Fanfic: 100 razões pra amar você😍- Reta Final! | Tema: Vondy, Ponny, Rebelde, Drama, Sobrenatural, Família

Dulce divertia-se com seu sorvete como uma criança, se lambuzando e sorrindo o tempo todo. Era dificil acreditar que a mulher na minha frente sofria de câncer e que havia acabado de ter sua primeira seção de quimioterapida. Sorrateiramente uma vontade de chorar tomou conta de mim, então abaixei meu rosto, focando em meus pés. Eu ainda não podia acreditar que Dulce Maria, a minha Dulce, estava passando por isso...

-eu sempre adimirei sua força- ela disse de repente, me fazendo a encarar assustado
-desculpe, o que?
-sua força... eu sempre adimirei- disse dando outra lambida no sorvete de casquinha. Senti vonta de rir; engraçado como estar com Dulce me enche de emoções como uma montanha russa de emoções...
-não me enxergo dessa forma- adimiti cabisbaixo
-eu sei- falou dando outra lambida- por isso mesmo estou falando. Passei muito tempo de minha vida te pondo pra baixo Christopher... você é baixinho? sim. Parece uma criança perto de homens como o Alfonso, por exemplo? sim- eu revirei os olhos ao ouvir a compração- entretanto, você tem algo que nenhum homem jamais terá...- ela disse me encarando com os olhos brilhando e cabelos voando ao vento.

Franzi a testa imediatamente ao ouvir aquilo

-o sobrenome uckermann?

Dulce revirou os olhos, dando outra lambida em seu sorvete

-você é forte, Christopher. Você lutou sua vida toda pras pessoas te reconhecerem, chegou ao topo do mundo, comanda uma das maiores empresas do mundo e é uma pessoa incrivel! E, sinceramente... você ficou um gato depois que começou a se cuidar- disse dando outra lambida no sorte

Sorri

-você acha que fiquei um gato é?
-uhum- ela me olhou de canto de olho, enquanto lambia o sorte. Apenas ri
-obrigado Dulce... significa muito pra mim
-imaginei que depois de passar a vida toda apenas destacando o que não gostava em você tava na hora de destacar o que eu gostava- falou enfim terminando seu sorteve e se limpando com o guardanapo
-pronta pra ir pra casa?- falei pegando meu celular e o olhando. Havia mais de dez chamadas não atendidas. Apenas as ignorei
-sim... estou exausta!- falou se espreguiçando- posso ir deitada no seu colo no táxi?
-se você quiser ir pra sempre deitada em meu colo, eu que não vou reclamar!

Chamamos o táxi e fomos até a casa de Dulce, que insistiu que eu ficasse para comer algo. Ela estava claramente exausta mas mesmo assim me fez um café e alguns biscoitos que por sinal estavam deliciosos

-receita da vovó saviõn- falou enquanto dava uma boa mordida no biscoito. Eram adocicados e amentolados, doces e refrescantes ao mesmo tempo como a primavera
-são incriveis!- falei com a boca cheia de biscoitos. Farelos de massa voaram em toda mesa e Dul gargalhou em seguida
-você se lembra dela?- falou olhando para um quadro atrás de mim. Nele estavam senhora e senhor Saviñon, pais de Dulce. Prendi minha respiração por um momento, falar de nossos pais não era algo que costumávamos fazer com frequencia...
-vagamente- adimiti
-tenho a impressão que não me lembro mais e comecei a inventar minhas memórias- falou em um tom triste. A olhei querendo a abraçar, mas me contive- será se me amavam mesmo ou inventei isso pra me sentir melhor?- ela exibia um sorriso fraco, cansado- será se estariam tristes de saber de minha doença hoje?
-eles estariam arrasados- falei firme, a olhando nos olhos. Dulce sorriu doce, se pondo de pés
-acho que vou me deitar... estou me sentindo exausta! Ja esta tarde... dorme no quarto de visitas, ok?- falou com um sorriso e então foi em direção ao seu quarto. Olhei para o quadro de seus pais novamente, sentindo um comixão em minha mão...

Flashback- 8 anos atrás

-por favor Dul não faz isso- falei pulando o mais alto que pude. Dulce estava com meu coelho de pelúcia em cima da árvore de seu quintal. Estávamos, mais uma vez, em sua casa brincando. Nossos pais sempre se viam para discutir algo de trabalho e acabávamos sempre brincando no quintal da Dulce Demonio Maria
-Christopher você tem quantos anos pra ainda brincar de bichos de pelúcia? E isso não é brincadeira de menina?- falou a ruiva sardenta de cima da árvore

Sem que esperássemos uma pedra acertou a testa de Dulce como uma flechada. A menina caiu com tudo no chão, ao meu lado. Permaneci parado sem reação a olhando se contorcer no chão de dor. Havia sangue em toda sua cara e ela gritava de dor. Annie apareceu com um estilingue em mãos, pegou meu ursinho e me entregou, olhando então para Dulce com cara de brava

-se continuar mexendo com meu irmão eu vou cortar sua mão fora!- falou fazendo pose. Dulce correu com tudo para dentro de casa, pingando sangue para todos os lados
-uau!- falei olhando o rastro de sangue que a garota tinha deixado para trás. Annie me olhou de perto, me dando um soco no ombro em seguida
-vou levar uma bronca daquelas pq você é um marica!- falou brava
-eu não tenho culpa, ela tem o dobro do meu tamanho...
-você devia ser capaz de dar uma cabeçada no estômago dela então!-protestou se sentando no chão- como está o sr. Flofus?- se referiu ao meu ursinho. Analisei suas orelhas longas e rosto felpudo, tudo estava perfeitamente em ordem
-ele está bem!- falei o abraçando
-bom... que bom que valeu a pena- disse fazendo uma careta

Como se ja imaginsse, logo um grito com seu nome veio de dentro da casa. Nos paralisamos, logo nossos pais, Marie Christina Uckermann e Enrique Puente apareceram. Estavam com semblante furiosos

-você jogou uma pedra na Dulce?- Marie disse indignada. Nosso pai vinha logo atrás com cara de assustado
-eu mirava em um pássaro que estava perto- Annie se justificou com um biquinho
-ah, não... você não faça essa cara que eu não vou comprar não!- mamãe falou apontando para Anahi- o que aconteceu Christopher?- ela me olhou e eu gelei. Alternei o olhar para Annie e para nossos pais, sem saber o que dizer
-Anahi diz a verdade?- Enrique falou, vendo que eu não dizia nada

Permaneci mudo

-obvio que ela está mentindo!- mamãe disse levando a mão a testa- duas semanas de castigo, entendeu? os dois!- disse me olhando como se me fuzilasse com o olhar
-o que?- Annie disse chateada- mas mãe...
-sem mas, Anahi Puente Uckermann!

Olhei em direção da casa. Blanca Saviñon e Fernando Espinoza nos encaravam; Blanca tinha Dulce no colo, ainda sangrando.

Fim do Flashback