Fanfic: La Descarada – Vondy | Tema: Vondy

– É essa! – Dulce sorriu, girando no jardim do casarão.

Aquela era a quarta mansão que ela e Cristiano visitavam naquele dia, e nenhuma a agradara tanto quanto aquela.
A mansão ficava em um condomínio de luxo em um bairro requisitado da cidade.
Com dois andares, a fachada do casarão era magnífica, rica em detalhes e materiais sofisticados em tons de marrom e bege. Logo na entrada, havia uma piscina suntuosa no jardim e tanto ela quanto a casa tinham um sistema de iluminação que permitia uma vista ainda melhor pela noite.

– É grande demais para nós dois, gata, um exagero. – Cristiano opina. – Para que vamos querer uma área de golfe no jardim? Fora as cinco suítes, três quartos de hóspedes e a sauna. Para que tantos quartos?

Dulce se virou, encarando-o seriamente.

– Cristiano, é essa a casa que eu quero! Eu morei a vida inteira em um cubículo, morar em um lugar assim é o meu sonho de menina e eu vou realizá-lo. Quero que todos saibam aonde eu cheguei, que invejem tudo o que eu consegui!

Cristiano ficou imóvel por um momento, sua expressão vacilando.

– Por que está falando desse jeito?

Dulce piscou, se dando conta do que havia dito.

Merda.

– Ai, eu não sei, Cristiano. Estou uma pilha de nervos por causa do casamento, o dia está tão próximo, deve ser isso, não ligue para mim. Se você não quer a casa, tudo bem, vemos outra.

Dando mais uma olhada na imensa propriedade, ele suspirou. A casa era um exagero sem tamanho, mas os olhos de Dulce brilharam de uma maneira que ele seria incapaz de dizer não.

– Tudo bem, ficamos com ela. – decidiu.

– Ai, muito obrigada, meu amor! – gritou eufórica, pulando em seus braços.

– Ótima escolha, senhor Uckermann. – o corretor avaliou, anotando em sua prancheta. – A sua namorada tem razão, a casa é ótima. Vocês serão muito felizes aqui.

– Estou contando com isso. Pode fechar a compra.

[...]

– Quer dizer que ele fugiu? – Alfonso indagou, indignado.

Era sexta-feira a noite, Christopher havia acabado de chegar de viagem e estava bebendo junto com o amigo no clube do hotel.

– Sim. – rosnou, tomando um gole grande de seu conhaque. – Além de filho da puta é covarde. Não quis me enfrentar, eu fiquei lá por duas semanas de merda e ele não apareceu. Mandou o advogado para falar comigo.

– Advogado? – desdenhou. – E o que ele disse?

– Que, querendo ou não, Marcus tem direito aos 10% das ações que o meu pai lhe deixou e que ninguém pode obriga-lo a se desfazer delas se ele não quiser.

– Uma porra! Então quer dizer que nós temos que cruzar os braços enquanto ele nos rouba e afunda o hotel de Nova Iorque?

– Pela lei, sim. Nós não temos provas de que Marcus desvia os lucros, nenhum juiz ficará do nosso lado sem isso.

– Maldito!

– Eu queria poder mata-lo com as minhas próprias mãos. Desgraçado, conseguiu essas ações chantageando o meu pai com o segredo de Annie, o velho não teve outra saída há não ser incluí-lo no testamento.

– Esse segredo ainda vai dar muita merda, Ucker. Por que não conta logo para ela? Anahí já é adulta, pode lidar com isso.

– Não dá, Poncho. Não posso falar, por mais que eu queira. Cristiano e minha mãe querem levar esse segredo para o túmulo e no momento eu não tenho cabeça para mais problemas. Você sabe, porra, com tudo que aconteceu, Dulce e Cristiano querendo casar, Catarina grávida...parece que eu vou explodir!

Christopher não sabia o que era pior, a culpa que carregava por Cristiano ou o fato de viver longe de Dulce. Certo e errado se embaralhavam dentro dele, causando um redemoinho de sensações sem sentido.

– Foda-se, quando o seu filho nascer vai dar um novo sentido para tudo, você vai ver. E a Catarina? Já começou o acompanhamento?

– Sim, minha mãe cuidou dela enquanto eu estive fora. – suspirou irritado. – Eu sou um maldito, não sou? Trai o meu próprio irmão, não consigo ficar feliz nem com um filho meu a caminho! Na minha mente só dá ela, Alfonso, só Dulce a todo instante! Eu a amo e ela vai se casar com a porra do meu irmão! – desabafou, sentindo o peso de toneladas em suas costas.

– Sinceramente? Eu não sei como aquela garota que praticamente ainda cheira a leite, conseguiu domar a dois homens feitos como vocês! Olha, vê se...merda!

Christopher acompanhou o olhar do amigo até a entrada do clube, onde um grupo de mulheres eufóricas estavam. Ele rapidamente as reconheceu, trabalhavam no setor do RH, mas quem estava entre elas fez o seu corpo inteiro reagir.

Lá estava Dulce, linda com seu terninho azul e cabelos ruivos presos pela metade. Ela sorria, contanto algo animadamente para as outras que pareciam se derreter a cada frase.

– Sua irmã está no meio então elas só podem ter vindo fazer alguma merda como despedida de solteira. Sabe como são as mulheres, não perdem a oportunidade de se juntar. – Alfonso continuou, mas Christopher mal prestara atenção, ele não podia desviar os olhos dela. A saudade era sufocante. – É só fingir que ela não está aqui, Ucker.

Alfonso tinha razão, era hora de ser racional e deixá-la para lá, fingir que não viu, mas Christopher estava louco demais para isso. Agradeceu a todos os santos quando Anahí se afastou do grupo, indo na direção dos banheiros, e se levantou.

– Cara, não faz isso! – Alfonso implorou, mas foi ignorado.

Christopher tomou um último gole de sua bebida e caminhou em passos duros até às mulheres, que ao se darem conta de sua presença se calaram. Não ligou para os seus olhares chocados quando ele passou por Dulce e a agarrou pelo braço, levando-a para fora do clube.

– Christopher! – ela murmurou espantada.

Ai caraleo kkk

Volto quando tiver comentários, bjooos