Fanfic: La Descarada – Vondy | Tema: Vondy

– O que está acontecendo hoje? Todo mundo resolveu trabalhar no domingo? – Anahí foi a primeira a falar, dando um abraço em Alfonso que correspondeu prontamente.

Era raro ele ter uma desculpa para tocar em Anahí e quando acontecia não perdia a oportunidade. A conhecia desde menina, por muito tempo a considerou como sua irmãzinha também, mas Anahí foi crescendo e o modo como ele a via mudou drasticamente.

No entanto, nunca deixou que isso transparecesse. Christopher e Cristiano enlouqueceriam se soubessem.

Se separou de Anahí e quando o vislumbre de uma cabeleira ruiva surgiu atrás dela para cumprimentá-lo, Alfonso olhou imediatamente para Christopher enfeitiçado pela mulher e entendeu tudo. Aquela era Dulce.

– Essa é minha amiga Dulce, Poncho. É a namorada do Cris.

– Muito prazer, Dulce.

Dulce sorriu, fazendo um gesto com a cabeça para ele. Sem dúvidas era muito bonita, como homem podia entender Christopher um pouco mais agora.

– Estávamos no shopping e eu pedi para Cristiano que passasse aqui para levarmos você embora. Chega de trabalhar, Christopher!

– E onde ele está? – perguntou a irmã, sem perder o contato visual com Dulce.

– Ficou conversando no saguão com alguns hóspedes. Vamos logo!

– Annie, você se importa se eu conversar com Christopher um minuto antes de irmos? É sobre aquilo que te falei.

– Claro que não, Dul. – sorriu. – Vem, Poncho.

Alfonso lançou um olhar de aviso para Christopher, mas foi ignorado. Anahí o pegou pelo braço e os dois saíram.

– O que você disse a Annie? – indagou seriamente, preocupado.

– Relaxe, Anahí não sabe nada sobre ontem. Nem ela e nem ninguém. Eu disse que queria agradecer a você mais uma vez por ter me emprestado o dinheiro da faculdade. – explicou, se aproximando lentamente como uma gata.

– E isso é verdade?

– Não, Christopher. Eu quero falar sobre ontem.

– Dulce, eu realmente não sei o que aconteceu comigo. Se você quiser falar com o Cristiano, eu vou entender. A bebida não justifica o que eu fiz, fui um bastardo e lidarei com as consequências.

– Não sabe ou não quer encarar a verdade? – abriu um sorriso malicioso.

– Do que está falando?

Dulce passou uma das mãos pela gola de sua camisa e o puxou pela gravata até os seus rostos estarem colados.

– De nós dois. De como desejamos um ao outro. – sussurrou.

Christopher sentiu a boca secar de desejo, Dulce não podia provoca-lo assim, dizendo que o queria também. Aquilo era loucura. Lembrou-se das palavras de Alfonso e odiou saber que ele podia ter razão. Dulce era linda e estava confundio-o com sua personalidade, ela conseguia aparentar ingenuidade ao mesmo tempo em que era sexy ao extremo. Odiava admitir, mas estava sendo dominado pelo desejo que sentia por ela, por mais que lutasse contra. Se não resistisse, Dulce poderia fazê-lo cair na maior cilada de sua vida.

Quem era ela, afinal?

A moça pobre que buscava vencer na vida de forma honesta, como ele e Cristiano acreditavam? Ou uma golpista, como Alfonso e sua mãe afirmavam?

– Isso não pode acontecer, Dulce. – respirou fundo, sentindo ela beijar o seu rosto. – Cristiano é o meu irmão.

Dulce levantou a cabeça para encara-lo.

– Eu sei, Ucker, e me sinto péssima por ele. Mas eu não controlo meus sentimentos. Desde que te vi senti algo por você e tentei me convencer de que não era nada, de que Cristiano gostava de mim e era com ele que eu deveria ficar. Mas ontem você acendeu todos os meus desejos adormecidos, não posso mais ficar longe sabendo que você também se sente assim. – suspirou, acariciando o seu queixo barbudo com os dedos.

Christopher fechou os olhos, não querendo ser distraído por sua beleza. Dulce o queria, inferno. E ele não poderia tê-la. Nunca.

Segurando-a pelos braços, a afastou delicadamente.

– Não vou mentir, Dulce, eu te quero. Sou homem e você é uma mulher muito...– perdeu as palavras, olhando-a de cima a baixo. – Porra, você me atrai! Mas Cristiano é o meu irmão e isso é muito maior do que qualquer tesão. Eu vou fingir que nós nunca tivemos essa conversa e então ficaremos o mais longe possível um do outro. Me entendeu bem?

Ele sabia que estava sendo duro, mas não podia correr o risco de Dulce criar esperanças. E se fosse tudo um plano dela para se dar bem, iria quebrar a cara.

No fundo ele não acreditava que Dulce pudesse ser uma golpista, mas como Alfonso tinha dito: inocente ou não, ela era namorada de Cristiano.

Dulce baixou os olhos, parecendo triste. Não desistiu, voltou a se aproximar espalmando as mãos sobre seu tórax.

– É isso o que você quer, Christopher? Me sacrificar para o Cristiano ficar feliz? – roçou os seus lábios aos dele, ameaçando beija-lo. – Se é isso o que você quer, tudo bem...eu vou te esquecer nos braços do seu irmão. – pressionou suas bocas e se afastou, rebolando até a saída sem olhar para trás.

Volto quando tiver comentários, beijão