Fanfic: La Descarada – Vondy | Tema: Vondy

– Pode deixar que daqui eu me viro. Obrigada por me acompanhar. – ela disse quando o bagageiro lhe seguiu após o elevador chegar ao último andar. O homem obedeceu, voltando de onde veio.

Dulce sorriu, era ótimo mandar nas pessoas. Um dia, se tudo desse certo, aquele hotel e todos os outros também seriam dela.

Seu sorriso morreu quando reconheceu Catarina sentada em um dos estofados que ficavam do lado de fora do escritório, ela lia uma revista distraidamente.

O que ela faz aqui?

Dulce precisava de um tempo sozinha com Christopher. Ainda mal podia acreditar em sua sorte de Cristiano não estar ali e aquela mulher não estragaria tudo.

Aproveitou quando ela se levantou para trocar de revista e andou apressadamente na mesma direção, derramando todo o líquido quente de sua xícara em Catarina quando se esbarraram.

– Mas o que é isso!? Como...– gritou, parando de falar ao reconhecer Dulce. – Dulce? Ficou doida? Isso está muito quente!

– Que merda! Me perdoa, Catarina! – implorou com os olhos arregalados. – Eu estava distraída, esse hotel é muito lindo e eu nunca estive...

– Tá, já entendi! – cortou enquanto tentava se limpar, o que era inútil pois a mancha marrom já começava a se destacar no vestido branco. – Que droga! Vê se presta mais atenção por onde anda, menina! Você podia ter me causado uma queimadura de segundo ou quem sabe terceiro grau!

Dulce revirou os olhos internamente, morrendo de vontade de rir. Que exagerada.

– O que está acontecendo aqui? Catarina, por que está gritando com a Dulce?

O corpo de Dulce tremeu ao ouvir a voz potente de Christopher, ele era ainda mais gostoso com raiva. Quase babou com a visão dele engravatado, a última vez que o vira no restaurante ele usava jens.

– Ucker, olhe! – apontou para o vestido manchado. – Eu ia te esperar até o almoço para comermos juntos, mas a Dulce me atropelou com uma xícara de café!

– Foi um acidente. – cruzou os braços, fazendo a sua melhor cara de arrependida.

– É só um vestido, Catarina. – Christopher se aproximou das duas mulheres. – Você ouviu a Dulce? Foi um acidente. A troco de que ela faria de propósito? Pode ir para casa e se trocar tranquila, eu vou almoçar aqui no hotel. Estou atolado de trabalho.

– Você anda trabalhando muito, Ucker, enquanto o folgado do Crist...– se interrompeu ao se lembrar que Dulce estava ali. – Em casa conversamos. Tchau, meu amor. – o beijou, bufando na direção de Dulce antes de pegar o elevador.

– Me desculpa, Christopher. Mal cheguei e já te causei problemas.

Christopher suspirou, se Dulce soubesse que o seu maior problema eram as sensações que a presença dela causavam, não lamentaria o ocorrido com Catarina. Com certeza ela sairia correndo com medo dele.

Po/rra!

Ele devia ter pedido a Lola para dizer a ela que voltasse outra hora e não mandá-la subir. Cristiano só chegaria em pelo menos duas horas, não havia motivo algum para Dulce estar ali com ele. Se queria supera-la tinha que se distanciar o máximo e não trazê-la para perto na primeira oportunidade.

– Não se preocupe com isso, Dulce. – balançou a cabeça. – Na verdade, você nem devia ter subido, Cristiano não está. Se você voltar mais tarde, talvez o encontre.

Disse e se arrependeu amargamente do modo como suas palavras saíram. Quis se chutar ao ver a expressão ofendida de Dulce.

– Não me entenda mal, por favor, você pode ficar neste hotel o quanto desejar. Só não quero fazê-la perder tempo, foi o que eu quis dizer. Aliás, você devia estar na faculdade agora então suponho que o assunto que tem com Cristiano seja muito importante para fazer com que perca as aulas.

– Na verdade...– fungou, agradecendo ao céus por sua facilidade para chorar. – É exatamente sobre a faculdade que eu preciso falar com Cristiano. Annie me disse que ele estaria aqui.

– Aconteceu alguma coisa? – se aproximou, preocupado pelas lágrimas que desciam pelas bochechas dela.

– Não, eu não quero incomodar você com os meus problemas. – gaguejou por conta do choro.

Alarmado, Christopher a puxou para um abraço sem saber o que fazer.

– Po/rra, não chore, vamos até o meu escritório e você me conta tudo, tá bem? – afagou suas costas, apoiando o queixo na cabeça dela.

Dulce assentiu, sorrindo contra o peito cheiroso de Christopher.

Oi, gente!

Sei que é chato ficar pedindo, mas sao os comentários que me incentivam a postar. 

Volto quando tiver comentários.

Beijão