, maluca? Como descobriu onde eu morava?
Anahí não disse, apenas se aproximou em seu pijama de flanela divertido em silêncio. Seus olhos queimavam a minha pele e eu me sentia despida. Engoli em seco quanto a vi me descobrir e me encontrar no meu pijama curto demais.
— Anahí, para com isso. O que você tá fazendo? - Tentei segurar seus braços.
O que minhas mãos estavam fazendo acariciando-a ao invés de empurrá-la?
— Shh... - Sibilou.
Me deitei na cama, mesmo que minha consciência gritasse para não fazê-lo. Quem prevalecia de repente era outra coisa, algo que eu nunca havia conhecido antes, algo muito mais forte que os meus próprios princípios. Eu não deveria estar gostando. Não era aquele toque macio que eu tive todo aquele tempo.
Sem demora, ela veio tocar meus lábios com os seus e eu retribui ao beijo. Mais uma vez não lutei, apenas me entreguei. Primeiro a sua língua veio calma, mas quente e desejosa. Eu dei passagem para o beijo que se iniciava e estava gostando. Era difícil manter a sanidade perto daquele beijo e daquele toque.
Anahí fazia de mim o que ela queria: tocava meus seios com destreza por baixo da blusa, circulando os mamilos com os polegares e eles não demoraram a ficar rígidos. Por que eu desejei sua boca ali? Não demorou para que o meu desejo se realizasse. Com a blusa levantada até acima dos seios, Anahí abocanhou meio seio direito e eu soltei um gemido. O seu toque quente na minha pele fria fez com que um pequeno choque passasse por meus poros, então eu estava toda arrepiada.
Ela sugava com carinho, calma, roçando levemente os dentes e rodeando a língua. Repetiu esse processo diversas vezes, enquanto eu já esfregava minhas pernas para fazer uma fricção gostosa e tentar me aliviar, e então foi até o outro seio. Minhas mãos se embrenharam em seus cabelos lisos e macios, como eu imaginei que eram.
Por que eu estava fazendo aquilo? Por que eu queria tanto continuar quando sabia que o certo a se fazer era parar?
Seus lábios me beijaram a barriga com devoção, querendo lembrar do meu gosto como eu imaginei que seria. É, eu imaginei! Mas ela falava tanto que eu não poderia deixar de pensar em como seria. E estava sendo bom, mais do que bom.
Primeiro ela tirou o short e eu me apoiei nos cotovelos para ver o que ela fazia. Era quase como uma obra de arte e não como o desespero dos outros. Ela me desejava, ela me queria, ela queria me dar prazer. Será que eu precisaria dar prazer à ela? Será que eu saberia como retribui-la?
Quando seus olhos alcançaram a calcinha e o que se escondia por baixo do tecido branco, eu corei. Sabia que estava umedecida pelo seu toque e quando ela me tocou foi impossível não gemer pela sensibilidade que o toque me causou. Seus olhos encontraram os meus, desejosos demais como estavam me deixaram com falta de ar.
Eu estava com a boca seca, precisava beijá-la, precisava dela dentro de mim. Queria sua língua, seu toque, ser dela essa noite. Como ela própria dizia: se arrepender de ter feito do que morrer na vontade.
Me sentei na cama e tomei seu rosto entre minhas mãos, puxando-a para mim e beijando seus lábios com ferocidade. Estava confortável porque ela havia me deixado confortável. Estava entregue ao prazer que ela queria me fornecer.
Seu dedos indicador nunca deixou meu clítoris duro demais pelo seu toque, pelo prazer que ela estava me proporcionando. Eu iria enlouquecer, ia chegar ao ápice com o pouco que havia feito em mim. Nunca acontecera comigo, nunca sem chegar longe, nunca sem a penetração.
Deitei a cabeça pra trás e fechei os olhos, gemendo e me agarrando em seus ombros.
— Anahí... - Ofeguei.
Me sentei em um pulo na cama, arregalando os olhos para o quarto imerso na escuridão. Passei as mãos nos cabelos e olhei para os lado, me levantando e vendo que estava completamente vestida. Franzi o cenho e procurei por Anahí em todos os lugares do meu quarto, indo até a cozinha, ao banheiro, à sala. Não havia ninguém e a porta estava muito bem trancada.
Recostei meu corpo na porta de entrada e me toquei apenas para descobrir o que já tinha certeza: estava completamente úmida. Engoli em seco e fui até o quarto, determinada a dormir depois de um copo d'água. Peguei o celular abandonado na cama e ali ainda restava uma mensagem daquela que me causara aquele pesadelo.
"Vamos ver. Boa noite, bons sonhos, sonhe comigo, meu amor."
Fechei os olhos e mordi o lábio inferior com força.
Droga de garota!
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Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
— Vamos, Dulce! Por favor! Anahí ainda insistia enquanto eu arrumava meu cabelo depois do treino. — Falta na aula só hoje! - Maite, sua amiga, ajudava. — Eu não vou beber. Então é, a insistência era para irmos ao bar. Más companhias essas que eu havia conseguido. — Ah, claro! - Maite debochou. - Vai ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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Gabiih Postado em 28/02/2019 - 14:15:26
Que linda história , eu amei meus parabéns que bom que tudo acabou bem depois de tudo oque as duas passaram, final lindo e merecido parabéns!!!
GioviSouza Postado em 13/03/2019 - 11:38:24
obrigada pelo carinho! <3
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Gabiih Postado em 25/02/2019 - 16:27:31
oi bom ainda estou lendo tudo, mas eu estou adorando posta mais!!!
GioviSouza Postado em 25/02/2019 - 16:31:06
olá! seja bem vinda! ela já está completa. espero que goste!