Fanfic: La Descarada – Vondy | Tema: Vondy

No fim da tarde Dulce saiu de fininho até o escritório de Christopher, apesar de estar irritada por não saber sobre sua ligação com a recepcionista, sentia uma estranha vontade de vê-lo, de estar com ele. Desde a noite anterior que não se viam.

Diminuiu os passos ao ouvir a voz alterada de Alfonso soar de dentro do escritório.

– No meu contrato não estava escrito nenhuma cláusula informando que eu teria que separar mulheres histéricas durante o expediente! Aquela maluca rasgou o meu terno!

– O seu salário pode comprar dez iguais a este! Agora me deixe, minha cabeça está explodindo. – rosnou massageando as têmporas com os dedos.

– Com licença. – apareceu, dando duas batidinhas na porta entre aberta.

Alfonso a recepcionou com uma expressão de desprezo, seu olhar irritado alternando entre ela e Christopher se encarando.

– O que você quer? Não vê que estamos conversando?

– Eu vim dar um recado de Anahí.

– Sim, claro, com certeza. Olha, pode ir dando meia volta e...

– Alfonso, saia. – Christopher o interrompeu. – Eu quero que Dulce me diga o recado.

– O quê? Ucker, você não pode...– parou, colocando as mãos nos quadris. – Ah, já saquei o que está acontecendo aqui. Isso é...vocês dois são nojentos! – bufou, esbarrando propositalmente em Dulce antes de sair.

– E agora, Christopher? E se ele contar para alguém? – indagou preocupada, caminhando até ele.

– Alfonso não dirá nada. Depois eu falo com ele. – sorriu fraco, puxando-a para sentar em seu colo. – Quer conversar comigo?

– Na verdade eu só queria te ver. – murmurou, tocando seu lábio inferior com o polegar. – Fiquei sabendo da briga.

– Eu não sei o que aconteceu com a Catarina. Ela jamais se atracaria com outra mulher em circunstâncias normais.

– Talvez ela já desconfie de você.

– Eu sei, e é por isso que não devemos nos ver aqui no hotel. É muito arriscado, Dulce. Qualquer um pode ver e gerar comentários. Eu não quero que Cristiano descubra assim.

– Onde nos veremos então?

Christopher esticou o braço para puxar uma gaveta de sua escrivaninha, tirando de lá um chaveiro.

– É a chave do meu apartamento, fiz uma cópia para você. Pode ir lá sempre que quiser.

– Isso é sério? – sorriu abertamente, seus olhos brilhando.

– Sim, Dul, acho melhor não nos encontrarmos mais naquele estacionamento, alguém pode nos ver. É mais seguro irmos direto para o apartamento separadamente.

– Você se esquece de que eu não tenho um carro. – arqueou uma sobrancelha sugestivamente. – Mas não tem problema, posso me arranjar com táxis por enquanto.

– Não se preocupe, eu pagarei as corridas.

– Obrigada, querido. – segurou as laterais de seu rosto, beijando-o com a saudade que ela não sabia existir.

– É melhor você ir agora, Dulce. – sussurrou, sentindo seus lábios quentes descerem pelo seu pescoço.

– Antes eu quero que você me diga o que a Penélope fazia aqui.

– Ela só veio se despedir. Pediu demissão.

Dulce olhou em seus olhos, desconfiada.

– Eu acho bom que seja só isso, Christopher. Estou me arriscando muito por você e espero que não seja atoa. Não serei o seu segredinho sujo para sempre. – piscou, levantando-se sem dar chance para que ele respondesse. – Nos vemos no seu apartamento.

Volto quando tiver comentários, beijoos