Fanfic: La Descarada – Vondy | Tema: Vondy

– Recebi o seu recado. Aconteceu alguma coisa? – Alfonso entrou preocupado no escritório de Christopher no fim do dia.

Alfonso Herrera era um contador, cuidava das finanças do hotel há muitos anos e de lá para cá criou um grande laço afetivo com Christopher e toda a sua família.

– Vai fazer alguma coisa agora? – perguntou, abrindo os três primeiros botões de sua camisa após arrancar a gravata.

– Por que? Quer me chamar para sair? – riu.

– É, por/rra, tô afim de comer a sua bunda. – rosnou. – Está ocupado ou não?

Alfonso revirou os olhos. 

– Tô livre.

– Ótimo, porque eu preciso beber e por uma merda para fora. Você é o único em quem confio no momento.

– Vem comigo. – sorriu.

Alfonso assobiou, passando a mão na bunda da garçonete que havia acabado de servi-los com duas doses de whisky.

– Um bar de strip? Sério? – Christopher reclamou, tomando um gole grande de seu copo.

– Preferia o que? Que eu te levasse para tomar chá?

– Não somos mais adolescentes.

– Não é necessário ser um adolescente para gostar de lugares com mulheres gostosas semi nuas e bebiba boa. – piscou, se recostando em sua cadeira. – Agora fala qual é o seu problema.

Christopher cerrou os dentes, tomado mais de seu whisky.

– Estou...atraído...pela namorada do Cristiano. Uma garota de vinte e um anos. – disse devagar prestando atenção na reação do amigo.

– Cristiano namora? – perguntou após um tempo em silêncio.

– Faz pouco tempo. Não é um namoro oficial ainda, mas se depender dele vai ser e eu estou desesperado pois sequer consigo ficar no mesmo ambiente que a Dulce sem querer agarra-lá.

– Tá me dizendo que o Cristiano finalmente se apaixonou e você tá querendo pegar a mulher dele?

– Se for ficar me julgando é melhor calar a po/rra da boca!

Alfonso limpou a garganta.

– Olha, cara, eu sei que você é casado a bastante tempo e é normal querer pular a cerca de vez em quando, mas não com a namorada do seu irmão, cara/lho!

– Eu nunca trai a Catarina e você sabe, por mais que eu não a ame sempre a respeitei. Isso vai contra todos os meus princípios. Como acha que eu me sinto desejando a Dulce? Acha que eu gosto? Você me conhece!

– Sim, eu sei, você é todo certinho. – rolou os olhos. – Olha, Ucker, conselho de irmão: se você acha que não pode controlar o tesão por essa garota é melhor se manter longe dela o máximo que puder. O Cristiano não merece essa merda.

Christopher suspirou, passando as mãos nos cabelos.

– É o que eu estou tentando fazer, Alfonso. – murmurou. – Mas hoje eu estive a ponto de beija-la e, po/rra, Deus me ajude porque eu queria muito. E o pior é que eu acho que ela também sente essa...coisa.

– Então ela é uma descarada! – acusou, fazendo um sinal para a garçonete trazer outra rodada de whisky.

– Não...ela estava apenas emocionada porque eu a ajudei. Devo ter interpretado mal as reações dela.

– Então esqueça essa mulher, Christopher. Nenhuma boceta vale mais do que a honra de ser leal ao seu próprio irmão!

– E acha que eu não sei? Quando Cristiano apareceu lá eu me senti um bastardo!

Alfonso negou com a cabeça, soltando o ar pela boca.

– Sabe o que é isso? Falta de sexo!

– Pro seu governo, eu e Catarina nos damos muito bem na cama. E olhe que eu não sou um homem fácil quando estou nela.

– Não estou me referindo as suas trepadas sem graça de casado. Você precisa é de uma mulher bem safada que não ligue para essa merda de ficar abraçadinho depois de gozar, entendeu patrãozinho?

– Eu nunca trai a Catarina, Alfonso. – repetiu.

– Mas hoje você vai! Tudo para tirar essa Dulce da sua cabeça! – o pegou pelos ombros, apontando para o meio do bar. – Escolha a que quiser!

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