Fanfics Brasil - Engano Aceita-me (RBD)

Fanfic: Aceita-me (RBD) | Tema: Rebelde, Romance, LGBT, Portinon


Capítulo: Engano

26 visualizações Denunciar


— Vocês não se beijaram nem fodendo. - Maite disse assim que eu contei.


— Shhh. Ela tá no banho, mas pode sair a qualquer momento. - Adverti, me ajeitando na cama de Maite.


— Eu tô muito feliz. - Maite deu um gritinho, ignorando totalmente minhas repreensões e me abraçando com força. - Mas o que isso significa?


— E eu sei? - Suspirei. - Estou com tanto medo, Maite.


— Não fique. Pense com otimismo. - Ela acariciou meus cabelos, tocando meu rosto com ternura.


— Prefiro pensar com pessimismo e acabar me surpreendendo. - Entortei a boca, em uma careta de desgosto.


— Ai menina! Fica atraindo essas coisas ruins. - Me deu um tapa no braço e se deitou em meio aos seus lençóis e bateu ao seu lado para que eu me deitasse. E foi o que eu fiz, vendo-a pegar minha mão e me olhar. - Suas unhas de ativa estão uma merda. Pode cortando. - Disse com seriedade, me fazendo rir.


— Acha que ela é passiva? - Perguntei, olhando em sua direção.


— Todas começam passivas. - Piscou. - Até mesmo eu comecei como passiva, nenê. Mas com tempo todas se tornam relativas.


— Tudo bem se ela for passiva. Eu tô doida pra chupar ela. - Suspirei, me imaginando no meio das pernas de Dulce e, principalmente, sentindo sua boca na minha mais uma vez.


— Ai, sua pornográfica. - Maite me empurrou. - Sai da minha cama.


Gargalhei e me agarrei ao seu braço para não cair da cama. Só não contava que Dulce fosse aparecer de toalha na porta de Maite naquele segundo em que eu pagava aquele mico.


— Ahn... Posso falar com você? - Dulce perguntou, dando seu sorriso de lado de sempre, me fazendo cair da cama de uma vez.


— Com você de toalha? Hmmm... Querem que eu saia? - Maite brincou, se levantando e me fazendo rir, mas encontrei uma Dulce corada quando me levantei.


— Não. - Respondeu, contida. - Cala a boca, Maite. - Revirou os olhos. - Te encontro no seu quarto, Anahí? - Questionou, mordiscando a unha do polegar.


— Claro. - Respondi de pronto, vendo-a se afastar.


— Roa as unhas! - Maite sussurrou com urgência.


— Maite, sossega. - Saí do quarto, batendo a porta.


Fui até o meu quarto, mas não encontrei Dulce ali. Fui até a sala e a encontrei apenas de lingerie.


— Ah! - Exclamei, tapando os olhos. - Desculpa.


Ouvi sua risada e me virei de costas, sorrindo também e tentando me lembrar do máximo para guardar na lembrança cada ponto do seu corpo que eu ia beijar.


— Pronto, Anahí. - Me virei e a vi com um moletom.


Quando eu a achava linda até daquele jeito, significava que eu estava louca da cabeça, não é?


— Soube que sua massagem é famosa. - Dulce se aproximou, entrelaçando os braços em meus ombros.


Não tive qualquer reação, não quando a dela era aquela. Não estava acostumada com a Dulce permissiva aos meus toques e nem tocando em mim. Foi com cuidado que toquei sua cintura, perto dos ossos onde suas entradas começavam.


— É mesmo? Tá querendo me usar? - Questionei, seus lábios finos e naturalmente avermelhados me chamando a atenção.


— Talvez. - Fechou um dos olhos, fazendo uma cara de criança sapeca.


— E qual vai ser o meu pagamento? - Questionei, me afastando de costas com ela em meus braços.


Paramos na metade do caminho, ela me pressionou contra o batente da porta, nossos narizes se encostando. Seus lábios correram por meu maxilar, uma de suas mãos acima da minha cabeça enquanto a outra percorria a lateral do meu corpo. Quando seus lábios encontraram os meus novamente, eu senti o gosto de pasta de dente ali e não foi ruim. Ela já tinha tudo planejado em sua cabeça e aquilo só deixou meu coração acelerado cada vez mais.


Quando o beijo foi aprofundado, eu acordei do meu transe e enlacei sua cintura enquanto sentia sua língua explorar minha boca, reconhecer um local antes mal percorrido e então brincar com a minha própria. Fechei a porta atrás de mim e passei a chave, temendo que Maite pudesse cortar o clima em algum momento.


Dulce riu em meio ao beijo com a minha atitude e eu só consegui rir junto. Ela achava que eu tinha segundas intenções - e, no fundo, talvez eu tivesse, mas tudo dependia dela.


Foi a vez dela de tomar as rédeas e se deitar na minha cama comigo em cima dela. Foi me puxando até que estivéssemos ajeitadas e finalizou o beijo. Arregalei os olhos quando ela ficou apenas de sutiã na minha frente. Com certeza tinha brilho presente nas minhas íris.


— Não fique tão animada. - Dulce falou, me empurrando de cima dela e se virando de bruços apenas para desabotoar o sutiã. - Isso foi pagamento pela massagem.


Gargalhei da minha própria inocência.


— Sua cachorra! - Xinguei, passando um pouco de creme nas mãos antes de me sentar em cima da sua bunda.


E que bunda dura! De atleta, claro.


— Coloquei o sutiã pra isso mesmo. Eu amo ficar de top. - Dulce deu de ombros enquanto eu já começava a massagem.


— Tão sapatão que não dá nem pra negar. - Comentei, afastando seus cabelos e tocando suas costas enquanto começava minha massagem.


— Você me estereotipa muito. - Dulce riu.


Balancei a cabeça em negação e continuei fazendo a sua massagem, ouvindo seus gemidos vez ou outra quando pegava em uma parte mais dolorida.


— Você anda muito tensa. - Murmurei. - Precisando relaxar, sabe quem chamar.


— Claro, massagista. - Brincou.


— A massagista e a eletricista. Daria um belo filme pornô. - Comentei, fazendo-na rir.


Passar a mão em sua pele lisa e sentir seus músculos tensos se desfazendo em minhas mãos era prazeroso tanto pra mim quanto pra ela. Quando finalizei a massagem, acariciei suas costas repetidamente, beijando cada pedaço de pele exposta, vendo seus pelos se eriçarem a medida que meus beijos passavam.


— Você me causa efeitos que nem eu mesma entendo. - Dulce murmurou, parecendo sonolenta.


Peguei cada lado de seu sutiã e os liguei no lugar. Dulce se virou para frente, mostrando seu corpo seminu para mim, mas o que me chamou a atenção foi a confusão em seu rosto.


— Você não quer? - Ela perguntou, passando a tirar uma alça do sutiã.


— Eu quero. - Assenti, puxando sua alça para o lugar. - Mas nós vamos com calma. Você não está preparada. Passos de bebê. - Beijei sua testa e entreguei sua blusa.


Ela pareceu aliviada pela falta de pressão da minha parte e eu fiquei orgulhosa do meu próprio autocontrole.


Depois de bem vestida, puxei-a para deitar a cabeça em meu peito enquanto acariciava seu braço. O momento que eu esperei havia chego: ter aquela garota em meus braços, ter seus lábios nos meus. Mas eu, algum dia, teria o seu amor?


Observei o jeito como ela assistia a televisão e fiquei admirando como ela fazia esforço para enxergar as imagens que passavam ali. Ri daquela situação e me prontifiquei a pegar seu óculos, só não esperava que ia ser agarrada com toda a força.


— Não. Eu não saí daqui até a agora para pegar meu óculos justamente porque tá maravilhoso. Você também não vai sair. - Dulce me olhou, me repreendendo pela pró-atividade.


Acariciei seu rosto e selei nossos lábios demoradamente.


— Tudo bem, nervosinha.


Dulce acariciava minha cintura com uma das mãos, um dos braços embaixo de mim para completar o abraço me acariciando as costas.


— Não é nervosinha. Só estou com medo de que isso seja um sonho. - Confessou.


Franzi o cenho e engoli em seco. Entendia bem o seu medo, o meu era igual ou maior.


— E o que acontece se você acordar? - Perguntei, temendo pela sua resposta.


— Isso. Eu acordo. - Suspirou. - Eu não quero acordar.


— Não acorde.


Aproximei nossos rostos e a beijei mais uma vez. Eu nunca me cansava de sua boca, do seu beijo que começava calmo e então se empolgava, mas logo se tornava calmo novamente. Sabia que, como uma boa ariana, seu beijo poderia ser de tirar o fôlego. Mas não com Dulce. Ela tinha o bastante para o equilíbrio.


Em um momento ela estava deitada ao meu lado e no seguinte estava montada em mim. Escorreguei meu corpo pelo colchão, sentindo seus cabelos acariciarem meu rosto quando seu corpo ficou todo por cima do meu. Desci minhas mãos de suas costas até sua bunda e então para suas coxas, apertando-as ali. O instinto foi a garota fechar as pernas, mas fazendo rir entre o beijo, enquanto conseguia alcançar o interior das suas coxas com meus dedos. Chegava tão próximo da sua virilha, mas tão longe ao mesmo tempo.


Continuando a seguir seus instintos, ela atacou meu pescoço, sugando e beijando ali. Não parecia mais a temerosa Dulce que correra de mim no vestiário. O banho havia lhe feito bem e melhor ainda a massagem. Nossos quadris se chocaram e a fricção que ela criou, me fez soltar um gemido baixo.


— Eu não vou aguentar. - Quase implorei para que ela parasse.


— Eu não quero que você aguente. - Dulce gemeu em meus lábios. - Eu preciso saber se é isso...


— Passos de bebê. - Com muito esforço a tirei de cima de mim. Ofeguei, passando as mãos pelo rosto. - Você vai acabar com o meu resto de sanidade.


— Você devia se deixar levar. - Dulce acariciou minha barriga por baixo da blusa.


Segurei sua mão a meio caminho do meu seio descoberto.


— Eu sou capricorniana. Nada na minha vida é despreparado. - Pisquei na direção dela.


— Quer me fuder, me beija, Anahí! - Dulce deitou ao meu lado, emburrada. - Esses papo de signo... Maite envenena sua cabeça.


Gargalhei, como sempre acontecia quando estava próxima dela.


— São só verdades. - Dei de ombros. - Agora para com essa marra e vem aqui que beijos estão autorizados.


— E amassos? - Perguntou, fazendo um pequeno bico.


— Amassos também. - Concordei, dando um meio sorriso.


O sorriso só sumia dos meus lábios quando eram para beijar os lábios daquela garota e mesmo assim eles apareciam em meio ao beijo.


Maite não nos interrompeu o dia todo e eu agradeci por aquilo. Tudo conspirava ao nosso favor. Ou pelo menos era o que eu acreditava, até o dia seguinte.


Eu tinha certeza que havia dormido com Dulce, mas acordei com apenas um papel ao meu lado e o que li me fez levantar em um pulo da cama.


"Anahí,


Eu sei que isso pode te surpreender depois do nosso dia ontem, mas eu tenho que ser sincera com você.


Não quero te magoar e é por isso que venho aqui terminar com um romance que nem sequer se iniciou. Não é isso o que eu quero, não é você quem eu amo, não quero enganá-la, não quero fazer você sofrer. Eu não sou lésbica. Eu nunca vou ser lésbica.


Para que não haja qualquer estranhamento, peço que não me contate e agradeço pela hospitalidade. Estou me mudando para a casa do Christopher e não sei ao certo o que isso significa ainda, mas eu quero namorar com ele.


Não foi assim que imaginei minha vida, não foi ficando com uma mulher.


Desculpa você ter sido fruto de uma experiência que acabou mal, espero que ainda possamos ser amigas.


Adeus."


Eu saí do quarto e não encontrei sua bagunça típica na sala. Estava tudo vazio, nenhum resquício dela. A chave que eu havia dado à ela estava em cima da mesa com o chocolate que ela mais gostava.


Me sentei no chão e chorei copiosamente abraçada à sua chave, sua carta e seu chocolate.


Não era possível que tudo fosse uma mentira, que todo o desejo demonstrado não passasse de um erro. Não era possível que eu passara de um experimento.


Foi por chorar alto que Maite acabou acordando e me encontrou aos prantos deitada no chão. A sua voz estava abafada, longe. Eu só conseguia ouvir a minha própria dor. Ela pegou o bilhete das minhas mãos e entendeu a situação que se desenrolara. Sentou no chão e me puxou para seu colo, me ninando como um bebê por um longo período de tempo. Tão longo que eu acabei por dormir.


 


Dulce Maria


Eu estava assustada e acordei mais ainda depois de mensagens de saudades do meu pai.


Olhei para a garota que dormia tranquila ao meu lado e me senti culpada pelas minhas atitudes. O que meu pai pensaria se soubesse disso? Com certeza não teria orgulho de mim.


Me levantei de súbito, peguei minhas coisas e decidi que o melhor que deveria fazer era sair daquela casa, parar de pensar em Anahí ou em qualquer outra mulher. Eu gostava de homem e foi então que eu mandei mensagem para Christopher no meio da madrugada, sabendo que não receberia resposta. Não até finalizar minhas malas. Christopher pediu para que eu fosse morar com ele e a minha felicidade não chegou nem perto de quando Anahí me fez o mesmo convite. Mas não importava a minha felicidade, apenas a aceitação do meu pai.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Poderia dizer que morar com Christopher com certeza não fora a melhor experiência que eu tive em muito tempo. Por ficar em casa o dia todo, eu até que deixei-a bem arrumada para passar uma boa impressão. Não entendia o porquê de ficar tão a vontade na casa da Anahí e aqui tão desconfortável. Quando ele ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • Gabiih Postado em 28/02/2019 - 14:15:26

    Que linda história , eu amei meus parabéns que bom que tudo acabou bem depois de tudo oque as duas passaram, final lindo e merecido parabéns!!!

    • GioviSouza Postado em 13/03/2019 - 11:38:24

      obrigada pelo carinho! <3

  • Gabiih Postado em 25/02/2019 - 16:27:31

    oi bom ainda estou lendo tudo, mas eu estou adorando posta mais!!!

    • GioviSouza Postado em 25/02/2019 - 16:31:06

      olá! seja bem vinda! ela já está completa. espero que goste!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais