Fanfic: Oasis [Ponny] | Tema: RBD, REBELDE, PONNY

Na manhã seguinte acordo com dor de cabeça, meu despertador tocava feito um louco e eu só queria fechar os olhos e dormir mais um pouco. Já passavam das seis e eu precisava chegar no hospital às sete, precisava correr.

Ontem a Dulce se encantou pelo o Alfonso, a minha barriga chegou a doer de tanto que eu rir dos comentários dela sobre ele e a cereja do bolo foi o apelido que ele ganhou dela "pecado que anda e respira". Nos divertimos muito conversando com a Dulce, o Alfonso sorria abertamente das piadas dela e eu pude esquecer do terrível acontecido por alguns minutos, este é o poder da Dulce.

Nunca havia tomado banho e me vestido tão rápido, cheguei ao hospital com nove minutos de atraso, guardo a minha mochila no armário, visto o meu jaleco, pego caneta, meu bloquinho de anotações, meus acessórios para os atendimentos e subo para o segundo andar correndo pelas escadas.

— bom dia - digo ofegante ao entrar na sala de prescrição e me sento na cadeira em frente à Olívia, que me encarou por cima dos óculos.

— arrume este cabelo - demoro alguns segundos para entender o que ela disse, mas logo me situo e prendo o cabelo num coque — o atendimento hoje será na unidade neurológica pediátrica, os seus pacientes estão nos papéis que estão às suas frente, na dúvida não faça, me pergunte, agora vão.

Maite sorri torto para mim e saímos da sala rumo aos computadores do setor, precisávamos colher informações sobre os pacientes, eu precisei ler o mesmo parágrafo duas vezes para entender o que estava escrito, estava precisando de café com urgência.

— vi a sua foto no facebook da prefeitura - Maite diz sorrindo, senti um tremor percorrer a minha coluna, como não pensei que tudo isto chegaria a internet? E se chegar a minha família, amigos e ao Christopher?

— como assim no facebook? - ela me olhou confusa e eu neguei com a cabeça — eu preciso tomar um café com urgência - não espero ela dizer mais nada e me retiro.

Vou até a copa e pego um pouco de café, enquanto o tomo pesquiso o facebook da prefeitura num site de buscas, entro no primeiro link e assim que abre no topo estava a tal foto.

E lá estava eu sorrindo com o Alfonso segurando discretamente a minha cintura com os pais dele, a Angelique e a Fernanda sorrindo, na legenda estava "A família do futuro governador do estado Enrique Herrera, unida na inauguração do comitê, vamos juntos pela família e pelo o estado de São Paulo".

Não me apego aos números de visualizações, curtidas e comentários, pois se eu fizesse isso iria começar a criar um monte de paranóias na cabeça. Termino o café e retorno à minha mesa, a Maite já tinha saído, estava cada vez mais atrasada.

Após fazer as minhas anotações extras na planilha de atendimentos, finalmente inicio os meus atendimentos. Começo por um bebê de seis meses que estava no berço brincando com um leãozinho de borracha, estava com suporte de oxigênio e uma válvula craniana por ter hidrocefalia, me apresento e inicio o meu atendimento, este momento é como um pedaço do paraíso para mim.

— atendeu quantos? - já passava das dezenove horas e a Maite estava com uma expressão facial cansada enquanto digitava no computador freneticamente o registro de atendimento.

— doze - digo sorrindo para ela, estou cansada, mas era disso que estava precisando de muito trabalho para esquecer um pouco os problemas, nos quais estava metida — e você?

— também - diz soltando um suspiro pesado — não entendo como ainda aguenta sorrir, até os meus músculos do rosto desistiram de viver - termino de digitar o meu relatório e o salvo no computador.

— se quiser pode ir quando terminar os relatórios, eu atualizo a planilha de atendimentos - ela finalmente sorri e se levanta da cadeira.

— você é a melhor! - nego com a cabeça a vendo sair praticamente correndo da sala, meu celular toca no bolso do jaleco e era minha mãe, atendi rapidamente antes que ela colocasse as forças armadas a minha procura.

Chego em casa às 21hrs, Fernanda e Angelique estavam largadas no sofá abraçadas, chorando e comendo pipoca, enquanto assistiam a um filme na TV, estavam tão entretidas que nem me viram chegar. Fui ao banheiro tomei um bom banho e vesti o meu pijama com a blusa cinza com um cupcake rosa no centro e a calça rosa cheia de cupcakes coloridos, assim que chego à sala Angelique grita.

— não brote assim não, pelo amor a Thalía - sorrio negando com a cabeça e o Alfonso abre porta do quarto dele e grita me fazendo sobressaltar.

— Maluca! você quase me matou de susto! - e volta para o quarto batendo a porta.

— acho melhor eu ir comer antes que alguém morra nessa casa - vou até a cozinha e preparo um sanduíche, não estava com cabeça para cozinhar e nem tinha nada pronto e quando retorno à sala elas já estavam assistindo uma novela.

— hoje eu quero ver se essa coisa sem graça não vai beijar logo ele - Fernanda diz apontando para TV, com a cabeça no colo da Angelique.

— esse galã também não é lá essas coisas, se fosse eu também não iria querer beijar ele - elas se olham e sorriem da situação. Começaram comentar sobre a novela, enquanto eu estava sentada no sofá menor observando toda aquela situação.

— assistir TV com elas duas é um tormento - Alfonso se senta ao meu lado jogando uma manta sobre nós dois — vocês duas estão falando mais que o Galvão Bueno nos jogos da seleção!

— Cala a boca! - as duas gritam juntas e logo depois começam a rir.

— você também gosta de assistir novelas? - pergunto baixinho a ele que sorri torto, sinto o cheiro do seu perfume levemente amadeirado e que merda estou fazendo notando o perfume dele?

— eu assisto só para ver as comentaristas se estressando com os personagens - sorrio para ele ao mesmo tempo fazendo uma nota mental: deletar aquele cheiro da minha cabeça.