Fanfic: La Descarada – Vondy | Tema: Vondy

– Não acredito que viemos à Paris para ficar enfurnadas neste quarto! – Maite reclamou, servindo-se de mais champanhe.

Era sábado a noite, as duas haviam desembarcado na capital da França pela tarde e foram conduzidas ao Uckermann Palace da cidade, por ordem de Cristiano.

– Você sabe que eu vim atrás de Christopher. Preciso ir até a suíte dele sem que esses armários me vejam sair. – bufou, impaciente, referindo-se aos dois seguranças contratados para cuidar da segurança delas durante a viagem.

– Já pensou que isso pode ser apenas uma paranóia sua? Talvez eles nem se importem de te ver sair sozinha caso você avise que está tudo bem.

– Por favor, Maite! Será que você não ouviu nada do que eu te contei sobre essas malditas manchas no meu corpo? – grunhiu, apontando para os locais afetados, cobertos por maquiagem. – Cristiano contratou esses caras para me vigiar, está na cara.

Maite mordeu os lábios, apreensiva.

– Eu já te falei que isso é muito grave, Dul. O comportamento do Cristiano não é normal.

– Eu já não o suporto mais! Tinha que ver, Maite, ele me olhava como um maníaco, como...não sei, foi assustador.

– Imagine só se ele descobre que, na verdade, você foi encontrar o Marcus. Ou pior, sobre você e Christopher. – negou com a cabeça, benzendo a si mesma.

– Acha que ele irá querer brincar de Caim e Abel? – zombou, abrindo um sorriso amargo.

– Não fala uma coisa dessas nem de brincadeira, maluca. O meu maior medo é essa história terminar em tragédia, sangue. Está amarrado!

– Eu não me importo em como tudo vai acabar para os outros, contanto que Christopher esteja comigo. Ele é tudo o que eu preciso, Mai.

– Eu não entendo, antes de se casar você não queria vê-lo nem pintado de ouro.

– Eu sei, mas você tinha razão, eu o amo. – suspirou. – Quando decidi me casar eu não calculei o quanto a falta dele me afetaria, percebi isso no dia em que o vi muito próximo daquelazinha, a Bethany. Maldito! Tudo seria tão mais fácil se ele simplesmente tivesse deixado a imbecil da Catarina.

– Dulce, a mulher está grávida! Se Christopher a escolheu da primeira vez, o que te faz pensar que ele irá abandona-lá agora?

– Quem falou em abandonar? Catarina é o menor dos meus problemas agora. Depois que esse fedelho nascer, me livrar dela será como esmagar um inseto. Olha, eu estou perdendo um tempo precioso aqui! – rosnou, levantando-se do divã. – Vou até a suíte de Christopher agora!

– Ah, vai. E correr o risco dos seguranças contarem tudo para o seu marido? Sossega, Dul. Você nem sabe o número do quarto dele.

– Você se esquece de que eu também sou dona desse hotel, Mai. Ameacei de demitir a recepcionista e ela me garantiu que Christopher está aqui desde quinta-feira, na suíte presidencial.

Maite arregalou os olhos, soltando uma gargalhada em seguida.

– Meu Deus, isso não é contra a lei?

– Anda, vai lá fora e finge que está passando mal. – apontou para a porta, ignorando o seu comentário.

– O que? – estreitou os olhos. – Não, de jeito nenhum eu vou fazer parte disso! Se der errado e o Cristiano souber eu nem quero imaginar o que vai acontecer com você!

– Deixo meus cartões de crédito com você.

– Pensando bem, vocês são adultos, não é? – pigarreou – Já sabem o que fazem. Atire a primeira pedra quem nunca fez uma loucura por amor.

Rindo, Dulce apertou ainda mais o laço de seu robe na cintura antes de ir até a porta.

– Escuta, você vai dar um jeito de tirar os dois da porta enquanto eu corro para o elevador. Não deixe que eles me vejam!

– Entendido! – assentiu, nervosa, passando os dedos em seus fios negros.

– Anda, Mai! – exclamou, escondendo-se atrás de um móvel.

Correndo até a porta, Maite hesitou antes de abri-la, arrumando os seios na blusa decotada.

– Lojas Louis Vuitton, aí vou eu! – sussurrou para si mesma, saindo para o corredor. – Boa noite, meninos. – sorriu, cheia de charme.

– Algum problema, senhorita? – um deles perguntou, seriamente.

– Não, é que...tem um rato no meu quarto! Por favor, matem! Eu morro de medo, tenho fobia, estou até passando mal! – simulou, colocando as mãos no peito.

– Um rato? Neste hotel?

– Quem diria, não é? Um luxo desses repleto de roedores. Que horror! – balançou a cabeça. – Vão logo, por favor! Não quero que ele fuja!

Adentrando na suíte, um dos homens rumou até o quarto de Maite, enquanto o outro se posicionou no meio da sala.

– Onde está a senhora Uckermann? – indagou.

– Ér...a Dul? – gaguejou, bloqueando a visão do homem do esconderijo da amiga com o corpo. – Sabe como é, parece que ela comeu alguma coisa que fez mal no avião. Está desde a hora em que chegamos trancada no banheiro, coitada.

– Ela está passando mal? Vou comunicar ao senhor Uckermann.

– Não! Cristiano não! Enlouqueceu? A Dulce iria ficar muito constrangida. Por favor, não é necessário. Não precisa levar ao pé da letra o fato de Cristiano ter pedido para ser avisado de tudo.

– Eu só estou cumprindo ordens, senhor...

– Sim, estou sabendo. Escuta, enquanto o seu amigo mata o rato por que você não me ajuda com essa janela da cozinha? Está emperrada e eu estou morrendo de calor. – reclamou, apontando para a janela da pequena cozinha americana da suíte.

Desconfiado, o homem olhou uma última vez para a mulher antes de seguir até a cozinha. Maite seguiu logo atrás, fazendo gestos para Dulce sair o quanto antes dali.

Com cuidado, Dulce saiu nas pontas dos pés detrás do móvel, correndo para fora da suíte.

Oi, gente!
Então, estou postando esse capítulo só para atualizar vocês mesmo, sei que estou demorando bastante pra postar e é chato.
Mas parece que uma nuvem negra parou em cima da minha cabeça! Eu tenho todas as ideias na minha mente mas quando vou escrever parece que eu travo e acho tudo péssimo.

Mas não se preocupem! Não vou desistir dessa fic que eu amo tanto. Não me abandonem, por favor. Nesse capítulo eu nem vou exigir comentários, logo mais eu volto com muitos capítulos.

Beijos!