Fanfic: La Descarada – Vondy | Tema: Vondy

– Ai, que bom que você veio me ver, Alê. Já estava preocupada, você sumiu esses dias. – Catarina reclamou, observando a expressão tensa da sogra enquanto as empregadas serviam o café.

– Problemas, minha querida, não é nada com você. Hoje eu perdi a manhã toda no hotel, Marcus está na cidade e cismou que quer trabalhar lá. – mordeu os lábios, nervosa.

Marcus Altamirano era o seu pior pesadelo. Ele quase havia acabado com a sua família anos atrás e de novo retornava pelo mesmo motivo: dinheiro.
Mas agora era diferente, Alexandra cederia novamente a qualquer chantagem daquele cretino se isso mantivesse Anahí longe de saber qualquer coisa sobre o passado. Há vinte anos, ela havia cedido por conta de sua reputação. Agora, tudo o que queria era proteger a sua filha.

– Marcus? – tentou se lembrar. – Aquele Marcus que enganou o meu sogro? Não, Christopher jamais vai permitir que se ele trabalhe no hotel.

– Já permitiu.

– O que? Mas por que?

Tinha sido duro convencer Christopher de que aceitar a chantagem de Marcus era o melhor a ser feito. Ele rejeitou, esbravejou que não, insistiu que se as ações de Marcus fossem para o mercado negro ele às recuperaria e que Anahí sobreviveria a verdade.
Alexandra implorou, chorou, apelou, até que ela e Cristiano conseguiram convencê-lo. Christopher aceitou, contrariado, dizendo que seria tudo a sua maneira. Marcus iria ter o dinheiro que queria, mas sob a condição de ser manter afastado do hotel e de toda a família. Aos risos, ele aceitou, frisando que por hora, aquele acordo estava de bom tamanho.

– Você sabe que eu não gosto de falar neste assunto, Catarina.

– Realmente não entendo o porquê desse homem ter vocês nas mãos. Ele...

– Tudo bem, já chega. – se irritou, tomando um gole do café amargo. – Me conte da gravidez, como Christopher está reagindo?

Catarina contorceu a boca num revirar de olhos.

– Ele não mudou nada comigo, Alexandra. Continua frio, distante. Sempre pergunta da criança, mas eu acho que no fundo ele deseja que ela nasça morta. – se levantou, largando a xícara de café, indo até o armário de bebidas do marido.

– Não diga uma besteira dessas! Christopher jamais desejaria isso. Lembre-se de que se não fosse esse filho, você estaria de volta à casa dos seus pais!

– Do que adianta continuar casada se eu não tenho o amor do meu marido? – rosnou, despejando whisky em um copo. – E ainda tenho que ficar para cima e para baixo com essa coisa que me deixa barriguda! – apontou para a barriga falsa, de três meses, com nojo.

– Largue isso Catarina, ninguém pode te ver bebendo! – advertiu.

– Não dá para encarar tudo isso sóbria! Eu estou cansada de viver assim, Alê, quero Christopher de volta! – choramingou.

– Eu já te disse, tenha paciência. Infelizmente, o meu filho se apaixonou pela outra. Quando essa criança nascer, ele esquece de vez.

– É, pode até ser, mas eu não vou esquecer. Não vou sossegar até descobrir quem ela é.

– O detetive descobriu alguma coisa?

– Ah, sim. Eu havia me esquecido. – grunhiu, apertando o corpo com força. – Você sabia que Christopher ainda mantém o apartamento em que ele morava antes do nosso casamento?

– O que? Não...

– Pois é! O detetive me contou. Agora ele vai pedir uma ordem judicial para conseguir as imagens das câmeras de segurança do prédio dos últimos meses. Com certeza era para lá que Christopher levava a puta!

– Não posso acreditar que...

Alexandra foi interrompida pelo som de um molho de chaves sendo jogado sem destino sob passos duros que logo entraram na sala de jantar.

– Você está bebendo? – a voz saiu crua, ameaçadora.

– Ucker, não...– gaguejou, surpresa pelo flagrante. Geralmente, Christopher só chegava tarde da noite.

– Está louca, porra?! – vociferou, caminhando para arrancar o copo de sua mão. – Mãe, você viu isso e não fez nada?

– Christopher, eu apenas...– Catarina tentou justificar quando a sogra ficou muda.

– Eu não quero saber! Está de brincadeira? Eu não dou a mínima para o que você faz, Catarina, mas enquanto estiver carregando o meu filho você vai se comportar, entendeu? – se irritou com a falta de resposta, se aproximando um pouco mais dela. – Eu perguntei se você entendeu!

– Sim, Christopher. – murmurou entredentes, furiosa pelo modo como ele a tratava.

Christopher maneou a cabeça, saindo do cômodo. Precisava de paz.

– Viu só, Alexandra?

– Também o que você queria, Catarina? Ele pensa que você está grávida! Você precisa agradar o Christopher e não aborrece-lo!

– Pois eu estou morrendo de ódio dele! Minha vontade era de jogar na cara dele que eu sei sobre a amante!

– Jamais faça uma coisa dessas! Você precisa se reconciliar com ele, pelo o amor de Deus! – levantou-se, passando a alça da bolsa pelo ombro. – Eu já vou, tenho que conversar com a barriga de aluguel ainda hoje, ver como anda o bebê.

– Pergunte sobre o sexo! Eu estou ansiosa. Tomara que seja um menino.

– Ainda é muito cedo para saber. E não coloque tantas expectativas, pode ser uma menina.

– Eu sei, Alê.

– Suba e vá se acertar com o meu filho. Até mais, querida.

Essas duas em kkkk
Volto quando tiver comentários, bjoss