Fanfic: Mãe de Aluguel | Tema: Originais
Charles era o tipo silenciosamente incontrolável. Sempre correndo para lugares que não deveria estar e que ofereciam potencial perigo. A varanda, ainda sem uma tela, a cozinha onde Sra. Fluffy ainda tinha o hábito de guardar produtos de limpeza nas portas baixas.
De repente a vida de Amanda era uma correria interminável para manter o menino vivo brindada pelo choro sem fim de Noah. Ele já estava com quase dois meses e ainda chorava como no dia que havia nascido.
Amanda que nunca tinha esperado nada da vida além de festas, trabalho, comida e banhos decentes. Sem falar num boy magia cheirosão! Agora passava todo o dia rezando pela chegada da noite, onde Luke colocaria Noah em seus braços e faria o garotinho capotar em poucos segundos na super cadeira de balanço.
Dia desses ela se viu em vias de colocar um Rivotril na mamadeira de vidro mais cara que todos os seus sapatos. Como é que vou acostumar essas crianças com a vida média depois que eu arrumar um emprego? E sobretudo, como vou fazer Noah dormir quando resolver sair daqui?
Eram questões a preocupava mais do que o estranho gosto de Charles por comer terra do minhocário. Espera, o quê?
— Puta que pariu, Charles, cospe isso agora.
Ela correu para o menininho que sorridente engoliu a terra com casca de batata e uma... ECA! minhoca vivinha.
— Caralho, o que eu faço com você, meu amor?
Ela segurou o menino no colo, se havia uma coisa que Amanda sempre soube que seria, era uma péssima mãe.
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Luke não se lembrava da última noite em que conseguiu dormir bem, só estava a ponto de enfiar a cara na mesa de trabalho quando o celular tocou. Era Amanda, gritando que Charles havia comido terra do minhocário e ela havia tentado fazer com que ele expelisse e graças a esperteza da Sra. Fluffy o menino tinha tomado o leite e errado e que havia algo como um calmante no leite.
— Você estava tentando envenenar as crianças?
— Claro que não, seu grande imbecil, era pra mim.
— Então, por quê estava no copo Charles?
— A sua empregada espertissima que tirou da jarra e colocou no copo. Estou descendo com ele e Noah ficará com ela. Reze pra que ela não arremesse o pequeno bastardo pela janela.
— Você pode parar de xingar meus filhos?
— Eu não lembro deles serem seus filhos antes de serem meus, pau no cu.
— Você xinga demais. – Ele já estava na garagem. — Em que hospital você está indo?
— A clínica pública na 52th west.
— Você está brincando comigo? Vá para o memorial pediátrico St. Evangeline.
— Você pretende que eu me prostitua?
— Eu vou pagar a conta, demente.
— Você deveria mesmo aprender a insultar. Não que o fato de você respirar já não seja insultuoso o suficiente.
Luke bufou, aquela mulher tinha uma língua incontrolável. Ele apenas resmungou que a encontraria em alguns minutos. Luke conseguia admirar o fato de que Amanda podia cuidar da situação muito bem, ela estava nervosa, mas sua voz não estava chorosa e ela com certeza não precisava do Príncipe Encantado.
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Amanda desceu do táxi com a criança mole em seus braços ao mesmo tempo que o carro do riquinho encostava na calçada.
Ela estava descalça, usando calças de pijama, o menino apoiado sobre o ombro e a bolsa no outro, ela estava catando as moedas para pagar o taxista quando a mão de Luke de estendeu jogando uma nota de cem.
— Fique com o troco. – ele pegou o menino dos braços dela e só então Amanda se deu conta que estava descalça, mal vestida e santo Deus, ela realmente parecia uma mãe.
Onde é que essa brincadeira com a minha cara vai parar?
Luke entrou no hospital, pedindo a internação do menino em seu nome. Uma enfermeira o guiou para a sala de exames rapidamente, Amanda o seguia e as pessoas olhavam com aquela cara de "nossa, que babá estranha"
Mas antes uma babá do que uma mãe. Ela suspirou. Passou as mãos nos cabelos prendendo num coque, preciso cortar esse cabelo, não dá pra cuidar disso tendo dois filhos e nenhuma babá. Luke deixou a criança com a enfermeira e deixou que Amanda ficasse na cadeira ao lado da caminha. A enfermeira começou o processo de desintoxicação da criança.
A mulher loira olhou para o lado e não encontrou o homem, obvio, ele só queria parecer o grande salvador carregando o menino. Ela foi até o corredor, decidida a não julgar, talvez ele só não quisesse ver a criança ser espetada. Mas ele não estava lá, ela fez uma careta. Inútil.
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Meia hora depois, o menino dormia como um anjinho, estava conectado ao soro e ao monitor cardíaco, dentro de um bercinho aquecido. Amanda havia trocado a roupa dele, mas os pés dela pareciam que iam congelar.
Ouviu a porta e se virou um pouco, era Luke. Bufou.
— Agora que a beleza americana aparece. Quer fazer papel de herói de novo? Não vai rolar, ele está dormindo.
— Eu não pretendo ser herói de ninguém, exceto dos meus meninos.
— puff. Você sequer estava presente quando...
— Quando o quê? Você é idiota? Vai esfregar quantas vezes na minha cara que eu não estava presente nos primórdios da existência celular de Charles? Bem, eu tenho uma notícia pra você, sua irmã foi embora! Ela foi embora quando Charles era só um bebê e Noah era apenas um monte de células. – Ele quase gritou, ele gritaria se isso não fosse assustar o menino. — Eu não era útil aqui. Você estava com ele, goste ou não, somos os pais dessas crianças. E eu fui buscar uns sapatos para você. De nada, querida.
Ele saiu e se sentou no corredor após deixar a sacola com sapatos e umas roupas decentes no chão do quarto de Charles. Que menina cabeça dura, custava nada dar uma chance? Mas tudo isso era culpa do maldito Adam, sempre fazendo merda com as pessoas que o cercam.
O celular de Luke tocou.
— Sra. Fluffy?
— O senhor Adam está aqui, Sr. Petrovich.
— O que ele está fazendo aí?
— Disse que veio visitar, ele está no quarto do bebê.
— Merda. Não diga nada para ele sobre Noah e não o deixe sozinho com o bebê, estou indo para aí.
— Sim, senhor.
Autor(a): anneleger
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