Me levantei e apenas acompanhei Dulce até a porta de sua casa, quando finalmente já estávamos do lado de fora pude respirar aliviado e finalmente perguntar oque havia acontecido ali, mas pela cara que ela estava, achei que não era o momento ainda. Peguei em sua mão por impulso e a guiei até meu carro, ela entrou sem dizer nada, quando sentei ao seu lado em frente ao volante, finalmente tive coragem de falar algo, seus olhos estavam lacrimejando, e ver ela daquela forma e não fazer nada a respeito, me causava um sentimento ruim por dentro.
- Hey, não fica assim.. Diz pra mim, o que foi aquilo lá dentro? - Ela limpa uma lagrima que insistia em cair e respira fundo pra evitar que outras desçam
- Eu to cansada, Christopher, é sempre a mesma coisa, eles me tratam como se eu fosse uma menina de 13 ou 11 anos, eu já sou uma mulher, não preciso desse sermão todo e muito menos de um interrogatório .- Ela diz olhando diretamente pra mim, pude sentir a dor em suas palavras e por impulso a abracei.
- Não fica assim, Dul.. vai ver eles fazem isso porque você é a menina preciosa deles, já olhou pra si mesma? olha como você é linda, tem um rosto que parece de anjo, um cabelo tão macio quanto nuvem, pele suave e cheirosa a ponta de deixar qualquer um que chegue perto embriagado, e sei que nos conhecemos apenas ontem, mas me dei ao direito de observar e sentir tudo isso enquanto você dormia. - Ela me olhava atenta a cada palavra, e sem perceber, eu já havia falado tudo sem nem me preocupar com oque ela diria depois.
- Você me observou enquanto eu dormia? - ela pergunta atenta
- Sim, observei - me ajeitei e dei partida no carro, ela colocou o cinto e não disse mais nada. Quando chegamos ao nosso destino, parei o carro e ela olhou esperando que eu dissesse algo, mas fiquei em silencio.
- Onde vamos? - Ela pergunta enquanto tira o cinto e ajeita seu vestido soltinho e florido que realçava mais ainda suas curvas.
- Comprar alinças, nenhum casal de noivos fica noivo sem as alianças, lembra?
- Você tem certeza que quer continuar com essa ideia? - ela morde o lábio inferior e seus olhos esperam por minha resposta.
-Tenho sim, minha noiva. - Solto uma risada fraca e saio do carro, ela logo sai também, pego em sua mão e entramos juntos na grande loja de joalheria que havia ali, logo uma moça que aparentava ter mais de 60 anos se aproximou de nós com um sorriso simpático.
- Em que possa ajudar, pequenos pombinhos ?
- Procuramos um anel de noivado, senhora. Tem algo a nos mostrar?
- Claro, venham comigo. - Ela nos levou em direção de vários pares de anéis, um mais bonito que o outro, mas nenhum que me conquistasse ou que conquistasse Dul.
- Chris, olha. - Dul chamou minha atenção pra um par de anéis que estava em uma parte separada dos outros, os dois anéis eram lindos, com uma pequena joia encima, tinha estilo de antigo, e isso só o tornava mais lindo ainda.
- Ah, o anel do amor.. esse anel tem historia, dizem que esse anel está destinado a apenas os casais de amor verdadeiro, dizem que nele há uma química que apenas aqueles que amam podem sentir
-Vamos querer esse! - Dul diz com os olhos brilhando e olha em minha direção. - Tudo bem pra você?
- Claro que sim, Dulce. Vamos levá-lo.
- Uma ótima escolha, vocês tem muito amor um com o outro, isso é lindo. - Ela diz enquanto pago o anel e me dá a pequena bolsinha com a caixinha de veludo dentro. Saimos da loja e fomos em direção a uma praça que havia ali, era cheia de arvores e famílias fazendo piquenique, eu e Dulce nos sentamos na grama e ficamos observando o pequeno lago que tinha em meio o gramado verdinho.
-Então você precisa se casar? - ela disse quebrando o silencio entre nós.
- Sim, infelizmente.
- Mas por que tudo isso? Você já deve ter 23 anos a julgar ser melhor amigo do meu irmão, ele não anda com pessoas mais velha que isso.
- Tenho 22, terminei a faculdade a pouco tempo e estava abrindo meu próprio negocio, mas meu pai acha que o fato de eu me virar não é o suficiente, segundo ele preciso deixar de ser mulherengo e bla bla bla, o que pra mim é um saco, já que não sou tão mulherengo assim.
- Se você vai abrir seu próprio negocio, o que seu pai usa contra você? Digo, geralmente os pais obrigam os filhos a casar com as pessoas por conta de contas bancarias e essas paradas estranhas.
- Meu pai tem grande influência no ramo de empresas, ele pode arruinar minha empresa antes mesmo de começar, e isso seria horrível, trabalhei toda minha juventude para ter dinheiro suficiente pra isso, usei até os fundos que tinha guardado pra minha futura família. - Dou de ombros.
- Entendo, mas você deve ser ótimo no que faz, tenho certeza que vai se dar muito bem com sua nova empresa.
- Ao menos eu espero. Obrigada por estar me ajudando nisso sem nem ao menos me conhecer, Dulce, você realmente está me salvando de uma. - Falo me virando pra ela enquanto ela também se vira pra mim.
- Não seja por isso, vamos nos conhecer então, Christopher. Eu começo, me chamo Dulce Maria, estou terminando a faculdade de moda, sou filha mais nova de Fernando e Blanca, daqui a dois meses completo 20 aninhos de pura beleza e bem, aparentemente estou noiva de Christopher Uckermann. - Ela solta uma risada brincalhona e fixa o olhar em mim.- Sua vez.
- Certo, me chamo Christopher Uckermann, terminei a faculdade de administração tem quase um ano, estou começando minha nova empresa, sou filho do meio de Victor e Alexandra, tenho 22 anos e aparentemente estou noivo de Dulce Maria. - Falo no mesmo tom que ela e soltamos uma gargalhada juntos.