Fanfic: La Descarada – Vondy | Tema: Vondy

– Com cuidado! – Jaqueline instruiu às suas funcionárias que ajudavam Dulce a segurar o vestido e o véu enquanto faziam o caminho até a limosine. – Oh, cher, o seu pai vai ficar tão orgulhoso de você. Com certeza chorará de emoção todo o caminho até o altar.

– O meu pai é falecido, Jaqueline.

– Oh, sinto muito. Eu não sabia. – lamentou com um sorriso sem graça.

– Não tem importância. Eu ainda era um bebê na época, mal pude conhecê-lo. – deu de ombros.

– Mas então...espere! – elevou a voz, fazendo todas pararem onde estavam. – Então, quem levará Dulce ao altar?

– Foi tanta coisa para resolver que nem nos atentamos a este detalhe. – Cassandra disse.

– Eu posso entrar sozinha, não vejo problema.

– Você não irá entrar sozinha, Dul. Eu já cuidei de tudo. Christopher entrará com você. – Anahí esclareceu.

– O que? – engasgou, sem conseguir esconder o pânico.

– Algum problema, Dul? Christopher é o mais velho e o único homem da família disponível para te levar. Achei que não se importaria. Eu liguei hoje de manhã para saber se ele tinha notícias suas e aproveitei para fazer o convite, ele aceitou.

– Não, problema nenhum, Annie. Eu só não quero incomodar.

– Não será incomodo nenhum. Por mais ranzinza que o Ucker esteja ultimamente, ele jamais se negaria a te entregar para o Cristiano no altar.

Isso porque ele pensa que eu não estarei lá. – pensou.

[...]

O corpo de Dulce ainda tremia quando o chofer lhe ajudou a descer da limosine, as outras mulheres também desciam do carro que viera logo atrás.

Assim que saiu, Anahí correu ao seu encontro para lhe entregar o buquê. Um lindo ramalhete de rosas brancas.

– Agora nós vamos entrar e ir para os nossos lugares. Christopher está te esperando um pouco antes da entrada, assim que a marcha nupcial tocar vocês atravessam a porta principal e entram. – Dulce assentiu rapidamente, sem conseguir falar. Anahí sorriu, depositando um beijo em sua bochecha antes de se juntar às outras e ir para dentro.

Assassino.

Esse era olhar de Christopher ao avista-lá. Ele permaneceu estático, seu maxilar travado pela raiva.

– Como...– grunhiu, mas Dulce o interrompeu.

– Por favor, não faça nada. – implorou baixinho, quando já estava próxima o suficiente.
Ninguém podia vê-los ali, estavam protegidos pela porta principal.

Christopher fechou o espaço entre eles e a agarrou pelo pulso. Fitou-a de cima a baixo, estava linda de noiva e saber que não era para ele que ela caminharia até o altar só fez a sua raiva aumentar.
Dulce engoliu em seco diante de seu olhar, tão intenso que ela se sentiu encurralada.

– Que merda está fazendo, Dulce? Você quer me ver louco, é isso?

– Eu só quero que me deixe em paz. – rosnou no mesmo tom.

– Você me ama! Vai ficar comigo!

– Você não pode decidir isso! Vai mesmo causar um escândalo e fazer o Cristiano passar vergonha na frente de toda essa gente? Cai na real, não tem jeito para nós dois. Você não quer se separar e eu me recuso a continuar sendo a amante.

O desânimo e a culpa vieram com força total e Christopher suspirou, dando um passo para trás. Dulce tinha razão, era hora de parar de se enganar, aquilo nunca daria certo. Cristiano iria lhe odiar para sempre.
Se sentia impotente, preso, de pés e mãos atados, sem poder fazer nada a não ser assistir a mulher de sua vida se casar com o seu irmão.
Grunhiu, furioso consigo mesmo, com sua vida e suas escolhas erradas.

Encarou Dulce novamente, que o olhava de maneira angustiada, e soube que a sua vida nunca mais seria a mesma sem ela. Estava inegavelmente apaixonado e duvidava poder se sentir assim por outra mulher. Ela parecia tão atormentada quanto ele e Christopher sabia que estava se casando por orgulho, para feri-lo por não se separar. E que também jamais admitiria tal coisa.

Christopher voltou a se aproximar e Dulce se encolheu, mas ele apenas segurou o seu rosto com as suas mãos e se inclinou, depositando um beijo demorado em sua testa.
Fechando os olhos, ela aproveitou o contato, sabendo que seria a última vez, e sentiu lágrimas quentes descerem por suas bochechas.
Christopher escovou os dedos por sua face, limpando-as.

– Não chore. – pediu com a voz rouca. – Você tem razão, vai ser melhor assim.

A marcha nupcial tocou naquele instante e Christopher se posicionou ao lado dela, oferecendo-lhe o braço. Dulce aceitou, e logo eles estavam fazendo o caminho até o altar, onde um Cristiano radiante aguardava.
Suas expressões não eram de felicidade, mas ninguém pareceu notar. A cada passo Dulce segurava o buquê mais forte, em sua mente sabia que estava fazendo a coisa certa, mas o seu corpo traidor só queria abraçar Christopher e correr para bem longe dali.
No caminho, avistou Catarina e pôde ver a saliência de sua barriga de poucos meses marcada pelo vestido. Ver aquilo só tornou a voz de sua razão mais forte.

– Você está linda. – disse Cristiano, emocionado, pegando-a pela mão para posiciona-la ao seu lado. Dulce deu um meio sorriso, indo até ele mas sendo impedida pelo aperto de ferro de Christopher em seu braço.

Alarmada, ela o encarou, assim como Cristiano que tinha um ponto de interrogação na face.

Christopher comprimiu os lábios, buscando por controle, e a soltou. Olhou ao redor e surpreendeu a todos quando, ao invés de se posicionar ao lado da família no altar, deu meia volta e saiu da igreja bufando como um touro.

– Muito bem, meus irmãos! – o padre interrompeu o burburinho dos convidados. Dulce suspirou, ficando lado a lado com Cristiano. – Estamos aqui reunidos para celebrar o matrimônio de Cristiano Von Uckermann e Dulce María Savinon, que nesta noite, diante de Deus e diante dos homens, se tornarão um só.

O padre iniciou a cerimônia, começando a ler o evangelho. O peito de Dulce queimava a cada palavra.

Depois do Sim, a priminha distante de Cristiano, Suzy, entrou trazendo as alianças.

– Em nome do pai, do filho e do espírito santo, eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. – o padre concluiu, depois da troca de votos, terminando a cerimônia.

Cristiano se virou, trazendo a esposa para si e juntando os seus lábios aos dela.

Oi, gente. Então, me desculpem mesmo pela demora para atualizar os capítulos mas eu estou passando por um momento que acho que todo mundo que escreve passa kkj. 

Nos últimos dias só consegui escrever este capítulo, todos os outros que escrevi achei uma porcaria e não vou postar qualquer coisa para vocês. 

A falta de criatividade acontece às vezes, mas passa. Agora que a história entrará em uma nova fase eu voltarei com tudo, prometo.

Espero que entendam e não me abandonem.

Volto quando tiver comentários, beijos