Fanfic: 100 razões pra amar você😍- Reta Final! | Tema: Vondy, Ponny, Rebelde, Drama, Sobrenatural, Família

Senti meus olhos marejarem, minha respiração estava inconstante e meus batimentos cardíacos pareciam não existir a esse ponto. O vento frio, a neblina, o silencio mórbido... tudo contribuía para que eu me sentisse vazio. Nem mesmo o eminente perigo parecia me fazer querer reagir. Seria assim estar em choque? 

Consegui ouvir, baixo e distante, a voz de Alfonso gritando algo. 

Mas não interessava, não naquele momento. Tudo o que conseguia ver, ouvir e sentir era o que estava à minha frente. O corpo imóvel de Christian, seu cranio com um corte enorme e suas roupas ensanguentadas. Nada mais fazia sentido... 

Quando as coisas chegaram neste ponto? O que estava acontecendo... 

-quem é você?- perguntei com a voz embargada. Podia ainda ouvir os gritos de Alfonso, xingando Dan. Mas diferente do que imaginei, a voz vinha de trás de mim, não de uma distância substancial... 

-eu já disse- Dan riu, como se falasse algo extremamento óbvio. 

-quero saber porque fez isso!- gritei em fúria, me virando para ele. Dan me surpreendeu com um soco no rosto. 

Fui de encontro ao chão úmido e revirado, ao lado da cova em que Christian estava. O contato com a terra me fez estremecer... parecia que eu havia esquecido estar vivo, e isso me fez relembrar. A dor veio em seguida, parecendo queimar meu rosto. 

-não se engane, sr. Uckermann- ele riu novamente- não sou eu o responsável por nada... 

Dan caminhou até a porta da casa silenciosamente. Olhei Poncho, ainda pensando no que fazer. 

-querem saber o porque isso tudo aconteceu?- falou olhando pelo ombro- me siga. 

E entrou na casa, deixando apenas o frio e silêncio para trás. 

Pov Maite 

-hoje... hoje tudo isso irá acabar! Finalmente- Maicon falou com ódio na voz, era perceptível, mesmo no escuro, que seu rosto apresentava um sorriso sarcástico- Christopher e Alfonso já chegaram para a festa- sorriu, olhando para Annie diretamente. 

Gelei por um momento. O que ele pretendia? E Christian... o que aconteceu com meu irmão? 

-Christopher? Pon...cho...?- o temor na voz da loira era perceptível. E não era pra menos... 

-não se preocupe- Maicon se levantou, batendo as mãos na roupa, como se as limpasse de pó- voces logo se encontrarão... 

-Christian- balbuciei sentindo meu corpo todo estremecer- onde está meu irmão... 

Maicon me fitou com ódio no olhar. 

Estremeci novamente, tudo que envolve este homem sempre me soou aterrorizante. 

-não imagina como me arrependo, Maite- iniciou ele, me encarando imóvel- você e seu irmão se tornaram nada além de decepção...como puderam virar amigos de meus maiores inimigos?- Maicon apontou na direção de Anahi, que me olhava confusa. 

-eles não são os monstros que você disse que eram!- eu podia sentir minha mão tremula e minha uma dor estridente em minha perna direita 

Maicon revirou os olhos. 

-por favor... pai...-uma lágrima teimosa escorreu em meu rosto, mas nada daquilo importava agora.- só quero meu irmão... 

-Christian está morto- Maicon disse de forma fria, como se não houvesse impacto algum naquela frase, nada que valesse a pena processar ou sentir. 

Aquelas palavras... foram aquelas palavras que fizeram meu mundo parar. Morto. Como ele poderia? Como ele teria coragem? Morto. Não... nem mesmo Maicon seria tão cruel, tão monstruoso... não é mesmo? Morto. A palavra ressoava em minha mente enquanto o encara sem reação alguma. Maicon possuia um olhar enigmático. Não era o mesmo olhar autoritário e presunçoso de sempre... era algo confuso, talvez... triste? 

-m...morto? 

O chão frio, a escuridão quase completa, o silencio amedrontador... seria por esse motivo que me sentia tão oca? Tão perdida... 

Eu deveria me sentir triste, estar desesperada... Morto. Mas tudo o que consigo sentir... é uma raiva descomunal. Morto! 

-eu dei a vocês uma missão!- falou por fim, sério- voces deveriam vingar do que os pais dos uckermann fizeram comigo!- falou ainda sério 

-meus pais?- Anahi estranhou imediatamente 

Maicon se virou para ela, visivelmente irritado. 

Mas não houve tempo de falar nada, a porta se abriu e por ela passou um homem de estatura mediana, pele bronzeada, cabelos pretos encaracolados e algumas tatuagens pelo braço. Vestia uma regata, apesar do frio excessivo, e calça moletom preta. A camisa estava suja de algo que parecia terra... e sangue. 

Espere... atrás dele, Christopher e Alfonso entraram, silenciosamente. 

-Poncho! Chris...- Anahi disse com os olhos cheios de lágrimas.