Fanfic: 100 razões pra amar você😍- Reta Final! | Tema: Vondy, Ponny, Rebelde, Drama, Sobrenatural, Família

Meu sorriso era enorme desde que comentei com Dulce que desejava a acompanhar novamente em sua consulta. Ela havia concordado sem relutancia alguma e aquilo havia feito meu estômago borbulhar em nervosismo; me senti como um adolescente com seu primeiro amor

-como está se sentindo?- perguntei quando percebi que ela parecia ausente
-bem- ela falou, vaga. A olhei por alguns segundos. Seu cabelo ruivo voava ao vento

Estávamos do lado de fora do predio da empresa, esperando um táxi. Dulce insistiu que não fossemos com nossos carros por sempre ter alguem da imprensa nos seguindo. Concordei.

-estive pensando...-comecei- o que acha de um jantar... na minha casa.... só eu e você?- falei lhe dando um sorriso. Dulce me olhou de certa forma surpresa
-tem certeza? quero dizer... você havia dito que queria ir devagar...
-é só um jantar, Dulce...
-isso me lembra- ela disse exibindo um sorriso- Annie e Poncho foram ter um jantar a alguns dias atrás...
-é, eu sei...-falei corando. Dulce me olhou boqueaberta
-você sabe da primeira vez deles?
-primeira vez?- falei quase me engasgando com o ar ao falar

Dulce apenas riu, colocando a mão no rosto

-eu não devia ter falado, desculpa...
-não, tudo bem...
-Annie é sua irmã... eu não tinha pensado e...
-tudo bem, dul...- a tranquilizei e então um táxi finalmente parei

Entramos apressadamente e demos o endereço que queriamos ir

-eu menti- ela disse após alguns minutos- estou nervosa...- disse me encarando com os olhos marejados.

Não consegui ter reação alguma senão lhe abraçar e tocar seu rosto lhe acariciando

-eu vou estar com você o tempo todo...-sussurrei em seu ouvido, lhe beijando a bochecha em seguida
-você é bom demais pra mim Christopher...

Sorri, lhe dando um selinho; este foi correspondido, logo se tornando um beijo mais intenso. Paramos, percebendo aonde estávamos

-preciso que me prometa uma coisa...-ela falou após se indireitar para se recompor. A olhei curioso
-claro... o que?
-se eu piorar... e um dia eu ficar a ponto de precisar de aparelhos pra sobreviver... eu quero morrer- ela disse decidida. Um calafrio percorreu meu corpo
-credo Dulce... eu não vou...
-eu preciso que me prometa isso Christopher. Meus pais estão mortos, eu não tenho família... você é tudo que eu tenho- ela disse me olhando nos olhos. Estava séria. Prendi a respiração, a muito tempo não a via falando tão serio e aquilo partiu meu coração. Imaginar Dulce doente a modo que precisasse sobreviver por aparelhos...
-eu prometo.- falei me virando para uma das janelas

O resto do caminho foi percorrido em silencio. Eu não conseguia dizer uma única palavras desde que a imaginei morrendo. A ficha sobre sua doença ainda não havia caido completamente e a medida que ela caia meu coração se apertava. Sai de meus devaneios quando o carro parou. Descemos, ainda em silencio

-chegamos...- Dul disse olhando o prédio por alguns segundos. Estava claramente nervosa. Me aproximei, pegando em sua mão. Ela me olhou assustada
-estamos juntos nessa- eu falei com um sorriso

Ela sorriu como resposta e então entramos. A recepção foi rápida, tudo o que foi necessário foi Dulce mostrar um documento de identificação e aguardar sua vez. Sentamos próximos a um extintor de incendio e um bebedouro, Dulce permanecia quieta; quieta demais, desde que chegamos...

-vai ficar tudo bem- cochichei. Ela apenas me olhou de canto de olho. Apertei sua mão, mas ela não esboçou reação alguma
-Dulce Maria?- uma voz chamou vindo de um corredor a nossa direita. Olhamos e vimos uma enfermeira com uma prancheta na mão. Dulce se levantou, nervosa

E entao caminhou em direção à enfermeira.