Fanfic: Oasis [Ponny] | Tema: RBD, REBELDE, PONNY

Os gemidos do Alfonso se misturou aos gemidos dela, eram bem mais baixos e abafados, me sobressalto ou ouvir o meu celular tocar, era a Dulce, me afasto da porta e atendo a chamada de vídeo ao me sentar na cama.

— não acredito que algumas horas em São Paulo já fez você esquecer da minha humilde existência - sorrio fraco das loucuras da Dulce, se você pensa que ela é doida, está absurdamente certo.

— jamais irei te esquecer - ela sorrir abertamente convencida — é que aconteceu algumas coisinhas - conto a ela tudo o que aconteceu desde a minha chegada no aeroporto ao último ocorrido.

— ele é gostoso? - abro a boca incrédula o que a fez rir gostosamente — amiga não fique assim, o Christopher vai se tocar que você o ama é apenas ciúmes e esta tal de Cláudia só está na defensiva, agora me responde! - rolo os olhos e respiro fundo.

— ele é bonito, tão bonito que chega dói meus olhos quando o olho - o que era uma verdade e tanto, não poderia negar a beleza dele.

— o Christopher deve tá pirando - ela murmura para si mesma e arregalo os olhos assustada, ele poderia está pensando muita besteira, acredito que a Dulce percebeu a minha expressão facial — mas irei conversar com ele, não se preocupe, só dê um tempo para ele digerir tudo o que houve está bem? - concordo com a cabeça, aquilo era a única coisa que me restava.

A Dulce é minha amiga desde que me entendo por gente, confio muito nela, ela esteve presente nos momentos mais felizes e também nos mais tristes, sempre me apoiando e me ajudando principalmente quando o assunto era o Christopher, ela tinha um dom de acalma-lo e isto me confortava muito.

Depois que desligamos a chamada fui até o banheiro tomar um banho e escovar os dentes, voltei para o quarto e me larguei na cama na esperança de acordar com todos os meus problemas resolvidos, porém o café da manhã não foi bem uma bandeira branca em meio a guerra.

— pensava que os baianos só comiam acarajé - a Cláudia apareceu com um coque mal feito e vestindo uma camiseta masculina, bufo e me concentro em comer meu pão com queijo e presunto enquanto lia um artigo no celular — também pensava que vocês da Bahia eram mais amistosos.

— Cláudia já basta - Alfonso fala um pouco baixo enquanto se senta à mesa ao lado dela — isto que está fazendo é xenofobia e pode ir presa por isto - volto a minha atenção a Cláudia enquanto ajustava o óculos no rosto e ela estava roxa de raiva, não posso negar a satisfação que senti.

O silêncio tomou conta da mesa logo depois, apenas os movimentos feitos no processo da alimentação eram ouvidos, até que a Fernanda nos traz de volta para a realidade, ela estava completamente vermelha e ofegante quando entrou pela sala, trancando a porta em seguida.

— Poncho seu pai... Está na garagem... a Angelique... - tento entender tudo o que estava acontecendo mas sem sucesso — está o segurando... Mas você já sabe o que ele veio fazer aqui - encaro o Alfonso e ele estava completamente pálido.

— Cláudia você precisa sumir - disse ele após engolir o seco.

— Alfonso seu pai tem que nos aceitar, estamos nessa de nos esconder a tempo demais! Você é maior de idade, formado, caramba! - enquanto toda aquela situação se desenrolava na casa eu estava petrificada encarando tudo aquilo.

— você sabe que não é tão simples, já te expliquei que ano que vem tem eleição e após o que você falou na TV é melhor ele não te encontrar aqui - a Cláudia riu sarcasticamente e o Alfonsobufou.

— pensava que você era diferente, mas vejo que não passa de um "playboyzinho" acostumado com os luxos que seu pai te proporciona com dinheiro público! - fui brevemente retirada do meu estado petrificado quando o Alfonso avançou nela, felizmente foi contido pela Fernanda.

— Alfonso se acalma, ela não sabe o que está dizendo - a expressão facial dele era de puro ódio e para completar com a cereja do bolo um senhor de idade entra furiosamente pela sala com a Angelique logo atrás.

— eu irei ignorar a presença desta mulherzinha nesta sala senhor Alfonso, mas se em cinco minutos se ela não desaparecer tomarei minhas providências - Cláudia sorriu torto e levantou as sobrancelhas para o Alfonso, eu apenas observava tudo em choque, nunca estive numa situação como esta.

— Cláudia acho melhor você ir agora - Alfonso se pronunciou falando um pouco baixo, estava visível que aquela situação era desconfortável para todos.

— Você é o homem mais frouxo que já conheci na vida! - ele se limitou apenas concordar e a Cláudia saiu pisando firme, o silêncio tomou conta da sala até quando ela saiu batendo forte a porta do apartamento.

— está vendo no que resulta se relacionar com este tipo de gente? - Alfonso bufou em resposta e a Angelique se aproximou dele, algo estava me dizendo que deveria sair correndo dali, mas não conseguia mover um músculo — como pode o filho do futuro governador se envolvendo com uma manifestantezinha de quinta que ousou falar contra mim na TV em rede nacional?

Ele pegou um cigarro no bolso do paletó e o acendeu, finalmente consigo me mover e tento ir para o meu quarto mas muito antes de chegar até lá, infelizmente o senhor se dá conta da minha presença.

— fique pois o que vou falar aqui cabe a senhorita também - me aproximo do Alfonso e da Angelique, enquanto ele me olhava confuso, ela evitava me olhar voltando a sua atenção para a janela e quando busco apoio em Fernanda ela faz o mesmo, estava me sentindo sendo jogada numa jaula para ser devorada por um tigre, aquela sensação me fez sentir um mau pressentimento.

— acho melhor ir, é assunto de família - ele ergue a mão direita e se senta no sofá da sala, tragando a fumaça do cigarro como se aquele momento fosse o mais agradável do mundo.