Fanfics Brasil - Nada nem ninguém Traiçoeiras - Portiñón

Fanfic: Traiçoeiras - Portiñón | Tema: Rebelde, AyD, Portiñón


Capítulo: Nada nem ninguém

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Anahí Puente Point of View.


Todo mundo, mesmo que contra a sua vontade, encontra alguém pelo caminho da vida que faz questão de lhe proporcionar as melhores aventuras, não é? Como isso não poderia ser diferente comigo, eu tenho Angelique Boyer, também conhecida como minha melhor amiga, para me forçar a acompanhá-la em todas as loucuras que ela faz.


E olha que ela faz várias. Principalmente relacionadas a festas.


Apesar de hoje não ser um dos dias mais propícios para curtições, já que ainda se tratava de uma quarta-feira, Angelique me obrigou a comparecer em uma boate perto da cidade. E eu, burra como sempre, não consegui nem contestar o capricho dela. Admito que ser tão idiota é exaustivo às vezes.


Decidi me divertir. Quando Angelique me trazia para lugares como esse, em quase cem por cento das vezes eu ficava sentada em qualquer espaço mais calmo que eu encontrava para tentar fugir da turbulência que as boates em si proporcionam. Entretanto, dessa vez eu quis inovar. Já estava cansada dos comentários alheios que consistiam em reclamar da minha extrema falta de entusiasmo. Afinal de contas, dançar uma vez ou outra não fazia mal a ninguém. Sem pensar muito, porque talvez se eu pensasse mais do que deveria toda essa coragem pudesse vir a ser mandada para o inferno, eu me desloquei para a pista de dança.


Percebi que muitos olhares caíram sob mim no mesmo instante. E ao invés de me incomodar em estar sendo relativamente o centro das atenções, eu confesso que... gostei? Sim. Eu gostei sim. Gostei, inclusive, de assistir a Angelique me olhando com um sorriso nos lábios, tentando me incentivar a continuar.


Eu dançava na batida da música. Meu corpo parecia ter vida própria. Dançar não era nenhuma dificuldade para mim, tampouco sensualizar durante as reboladas. Desde muito pequena eu tinha facilidade em ambas as coisas, o que era bom.


Depois de muito tempo apenas me olhando, Angelique veio ao meu encontro para dançar comigo. Isso me deu uma tremenda nostalgia. Tal coisa acontecia com frequência antes de eu quebrar a cara no meu último relacionamento. A decepção me fez mudar tanto que eu até esqueci como era bom me divertir.


E melhor ainda era fazê-lo com Angelique.


— Vou ao banheiro. — praticamente berrei em seu ouvido devido à altura que a música se encontrava. Essa era a única forma de fazê-la me escutar. Angelique sorriu e berrou de volta que estaria me esperando no mesmo lugar. Assenti e tracei a minha jornada até o banheiro. Poderia ter sido uma tarefa bem mais fácil se eu não estivesse sendo esmagada pelas pessoas ao meu redor. Eu já tinha vindo aqui umas três ou quatro vezes no máximo, mas eu não me lembro de já ter encontrado essa boate tão lotada quanto hoje.


Era uma espécie de dia especial?


Além da minha dificuldade para andar em meio àquele acúmulo de gente, eu ainda tive que ouvir comentários maldosos e maliciosos a cada passo que eu dava. Me senti enojada com a capacidade das pessoas de se tornarem mais babacas a cada dia.


O que custa ter um pouquinho de educação? Não dói, nem prejudica ninguém. Muito pelo contrário.


— Finalmente. — murmurei para mim mesma quando atravessei a porta do banheiro. Era horrível a minha falta de costume de lidar com lotações extremas. Acho que já era hora de eu pensar bem antes de ceder aos convites de Angelique.


Posicionei-me na frente do espelho, encarando o meu próprio reflexo. Eu não estava nos meus melhores momentos. Boa parte da maquiagem se desfez, assim como havia pingos de suor por todo o meu corpo. Com certeza foi por causa da minha performance na pista de dança.


Isso era o mesmo que estar assassinando a minha vaidade.


Estava retocando a minha maquiagem quando senti a presença de alguém ao meu lado, fitando-me seriamente. Engoli em seco antes de virar o meu corpo para poder olhá-la. Foi então que os seus olhos passaram a me analisar da cabeça aos pés. Eu podia vê-los brilhando enquanto me estudavam da forma mais fodidamente intensa possível. Sentia-me perturbada com toda a intensidade exposta através daquela imensidão castanha.


Quem diabos era aquela mulher? Por que ela estava me olhando tanto?


— Quer me dizer alguma coisa? — tomei a iniciativa de começar uma conversa, já que estava nítido que ela não tinha nenhuma condição de fazê-lo. Ela parecia paralisada, encantada... Hipnotizada até.


— E-eu... Eu passei tanto tempo querendo te encontrar. Nem acredito que eu finalmente consegui. Claro que eu esperava que fosse em um ambiente totalmente diferente desse, mas... Deus! Eu não acredito que você está bem na minha frente. — ela disse emocionada, cobrindo a boca com as duas mãos. Não pude deixar de arregalar os olhos ao ouvi-la. Mas do que diabos ela estava falando? Por que ela queria me encontrar? Eu nem a conhecia. Nunca a vi na minha vida. Ou será que já? Sei lá, talvez ela seja um dos meus casinhos momentâneos que só duram enquanto o álcool está em mim. No entanto, por ora eu realmente tinha a sensação de nunca tê-la visto antes. Não era como se ela fizesse o tipo de mulher que dava para apagar da memória com tanta facilidade.


— Como? Perdão, eu não entendi. Por acaso nós nos conhecemos?


— Mas é claro que sim, como não? — o sorriso que estampava seus lábios deu espaço para a seriedade, logo seus olhos adquiriram uma coloração mais escura. Acho que temos alguém de olhos bem expressivos por aqui. — Você realmente não se lembra de mim? Não sabe quem eu sou?


— Não. Não faço ideia. — a vi passar as mãos pelos cabelos, frustrada. Minha resposta pareceu abalá-la. Ok, isso estava meio bizarro. Na verdade, estava muito bizarro. Bizarro demais pro meu gosto. — Vem cá, você não está procurando uma maneira de se aproximar de mim não, está? Se sim, eu sinto muito, mas eu já cansei de cantadas baratas por hoje.


— Não, não é isso. Essa seria uma péssima forma de se aproximar de alguém.


Ri involuntariamente.


— É. Acho que estamos de acordo.


— Mas isso é tão... — respirou fundo. — Eu não deveria ser uma estranha para você.


— Por que não? De onde você me conhece afinal?


— Vo-você n-não... — começou a gaguejar, nervosa. — Você não acreditaria se eu te contasse.


— Acho melhor você tentar a sorte, caso contrário eu vou sair por aquela porta e vou querer você bem distante de mim, porque esse papo já está ficando incomum demais. — cruzei os braços na altura dos seios, séria. A desconhecida fechou os olhos por alguns segundos, parecia estar pensando em como dar início à fala.


— Tá, tudo bem, tudo bem. Eu conto. Só espero que você não fuja de mim e faça eu me arrepender amargamente de ter te contato. Eu... — ela respirou fundo mais uma vez, tomando impulso. — Há cerca de três anos eu sonho com o teu rosto todas as noites. Você pode estar certa em não se lembrar de mim, porque há uma grande chance de nós nunca termos nos encontrado, mas como isso seria possível? Como seria possível eu sonhar e fantasiar inúmeras coisas com você se, aparentemente, nós não nos conhecemos?


— Ok, você é mais surtada do que eu imaginava. — guardei todas as minhas maquiagens na bolsa, maquiagens estas que essa louca não permitiu que eu usasse, olhei-a pela última vez e tentei passar por seu corpo para caminhar pro mais longe que me fosse concebível. Contudo, senti a mão dela colar em meu braço, prendendo-me contra si. — O que é isso, garota? Me solta ou eu vou gritar.


— Pelo amor de Deus, olha... Eu não quero te fazer nenhum mal, tá? Eu sei que parece loucura, talvez seja mesmo, mas eu também quero entender o que isso significa. Você não vê que eu estou confusa? Que assim como você eu também estou perturbada com essa história? — sua voz saía em um tom desesperado, demonstrando que ela estava falando a verdade. Ou talvez não passasse de uma boa atriz, não é? Não dava para saber. — Se você quer ir embora, tudo bem, pode ir. Eu não vou te segurar mais. — soltou o meu pulso, deu um passo para trás e levantou os braços em sinal de rendição. — Mas se você acha que eu mereço um voto de confiança para te explicar melhor sobre mim e sobre esses sonhos que eu tenho com você, por favor, ao menos me dê o número do seu telefone. Ou melhor, marque um encontro comigo. É só o que eu te peço. Pode ser no lugar que você quiser.


— Um encontro? Você acha que eu sou ingênua a esse ponto? E se você for uma louca? Uma estupradora? Ou uma psicopata?


— Eu pareço alguma dessas coisas para você?


— Na verdade, não. Você não parece. — ela não parecia mesmo. A única coisa que eu via quando olhava em seus olhos era que à minha frente existia uma mulher que estava completamente perdida. — Eu não sei. Um encontro não me parece bom.


— É só para conversar. Eu não sei que tipo de mulher você acha que eu posso ser, mas eu já disse que deixo você escolher o lugar. Sei lá, pode ser em um ambiente público, onde você se sinta mais confortável, mais confiante...


— Tudo bem. Agora sou eu que espero que eu não me arrependa. — suspirei, rendendo-me àquela carinha de cachorro sem dono. — Tem uma praça aqui do lado...


Fui interrompida.


— Na praça está ótimo. Perfeito.


Fiz uma careta, estava confusa com a sua reação.


— Então tá. O nome dela é...


— Eu acho ela. Não se preocupe.


Tudo bem, eu entendo que ela esteja desnorteada, mas custava fazer um esforço para ser um pouquinho mais normal?


— Certo. Às 15:00 em ponto. Não se atreva a se atrasar. — disse seriamente, preparando-me para dar as costas a ela. Entretanto, antes que eu pudesse passar pela porta do banheiro, a sua voz me fez parar para olhá-la.


— Desculpa, é que... Eu ainda não sei o seu nome.


— Anahí. Meu nome é Anahí.


— Obrigada por ter me dado a oportunidade de conversar com você, Anahí. A propósito, eu me chamo Dulce.


Eu não disse nada, apenas assenti e saí daquele cubículo rapidamente. Sentia-me zonza pós-conversa. Tudo que essa garota me falou não fazia sentido algum. Dizer que sonha com o meu rosto todas as noites parece historinha para boi dormir. Mas por que apesar da falta de nexo, eu sinto bem no meu íntimo que eu devo conversar com ela? A forma que ela me abordou era como se ela realmente me conhecesse... Ou como se já tivesse visto o meu por rosto por aí, que foi o que ela deu a entender. Mas onde? Como?


Estou confusa. Quanto mais eu penso sobre isso, mais confusa eu fico e mais tentada a furar com esse encontro marcado eu me sinto.


Procurei por Angelique. Demorei para encontrá-la, porém consegui. Ela estava no bar e havia abraçado o Christian. Estava bêbada. Muito, mas muito bêbada. Eu demorei tanto assim dentro daquele banheiro? Porque pelo que eu me lembro, antes de eu ir até ele, Angelique estava quase que cem por cento sóbria.


Zeus!


Essa noite estava fazendo menos sentido a cada segundo.


Com a ajuda de Christian, eu consegui levar a minha melhor amiga para a minha casa. Achei que seria melhor que ela ficasse comigo em vez de deixá-la no seu apartamento, assim eu iria poder cuidar dela.


E foi o que eu fiz. A fiz vomitar, dei banho, preparei uma sopa, dei na boquinha... Até coloquei para dormir. Cuidei direitinho, como uma boa amiga faria. Agora eu só queria saber quem iria cuidar de mim.


Giovanna Portilla Point of View.


Portilla Enterprise, 09:00h.


— Bom dia. — enquanto eu me deslocava até a sala que o meu tio triunfava, um sorriso estampava meu rosto. Estava feliz. Feliz porque iria vê-lo. Encontrar com William era a melhor coisa do meu dia. — Estou te atrapalhando? — indaguei ao abrir a porta.


— Claro que não, meu amor. Você nunca atrapalha. Vem cá. — chamou-me com o dedo indicador e eu não contive um sorriso. Fui até ele, sentei-me em seu colo e apoiei as mãos em seus ombros. Ele pareceu surpreso com a atitude, mas não se moveu. Deixou-me ficar naquela posição. — O que faz aqui?


— Eu quis passar para te ver. Você não foi me dar bom dia antes de sair para trabalhar e... Acho que eu fiquei com saudade.


— Eu fui ao seu quarto, mas quando eu cheguei lá você estava dormindo tão tranquilamente que eu não quis te acordar. — ele sorriu. — Estou surpreso que você esteja de pé tão cedo. — deu dois tapinhas na minha bunda, indicando que eu deveria sair de seu colo. Revirei os olhos e levantei-me. Dei uma volta na mesa e apoiei as minhas mãos na mesma, curvando-me diante dela. Fiquei totalmente inclinada.


— Vou às compras.


— É mesmo? Com quem?


— Adivinha.


— Belinda. — sorri, assentindo em seguida. — Tão previsível, Giovanna.


— Em alguns quesitos, sim. Em outros eu posso ser maravilhosamente surpreendente.


William olhou de mim para o notebook à sua frente, depois do notebook para mim.


— Posso apostar que sim.


— Bom, você quer que eu traga algo para você?


— Não precisa. Acho que eu comprei tudo que estava faltando na última viagem que eu fiz com você.


William e eu costumávamos fazer muitas viagens juntos. Mesmo ele sendo um homem terrivelmente ocupado, sempre que eu fazia um charminho, ele largava tudo e todos e atendia os meus desejos. Tudo e todos engloba até as vagabundas que ele insiste em pegar.


A última viagem que fizemos foi há uma semana. Eu estava contando os dias para a próxima. Nada era tão bom quanto ter a sua atenção dedicada exclusivamente a mim.


— Tudo bem. Tenha um bom trabalho. — despedi-me com um beijinho suave em sua bochecha, mas Zeus! Como eu queria poder beijar em outro lugar.


— Boas compras, querida.


(...)


— Às vezes você não disfarça como é apaixonadinha pelo seu tio, não é? — Belinda riu ao ouvir-me contar sobre o papo que eu tive com o William mais cedo. Estávamos andando pelo shopping com inúmeras sacolas nas mãos. Mal tínhamos condições de carregar todas. — Ele é um otário de não perceber como você se insinua e dá em cima dele o tempo todo.


— Olha a maneira como você fala dele. — disse entredentes, minha paciência não sabia lidar com pessoas falando mal do meu tio, ainda que o intuito não fosse bem esse. — Ele só se sente muito responsável por mim desde a morte dos meus pais. Só isso. O fato de ele me ver como alguém que deve cuidar o impede de me olhar de uma maneira mais interessante.


Belinda e eu fomos para a praça de alimentação. Chegando por lá, procuramos uma boa mesa para nos sentarmos.


— Você não acha muito absurda essa sua paixonite por ele? Tio é como se fosse um pai.


— É como se fosse, mas não é. Além do mais, para de falar como se o William fosse um velho. Ele só é seis anos mais velho do que a gente. — argumentei fazendo pouco caso; meus lábios apertaram em um sinal de puro estresse. — A propósito, eu não sou apaixonada pelo meu tio. Estou longe de ser, inclusive. Apenas sinto uma atração muito forte que às vezes não dá para controlar.


— Ele já deu alguma brecha para você? Mesmo que mínima? — Belinda me questionou com interesse. Analisei-a por alguns instantes, pensativa.


— Não. Acho que não. Se bem que... Na última viagem que nós fizemos, eu achei que ia rolar alguma coisa. Mas aí a vovó ligou pedindo para nós voltarmos e isso detonou a minha oportunidade. — ao explicar, senti a raiva me invadir. A mesma raiva que me dominou no dia que ela ligou.


— O que a sua avó queria?


— O mesmo de sempre. Ela achava que tinha encontrado pistas de que a Anahí ainda possa estar viva. — ri com escárnio, revirando os olhos.


— E você não acha que existe essa possibilidade? Ninguém nunca encontrou o corpo da sua irmã, Giovanna. Vai que...


A interrompi.


— A Anahí já era. Eu sei. Eu sinto. E daí que nunca encontraram o corpo? Isso não significa que ela vai aparecer uma hora ou outra. Muitos anos se passaram, Belinda. Se ela estivesse viva, ela teria dado um jeito de se comunicar com a gente. — rosnei, incomodada com o rumo que essa conversa estava levando.


— É, pode ser que você tenha razão. Mas também pode ter acontecido o caso de ela ter crescido sem saber quem é de verdade. Sei lá, amiga.


— Você parece a minha avó falando. — o meu tom de voz saiu ríspido e arranhado. Desfiz a careta e esbocei um semblante repleto de cinismo. — Entende uma coisa, Belinda: a minha irmã morreu. É com essa história que eu vivi até agora e é com essa história que eu vou continuar vivendo até o fim dos meus dias. Os mortos devem ficar mortos. Essa é a única coisa que eu sei.


“Os mortos devem ficar mortos”. Isso valia tanto para a Anahí, quanto para a minha querida esposinha, ou melhor, ex-esposa, Maria. Elas estavam fora de circulação. Eu não deixaria que nada nem ninguém provocasse a volta delas para o meu caminho.


Nada nem ninguém.



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Autor(a): traicoeirasportinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 24



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  • Gabiih Postado em 09/04/2019 - 17:00:20

    Cadê tu?

  • vicunhawebs Postado em 08/04/2019 - 16:33:20

    Cadê vc????

  • vondyta Postado em 07/04/2019 - 15:54:36

    continua pleaaase!

  • vondyta Postado em 07/04/2019 - 15:54:29

    continua pleaaase!

  • vondyta Postado em 07/04/2019 - 15:54:24

    continua pleaaase!

  • vondyta Postado em 07/04/2019 - 15:54:17

    continua pleaaase!

  • vondyta Postado em 07/04/2019 - 15:54:09

    continua pleaaase!

  • vondyta Postado em 07/04/2019 - 15:53:59

    continua pleaaase!

  • vondyta Postado em 07/04/2019 - 15:53:29

    continua pleaaase!

  • vondyta Postado em 07/04/2019 - 15:52:28

    continua pleaaase!


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