Fanfic: La Descarada – Vondy | Tema: Vondy

– Não vai subir, Dul? – Anahí perguntou, abrindo a porta do carro.

Após terminar de se arrumar em casa, ela percebeu que havia esquecido de sua bolsa em seu escritório e no caminho para o shopping voltou para buscá-la.

– Não, Annie. Prefiro esperar aqui. Não demore.

Sorrindo, Anahí assentiu antes de desaparecer para dentro da porta giratória do hotel.

Dulce bufou, saindo do carro enquanto levantava os seus óculos escuros até o topo da cabeça.

– Finalmente te achei, menina má.

Dulce pulou, assustada com a presença repentina de Marcus ao seu lado.
O homem sorria como um lobo para ela, suas mãos enfiadas nos bolsos da calça. Atrás dele, estava a mesma mulher miúda que sempre o acompanhava, sua secretária particular.

– O que faz aqui? – pergunta com irritação.

– Vim falar com Christopher e tive a sorte de te ver, apenas isso. Não pense que estou te seguindo. – riu, dando mais um passo em sua direção. Dulce recuou. – Mas confesso que estava ansioso para encontra-la outra vez. Você sumiu.

– Queria o que? Que eu te ligasse como se fossemos grandes amigos? Nem doida. Ninguém pode saber que nos conhecemos. Você não deveria ter se aproximado, pode me meter em uma confusão. – rosnou entredentes, inquieta, olhando para os lados.

– Então agora que te contei o que queria vai me desprezar? – indagou, voltando a se aproximar. – Pensei que fossemos parceiros, Dulce. Não tente se livrar de mim, você me deve uma e pode apostar que eu sei cobrar muito bem à quem me deve.

– Está me ameaçando, Marcus? – rebateu, irônica. – Não precisa se alterar, querido, não é necessário. Eu iria, sim, te procurar, tenho algo muito importante para te contar. Mas com a correria que está a minha vida, não foi possível.

– Contar o que?

– Não pode ser aqui. Precisamos nos encontrar em algum lugar.

– Amanhã à tarde, no mesmo restaurante de antes.

– Ótimo. – sorriu friamente, piscando. – Eu vou te provar que, sim, nós somos parceiros.

Antes de que Marcus pudesse respondê-la, a sombra de duas pessoas pairou sobre eles.
Anahí os encarava confusa, buscando respostas ao fitar amiga. Soltou um gemido de dor ao sentir a mão de Christopher, que estava sobre um de seus ombros, lhe apertando. O mesmo tinha o olhar vidrado sobre Marcus e Dulce, seu maxilar travado.

– Está fazendo o que aqui? – perguntou, rude. – O combinado foi você não pisar os pés imundos aqui.

– Não preciso lhe lembrar de quem tem a palavra final aqui, não é, Uckermann? – Marcus provocou, sem se intimidar com o olhar fulminante do homem à sua frente. – Vim porque quero falar com você e acabei encontrando a Dulce. Fiquei curioso para conhecer a guerreira que casou com o seu irmão.

Christopher levou o seu olhar até ela, arrependendo-se logo em seguida. Sua beleza era um golpe baixo demais para suportar. Ele esqueceu a razão por alguns segundos, perdendo-se em seu rosto perfeito e suas belas curvas marcadas pelo vestido.
Odiou-se por não conseguir controlar a si mesmo, por não conseguir evitar que o seu corpo implorasse por ela. Mesmo sabendo o que tinha por baixo de toda aquela beleza, o seu tolo coração disparava feito um louco na simples presença da maldita.

E ver como Marcus olhava para ela era o pior de tudo. Christopher conhecia aquele olhar, por mais que tentasse disfarçar, o desejo estava estampado na cara dele. Ele a queria, estava claro. Mas e ela?

A expressão de Dulce era indecifrável, o que alimentou a raiva e desconfiança de Christopher. Ele nunca sabia o que ela estava aprontando, era dissimulada demais, o que tornava quase impossível distinguir o que era verdade ou mentira vindo dela.

– Pois deu viagem perdida. Tenho um compromisso de trabalho agora e não vou perder meu tempo com você. – grunhiu. – Vá embora.

Marcus sorriu, sarcástico, antes de balançar a cabeça.

– Como quiser. Mas, você sabe, eu vou voltar. Eu sempre volto. – prometeu, umidecendo os lábios ao encarar Anahí. – Ah, sim, e quase ia me esquecendo de dizer o quanto você cresceu, Anahí. Se tornou uma bela mulher, lembra muito a sua mãe.

Christopher sentiu o sangue ferver, entendendo muito bem a insinuação de Marcus ao compará-la com a mãe.

– Sai daqui agora, seu monte de merda! – rosnou, fechando os punhos para avançar sobre o homem, mas Anahí se colocou à sua frente.

– Pelo o amor de Deus, Ucker! Não faz isso! – implorou, segurando-o com as mãos em seu peitoral.

Marcus gargalhou, satisfeito, ao andar para a direção oposta.

Furioso, Christopher socou o ar, respirando fundo antes de encarar a irmã novamente.

– Eu já vou. Nos vemos depois, Annie. – beijou sua testa e lançou um olhar duro para Dulce antes de marchar até o seu carro.

[...]

– Eu ainda não entendi o que você fazia com o Marcus, Dul. – Anahí insistiu no assunto, fechando os olhos para que uma funcionária do spar colocasse os pepinos sobre eles enquanto uma outra lhe fazia as unhas.

– Eu já disse mais de mil vezes, Anahí: ele apareceu do nada! O que queria que eu fizesse? – revirou os olhos.

– Sei lá, chamasse alguém para expulsa-lo. Você viu? Christopher quase foi para cima dele! Foi um horror!

– Acontece que eu não tenho culpa se...– murmurou, sendo interrompida pelo toque de seu celular. – Fala, Ângela!

– Desculpe, dona Dulce, eu não queria interrompe-lá, mas chegou uma senhora muito nervosa aqui e disse que não vai sair de jeito nenhum sem falar com a senhora. Disse que se chama Catarina. – a mulher informou aos gaguejos.

Dulce franziu o cenho, curiosa pelo motivo da visita. Catarina nunca fora sua maior fã.

– E o meu marido?

– O senhor Uckermann saiu cedo para a casa da dona Alexandra. Ligou agora à pouco avisando que demoraria um pouco e que queria a senhora aqui quando chegasse.

– Certo. Acomode Catarina, eu chego em breve.

– Sim, senhora.

Desculpem a demora.

O que será que a Dulce tá aprontando pro Marcus? Kk

Volto quando tiver comentários, beijos