Fanfics Brasil - Uma troca de sabores Abaruna

Fanfic:  Abaruna | Tema: Original


Capítulo: Uma troca de sabores

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         Na dita "sala de inscrições", Pedro brincou que a inscrição poderia estar sendo feita por vaga-lumes; a não ser que fosse um teste para testar suas habilidades e preparou a espingarda. Bolas, porque não trouxera uma lamparina sequer? Enquanto caminhava, sentia que regressava à floresta com diversas folhas caídas no chão, cipós dependurados e o barulho de aves. Aves?! Sim, Pedro encontrara um viveiro habitado por japins, tucanos, garças, papagaios e sabiás cada qual repousando em sua gaiolinha e entoando seu canto saudoso por sua liberdade!


-Tanta ave reunida aqui... Esse povo é bom de pegar passarinho! - Mas logo a admiração dava lugar à compaixão por tanta beleza aprisionada ali e ele veria que nenhuma se comparava à do pássaro mais belo, ferido e afastado de todos numa gaiola dourada coberta com um pano cinzento. Nela havia a seguinte inscrição "Destinado à Princesa Maria Berenice de Serruya" e Pedro encontrou-se com o olhar de Abaruna, saudoso de carinho.


-Pobrezinho, fica assim não que você sai logo daqui... Olha, quer uma pupunha?


      Pupunha era uma frutinha vermelho-amarelada, bem engraçadinha que Pedro encontrara junto ás folhas do chão. Diziam que ela chegara ao mundo como uma linda menina de cabelos louros e luminosos e seria um presente dos céus, concedida por Tupã, mas os índios não a acolheram e exigiram seu sacrifício. A história que teria um triste desfecho se fez maravilha quando a criança se transformou numa frondosa palmeira cujos frutinhos pendidos em cachos salvariam a vida de muitos pássaros e curumins em sua tribo.


-Tem um gostinho bom né? Imagina com café! – Dizia Pedro enquanto saciava a fome do prisioneiro que agradecia com o bater de suas asas. Ora, mas ele não tinha um curativo em sua asa direita?


-Passarinho lindo, eu tô pra te levar daqui e mostrar você pra minha mãe! Sempre te via, mas sempre tinha alguma coisa que não me deixava chegar perto, agora tá todo simpático, bonzinho... – Dizia Pedro. E Abaruna se deliciava em seu cativeiro dourado; não com a pupunha somente, mas por alegrar o jovem Pedro que revivia sua infância sem temê-lo. Formava-se então uma troca de sabores inigualável, onde a felicidade se realizava na oferta, na acolhida e gratidão retribuída enquanto alguns pássaros ficavam enciumados e também queriam participar daquele momento; outros desacreditavam que um ser humano com uma espingarda nas costas poderia ser tão inofensivo.


           Na maloca, Dinahi e seus irmãos cuidavam de Abeguar com acalantos e remédios feitos com as ervas da floresta. Já desprendidos de antigos juramentos e culpas, os guaharís ajudavam-se mutuamente, alimentavam de um bom caldo preparado pela pequena e contavam suas histórias á luz da fogueira como a da pupunha e do amor proibido entre o sol e a lua. Quando Dinahi serviu a ultima cuia para Moacir, o jovem pôs uma flor em seus cabelos e sussurrou-lhe a novidade:


-Abeguar ainda está cansado mas ele quer te ver. Posso ir contigo?


-Fique aqui, creio que é coisa minha e dele! – Respondeu Dinahi. Abeguar estava sonolento, mas esforçava-se para manter-se acordado enquanto a irmã se aproxima, imaginando que ele quisesse algum remédio; no cuidado com seus irmãos amenizava a saudade de seu adorado Abaruna.


-Como está irmã Dinahi?


-Estou bem. Só me falta um amigo que me acompanhava enquanto estive na mata e o perdi de vista...


-Nunca entenderei como saíste de nossa tribo para nos buscar e viver sozinha, nem o mais bravo Guaharí seria capaz... E esse teu amigo? Conte-me dele!


-Ele não me deixou...– Vendo que Abeguar adormecera de vez e estava com febre, Dinahi pôs um lenço molhado em sua testa e contou sua história com Abaruna, os enfrentamentos de Juripuri, as coisas que vira e aprendera, menos a recém-despertada capacidade de voar. – E tu Abeguar, crês em Dinahi?


-Creio. Creio de verdade em Dinahi.


-Crê mesmo? – Indagava a pequena mais uma vez.


-Creio como nas vezes em que fomos perseguidos por tal Juripuri que atrapalhava nossa vida e tentou nos enfeitiçar. E nos dias de revoada, Abaruna nos acompanhava e todos se rendiam á sua beleza. Só não creio em nossos pais, que não foram atrás de você!


-Talvez eles achem que foram castigados e nos perderam para sempre, assim como vocês. De castigo em castigo, perdão é esquecido como Abaruna dizia…


“De castigo em castigo, perdão esquecido…” Novamente Abeguar retornou ao passado quando Aritana irritou-se com a derrota de seus guerreiros para uma tribo mais forte e passou a destratar os filhos e prepará-los para substituí-los em suas batalhas, sem afago nenhum. Curumim que Irecê desse a luz era mais um a ser posto em combate contra as tribos rivais e o avanço de cariuas em seus domínios; geralmente os Campineiros do Vento Norte e estrangeiros que geravam dor de cabeça para todas as raças.


-E Dinahi crê que podemos salvar teu Abaruna?


-Salvar?! Mas ele prometeu voltar... E parte dele habita em mim!


-Talvez ele não volte porque foi aprisionado pelos cariuas e nunca se sabe do que eles são capazes. Vamos armar uma emboscada e resgatá-lo!!


-Ele mesmo se resgata, disso eu sei. Abaruna é diferente, não nasceu pra ficar preso... E ele não é só meu, é de todo mundo!


-Se assim deseja, vamos esperar. Se não voltar, já sabe. Um amigo jamais deve ser esquecido! - Por fim, o abraço sonolento daqueles irmãos vencidos pelo sono era o primeiro de vários milagres que passariam despercebidos aos olhos do mundo; há quanto tempo Abeguar não dormia em paz!


 O segundo milagre se deu naquele viveiro, quando a gaiola não pode mais conter seu prisioneiro e abrindo suas asas retomou sua postura imponente diante de Pedro que não ousara falar para não assustá-lo. Ao contrário do esperado, Abaruna pousou delicadamente em seu ombro, deixou-se acarinhar e lhe fez regressar ao antigo encantamento da infância.


-É meu amigo, a gente nasceu pra liberdade!


      Por fim, o terceiro milagre: Raios luminosos coloriam os vitrais repletos de paisagens, flores e gravuras desenhadas além de abrirem todas as gaiolas, devolvendo aos pássaros a chance de colorir todo o lugar e transportar Pedro e Abaruna de volta à floresta. Cores e sons formavam a melodia inigualável de um paraíso desconhecido, porém desejado por nós; e no lugar do caçador-promesseiro, um menininho e brincava com tudo que lhe rodeava. Orvalhada, a floresta recém-recuperada de um temporal respingava suas gotas e refrescava o caminho por onde os dois passavam, sem se reconhecerem; via-se um caçador e seu pássaro ou um menino com seu brinquedo?


-Por D. Carlos Maria, pare! Ponha-o na gaiola e fique onde está!


     Abria-se uma porta no fundo da floresta; três ou quatro guardas corpulentos surpreenderam tal intruso que lidava com o presente da princesa Berenice e avançaram para cima dele com palavras de ordem e acusações como se ele cometesse o maior dos sacrilégios. Ainda encantado com a experiência vivida, Pedro não entendia o porquê daquela agressividade, se despediu de Abaruna e colheu um pouco de suas lágrimas enquanto o via sendo aprisionado novamente.


-Chame por D. Domingos que ele aplicará um bom castigo!


-Estás louco?! Olhe onde estamos, D. Domingos não pode descobrir!
-Onde estavam com a cabeça, guardar Abaruna no meio dos outros! E vocês, o que estão esperando, peguem o intruso já!


-Fiquem aí! Eu tenho uma espingarda aqui e vou atacar! - Obviamente estava vazia, mas a atitude impensada de Pedro só piorou a situação e os guardas pegaram-no como saco de batatas e o arrastaram pelo corredor enquanto Abaruna se debatia na gaiola, tentando defende-lo.


-Já disse mil vezes, eu não fiz nada! Disseram que a sala de inscrição era ali mas...


-Tem calma rapaz, não faremos nada contigo! Vamos te deixar num lugar de gente tão inocente quanto você e dentro de uma semana serás solto!


-Como vocês pegam tanto passarinho... Tanta beleza aprisionada ali!


-Quanto a isso, guarde seus questionamentos e fique quietinho! Do contrário pensaremos em outro destino para ti... - Respondeu um dos guardas, encostando sua espada no pescoço de Pedro.


-Pois não, tô quieto! - E assim, ele engoliu em seco e deixou-se arrastar pelos guardas através dum corredor escuro que dava ao subsolo do quartel e se imaginava sofrendo os piores castigos num porão. – Mas olha, não deixem minha mãe saber que estou aqui, ela não merece!


      Após meia-hora de caminhada, Pedro fora jogado em uma das celas destinadas aos que haviam cometido pequenos delitos e ali cumpriam uma semana de detenção enquanto dividiam aquele pequeno espaço. "Tá bem, eu não sou bonito mas nunca na minha vida vi tanta gente feia assim reunida!" Impactado pela primeira impressão, Pedro limitou-se a dar boa noite e arrumar um lugar no chão enquanto os prisioneiros debochavam de seu medo.


-Bem-vindo ao time! Qual foi tua onda?


-No máximo roubou alguma galinha, grande coisa! Nem cara de bandido têm!


-Ora e quem tem cara de bandido aqui? Somos todos inocentes! - Respondeu um deles, atirando um copo d'água na direção de Pedro que aos olhos deles era um tipo silencioso e assim seria apelidado por eles; “Silencioso” e “Franguinho”.


 -Pois então franguinho, que fizeste? – Indagava um deles. "Guarde seus questionamentos e fique quietinho! Do contrário pensaremos em outro destino para ti...” Enquanto silenciava, Pedro levantava a cabeça via um pouco de si mesmo nos "terríveis arruaças" e ousava questionar.


-De verdade, quem aqui tem algum segredo e precisa esconder pra se ver livre daqui? De verdade!


      Tal pergunta intrigava os ocupantes da cela e eles passaram a discutir que tipo de brincadeira era aquela. Três prisioneiros perguntaram à Pedro o porque de estar ali, mas ele não respondia e seu olhar esperava ser respondido primeiro. De repente, um senhor magricela levantou a mão e contou sua história para instigar os demais; outros quatro juntaram-se aos dois e confessavam o porquê de terem sido presos e o medo de dizer a verdade sob ameaças de outrem enquanto suas estadias ultrapassavam os sete dias de pena e temiam ser esquecidos por seus familiares.


-Por isso e muito mais estou aqui. Agora me digam, é justo esconder a verdade? Olha a gente perdendo a vida aqui!


      Nem Pedro sabia como dissera aquelas palavras e os demais prisioneiros juntavam-se à ele para desabafar em troca de conselhos e palavras de ânimo. Muitos feridos por injustiças cometidas por seus patrões, amores proibidos, desvios, enganos, traições de supostos amigos e trapaças; mesmo os que estavam ali por justa causa também refletiam e passavam a respeitar o jovenzinho como uma espécie de autoridade da cela enquanto ele dormia no chão frio. "Nada de janela por aqui, mas sinto que é noite. Nessas horas a lua está tão branca..."


      Lua branca que novamente iluminava os pensamentos da princesa Berenice em sua varanda. Desde a última discussão e os conselhos maternais da rainha Verônica, a menina passou a ser vista ajudando as criadas e damas de companhia na arrumação de sua nursery, visitando a cozinha real, conhecendo melhor cada situação ocorrida no palácio e estudando sobre a Cavalaria Real, interesse inflamado por D. Alexandre e a ligação especial entre suas famílias.


-Minha menina, nós estamos te esperando para jantar e... Este espelho!


-É justo que eu leve, mamãe. Para não me esquecer!


       Quando a Cavalaria Real anunciou o retorno de D. Alexandre com o pássaro Abaruna, a família real serruyana juntamente com o professor Odivelas e seus criados se mobilizaram para organizar um belíssimo jantar com as melhores iguarias, sobremesas e vinhos espumantes. Tirando a demora imprevista e a polêmica dos quatro cavaleiros que abandonaram a jornada, fora uma viagem bem-sucedida e prazerosa aos olhos do rei e de D. Domingos.


-Maravilha das maravilhas! Tudo ocorre como esperado! - Brindava Sua Majestade. - Ao nosso ruivo desbravador das matas e o pássaro Abaruna, que será um sinal de esperança e glória para nós!


-Obrigado por tudo Majestade! Só lamento ter perdido a façanha da Boiúna, mas... Foi por justa causa! - Respondeu D. Alexandre que olhava Berenice sem que ela o percebesse.


-Tudo tem seu propósito, logo mais haverão outras aventuras lideradas contigo á frente da Cavalaria Real! E Abaruna como está?


-Ele está num viveiro aberto, vivendo sob os cuidados de cavaleiros da mais alta confiança... E teus cachinhos Berenice, porque estão presos assim? - Indagava o cavaleiro; por pouco ela não engasgara com a sobremesa!


-Oh desculpe-me! É a primeira vez que reparam nisso!


-É o novo costume das adolescentes, prendem os cabelos para parecerem mais velhas... - Respondeu Odivelas enquanto levava uma cotovelada do rei.
-Mesmo assim, não me deixaram provar do vinho branco... Ao nosso ruivo desbravador! - Brindou Berenice, encerrando o assunto. "Ele reparou em mim..."


-Majestade, majestade! - Gritou um dos lacaios ao se aproximar da mesa real.


-É preciso que o senhor julgue esta situação recém-chegada aos nossos ouvidos! Um forasteiro foi visto no local onde Abaruna está!


-E ele fez algo? Tentou roubá-lo, oferecer veneno, arrancar suas penas? Ao menos investigá-lo antes de dar ordem de prisão?!


-Ele tinha Abaruna em mãos e estava em local proibido, fora isso...


-Então apliquem uma boa correção e soltem-no daqui a uma semana! - Respondeu Sua Majestade quando a princesa interveio na sentença.


-Papai, se ele nada fez porque não libertar agora? E Cassiano, como ele era?


-Ah, quando o encontramos não passava de um rapaz moreno, magrinho desse tamanho e com cara de assustado!


    "Pedro!", murmurou D. Alexandre até balançar a cabeça e desdenhar. "O que estou pensando, há tantos parecidos com ele!" Cassiano ainda roubou alguns docinhos de hortelã enquanto o jantar terminava sem que princesa e cavaleiro preocupados com a segurança de Abaruna buscassem algum contato direito a não ser um olhar tímido. Graças ao espelhinho trazido em suas mãos e a pressa de D. Domingos para ir embora, surgiu a oportunidade esperada.


-Espere Berenice! O espelhinho... Você lembrou!


-Levo-o sempre comigo, como um amuleto. E você reparou em mim!


-Eu me acostumei com teus cachinhos soltos, por isso notei.


-Antes que papai me veja, posso lhe abraçar? - Indagou a princesa; D. Alexandre aceitou e abraçou-a sem os antigos receios. - Sua viagem foi inacreditável, tantos dias numa floresta por Abaruna e por mim...


-Lembre-se de soltar teus cachinhos quando nos vermos novamente viu?


-E você, lembre-se de aparar a barba!


-Como quiser, alteza! - Respondeu D. Alexandre com sua mesura. Ao se despedir da princesa, o cavaleiro lhe beijou a mão e saia amparando o coitado de D. Domingos que já cambaleava de sono; enquanto os pais se dirigiam para seus aposentos e os criados recolhiam a louça, eis que a princesa Berenice repara no vinho branco ali esquecido na mesa real; segundo a nobreza era o melhor que havia em Angustura e o único que borbulhava a cada gole, esquentando corações.


-E se não for tão bom quanto dizem? Odivelas sempre diz, esmola demais o santo desconfia! Um gole antes dos dezessete não me fará mal... - Mesmo receosa, ela se certificou de que estava sozinha, pediu perdão à Deus pela travessura e degustou um gole do vinho branco em sua taça de cristal; tamanho sabor contagiou-lhe dos pés à cabeça!


     "Venceste, és tão saboroso como dizem... Oh Deus, que horas já são!" Rapidamente, Berenice tomou mais um gole e fugiu apressadamente para seus aposentos onde ninguém saberia o ocorrido e beberia bastante água para amenizar a sensação agridoce. Mais que vinho, era um líquido mágico que por algum motivo lhe encorajava enquanto o rosto avermelhava e parecia se transformar! Seria uma noite e tanto para a princesa que não conseguiria dormir, uma vez impressionada pelo gosto do vinho e com os pensamentos num ziguezague fervilhante que se entrelaçavam; do espelhinho, as discussões familiares por sua enfermidade, o tão aguardado aniversário, o miraculoso Abaruna que lhe prometia sorrisos jamais esboçados, o sentimento por D. Alexandre, os conselhos da rainha-mãe Verônica e mimos da avó Oriana, os sorvetes tomados ao pôr do sol até chegar ao pobrezinho aprisionado em sua cela.


-A capa que mamãe me fez, tem que estar aqui!


    Mesmo adormecido em sua gaiola, o espírito de Abaruna estava inquieto e avistava Berenice à procura de sua capa cor de sonho no guarda-roupa e de uma boa lamparina para iluminar seu caminho. Enquanto as outras aves lamentavam por seus companheiros que foram levados dali e jamais retornariam, ele brilhava com mais intensidade e duplicava seu espírito para passar pelas grades de tempo e espaço e estar junto dela, que já percorria o corredor lateral do palácio.


-É tempo de despertar a coragem de minha futura dona! Pedro precisa de Berenice como ela precisa saber o caminho!


     Embora decidida a fazer o bem, a princesa Berenice temia a bronca familiar, o caminho desconhecido e as coisas horríveis que poderiam ocorrer numa prisão mas não tardou para que Abaruna encontrasse uma brecha em seu coração. Além da capa, ela revestiu-se de coragem, acendeu a lamparina e seguiu por onde ele indicava além de ser encorajada pela seguinte canção:


"Confia meu bem! Se coragem te falta, confia que estou aqui! Confia meu bem, meu benzinho de Belém!"


-Confia meu bem... Meu benzinho de Belém! Mamãe me cantava esta canção quando eu tinha medo do escuro e logo agora me vem a cabeça! - Exclamava Berenice. Mesmo crescida, a canção bem lhe servia para os momentos de temor e angústia além de torná-la capaz de brincar com a situação. "Se papai souber o que estou fazendo, ou enlouquece de vez ou me promove à primeiro-ministro!"



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Autor(a): Ginny Potter

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        Ausência de sorrisos à parte, a vida concedera à princesa Berenice diversos saberes sobre o palácio e as passagens secretas que nele havia, sendo que uma delas alcançaria o presídio menor da Cavalaria. "Se ele não fez mal ao meu Abaruna, porque o prenderam?! Ah, este será o feit ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • Magda Postado em 07/04/2019 - 15:41:35

    ah, eu tenho uma fic baseada em tvd com o casal vondy, caso vc se interesse de ler: https://fanfics.com.br/fanfic/24829/memorias-de-uma-vampira-diego-finalizada

  • Magda Postado em 07/04/2019 - 15:40:48

    oiie, leitora nova! se quer uma dica, nao posta tudo de uma vez nesse site. Vai postando ao pouco, uns capitulos por dia ou mesmo por semana, tudo de uma vez o proprio site não divulga mt ai vc perde a chance das pessoas verem. Beijito!!


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