Fanfics Brasil - Prólogo Seven Warriors

Fanfic: Seven Warriors | Tema: original, yaoi, gay, lgbt, romance, aventura


Capítulo: Prólogo

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 Há muitos anos atrás, quando os primeiros homens começaram suas guerras, Deus sentiu a necessidade de criar seres mais evoluídos e celestiais que pudessem arrumar a bagunça que humanos mais simplórios estavam causando no planeta. Esses indivíduos teriam o objetivo de impedir que a vida na Terra se extinguisse e que todos pudessem continuar se desenvolvendo conforme os planos originais. Foi assim que teve início o reino celestial.


 Esse reino é composto de seres criados a uma imagem perfeita dos humanos, tanto aparência quanto necessidades, hábitos, nascimento e morte, porém, cada um com poderes especiais que usados em conjunto podem estabelecer o equilíbrio da vida, além disso, eles têm a capacidade de viver de três a quatro vezes mais tempo que um humano comum. Com o passar dos anos eles foram se multiplicando e o reino celestial passou a conter diversos clãs com seus mais variados objetivos e poderes, assim como suas funções.


 Tem aqueles que são considerados os guardiões, que tem o poder e missão de proteger as terras sagradas, assim como quem as habitam. Os anjos são seres mais imaculados que tem o poder guiar as pessoas na terra com apenas as suas palavras, assim como ouvir suas orações e protegê-las de pequenos maus do dia a dia. Tem os santos, que são glorificados diariamente nas igrejas humanas e funcionam como orientadores da fé e guia para todos os anjos.


  Porém, se tem uma lei que funciona perfeitamente no mundo, é a lei do equilíbrio. Então, se algo foi criado para guiar os humanos constantemente para o caminho divino e do bem, em contrapartida, surgiu um reino das profundezas com o objetivo de levar os seres humanos e a Terra ao caminho das ruínas e destruição. Com isso e a eminência de guerras celestiais, uma nova função surgiu: os guerreiros.


 Dessa forma, os sete clãs mais influentes começaram a treinar seus poderes espirituais para serem usados em batalhas com o reino das profundezas e a cada vinte anos são escolhidos sete novos guerreiros para liderar os exércitos, um de cada clã. Eles levam os títulos de seus clãs e são em ordem: guerreiro da justiça, guerreiro da coragem, guerreiro da compaixão, guerreiro do respeito, guerreiro da honestidade, guerreiro da honra e guerreiro da lealdade.


  Os sete guerreiros são treinados juntos pelos melhores guias celestiais e aprendem a liderar seus exércitos sem erros, nunca tendo perdido nenhuma batalha contra o reino inferior ou deixando os seres humanos caírem em armadilhas pregadas pelos inimigos. Ser um dos sete guerreiros dos céus é o maior título e dádiva que um ser celestial pode receber e somente quem realmente merece é escolhido para tal função.


   Porém, na última geração de guerreiros, algo não saiu conforme os planos. Arthur, que era o atual guerreiro da coragem, foi acusado de se rebelar contra as regras divinas, assassinar um dos líderes mais importantes do reino e ainda causar a morte de mais de 500 seres humanos de uma só vez. Um crime e uma atrocidade como essa jamais haviam sidos praticados em um local tão puro quando o reino criado por Deus.


    Quase todos os outros guerreiros de sua geração foram acusados de traição em conjunto, pois tentaram impedir que a prisão de Arthur fosse realizada. Eles pediam misericórdia e clamavam aos quatro ventos que ele era inocente, mesmo com todas as provas evidenciando o contrário. Após os líderes do reino perceberem que os outros guerreiros não tinham participado dos crimes com Arthur, eles foram perdoados e voltaram as suas funções, mesmo que a contragosto. Já o Guerreiro da Coragem foi condenado a morte imediata e todos os menestréis contaram histórias de como seus gritos de horror foram ouvidos por todo o Céu e Terra quando cortaram sua cabeça.


   O que quase ninguém sabia é que por um pedido de seu pai, que era bastante influente, Arthur não tinha morrido naquele dia. Sua vida foi negociada em prol de bons relacionamentos que vinham de um clã tão renomado quanto o clã da Coragem. A realidade é que Arthur ficou preso nas masmorras do reino durante dez anos completos, em meio a torturas e sofrimento. Sua família preferiu mantê-lo vivo, mesmo que nessas condições, do que matá-lo. A morte causaria uma dor imensurável em seus familiares e eles preferiam saber que ao menos ele estava respirando em algum lugar na escuridão.


  A notícia que Arthur da Coragem estava vivo se espalhou quando um dos guardas das masmorras, que vigiava sua cela há dez anos, a descobriu completamente vazia e correu em meio a prisão celestial informando que “o demônio da Coragem havia se libertado”. Nenhum traço ou vestígio de Arthur foi encontrado no local onde esteve por uma década e isso causou o pânico de todos:


― Você consegue acreditar nisso? Ele estava vivo esse tempo todo! Eles arriscaram muito mantendo um lunático como aquele preso em vez de matá-lo quando ainda dava tempo. ― Um homem baixinho, com armaduras pesadas em seu corpo, corria pela chuva enquanto olhava ao redor e conversava com seu colega. A lança estava apontada para frente sempre, como se esperasse que um animal pulasse no seu campo de visão a qualquer momento.


― E agora a gente tem que ficar procurando um assassino no meio da escuridão. Você lembra das histórias, não lembra? Com aqueles poderes ele pode fazer com que todo o reino morra sem ele nem ao menos sujar as mãos!


― Eu acho que ele é ruim, mas não acho que ainda esteja tão poderoso. Um dos meus colegas era o responsável pela vigia dele e me disse que ele estava decrépito da última vez que o viu. Até agora ele não entende como conseguiu fugir.


― E você não gritou com esse colega por ter escondido isso de você por tantos anos? ― O outro homem, um pouco mais alto, acelerou os passos em direção as outras pessoas e parecia completamente atônito com a informação.


― Ele não podia, estava sobre juramento. O líder do clã da Lealdade fazia inspeções semanais na sua memória para saber se os guardas não haviam contado sobre o caso a alguém.


O outro homem respondeu com um escárnio:


― É...eles são péssimos com essas coisas, eu odeio esse poder sabia? Parece que não temos liberdade de ter nossos segredos ou nossos pensamentos sem que alguém não venha revirar e conferir tudo. Eu já tive que passar por uma das inspeções deles e foi horrível. Já imaginou alguém saber da sua vida inteira em poucos minutos?


― Nunca passei por isso, mas posso imaginar. ― Ele olhou em direção ao conglomerado de soldados que estavam reunidos pela região e apressou o passo, indicando com a cabeça para o amigo que eles deveriam seguir em frente.


   Não muito longe dali, eles não tinham percebido que duas pessoas observavam toda a movimentação por trás de uma mata que crescia atrás do castelo principal do reino. Uma mulher de olhos claros parecia assustada enquanto escondia seu pequeno corpo o máximo que conseguia atrás de uma árvore robusta e solitária do local.


― Você tem certeza que isso vai dar certo? ― A voz apreensiva da mulher era direcionada ao homem ao seu lado, que tentava se fazer tão oculto quanto ela.


― Ele já está a salvo, precisamos apenas te tirar daqui agora o quanto antes. Você tem certeza que vai realmente fazer isso? Depois que você fizer, não vai ter mais volta. ― ele perguntou a ela de forma séria, tentando avistar em suas reações qualquer sinal de relutância.


― Eu não tenho o que perder... e se você diz que é um risco que vale a pena, eu confio. ― disse determinada, deixando um sorriso leve desenhar nos finos lábios.


― É um risco que vale mais a pena do que tudo na minha vida.



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Autor(a): naru

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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