Fanfic: Oasis [Ponny] | Tema: RBD, REBELDE, PONNY

— então era sobre isso que queria conversar comigo? - o desprezo na voz do Christopher era tanto que soava como um belo soco em meu estômago, eu não sabia o que fazer, não conseguia falar e me sentia a pior pessoa do mundo ao ver as lágrimas nos olhos dele — fala Annie!

Eu só conseguia chorar cada vez mais olhando para as minhas próprias mãos, o elevador apita e a Angelique e a Fernanda saem parando entre o Christopher e eu.

— o que está acontecendo aqui? - a Angelique pergunta dividindo a sua atenção entre mim e ele.

— aconteceu que fui um idiota em acreditar nela! - ele falava alto com a voz embargada pelo choro, era como uma faca sendo enfiada em mim, eu destruir o coração dele da pior forma possível.

— vamos entrar gente temos vizinhos - a Fernanda leva o Christopher para dentro e vou logo depois com o Alfonso e a Angelique, ao entrarmos ela tranca a porta.

— acho que deve está havendo algum mal entendido, não é Alfonso? - a Angelique me abraça pelos os ombros e o Alfonso se senta numa cadeira da mesa de jantar abaixando a cabeça.

— ele viu eu e a Annie nos beijando - o Christopher bufa se virando para a janela, enquanto a Dulce estava sentada no sofá, ela não iria se meter principalmente por ser amiga de nós dois — não há mal entendido.

Respiro fundo eu precisava parar de chorar, precisa dar uma explicação ao Christopher, precisava me desculpar, fazer alguma coisa além de agir da forma que estava agindo, a única vítima naquela história era ele, não eu.

— me perdoa... - respiro fundo, o Alfonso se levanta e o Christopher volta a sua atenção para mim — eu não queria que descobrisse assim... - o Christopher explode novamente e ao ouvir as palavras dele desabo novamente.

— e como seria? Por vídeo chamada? Você é uma mentirosa, quando te perguntei se estava tendo alguma coisa entre vocês você mentiu! Foi divertido me fazer de idiota? - ele se aproxima de mim, mas o Alfonso o afasta com o braço esquerdo — não me toque! Responda Annie! - meu corpo todo tremeu ao grito dele.

— não... - me afasto um pouco do Alfonso e respiro fundo para conseguir falar — eu iria te contar tudo, mas aconteceu muitas coisas e... - ele me interrompe.

— desde quando está me enganando? Aquela conversa que poderia sair com outras garotas foi por causa dele? - nego com a cabeça — Fala!

— não, eu nem conhecia o Alfonso e eu não queria te magoar - ele se aproxima de mim novamente, mas o Alfonso se coloca entre nós dois.

— saia da frente, a minha conversa é com ela - ele empurra o Alfonso que se bate contra mim, o que fez eu perder o equilíbrio do salto, bati a coluna contra a parede e caio no chão, o Alfonso o empurra também o fazendo se bater contra a parede.

O Christopher o soca no rosto mas o Alfonso quase não saiu do lugar, mas quando o Alfonso o soca ele cai no chão, eu estava desesperada os dois estavam brigando no chão, tentei levantar mas sinto uma forte dor no tornozelo esquerdo.

— parem os dois! - grito e quando o Alfonso olhou para mim o Christopher o acertou com um chute na barriga — para Christopher!

— isso defenda o seu amante! - ele estava com a boca ensanguentada e uma mancha vermelha na bochecha esquerda, o Alfonso estava com um sangramento na sobrancelha direita e tudo aquilo por minha culpa — mas saiba que ele nunca será capaz de te fazer feliz tanto quanto eu.

— é melhor vocês baixarem o nível de testosterona - a Angelique fica entre ele e o Alfonso os separando — esta discussão já foi longe demais, daqui a pouco os vizinhos vão chamar a polícia, vá pro seu quarto Alfonso.

— eu não vou deixar ela com este maluco! - ele disse rispidamente, mas a Angelique rola os olhos cruzando os braços.

— baixa a bola que você não é o superman, não irei deixar nada acontecer, agora vá aqui você só vai piorar as coisas - ele me olha incerto e eu concordo com a cabeça, ele vai pro quarto e bate a porta com força.

Tiro os sapatos e a Fernanda me ajuda a me levar até o quarto, o Christopher me olhava com tanto rancor que sinto que ele nunca irá me perdoar, do nosso relacionamento não iria restar nada.

A Angelique estava tentando acalmá-lo, mas não consigo ouvir praticamente nada depois que a Dulce fechou a porta e se sentou ao meu lado na cama.

— me desculpa Annie por não ter feito nada, eu estava em estado de choque não sabia como agir e acabei ficando calada - concordo com a cabeça e observo o meu pé esquerdo, estava ficando edemaciado era só o que me faltava um entorse.

— eu não esperava que você fizesse algo é muito amiga de nós dois, eu também não saberia como agir - ela me abraça e retribuo a abraçando bem forte.

A Dulce me ajuda a tirar o vestido e enquanto eu vestia o meu pijama, ela foi buscar gelo para eu colocar no tornozelo, quando retornou disse que o Christopher estava deitado no sofá e que iria conversar com ele, coloco o gelo no tornozelo e ela se retira, alguns minutos depois ouço leves batidinhas na porta que se abre logo em seguida.

— não vou conseguir dormir sem ver como está - o Alfonso tranca a porta do quarto e se senta ao meu lado na cama — o que houve? - diz se referindo ao gelo.

— um entorse nada demais - digo dando de ombros, ele ficou em silêncio olhando para o meu pé.

— eu deveria ter notado isto, mas de novo estava concentrado em outra coisa e não em você - engulo o seco, não sei onde ele queria chegar falando assim — talvez o seu namorado tenha razão.

— depois de tudo que houve acredito que ele não seja mais o meu namorado - digo sorrindo fraco — e não quero que fique se culpando por estas coisas - ouço algumas batidinhas na porta e a voz da Dulce me chamando.

O Alfonso beija a minha testa, abre a porta para Dulce, saindo logo em seguida nos deixando a sós, ela fecha a porta e se senta ao meu lado contendo o sorriso.

— o que foi maluca que tá segurando a risada? - ela sorri abertamente e rolo os olhos, dali certamente não iria sair algo bom.

— agora que a coisa toda já passou, tenho que admitir, ele é realmente um pecado que anda e respira, corrompeu até o coração da minha amiga nerd - jogo uma almofada nela que sorri se sentando na cama e me abraçando, só a Dulce para fazer piadas numa situação como aquela.