Fanfic: Oasis [Ponny] | Tema: RBD, REBELDE, PONNY

— pode me chamar de Poncho, é um apelido que a Angelique me deu quando viajamos pro México, ela é louca por novelas mexicanas parece uma senhora de sessenta anos  – rindo torto — você não tem apelido? Anahí é muito comprido, posso chamar de pirralha se não tiver problema – disse dando uma piscadela, ainda estava me habituando a este novo Alfonso, será que ele é bipolar? Eu neguei com a cabeça, já que ele já havia me chamado de pirralha a um tempinho atrás, necessariamente 17 minutos.

— Annie, meu apelido é Annie – digo pegando um pão o partindo com uma faca e coloquei praticamente de tudo que tinha a minha disposição.

— você come muito para um ser tão pequeno – ignoro o comentário dele abocanhando meu sanduíche, só vejo quando ele coloca um copo com suco de goiaba na minha frente e se senta ao meu lado para comer, quando estou comendo sou o ser humano mais antissocial do universo.

— estava muito bom – digo terminando o suco.

— você comeu sem parar um segundo, pensei que iria se engasgar a qualquer momento – caio na gargalhada com aquele comentário, era puramente verdade, estava com tanta fome que nem me dei ao trabalho de desviar o olhar do sanduíche — mas pelo menos você come, não é como aquelas garotas que parecem lagartas – tento parar de rir, mas a careta que ele fez não ajudava, ele deveria pensar que sou doida.

— mas eu sou super magra, então preciso comer – ele me analisou um pouco e riu — tá vendo - toda vez que alguém analisava meu corpo tinha aquela reação, o mesmo além de magro ainda é pequeno.

— quanto você pesa? – o que? Agora ele me pegou de surpresa.

— 43kg, mas é um bom peso para alguém com 1,63cm – ele negou com a cabeça.

— você sabe muito bem que está abaixo do peso, tenho 1,78m e peso 75kg eu sou o saudável – nego com a cabeça rindo, mas assim que ouvimos o meu celular tocar ficamos em silêncio, verifico a tela e se tratava de uma chamada de vídeo do Christopher, atendo rapidamente com o meu melhor sorriso.

— oi meu amor – ele diz sorrindo para tela e estava todo arrumado, para que ele estava arrumado? Aquilo era algo muito raro.

— oi meu amor, vai sair? – não resisto e acabo perguntando.

— sabe aquela festa na boate? Eu te disse que iria – concordo com a cabeça, lógico que ele não iria parar a vida dele por minha causa, mas eu mal tinha saído de lá, parecia até que ele estava comemorando, sem paranóias Anahí! Sem paranóias!

— sei sim... E como você está? – o observo me encarar sério, mas ele nega de leve com a cabeça e dar um meio sorriso.

— estou bem, como foi o voo? – Alfonso se levanta do banco ao meu lado e pega meu prato e meu copo — quem está aí com você? – oh merda!

— é o Alfonso o irmão da Angelique – viro o celular e ele acena com a mão direita com um sorriso torto — e o voo foi legal – a expressão facial dele não estava nada boa, já esperava por isso.

— você não me disse que aí teriam homens também – tenho que admitir a minha situação não estava nada favorável, mas ele teria que confiar em mim.

— eu não sabia que ele também morava aqui, a Jéssica disse que a vaga era específica para mulheres, então pensei que só morassem mulheres – ele soltou um suspiro pesado, quando uma voz masculina o chama.

— está legal Annie, tenho que ir, boa noite – ele nem esperou eu responder e desligou a chamada.

Fiquei uns cinco minutos encarando o meu celular incrédula, ele não era de fazer ceninhas e por que está fazendo justamente agora? Entendo que a presença do Alfonso o incomode, mas não consigo deixar de ficar desapontada com aquela reação dele.

— problemas? - Alfonso se aproxima me encarando preocupado, a única resposta que fui capaz de dar foi um sorriso fraco, pois uma ruiva escandalosamente linda entra na casa subitamente o que me assustou.

— Meu amor - ela agarrou o Alfonso pelo pescoço o beijando e ele correspondeu, o pior que eu fiquei tão confusa que não consegui sair do lugar e nem desviar os olhos. Quando terminaram finalmente a sessão "desentupidor de gargantas" ela me encarou dos pés a cabeça com uma expressão de nojo — virou babá agora? - as palavras dela não me ofenderam tanto quanto a sua expressão facial.

— eu não sou criança - digo rispidamente serrando os punhos, aposto que a minha expressão facial não estava nada convidativa, pois o Alfonso moveu a ruiva para trás dele.

— Cláudia esta é a Annie, a fisioterapeuta que a minha irmã comentou - a tal Cláudia sorriu torto me encarando e aquilo estava me deixando com mais raiva.

— vim apenas para verificar se teria concorrência, mas pelo o que vejo não tenho com o que me preocupar - sério? Mas aquilo me fez entender a reação dela, a sua autoconfiança devia ser mais baixa que a profundidade da localização do Titanic. Engulo o seco e vou para o meu quarto me controlando para não arrancar os olhos dela.

Assim que fecho a porta ouço eles discutindo, o Alfonso estava xingando muito o que me assustou um pouco, ela também xingava e gritava com ele, quando um barulho de algo quebrando me faz sobressaltar e corri até a porta, porém quando coloco a mão na maçaneta ouço um ruído baixo que logo se transformou num gemido, coloco minha orelha esquerda na porta para ouvir melhor e os gemidos se intensificaram, ela era muito escandalosa gemia um pouco alto demais, eles estavam transando na sala e só consigo pensar o quão constrangedor seria se eu tivesse aberto a porta.