Fanfics Brasil - Definindo o indefinido Sonic The Hedgehog: Outside N'Counter

Fanfic: Sonic The Hedgehog: Outside N'Counter | Tema: Sonic The Hedgehog


Capítulo: Definindo o indefinido

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No futuro, Dust finalmente apareceu. E creio que Silver vai dessa vez vai descobrir o que de fato aconteceu.


E no presente, temos agora a definição do que de fato vai acontecer com Vicent e a visita inesperada de um forte aliado a Nova Mobotrópolis.


____________________________________________


Mobius, no futuro.


Base secreta dos Guerreiros da Liberdade, noite.


Com os eventos ainda se desenrolando naquela base isolada do mundo, todos olhavam para Dust, inclusive Silver. O ouriço prateado estava ainda mais confuso, pois parecia que todos alí tinham um certo respeito pelo híbrido e ao mesmo tempo medo. Como estava curioso com o que seu presente se tornou, virou para Dust e disse:


— Prazer, me chamo...


Mas Dust ignorou Silver, caminhando até seus comandados. Com um olhar penetrante e uma voz sinistra, diz:


— Dois anos meditando para enfim o dia chegar e vocês me trazem justamente este traste? O que vocês pensam que estão fazendo?


— Dust, nós estávamos... bem, somente... – Racer tentava escolher bem suas palavras.


— Cale-se, Racer! Eu já estou cheio de...


— Cale-se você! Isso não são modos de tratar seus amigos! – Disse Silver, irritado.


— Não me lembro de ter dado a você o direito de proferir suas palavras a minha pessoa.


— Não posso ficar calado depois que ver você maltratar seus amigos.


— Mais uma vez ousou em falar o que devo fazer... Isso é imperdoável!


Dust então levanta uma de suas mãos, emanando uma aura, formando uma bola de energia. O híbrido, voltando a olhar para Silver, diz:


— Eu não admito insubordinação ante mim. Prepare-se!


— Pode vir então! Eu não tenho medo de você!


Dust mostrava-se mesmo disposto a atacar Silver, que passou a emanar por todo seu corpo seus poderes psíquicos. Iria mesmo de fato eclodir um combate, deixando os demais membros do time Guerreiros da Liberdade temerosos. Mas, como um raio, Metal Sonic aparece e fica entre os dois, impedindo o confronto. O ouriço metálico diz:


— Dust, cesse seu poder agora.


— Saia da frente, Metal. E não me dê ordens!


— Meu banco de dados diz que seu poder é potencialmente destrutivo a toda a base. E devo avisar que o poder de Silver também. Vocês dois são uma ameaçada. O resultado desse combate desnecessário será o fim de toda a base secreta, dando fim aos nossos planos.


Dust, olhando para Metal Sonic, parecia acreditar no que o robô dizia, tanto que cessou seus poderes, fechando seus olhos em seguida. Silver, com seus olhos brilhando, diz:


— Metal Sonic, porque fez aquilo comigo? Bastava me dizer que tinham uma base secreta.


— Somente procedimentos de segurança para manter a base, logicamente, secreta.


— Você e suas lógicas robóticas...


Dust então caminhou até Silver, voltando a fitá-lo. A troca de olhares pareciam como se o duelo ainda continuasse. Dust então diz:


— Você não é bem vindo aqui. Não deveriam tê-lo trazido aqui. Silver já não é necessário, como eu disse.


— E porque você está dizendo isso? Nem nos conhecemos.


Racer, caminhando até próximo a Silver, diz:


— Procurávamos por sobreviventes da “Guerra de Mobius”. Mesmo tendo passado tanto tempo, muitos guerreiros procuraram exílio pelo mundo devastado.


— Vocês entraram em guerra?


— Não nós, mas nossos antepassados. E você os conheceu. Sonic, Knuckles, Shadow... Todos eles foram derrotados. Mas alguns sobreviveram e... estão sumidos.


— Minha nossa! Mas agora que eu voltei do futuro, eu irei ajudá-los no que for preciso. Só me digam o que aconteceu nesse futuro.


Metal Sonic, ao perceber que Silver tinha um tom de inocência em sua atitude, diz:


— Desde que nos encontramos no Castelo Acorn, percebi que você não se recorda de absolutamente nada. Você buscou exílio, mas não se recorda de nada.


— De que você está falando? Não. Eu não fiz isso. Eu voltei para o futuro depois do que aconteceu. Eu não sei o que aconteceu a vocês. Como eu disse, vocês não existiam.


— Você está errado. A única pessoa que você conhecia era o finado Mogul.


— Eu também conheço Edmund Equidna, o ancião que me ajudou a treinar meus poderes e a navegar pelo tempo.


Foi somente Silver falar o nome de Edmund que todos ao redor se surpreenderam com a notícia. Até mesmo Dust passou a fitar de forma mais preocupante a Silver. Voltando a caminhar em direção ao ouriço prateado, o híbrido diz:


— Tenho várias lembranças suas, vários momentos que passou... Com vários mobianos do passado...


— O que? Como assim?


— Agora que citou o nome desse ancião, tenho certeza que é você um dos culpados de estarmos nessa situação.


— Eu? Porque diz isso? Eu estou aqui para ajudar a resolver o que está acontecendo.


— Diga-me: você tentou alterar o passado quantas vezes?


— Como sabe disso?


— Responda a pergunta – Pergunta Dust, apontando seu dedo a Silver.


— Várias vezes. Eu não me recordo de um número.


— E quantas vezes retornou ao futuro?


— Também várias. O que você está perguntando não faz o mínimo sentido.


— Eu ouvi você dizer que nós não existimos no seu suposto presente. Será que você em algum momento, desde que retornou, já tentou raciocinar esse acontecimento?


— Desde que eu voltei muitas coisas aconteceram. Eu estou com mais dúvidas do que convicções. Dust, se você quer mesmo me dizer algo que explique essa situação, faça isso.


— Você é mais ignorante que imaginava.


— Sim, porque nada aqui faz sentido.


— Não faz sentido? Silver, todo esse tempo que você esteve no passado não te diz nada sobre nosso presente?


— Não, nem um pouco.


Dust então olha para Mera-li, Rigde e Racer, demonstrando convicção. Se antes estava irritado com a presença de Silver, agora as coisas eram mais dramáticas.


— Nós esperávamos por você desde que meu pai foi derrotado. Pelo registo de Metal Sonic, você havia sumido da Death Egg de Eggman logo após uma energia envolver todo o ambiente.


— Ele havia me dito isso também. Mas onde você quer chegar?


— Desde daquele dia, tudo mudou. Viajantes dimensionais apareceram... Na verdade, as dimensões passaram a ficar instáveis, ocasionando a um cataclisma temporal. Em outras palavras, Mobius passou a nutrir mais energia que de costume. Isso causou mudanças temporais...


— Como assim?


— Você buscava um traidor. Este a qual me refiro era a herdeira do rei Maximilian Acorn, Sally Acorn?


— Sim, ela mesma. Mas ela foi robotizada.


— Naquele dia, Sally foi desrobotizada.


— Sally voltou ao normal?


— Sim.


— Metal Sonic, porque você não me contou nada disso?


— Dust ainda não contou tudo. Continue – Completou Metal Sonic.


— Outros quatro indivíduos passaram a fazer parte de nosso mundo. E depois disso... 


— Depois disso o que?


— Vários eventos aconteceram... Várias parcerias foram feitas, para o bem e... para o mal. E devo avisá-lo, Silver: foi você quem fez parte disso tudo.


— Eu? Como poderia fazer parte?


— Você retornou ao passado a três dias atrás... e de tantas vezes que voltou, fez a história mudar seu rumo.


— Tudo está diferente. Mas eu estou aqui não faz nem um dia. Como pode ter tanta certeza?


— A três dias atrás você retornou ao passado depois que retornou ao futuro após a Death Egg. Você confirma isso? Consegue entender bem o que isso significa, não?


— Mas, tipo... Para que isso tivesse acontecido, só uma coisa poderia ter acontecido...


— Exato, Silver... O resultado de você ter voltado ao futuro agora foi porque você de três dias atrás ativou a onda Genesis em Death Egg. Você, o seu agora, é o Silver que resultou dessa nova realidade.


— Isso quer dizer que...


— Sim... a onda Genesis que Metal Sonic nos informou foi o gatilho para a criação de um novo rumo da história... e sim, você é agora o Silver do passado. Em poucas palavras, você é o mobiano mais antigo vivo.


Somente em olhar para Silver já mostrava o seu sentimento no momento. Explicando melhor o raciocínio de Dust, o Silver de agora é o ouriço que não retornou para o futuro: ele seguiu a linha temporal, desde a onda Genesis, até sua existência “retornar” ao agora. Ele seguiu o lapso temporal até o presente. Ele “viveu” por alguma razão até o agora. Enquanto estava nesse lapso, ele seguiu para frente, até aparecer em Neo Mobotrópolis.


Silver mal conseguia acreditar. Todo esse tempo, pensando que havia voltado ao futuro quando, de fato, havia feito parte de toda a passagem do tempo. Esse era o motivo por Dust estar tão irritado: a existência de Silver acarretou em toda a mudança da história. Seu existir, embora em modo suspenso, mudou tudo.


O híbrido, líder dos Guerreiros da Liberdade, diz:


— Você, junto a Mogul e Edmund, usaram tanto o Controle da esmeralda Chrono que seu poder acabou por energizar a linha temporal, fazendo com que uma explosão de energia quântica desencadeasse um fenômeno chamado Onda Geinz.


— O-onda Geinz?


— “Você pode pegar o futuro emprestado, mas alguém terá de pagar algum dia”. Essas foram as últimas palavras de meu pai antes de ser obliterado, como disseram suas memórias.


— Mas o que...


Mera-li então toma a palavra, interrompendo Silver:


— É reescrever a realidade, Silver. De tantas vezes que você voltou ao passado para mudar o futuro, essa soma de energia alterou todos os eventos do futuro que você fazia parte.


— Mogul e essa pessoa, Edmund, talvez sejam a únicas pessoas que se lembram de tudo que aconteceu a você por ter o Controle da esmeralda Chrono, pois eles seguiram a sua linha do tempo, mas todo o resto foi alterado. Para pior... – Disse Dust, com um olhar de desprezo a Silver.


— C-como você sabe de tudo isso, Dust? Como pode saber tanto sobre o que aconteceu sobre mim?


O híbrido, ao ouvir as palavras do ouriço, caminhou até um tipo de cápsula, que estava ligada a um computador. Em seguida, ao apertar um botão, a cápsula se abre, mostrando que em seu interior havia alguém. Silver, assustado, se aproxima e, ao observar de quem se tratava, quase não consegue se controlar. Ele, se ajoelhando frente a cápsula, diz:


— E-edmund? Não... Porque?


— Edmund morreu faz três dias. O achamos e o trazemos pra nossa base. Usamos o computador para tentar achar o motivo. Sabemos de toda a sua história, Silver. Você destruiu o que tentou construir. Então, você é o culpado por toda essa nossa realidade.


— Eu... Eu... eu não queria nada disso... Eu não queria causar mal algum...


— Você não tem ideia do quanto sofremos nesse decorrer do tempo... Perdemos nossos entes queridos da forma mais dolorosa possível... Nós não podíamos fazer nada... E tudo porque sua existência no passado ativou a onda Genesis. E por você ter ficado inerte todo esse tempo, não nos ajudou em nada.


— Dust, eu... Não pode ser... Eu não tinha noção que...


— Como se sente, Silver? Como se sente ao saber que todos seus amigos morreram por sua causa? Meu pai lutou por todos nós... Ele usou todo seu poder... Todo seu existir de ser perfeito não foi capaz de deter o “nome que ninguém sabe”. E ele se manteve no fronte de batalha pensando em você. Ele imaginava que você retornaria. Só você teria poder para ajudar a todos em Mobius. E o que aconteceu? Você ignorou o tempo.


Silver se ajoelhou no chão, começando a chorar. Seu sentimento era de arrependimento e dor. Embora suas intenções fossem as melhores possíveis (Silver queria fazer de seu futuro um lugar melhor), sua tentativa de encontrar o traidor o trouxe a maior convicção que teve:


— Durante... durante todo esse tempo... eu... eu... sempre fui o... traidor...


— Por duzentos anos, várias gerações de mobianos perderam suas vidas a fim de tentarem derrotar “o nome que ninguém sabe”. E por sua culpa...


As coisas só pioram para Silver. Depois de ter perdido seu mestre, agora constata que Edmund Equidna também teve seu fim. O ouriço prateado, além de toda essa tragédia, agora perdeu sua própria história...


Nova Mobotrópolis, presente


A cidade ainda não havia conseguido digerir muito bem a ideia de Vicent estar preso. Muitos habitantes estavam nas ruas discutindo sobre o ocorrido. Muitos até duvidavam da eficácia do Conselho, tamanha era a revolta.


Para evidenciar melhor a falta de critério do Conselho do reino Acorn, vamos agora para os momentos anteriores de Sally ir encontrar Vicent na prisão.


A princesa, após sair do hospital as pressas, foi até o Conselho do reino Acorn a fim de buscar explicações para o ocorrido. Mas assim que chegou em seu castelo, todos foram a seu encontro, felizes com sua volta. Sir Charles (tio Chuck) logo tomou a palavra.


— SALLY! Eu estou muito feliz que tenha retornado. Meu sobrinho sempre dá um jeito nas coisas mesmo. Quando todo mundo imagina que tudo está perdido, ele vai lá e te traz de volta.


— Você deveria ir ver seu pai, Sally. O velho Max está um pouco introvertido esses dias... – Disse Rosemary Prower, abraçando Sally em seguida.


— Sir Charles, senhora Prower, eu agradeço a todos pela preocupação por mim, mas eu estou aqui por outro motivo.


— E qual seria, minha querida? – completou tio Chuck, com um sorriso no rosto.


— Porque pediram a prisão de Vicent?


No mesmo instante todos os membros do Conselho se incomodaram com a pergunta. Era visível em seus rostos esse sentimento.


— Sally, você deve saber que a cidade está se assustando por qualquer coisa anormal. Não poderíamos segurar uma nova comoção. Geoffrey estava certo em denunciar essa ameaça a paz de nosso povo – Disse Dylan Porco-espinho, desviando o olhar em seguida.


— Dylan, ele salvou a cidade! E desde quando Geoffrey tem poder ativo aqui?


— Achamos coerente suas opiniões e decidimos agir antes que as coisas saíssem do controle. E como Vicent, existiram outros que salvaram a cidade...


— Você está falando de Naugus, não?


— Também, mas...


— Vocês estão comparando Vicent com Naugus? Me perdoem, mas isso é um absurdo. Naugus chegou nessa cidade impondo ideias e vocês aceitaram seus argumentos, preservando o trato que meu irmão fez a vocês. Ele teve todos os direitos assegurados e hoje ele foi levantado a rei...


— ... pelo povo, Sally! Pelo povo! Nunca se esqueça disso! – Esbravejou Hamlin, com o semblante fechado.


— Que seja, Hamlin! Mas o povo, esse mesmo que você diz, considera Vicent um herói. O mesmo digo eu!


— A situação é completamente diferente de Naugus, Sally! Você está sendo parcial a sua causa!


— Parcial? Esta dizendo que eu sou tendenciosa? Hamlin, você é cego e surdo por acaso? Eu lutei pelo meu povo, assim como Nicole, a guarda real e o próprio Vicent!


— Sally, não podemos usar uma parceria de forças para dizer que temos plena confiança em Vicent. Sem analisar os fatos não poderemos proteger nosso povo – Disse Penélope Ornitorrinco.


— Penélope, isso não faz o mínimo sentido. Ele lutou em prol da cidade. Todos viram isso. Eu mesma confirmo isso!


— Sally, com o devido respeito, você parece estar usando Vicent como uma justificativa para desestabilizar a ordem desse conselho – Rosemary não perdeu tempo em expor seu ponto de vista.


— O que? Como pode dizer isso?


— Logo se nota que sua posição de princesa está em ameaça por Naugus ser rei. Eu serei bem sincera: eu a considero uma princesa e a respeitarei como tal, mas o monarca ao qual servimos é Naugus. Foi o que foi proclamado e assim será.


— Eu não posso acreditar nisso! Você está pensando que eu quero aproveitar a situação para elevar meu status? Isso é uma injúria, Rosemary Prower! – Sally estava revoltada, mostrando muita irritação.


— Injúria é você vir até aqui e confrontar-nos com argumentos tendenciosos. Se está mesmo disposta a mostrar a verdadeira face dessa história, então que o faça numa inquisição – Hamlin demonstrou em seu olhar um pouco de prepotência ante Sally.


— Inquisição? Não me diga que...


— Sim, “princesa”. Nós iremos inquirir Vicent pelos seus atos. Veremos se de fato ele é esse “herói” ou, como nós suspeitamos, uma ameaça a nossa ordem. E se quer saber mina opinião, eu o considero um espião. E tem muita coisa podre por trás desse overlander que nós vamos descobrir!


— O QUE?


— Sally, você é uma Acorn. Acredito que você poderia usar do momento para gerar conflitos. Elias teve a hombridade de ao menos cumprir com seus juramentos como rei. Você como princesa deveria seguir esse exemplo. Tudo o que queremos é dar poder a democracia de Nova Mobotrópolis – Disse Rosemary Prower, olhando para Sally nos olhos.


— Eu não acredito que estou ouvindo isso de você. Rosemary, me desculpe falar assim, mas se hoje existe um conselho é porque eu tive a coragem e vontade de encarar meu irmão e Amadeus (pai de Tails) antes que houvesse um banho de sangue no castelo. Fui eu quem fez com que abaixarem suas armas para que se sentassem e discutissem como pessoas civilizadas como eles sempre foram.


— Sally...


— Então eu pergunto a você: quem em sã consciência iria querer acabar com aquilo que fez questão de criar? Se eu tivesse esse pensamento estaria indo contra o que eu acredito.


— “Princesa”, creio que você não entendeu bem o que Rosemary quis dizer – Disse Hamlin, se colocando entre as duas.


— Hamlin, meça suas palavras comigo! Não vou tolerar que deboche de mim!


— Sally, estamos aqui para inquirir Vicent sobre tudo. Não tem nada a ver com o que você fez o que deixou de fazer pelo conselho. E sim, se você continuar a usar esse argumento de querer confrontar com nossas decisões, poderemos considerar sua atitude como um motim. Todos já estão certos que as ameaças a nossa democracia estão sendo expostas por você. Se você quer mesmo mostrar seu ponto de vista, então teremos de colocá-la na mesma inquisição. Você concorda? sim ou não?


Sally já estava irritada o suficiente com o conselho para recuar. Ela não pensou duas vezes em sua resposta.


— Sim! Eu concordo! Eu aceito entrar nessa Inquisição. Pelo menos lá eu poderei me expressar!


— Combinado então. Nós vemos no palácio, “princesa”.


— Vocês podem ter certeza que eu irei até o fim, doa a quem doer.


— O que quer dizer com isso, Sally? – Diz Penélope, desconfiada.


— Vocês estão cometendo um enorme erro ao fazer isso com Vicent. A única coisa que eu digo a todos vocês é: o entendimento sobre democracia de vocês será passado todo a limpo quando essa inquisição terminar.


— Isso é uma ameaça, Sally?


— Entendam como quiser. Já cometeram erros demais pra eu ter de ficar explicando tudo nos mínimos detalhes. Se é guerra que vocês querem, se é uma disputa política e ideológica que tanto querem, então eu lhes darei. Com licença.


— E como você irá se apresentar? Como princesa ou como líder dos Lutadores da Liberdade? – Perguntou Hamlin, mostrando deboche no tom de suas palavras.


A princesa precisou se segurar para não demonstrar descompostura, já que o porco não estava facilitando. Até mesmo os outros membros do Conselho mostravam incômodo com Hamlin. Sally, se controlando, vira para ele, dizendo:


— Eu estarei aqui como a princesa do reino Acorn que é líder dos Lutadores da Liberdade e que te treinou para que você pudesse salvar a própria vida desde que Dr Robotnik existiu, até tudo mudar quando Eggman apareceu em seu lugar. Sou a Sally Acorn, a que sempre defendeu essa cidade com a própria vida junto com meus amigos. A mesma que sempre se colocou a disposição do povo para protegê-los. Então, Hamlin... caso tenha mais alguma coisa pra dizer, melhor fazê-lo agora. Caso contrário, fique calado. Com licença.


Sally então, em claro sinal de protesto, dá as costas a todo o Conselho do reino. Mas antes que pudesse deixar o palácio, “Geoffrey” surge pela porta principal, a frente da princesa. O gambá espião, que estava sendo dominado por Naugus, diz:


— Ora, se não é o amoreco. Voltou com toda força, não?


Mas Sally estava furiosa. Ela até mesmo ousou em levantar seu punho para “Geoffrey”, mas voltou atrás. Em contrapartida, tornou a dizer a ele:


— Escute, seu traidor. Você trouxe somente desgraça a nossa cidade. A minha família está sofrendo, meus amigos estão em frangalhos e meu povo está com medo. Você tem participação ativa nisso tudo. Então vou ser bem direta: não somos mais amigos, não somos mais companheiros de batalha e não o considero merecedor de estar aqui nessa cidade. Meu nojo por sua pessoa é tanto que me dá náuseas só em estar respirando o mesmo ar que você. Então, pelo pouco de respeito que eu tenho por você, e pode ter certeza que é o mínimo possível, quero que me chame pelo nome, entendeu?


Sally estava mais furiosa que de costume. Nem ao menos deu direito a palavra a “Geoffrey”, continuando sua caminhada pela porta do palácio, fechando-a em seguida. Naugus, na mente do gambá, pensa:


— *Ótimo. É assim que eu quero você, princesa. Você irritada me agrada, pois não terei dificuldades de fazer de vocês os principais culpados pelos acontecimentos. Você não perde por esperar. Agora sim irei destruir um por um...*


“Geoffrey” estampava um sorriso no seu rosto, mostrando estar satisfeito com a situação.


Enquanto isso...


Quartel General dos Lutadores da Liberdade.


A base dos Lutadores da Liberdade estava bem diferente de que costume, pois somente Sonic e Nicole estavam por lá. O ouriço estava tentando contatar Rotor pelo rádio, mas sem sucesso. O bloqueio que Naugus colocou ainda impedia a comunicação. Logo a IA lince diz:


— Sonic, não adianta insistir. Ainda tem algo interferindo no sinal.


— Eu tô sabendo, Nicole. Só que não custa nada tentar.


— Durante tudo que aconteceu aqui eu até agora não consegui entender o porquê disso.


— Esse alguém que tentou acabar com você e com os moradores não estava brincando pelo visto.


Mas Nicole percebe algo de anormal em seus sensores. Logo diz a Sonic:


— Sonic, alguém se aproxima da cidade em alta velocidade!


— O que? Quem tá vindo?


Ela então materializa um monitor a frente do ouriço. Na tela, era visível saber quem estava vindo. Uma nuvem amarela levando um macaco usando vestimentas orientais e segurando um bastão com uma pedra na ponta estava vindo a toda para Nova Mobotrópolis.


— Ah que beleza! Lá vem o Khan de cara fechada trazendo mais confusões. Deixa ele entrar, Nicole.


— Mas Sonic, com tudo isso que está acontecendo na cidade...


— Nah relaxa. Não estamos conseguindo falar com o restante da galera, então toda ajuda é bem vinda...


Nicole então abaixa as barreiras da cidade, deixando Khan entrar. Ela, usando um dos telões da cidade, diz ao macaco:


— Khan, Sonic o está esperando no quartel general.


Imediatamente segue para o local, mostrando em seu semblante insatisfação e irritação. Não demora muito e salta de sua nuvem voadora, seguindo até a porta. Khan nem perde tempo com formalidades: ele chuta a porta com força, fazendo-a abrir. Ele, irritado, diz:


— O que está acontecendo por aqui? Porque todos estão...


— Ei, ei, ei... Vai devagar, Khan. Segura sua raiva patenteada aí...


— Não me venha com provocações, Sonic! Quero respostas!


— E qual a pergunta número um?


— Porque essa cidade está tão tranquila?


— Tranquila? Tu não tem ideia do que aconteceu aqui...


— Estamos para enfrentar mais uma crise! Regina Ferrun foi resgatada por Snively! 


— O que? Mas vocês lá de onde o vento faz a curva prenderam ela. Como pode?


— Eggman apareceu depois. Usou a Sally... Isso, a Sally! Como é que você pode deixar que Sally fosse robotizada?


— Calma, Khan... Muita coisa aconteceu...


— A Sally, Sonic... Ela... Ela se importa mesmo com você... Como pôde permitir que isso acontecesse com ela?


— Khan... Tipo, cara... Eu não esperava que aquilo fosse acontecer, mas...


— Mas?! Desde o princípio eu sabia que ela não estava segura com você... Nossa, Sonic... Eu lutei contra ela... Eu perdi o controle, pois Eggman me fez doar minha tiara e... ele passou a me controlar... mas depois a Rainha de Ferro tomou o controle e... eu lutei contra Sally... eu não tinha controle, mas tinha noção de tudo que estava acontecendo... eu quase a matei... – Descreveu Khan, mostrando toda a sua angustia e tristeza.


— Khan, cara... Olha, pega leve... Eu vou te expli...


— Sonic, não há do que explicar! Você foi irresponsável mais uma vez! Você não sabe a sorte que tem! A Sally... ela...


— Khan, fica calmo!


— Cale-se, seu idiota! Sally te... ama!


E no instante que Khan termina de dizer, eis que Sally aparece a porta. Tanto o ouriço quando o macaco então olham ao mesmo tempo para a princesa, surpresos com sua presença. Porém Khan era o mais impressionado, pois bem seu tempo de Sonic ter explicado que Sally já havia voltado ao normal. A princesa então pergunta:


— Khan?! O que você está fazendo aqui?


Ele então, já com um semblante mostrando alegria, corre até Sally, a abraçando carinhosamente:


— Sally! Sally! Pelo oriente... Você voltou ao normal!


— Sim, voltei... mas o que...


— Me desculpe por ter lutado com você. Eu não tinha controle do que estava fazendo, mas fico feliz que você está bem... pensei que tinha te pedido de vez e...


Sonic logo chamou a atenção:


— *tosse* Aí, camarada... Tá bom, né? Deixa um pouco dela pra mim, tá?


Rapidamente, depois de perceber que estava exagerando, Khan se recompõe, dizendo:


— Eh... Bem... Digo... Q-que bom que voltou ao normal, princesa Sally. Fico feliz em...


— Tá beleza, gasgalhada. Já entendemos sua alegria... – Disse Sonic, zombando de Khan.


— Mas o que está acontecendo aqui?


— Longa história, Khan. Coisa nível série de TV fantástica com vários personagens carismáticos que faz sucesso mas que decepciona no final.


— Poderia ser mais específico, ouriço? De forma literal, por favor.


Sally então, depois de receber seu amigo, caminha até uma armário próximo a mesa central da base, dizendo:


— Khan, passamos por uma intensa batalha aqui em Nova Mobotrópolis. Embora você talvez tenha visto alguma quietude na cidade, não estava assim de madrugada. Aliás, ninguém está quieto nessa cidade desde a madrugada...


— O que? Batalha?


— Sim. Não poderei lhe contar agora, mas em breve explicarei com todo prazer. Até lá, você é bem vindo em nosso QG.


— Obrigado, Sally. Mas o que vai fazer?


— No momento, ajudar meu povo e um herói que está preso.


— Herói? Preso?


— Eu avisei que era uma longa história, Khan. Mas relaxa... Tu em breve vai ficar sabendo de tudo... – Disse Sonic, enquanto observava Sally.


— Mas devo avisá-los que a Rainha de Ferro conseguiu fugir do reino dos dragões. Precisamos traçar uma estratégia para detê-la antes que volte a...


— Khan, eu entendo sua preocupação. Mas no momento eu realmente estou só interessada em fazer justiça. Nós iremos te ajudar, mas antes preciso resolver isso. Como disse antes, fique a vontade e te peço paciência nesse momento – Disse a princesa, enquanto era ajudada por Nicole em seu computador.


— Tudo bem, Sally. Eu entendo.


— Que tá pegando, Sally? O que o Conselho vai fazer com o Vicent? – Perguntou Sonic, preocupado.


— O mesmo de sempre. Tudo agora pra eles é questão política. Eles não estão mais dispostos a agir sem antes fazer politicagem.


— E o Vicent?


— Vão fazer uma inquisição contra ele.


— O que? Como é?


— E eu me coloquei como participante.


— Mas Sally... Se é uma inquisição... Você tem noção do que eles podem fazer, não? – Indagou Khan, por ter experiência.


— Sim, Khan. Sei de todo trâmite...


— Tá, peraí! Que quer dizer isso tudo? – Perguntou Sonic, mostrando irritação.


— É um julgamento, Sonic. Essa pessoa que Sally disse pode ser punida – Disse Khan, olhando para Sonic.


— Ah qualé?! Essa galera do Conselho tá maluca. Eu vou conversar com meu tio... – Dizia Sonic, já indo em direção a porta. O ouriço queria mesmo ajudar.


— Não, Sonic. Não vai fazer nada. Dessa vez serei eu quem vai acabar com essa guerra – Disse Sally, concentrada em achar algo no computador.


— Mas Sally...


— Escute bem, Sonic. Eles não irão te ouvir, não irão retroceder na decisão de prender Vicent e muito menos irão sequer te deixar se aproximar do palácio. A única forma de resolver tudo isso é seguindo as regras deles


— Regras? Regras existem para serem quebradas.


— No caso deles, não. Mas essas regras farão eles serem quebrados, isso eu te garanto.


A princesa parecia mesmo se preparar para uma guerra, tendo em vista que ficou por alguns minutos lendo artigos e memorandos em um dos monitores da base. Khan e Sonic a deixaram para que não a atrapalhasse em seus estudos. Os dois então seguiram para a cidade, indo a uma praça. Lá, já sentados em um dos bancos, conversavam.


— Sonic, Sally está mesmo bem?


— Fisicamente sim. Mentalmente, mais ou menos.


— O que houve?


— Vou ser direto, cara: nosso rei agora é Naugus.


— Naugus... esse nome...


— Isso, aquele mago Ixis overpower que controla todos os elementos e que quase destruiu todo mundo e que era um pet do Mamute Mogul e... Ah, cansei.


— Ah sim... espere... espere... ELE É O REI?!


— Sim, mas fala baixo... Não coloca no jornal, macaco louco...


— Sonic, isso não faz o...


— ... mínimo sentido, né? Isso mesmo. O enredo dessa história tá tão ruim quanto jogo de tiro.


— Mas como que esse crápula conseguiu ser rei?


— Conselho mais histeria do povo mais perda de fé mais sei lá o quê. Todos esses poderes somados nos trouxeram o capitão problema chamado Naugus e seu ajudante picareta Geoffrey.


— Inacreditável...


— Nem fala... Essa gente dessa cidade tá maluca, cara. Sally tá segurando a maior barra. Eles lutaram contra robôs que invadiram nossa cidade na surdina da noite. Eu não estava aqui. Até parece que foi combinado...


Khan por alguns instantes ficou um pouco concentrado, chamando a atenção de Sonic. Parecia estar meditando ou coisa do tipo. O ouriço, preocupado, diz:


— Khan, que houve? Não diz que é “o ouvido”.


— Eu senti algo estranho... Desde que eu cheguei na cidade, senti energia negativa...


— Hã? Tu tem esse poder de sentir mal olhado?


— Estou falando sério, Sonic. É como se uma aura estivesse dominando essa cidade... Não em todos os pontos, mas o suficiente para me incomodar...


— Tá, mas e aí?


— Energia negativa pode trazer maus agouros, Sonic. De onde venho, sob minha filosofia, precisa haver um equilíbrio entre as energias para uma satisfação plena de todos os sentidos. Mas aqui... Bem, eu senti um desequilíbrio considerável... E isso pode interferir no estado de espírito das pessoas dessa cidade.


— O que você quer dizer?


— Que alguém está tentando fazer seu povo infeliz. Isso pode causar medo, discórdia, rancor...


— Preconceitos? Também?


— Isso! Mas quem poderia...


— Tá na cara, né? É o coisa feia do Naugus!


— Mas não poderia ser ele, já que é o rei...


— Tá por fora, Khan! A gente passou poucas e boas durante esse tempo desde o domínio de ferro ser derrotado.


— Como assim?


— Elias sofreu um atentado do Eggman que quase custou a vida de Antoine, que está em coma até hoje. Bunnie sumiu, tanto que eu e os outros Lutadores da Liberdade estávamos indo procurá-la. Sally foi robotizada e...


— Tudo isso aconteceu nesse período?


— Sim! E agora aconteceu esse lance aqui na cidade. Tipo, se não fosse o Vicent já era tudo.


— Vicent?


— Um overlander de outra dimensão, sei lá. O cara é forte pra caramba. Forte a nível de levantar um robô de mais de quarenta metros! 


— Um overlander? Ele fez isso?


— É, eu sei que é uma história bem absurda. Mas esse cara salvou Sally da robotização também.


— Então foi ele quem trouxe a Sally de volta?


— Ele também ajudou ela a recobrar a consciência. O cara é um herói, Khan. Por isso que a Sally tá assim, concentrada em ajudar o cara.


— Sonic, precisamos ajudá-la então.


— Sim, mas acho que no momento ela tá sozinha nessa coisa toda.


— E porque?


— Porque agora vai começar uma guerra que eu não tenho poderes pra lutar: política. E acredite, Khan... Só a Sally pode lutar essa guerra.


Até mesmo Sonic reconhecida que o Conselho estava com problemas de interação. A razão pra isso tudo ter acontecido se agravou com a chegada de Naugus. Mas a verdade era que alguns dos membros não gostava da monarquia que os Acorn levavam, fora a política atribuída ao povo da cidade. Isso explica um pouco as coisas.


E voltando ao presente...


Prisão do Castelo Acorn, tarde.


De volta ao castelo, exatamente deles do pedido de desculpas de Vicent, Sally estava sentada a cama junto com ele, que diz: 


— Então é isso? Irão me julgar.


— Sim. Mas eu já sei como agir.


— Me diga uma coisa, princesa: porque eles acham mesmo que eu sou um espião e terrorista?


— Geoffrey é um espião e guarda-costas do rei Naugus. Na certa ele desconfia que tudo isso foi orquestrado. E você é o principal suspeito.


— Hum... Isso é bem provável.


— Como assim?


— Esse tal Geoffrey deve ser uma pessoa bem engenhosa. Faz total sentido culpar um desconhecido que salvou a cidade depois de serem invadidos de forma desconhecida.


— Não imaginava que você pensasse assim.


— Penso em muitas coisas. A única que eu não pensei foi receber sua visita. Você é uma pessoa interessante, sabia?


— Obrigada. Mas a quanto o que eu...


— Você já aceitou minhas desculpas. É um assunto consumado. Fini (Fim em francês).


— Tudo bem. E agradeço sua gentileza.


— Disponha.


Tanto Sally e Vicent então ficam um tempo em silêncio. Não por não terem assunto para conversar, até porque eles tinham muito a dizer, mas o momento tenso que passavam era angustiante demais para terem um diálogo mais despojado. Sabendo disso, Vicent diz:


— Bem, é isso. Serei mesmo inquirido.


— Sim... O Conselho do reino é bem rígido e totalitário. Eles ouvem muito o clamor do povo, mas tempos para cá eles tem agido como se quisessem aplicar um tipo de golpe de estado por causa da minha família.


— Os Acorn?


— Sim. Rosemary Prower principalmente. Seu marido, Amadeus Prower, quase entrou em combate até a morte com meu irmão, Elias, que era o rei antes de Naugus. Amadeus não concordava do rei ter plenos poderes sobre o povo. 


— Isso é algo que fatalmente iria acontecer...


— Concordo em partes. Amadeus foi até preso por incitar protestos contra o reino Acorn. E não foi uma situação muito boa...


— Porque?


— Se lembra do Tails?


— Pera... Ah sim. O menino raposa que construiu o inibidor dos meus poderes.


— Ele mesmo. Bem, Tails soltou seu pai junto com Rosemary.


— Caramba. Não tinha ideia que aquele garoto seria capaz disso. Ele tem mesmo sangue revolucionário nas veias...


— Nem tem ideia. Sonic tentou impedir e os dois brigaram. Tails fez isso para que seu pai e sua mãe pudessem confrontar com Elias no castelo.


— Nossa, é sério isso? Sonic e o garoto tretaram? E depois?


— Elias e Amadeus iriam duelar, mas eu consegui evitar o pior e os fiz assinarem um acordo para a criação do Conselho. Metade do poder é do conselho. O outro, do rei.


— Então se o rei votar sozinho, ele precisa de mais um voto?


— Não necessariamente mas sim.


— Foi você quem pensou nisso?


— Bem, eu não gosto de...


— Não precisa ser modesta, Sally.


— Sim, fui eu quem sugeriu.


— Devo lhe dar os parabéns. É uma ótima idéia para propagar democracia.


— O-obrigada? Você está me deixando sem jeito...


— Opa, foi mal. Não era minha intenção.


— Tudo bem. Pelo menos quebrou o clima chato... – Disse sally, rindo em seguida.


— É verdade – Vicent também sorriu, mostrando achar graça da situação.


— É, vocês passaram por poucas e boas...


— O tempo todo.


— Na verdade eu já estou fazendo parte disso tudo também...


— Está sim... Bem, acho que está quase na hora...


— Temos quanto tempo?


— Uns dez minutos...


— Então, por favor... Me diga nesse tempo tudo sobre esse conselho.


— Como assim?


— Você deve conhecer cada um dos membros, não?


— Sim.


— Me diga tudo. Temperamento, tratamento, humor...


— Mas porque?


— Só tenho isso pra poder me preparar. Eu contarei muito com você, Sally. Mas não quero ficar só ouvindo enquanto estiver lá...


— Eu concordo... Muito bem então...


Passa-se o tempo. Logo um dos guardas se aproxima da sela, anunciando que havia chegado a hora. Vicent então se levanta, estendendo suas mãos para que lhe fossem colocado algemas, enquanto Sally o acompanhava a seu lado. Não demora muito e adentram ao salão: o palácio estava pronto, com todos os membros sentados em suas poltronas. Todos tinham um olhar frio, demonstrando tensão. Vários guardas cercavam as entradas do palácio, com “Geoffrey” ficando ao lado da cúpula, olhando para Vicent com desprezo. Ele então pensa:


— *Meu plano está dando certo melhor do que eu imaginava. Queria que ele resistisse pra renovar logo com isso, msg ele facilitou tudo. Logo esse overlander miserável vai ficar fora do meu caminho e ainda vai levar essa princesa e sua amiga artificial junto. Vai ser lindo ver o rosto de desespero deles...*


Logo Sir Charles (tio Chuck) anuncia:


— E tem início a inquisição. Gostaria que todos os envolvidos ficassem em silêncio enquanto começamos as perguntas.


Sally estava imóvel, com seus braços cruzados, olhando nos olhos de cada um dos membros do Conselho. E Vicent, mostrando uma quietude muito além do normal, pensava: 


— *Princesa Sally, sei que você será uma fortíssima aliada em mais esse desafio. Eu lutei uma guerra sem estar preparado e venci. Agora será uma guerra que eu tenho todas as armas possíveis e que estou totalmente preparado. Vamos tombá-los.*


Continua.


____________________________________________


E depois de tudo que aconteceu, por tudo que Silver lutou, ele então descobre que é o traidor. Não somente teve seu futuro totalmente perdido como nem pôde vivê-lo ao longo do tempo. E o pior, seus supostos aliados agora se encheram de descrédito por ele. Dust o colocou no chão. O que será que o ouriço prateado fará?


E em Nova Mobotrópolis no presente, as coisas parecem piorar a cada minuto. O Conselho do reino Acorn está mesmo decidido em seguir com a inquisição, até mesmo contra Sally. Porém Vicent aparentar estar com muita confiança. O que acontecerá?


Até o próximo capítulo na Fanfic mais maneira do Sonic!



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Autor(a): the.hunterx

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"Geoffrey" conseguiu mesmo. O Conselho do reino Acorn hoje terá um enorme dilema para contornar. Ou será o Vicent? ____________________________________________ Oil Ocean, cidade dos Sand Blasters, manhã. Contrariando o que Rotor imaginava, Jack Coelho o convidou para que todos o seguissem até sua cidade de forma pacífica. Mas ainda assi ...


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