Fanfic: La Descarada – Vondy | Tema: Vondy

Uou.

Foi tudo que Dulce conseguiu pensar quando uma figura atlética e altamente sexy saiu do carro luxuoso. Empurrando a porta do veículo, o sujeito abriu um sorriso preguiçoso na direção de Anahí que parecia prestes a explodir.

– Cristiano! – Anahí praguejou.

– Quem é ele? – Dulce perguntou, sem mover seus olhos.

– Um dos meus irmãos, ele e Christopher acham que eu tenho um namorado secreto. Estavam no meu pé, mas não achei que ele seria capaz de vir até aqui verificar. Eu já tenho vinte e um anos, caramba! – disse ultrajada, em seguida marchando até o carro.

Dulce lhe seguiu, curiosa com o rumo dos acontecimentos.

– O que faz aqui?

– Vim te buscar, ingrata. A não ser que queira ir para casa nesses saltos – Deus, sua voz era quente e ele não havia parado de olhar para ela.

– E o motorista?

– Com Christopher – respondeu dando um passo para mais perto de Dulce – Sou Cristiano.

– Dulce – sorriu, oferecendo-lhe a mão.

Cristiano beijou os nos de seus dedos, sem perder o contato visual.

– Já que veio irmãozinho, então terá que levar nós duas – Anahí provocou – Dulce sempre pega carona comigo.

– Eu posso pegar um ônibus, Annie. Seu irmão deve estar com pressa...– mordeu os lábios.

– Não, de jeito nenhum. Venha conosco, Dulce.

Dulce sorria satisfeita no banco de trás. Mais cedo, a senhorita Garcês havia lhe dado uma rasteira, mas agora ela tinha diante de si a solução para todos os seus problemas.

Era óbvio que Cristiano estava encantado por ela, Dulce sempre o pegava olhando-a pelo retrovisor enquanto Anahí tagarelava no banco do passageiro.

– Quantos anos você tem, Dulce? – ele perguntou logo após deixar a irmã em frente ao condomínio em que moravam.

– Vinte. – respondeu, enrolando um cacho ruivo no dedo – Farei vinte e um no sábado. E você?

– Tenho vinte e seis. Já tem planos? – perguntou, seus olhos alternando entre olha-la pelo retrovisor e a estrada.

Dulce fingiu pensar.

– Ainda não.

– Bom...– murmurou estacionando em frente a uma casinha amarela de tijolos.

– O que foi? Muito diferente da sua mansão? – zombou saindo do carro.

– Na verdade, parece bem acolhedora – respondeu enquanto batia a porta, estavam frente a frente.

Dulce deu de ombros, jogando os cabelos para trás.

– Então...– ele começou, as mãos nos bolsos – Já que não tem nada planejado para o seu aniversário, poderíamos marcar algo. Digo, com Anahí também, claro.

– Claro – riram.

– Então, o que me diz? Seria uma bela oportunidade para nos conhecermos melhor.

Dulce arqueou uma sobrancelha, o cara era bom. Quantas já não haviam caído em sua lábia? Mas também não poderia culpa-las, aquele charme era difícil de resistir.

– E o que te faz pensar que me interessa te conhecer melhor?

Cristiano sorriu. Além de linda, tinha a linguinha afiada. Ele só esperava que ela também soubesse usá-la tão bem para outras coisas além de lhe insultar.

– Você faz mal para o meu ego, menina – balançou a cabeça – Veja, você não tem nada a perder. Passar algumas horas comigo podem ser mais divertidas do que pensa – piscou.

Dulce soltou uma risada enquanto alcançava uma caneta na bagunça de sua mochila, abaixou-se para pegar a mão masculina, deixando seu decote na linha de visão de Cristiano. Após anotar seu número ali, ela rapidamente guardou sua caneta e grudou seus lábios em uma das bochechas dele, plantando um beijo demorado no local.

– Me liga. – sussurrou, saindo para sua casa em seguida.