Fanfics Brasil - Capítulo 1, Parte 1-Traçando o Destino Contrato de Casamento AyA/Adaptada

Fanfic: Contrato de Casamento AyA/Adaptada | Tema: Ponny


Capítulo: Capítulo 1, Parte 1-Traçando o Destino

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01


TRAÇANDO O DESTINO


O quarto de hotel que Anahi acabara de se instalar não era luxuoso nem simples
demais, mas aconchegante e confortável o suficiente – além de limpo – para que
tomasse um banho relaxante e se espreguiçasse em uma cama macia.
Ela descarregou a mochila com alguns pares de roupa, escolheu o que vestir, foi ao banheiro  e ligou o chuveiro. O vapor embaçou os vidros enquanto se despia. Entrou no box e sentiu a água  bater em sua pele e escorrer, abaixou a cabeça sentindo o corpo relaxar, esfregou os cabelos e
se ensaboou como se estivesse lavando a alma.



Com a água batendo em seu corpo, pensava em todas as coisas que haviam acontecido a ela no último mês. Suspirou se lembrando de todos os seus problemas.



Problemas, estes, que nem teriam começado se não fossem os vícios em jóquei do seu pai.
Henrique Portilla, empreiteiro famoso, dono de umas das mais renomadas construtoras do  país. Mas a ConstruPortilla entrara em decadência por causa dos gastos exacerbados, dos desvios  de dinheiro, dos inúmeros caixas-dois de Henrique para realizar suas apostas nos cavalos.



À longo prazo, a empresa foi perdendo destaque no meio da construção civil, os clientes  migraram para a concorrência, ex-funcionários exigiam seus direitos na justiça, e, quando a família
Portilla deu por si, começavam a falir.
A solução mais fácil para o patriarca da família foi oferecer a própria filha em casamento,  como se ainda vivessem no século XVII, ao segundo nome mais conhecido: Luiz Guimarães de
Orleans.



O acordo nada mais era que, com o casamento, e com a promessa de tirá-lo da falência,  Luiz e Henrique seriam sócios, o Guimarães obtendo, nada mais nada menos, a bagatela de
setenta por cento de toda a empresa.
Ainda que a ConstruPortilla estivesse falindo, continuava a ser uma das melhores companhias  no ramo, e sua valorização no mercado, apesar de tudo, ainda era lucrativa. Além do mais,
ponderou Luiz, com os investimentos certos, o renome dos Portilla seria facilmente reerguido – e tão
logo ele estaria lucrando. O casamento entre Anahi e Miguel de Orleans garantiria que tudo ficasse em família, afinal. E em caso de divórcio, mais uma parcela das ações da ConstruPortilla
cairia nas mãos dos Guimarães.
No entanto, Anahi nunca concordou com tal decisão. Seu pai não poderia simplesmente oferecê-la em casamento, mesmo a Miguel, um homem a quem conhecia desde sua infância, e que até chegaram a namorar em algum momento de suas vidas. Mas com persuasão, e um pouco de drama e chantagem, seu pai conseguiu convencê-la e o casamento fora planejado alguns meses  depois.
Eis que o dia chega e Anahi sente seu coração pesado, sente que não é o correto a se  fazer. Diferente dela, Miguel não se opõe à união. Ao contrário. Ele apoia tal loucura, cego de
paixão por ela desde que pode se lembrar.



Decidida a não dar continuidade ao matrimônio, pensando que encontraria outra maneira de ajudar a sua família e a decadência iminente, ela desiste da união.
Miguel é abandonado no altar.
E desde que tomara tal atitude, Anahi vivia de um lado a outro, mudando constantemente,  vivendo aqui e ali em hotéis, fugindo de um ex-noivo insistente e de um pai furioso. Semanas atrás,  até quis voltar para casa, mas soube que Henrique persistia na união arranjada.



Assim sendo, permaneceu vagando pela cidade, dormindo em quarto de hotéis, comendo em  fast-food. Sua reserva de dinheiro começava a se esgotar e ela não sabia mais o que fazer. Não
queria retornar para a casa e ter que encarar Henrique Portilla e ser forçada a se casar com  Miguel de Orleans.
Olhou para cima deixando a água molhá-la o rosto, procurando como solucionar seus  problemas. Lembrou-se de como sua atitude em abandonar o noivo fora amplamente divulgada na
mídia. Chegou a ver a própria foto estampada em jornais do momento em que saía às pressas da  igreja. E não era para menos. O casamento entre ela e Miguel seria o casamento do ano, a junção  de duas famílias poderosas que uniriam duas das maiores construtoras do país.


Mas Anahi estragou tudo quando quebrou o contrato e desfez o matrimônio.



E que culpa, afinal, ela tinha? Fora submetida a um casamento forçado, sem amor – tudo
para salvar a família da ruína, esta causada pelo seu próprio pai. Seria muito injusto que pagasse
por um erro alheio.



Desligou o chuveiro, enrolou-se na toalha e vestiu-se em seguida. Com a toalha envolvida como um turbante em seus cabelos, pegou o jornal e abriu na página dos classificados, passou os
olhos rapidamente, mordendo a tampa da caneta que segurava na outra mão.
“Preciso de um emprego” era a única frase que ecoava em sua cabeça. Com a família à beira da falência, Anahi não teria mais as regalias que tinha antes de abandonar tudo. E mesmo se tivesse, depois de sua atitude, provavelmente seria deserdada.
Ela não queria muito, apenas o suficiente para se manter. Pensava em alugar um quarto ou
uma casa pequena, quem sabe até dividir o aluguel com alguém. Circulou duas vagas. Recepcionista e Assistente administrativa: as que mais lhe agradou, tanto pelo ofício quanto pelo
salário. Se não desse certo, então aceitaria qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo.
Arrumou seu cabelo com uma escova que lhe ondulou as mechas, desamassou a roupa e saiu pela cidade, em busca das vagas nos classificados.



Anahi passou pelas duas primeiras empresas, mas não obteve sucesso. A primeira, a vaga
de recepcionista, já havia sido preenchida horas antes; a segunda, de assistente administrativa,
exigia experiência profissional de dois anos comprovado em carteira. E ela não tinha tudo isso. Na
verdade, cursara Ciências Contábeis e Administração para ajudar o pai na empresa. Mas não teve
chances, já que os negócios iam de mal a pior.



Voltou frustrada para o quarto de hotel, começava a ficar sem opções e o desespero aflorava em sua pele. Sem emprego não teria dinheiro, sem dinheiro não teria como se manter, e se
não pudesse se sustentar, seria obrigada a se sujeitar a um casamento.
Arrancou os saltos e massageou os pés que doíam, enquanto verificava outra sessão de classificados de outro jornal. Topou-se com uma vaga de secretária para uma empresa chamada
Swiss Chocolate. A candidatura à vaga deveria ser feita pelo site da empresa. Prontamente puxou o notebook da mochila e o conectou à rede sem fio do quarto. Fez sua pesquisa sobre a empresa, já que tinha a vaga impressão de conhecer a marca de algum lugar.
No próprio site da companhia, descobriu ser uma corporação de reputação, com mais de quatrocentas lojas e franquias espalhadas por toda a América Latina, além das fábricas no Brasil, México, Estados Unidos, Espanha e Suíça, esta última sendo sua sede e tendo, também por lá,
alguns pontos de lojas e franquias. Segundo a nota que leu, a empresa foi fundada em 1900 na Suíça pela família Herrera, chegou ao Brasil há cerca de oitenta anos, e foi com sua sede em terras
brasileiras que a marca ganhou status e se expandiu desde à América do Sul até alcançar cidades canadenses. Anahi, então, reconheceu a firma. Já comera algumas trufas Delicious e realmente
tinha adorado.
Pensou em desistir. Uma empresa tão grande como a Swiss Chocolate, com filiais e franquias espalhadas pelo Brasil e mundo a fora, exigiria uma pessoa mais experiente e capacitada para o
cargo. Mas ela tentaria mesmo assim. Quem sabe a sorte não estaria ao seu lado?



Ainda no sítio eletrônico, fez um rápido cadastro, preencheu um currículo e enviou.
Três dias depois, Anahi recebeu um e-mail informando-a que seu currículo tinha sido selecionado para participar do processo seletivo para o cargo que se candidatara. A etapa  ocorreria no dia seguinte, às quatorze horas, no prédio administrativo da empresa.
Anahi compareceria com certeza. Tomando a decisão que traçaria seu destino.


♦♦♦


Anahi chegara a empresa muito bem vestida. O tempo em que tinha regalias propiciou a
ela comprar roupas novas sempre que precisava, ou queria. Agora, seu terno feminino, antes usado
para a empresa ConstruPortilla, caía-lhe bem para a entrevista.



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Autor(a): AliceCristina106

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 50



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  • anamariaponny Postado em 13/04/2019 - 06:37:02

    Posta mais *_*

  • anamariaponny Postado em 13/04/2019 - 06:36:08

    Posta mais.

  • anamariaponny Postado em 11/04/2019 - 06:59:08

    Posta mais.

    • AliceCristina106 Postado em 13/04/2019 - 03:45:57

      Continuando <3

  • anamariaponny Postado em 11/04/2019 - 06:58:36

    Posta mais u.u

  • anamariaponny Postado em 11/04/2019 - 06:57:54

    Cada vez mais interesante...

  • anamariaponny Postado em 09/04/2019 - 06:22:09

    Posta mais *-*

    • AliceCristina106 Postado em 11/04/2019 - 05:09:17

      Continuando <3

  • anamariaponny Postado em 09/04/2019 - 06:21:33

    Não acredito que ele pegou ela pelada kk

    • AliceCristina106 Postado em 11/04/2019 - 05:08:44

      Que constrangedor ksks.

  • anamariaponny Postado em 09/04/2019 - 06:18:55

    Alfonso já está começando a sentir algo kk

  • anamariaponny Postado em 08/04/2019 - 07:09:35

    Posta mais porfavor

    • AliceCristina106 Postado em 09/04/2019 - 03:35:59

      Continuando :)

  • anamariaponny Postado em 05/04/2019 - 16:41:45

    Posta mais u.u


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