Fanfic: Aceita-me (RBD) | Tema: Rebelde, Romance, LGBT, Portinon

Dulce Maria

Peguei o primeiro jato disponível e voei para São Paulo.

Eu tinha que fazer uma surpresa para Anahí e só ia acontecer se eu fosse mais rápida que ela. Não foi difícil entrar no antigo prédio, ainda mais depois de ficar conhecida em nível nacional.

A sua expressão de felicidade foi recompensadora e ali que eu tive a certeza que eu a queria de volta imediatamente.

Primeiro resolvemos preparar as nossas famílias. A sua mãe aceitou perfeitamente bem e o seu irmão, Christian, ficou feliz de ter um lugar para passar as férias junto da mãe. Prometi à eles que, se fossem de seu desejo, os traria para o Rio, para perto de Anahí, afinal eu estava tirando-a deles. Eles pensariam no assunto e aquilo foi melhor do que um "não". Logo fomos para a minha família, que ficaram surpresos em me ver. Meu pai aceitou com muita felicidade, diferente da última vez, talvez percebendo o quão abatida eu fiquei longe de Anahí. Ele não se importou com o que minha mãe pensava quando esta entortou o nariz e eu sabia que levaria tempo, mas ela aceitaria. O meu relacionamento com Anahí não era algo que eu mudaria por nada e nem ninguém.

Já as nossas amigas também ficaram animadas de ter um lugar para visitar - e bocas novas para beijar, de acordo com Maite. A garota não perdeu tempo pedindo número de atletas e Angelique revirou os olhos para a atitude da amiga.

A imprensa e os fãs não poderiam ter recebido essa notícia melhor. Depois de conceder algumas entrevistas, não perdendo a oportunidade de pedir a mão de Anahí em uma delas e ela aceitar, e ser notícia durante uma semana em jornais, revistas e programas de fofoca, eu percebi que não importava o quanto eu lutasse, o preconceito ainda existiria, mas contanto que o amor prevalecesse estaria tudo bem.

Estefania e Anahí passaram a se dar muito bem, e a minha garota acompanhou e gostou da minha rotina. Um certo dia ela me chamou e me surpreendeu ao dizer qual seria seu próximo feito:

— Eu quero estudar jornalismo. Ser jornalista esportiva.

Aquilo só não me deixou mais feliz que o nosso filho: o vira lata Lan. Isso, como o MC mesmo.

Angelique arrumou um namorado e com certeza fixou raízes em São Paulo com a carreira de professora acadêmica. Já Maite segue solteira e feliz, e resolveu estudar Gastronomia para crescer no ramo de doces. A mãe de Anahí decidiu que Christian ficaria melhor no Rio e, assim que ele terminar o Ensino Médio, estarão se mudando. Minha mãe segue emburrada, mas aceita se sentar à mesa e respeitar minha futura mulher, e meu pai não poderia estar mais feliz por mim, sendo um pai para Anahí.

Ainda faltando a sua última passagem importante pela faculdade, eu a acompanhei ao baile de formatura que não poderia ter sido mais bonito. Deixei minha atenção somente nela e não me importei em ser uma jogadora renomada.

— Nem acredito que chegamos até aqui.

— Eu acredito, nós merecemos. - Selei nossos lábios, ouvindo uma música lenta e romântica tocar enquanto nos balançávamos de um lado a outro.

Quando eu projetei um futuro com Anahí, não imaginei que ele pudesse ser tão incrível.