Fanfic: Mãe de Aluguel | Tema: Originais

Amanda estava ficando louca e não importava que ela tivesse um atestado que dizia exatamente o oposto. Charles não parava de falar sobre a mamãe, se bem que com dois anos de idade eram apenas resmungos e gritos de perfurar o tímpano chamando pela mamãe. O bebê com menos de dois meses não dava folga, as dúvidas acumularam, o aluguel estava atrasado, ela seria despejada em breve e a venda de garagem cobriram muito mal a viagem até Nova York. As noites dormindo dentro do carro com duas crianças pequenas tinham juntado estresse o suficiente para que ela se sentisse com 50 no lugar de 28.

Socorro, isso foi tão dramático, Amanda.

- Eu não lembro disso. - o canalha de olhos castanhos repetiu. - Nunca fui casado, senhora.

- Senhorita. Eu sou apenas a tia desesperada dos seus dois filhos. - ela estava exausta e se sentia humilhada e muito além da sanidade cercada por olhares dos diretores da empresa se advocacia.

Com toda postura que ele poderia ter, Luke sorriu e dispensou os membros do conselho.

Pediu que a mulher se sentasse, o garotinho escondido atrás da sua perna era incrivelmente lindo e tão parecido com ele quando era criança.

Charles. Cabelo loiro dourado, olhinhos escuros como os da mãe, Luke presumiu, uma boquinha de coração. Era seu sobrinho, ele o reconhecia e havia o bebê, tinha o mesmo cabelo dos Petrovich.

- Sente-se, senhorita...?

- Robbins. Amanda Robbins.

- Sente-se por favor. - ele puxou uma das cadeiras onde ela se afundou com o menininho resmungão em seus braços, o menino de mais ou menos dois anos segurou-se no braço da cadeira dela. - Me conte essa história do começo.

Sério que ela precisa realmente dizer como você engravidou a irmã dela?

- Ah, deixe-me ver, você comeu minha irmã, senhor.

Ele sorriu, ela fechou a cara.

- Então ela engravidou de mim?

- Bom, é o que ela diz no diário, Petrovich. Inclusive ela menciona que você escolheu o nome do menino.

- Sim, Charles. El... Eu, eu escolhi esse nome. Mas não sei nada sobre esse no seus braços.

- Sexo de despedida. Vai mesmo fingir que não é o pai deles? Eu tenho provas.

- calma, calma. - ele ergueu as duas mãos. Estava rendido. Aproximou o rosto do dela, Amanda era linda, loira, olhos castanhos como os deles, cheirava a perfume de bebê e batata frita. Era uma combinação muito diferente da que ele estava acostumado a sentir nas garotas do seu escritório.

Luke suspirou ao baixar os olhos para o bebê. Tão pequeno, tão parecido com o seu filho. Naquele momento ele enxergou as três pessoas ali como um incrível presente, um presente dos próprios deuses. Quando o bebê segurou seu dedo, encarando-o até acalmar o choro foi como uma resposta dos céus. Ele estava apaixonado.

Oh, Deus, estava mesmo apaixonado por aquela ideia louca.

- Minha secretaria vai levar vocês até minha casa. Ligarei para Diana e ela vai lhe dar um quarto para descansar até que eu chegue, não se preocupe. Vou cuidar deles.

- E de mim. Não vou deixar que fique com eles.

- São meus filhos, não?

- São meus também, Camilla os deixou pra mim legalmente.

- certo, você é uma convidada na minha casa também.

Ela levantou, lhe dando um olhar de quem dizia que aquilo não era mais que sua obrigação. Saiu da sala, sentindo o coração afundar de alívio, teria um teto pelos próximos dias. Ou horas. Talvez ele chutasse os três para fora.

Quem sabe o que esse cretino, lindo e cheiroso poderia fazer a seguir.

Ela suspirou, se estapeando mentalmente, não tinha como julgar a irmã por ter dado pra esse cara tantas vezes. Ela mesma daria (muitas e muitas vezes) se não estivesse envolvida com a criação dos dois filhos dele.