Fanfic: La Descarada – Vondy | Tema: Vondy

Após dar a volta pelo salão, ela chegou a conclusão de que ele só poderia estar na direção dos banheiros.
A música foi ficando abafada conforme os seus passos se tornavam mais fundos no corredor dos sanitários. Estava distraída e quase morreu de susto quando foi puxada bruscamente pelo braço, dando de cara com Alfonso.

– Procurando alguma coisa? Ou melhor, alguém?

– Me larga! – rosnou, desvencilhando-se de seu aperto. – Está me seguindo? Enlouqueceu?

– Eu não perderia o meu tempo atrás de você, Dulce. Vim usar o banheiro e vi te aí, olhando para todos os lados. Deixa eu adivinhar: está atrás do Christopher.

– Fala logo onde ele está. – revirou os olhos.

– Eu sabia. Quando eu o vi tão atormentado sabia que só poderia ter sido obra sua. – negou com a cabeça, apertando os dentes. – Porra, você não se cansa? Deixe ele em paz, sua...

– Sua o que? – ergueu as sobrancelhas, soltando uma risada anasalada. – Diz de uma vez onde ele está!

– Graças a Deus ele foi embora. Pelo menos hoje conseguiu fugir do demônio que você é!

– Como foi embora?! – grunhiu. – Você está mentindo. Ele não deixaria a mulherzinha grávida sozinha.

– Eu disse a ele que vou levar a Catarina para casa, se era essa a sua preocupação.

– Você não vai conseguir me impedir de vê-lo sempre, Alfonso. Então vá cuidar da sua vida!

– Eu vou fazer o que eu puder para manter você longe, sua cachorra.

– Será que você não vai entender nunca? Christopher me ama!

– Não! – alterou a voz, apontando o dedo. – Você o seduziu, o pressionou, fez ele acreditar nesse amor doentio! Amor não, sujeira!

– Sujeira? – riu, sua expressão tomada pela ironia. – Você é um paspalho, Alfonso, um fraco, que não é capaz nem de confiar no caráter da mulher que diz amar!

– Do que você está falando? Olha, eu  não vou cair no seu jogo!

– Não só caiu, como está envolvido nele até o pescoço, meu querido. Foi tão fácil. – gargalhou. – Eu nem precisei inventar muita coisa, você caiu que nem um patinho. Otário!

Dulce ainda ria quando Alfonso a segurou pelo pescoço, empurrando-a até que ela batesse contra a parede.

– O que você quer dizer com isso?! Fala! – gritou, seu rosto vermelho de raiva.

– Eu menti sobre a Annie, seu imbecil. – engasgou, tentando respirar. – Ela nunca disse aquelas coisas sobre você, pelo contrário, ela é apaixonada por você.

O coração de Alfonso batia cada vez mais rápido a cada palavra estrangulada que saia da boca da mulher à sua frente.

– Apaixonada. E você ficou tratando ela feito merda, seu...– se calou quando o aperto em volta de seu pescoço de tornou mais forte, impedindo-a de falar.

– Filha da puta! – xingou entredentes. – Por que?! Por que você fez essa porra?! – berrou, soltando-a abruptamente quando viu a coloração de seu rosto de tornar roxa.

Dulce caiu de joelhos, desesperada por ar.

– Porque eu quis. – levantou a cabeça, sorrindo, ofegante, massageando o pescoço dolorido.

– Você é uma falsa do caralho! – passou as mãos pelo cabelo, nervoso. – A Annie te considera uma irmã e você armou para separar a gente, sabendo dos nossos sentimentos, sabendo que nós dois íamos sofrer! Você não merece nem respirar o mesmo ar que ela!

– Blá, blá, blá! – debochou, levantando-se. – Eu só te falei tudo isso, Alfonso, para você parar de se meter comigo! Eu posso não ter saído vitoriosa com o Christopher hoje, mas você também não está por cima. Ou seja: mesmo perdendo, eu sempre ganho. Aprenda. – piscou, rebolando de volta para o salão.

A brisa da noite acariciou o rosto de Dulce e ela fechou os olhos para senti-lá melhor. Precisava de ar fresco antes de voltar para a mesa.
Agora mais calma, ela via como a sua revelação para a Alfonso poderia prejudica-lá futuramente. Mas não sentiu medo, era mestre em sair de situações ruins e com esta não seria diferente.

Abriu os olhos rapidamente quando ouviu passos se aproximando. Se fosse Alfonso, desta vez, ela não hesitaria em meter a mão em sua cara. Mas não era ele quem se aproximava dela na entrada do hotel e sim Marcus.

– Você de novo? – ergueu uma sobrancelha.

– Te vi aqui sozinha e não resisti. – sorriu de lado, avaliando-a de cima a baixo. Linda. – Sabe, eu vim até esta festa só para poder vê-la outra vez. Sabia que estaria aqui. Mas, como eu já esperava, fui barrado.

– Pois bem, já me viu. Agora já pode ir, eu estou esperando o meu marido. – mentiu.

– Posso te fazer companhia enquanto espera?

– O que pretende, Marcus? Eu sou casada.

– E eu um homem solteiro e interessado no que vejo. Duvido que Cristiano seja o que uma mulher como você precisa.

– Ah, é? E de que uma mulher como eu precisa? De você?

– Se me der uma chance posso te provar isso.

Dulce abriu a boca, pronta para lhe dizer um sonoro não, mas algo lhe ocorreu antes que pudesse fazê-lo.

– Podemos sair algum dia se você me contar tudo o que sabe sobre a família do meu marido. Quero descobrir que segredo eles tem e acho que você pode me ajudar.

– Parece um bom negócio para mim. Amanhã a noite está bom para você?

– Não, a noite não. Tem que ser quando Cristiano estiver no hotel.

– A tarde então. Posso buscá-la...

– Também não. Eu prefiro encontrá-lo no restaurante tamayo. Agora eu preciso voltar.

– Mal posso esperar para vê-la de novo amanhã, Dulce. – disse segurando uma de suas mãos, depositando um beijo demorado na pele macia.

– Até amanhã.

Gente, eu quero explicar uma coisa:
A Dulce é apenas uma personagem! Todos eles são. Eu decidi usar vondy como casal principal desse livro pq eu amo eles, mas os personagens não tem absolutamente nada a ver com eles.
A minha personagem é má e vai ter o final que eu pensei para ela desde o começo. Não esperem um final feliz, pq não vai ter.

Espero que continuem acompanhando.

Volto quando tiver comentários, beijos.