Fanfic: Sonic The Hedgehog: Outside N'Counter | Tema: Sonic The Hedgehog
Depois da derradeira batalha na Refinaria Oil Ocean, voltamos para Nova Mobotrópolis. Quem levou Vicent e os outros?
E vamos também conhecer um novo continente de Mobius.
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“Alô procês. Meu nome é Bunnie Rabbot D’Coolette. Como ocês deve sabê, eu sou uma lutadora da liberdade. Esse período tudin eu tava passano por um pobrema dos grande: o amor da minha vida Antoane D`Coolette entrou em cima dela de de salvá o rei Elias Acorn, irmão da minha mió amiga, Sally Acorn. E tamém com ela as coisa tava preta: ela foi robotizada dias depois, o que me levou a fazê o que eu fiz: correr atrás pra consertá as coisa toda.
Mas isso num foi fácil: eu procurei meu tio Beauregard Rabbot pra me ajudá com meu pobrema: eu pedi pra que`le me robotizasse outra veiz. Bem, eu fui legionada na verdade. Pedi pra me deixá exatamente como antes, pegano minhas pernas e meu braço esquerdo e trocano eles por partes robóticas. Num foi um processo agradáver de fazê e eu senti muita dor. Mas eu já tinha passado por coisa assim quando era mais minina. Suportei tudo isso pra voltá a ser euzinha outra veiz... e meu tio conseguiu.
Eu tava sozinha... Tava num sono todo complicado... E quando eu acordei o mundo tava cabano. Fogo por todo lado, fumaça, explosões e gritos me fizero acordá... Mas quando eu acordei sabia que tava algo errado: tudo ficou em silêncio, mesmo com barulho. Eu num ouvia nada, mas sabia que gritos de socorro ecoavam naquele lugar caótico cadin... Eu tinha me levantado, mas não era eu ainda que tava alí... Minha visão tava turva, mas eu conseguia ver vultos, que com o tempo ficaro mais nítido... E o som do silêncio me mostrô o que tava aconteceno: meus amigo tudo correndo pirigo.
Mesmo não ouvino suas vozes, eu sentia no fundo do meu coração que precisava salvá tudo eles. Mesmo eu com medo eu fui em frente... O primero que salvei foi o Tails, que quase que um duto caiu nele. O pobrezin tava com medo e assustado e quando ele me viu ele estendeu sua mão... e eu o peguei. Levei esse pra fora, em segurança. Voltei pra dentro outra veiz e, com a ajuda do Tails e de T-pup, consegui Achá os otro: Big estava protegeno a Amy, segurano um container que os mantinha protegidos, mas por pouco tempo. Com minha força os puxei e os levei pra fora tudo, com a Amy chorando assustada, e com Big segurano ela, dando apoio. E depois voltei... em cima da hora salvei meu grande amigo Rotor, que ia cair num tonel em chamas. Se não fosse a união de todos me orientano, ele não tava com a gente agora.
Mas ao salvá meu tio, eu percebi aos pouco o que eu sou. Eu fiz o que fiz porque sou uma lutadora da liberdade. Eu num tenho que fazê o que minhas emoções dizem pra fazê e sim o que é o certo a fazê. Eu num tenho poder de julgá ninguém, muito menos deixá qualquer um pra trás. Com o bunitinho do Sonic, conseguimo salvá a refinaria toda... e foi nesse momento que eu me dei conta que tinha voltado.
Sim... Eu tava de volta. Junto com meus amigos, sendo euzinha novamente. Eles vieram me buscar e conseguiro. Eles podem dizê que eu salvei todo mundo, mas eles fizero isso antes cumigo. Eu sou grata a todos e eu amo a todos eles. Eu nunca vô esquecê o que aconteceu na refinaria, e muito menos com o que meus amigo fizero.
Amo todo vocês bastante. E tô voltano procê, Tuane. Logo vamo tá junto. Agora vô consertá ocê com meu amor.”
Bunnie Rabbot D’Coolette, lutadora da liberdade.
Nova Mobotrópolis, manhã seguinte.
Um astral completamente diferente era sentido na cidade. Como se todos os habitantes estivessem de fato livres de uma influência maligna, talvez pelo fim do domínio de Naugus no reino Acorn, que agora por direito havia retornado para Elias. A cidade ainda estava se recuperando dos ataques dia robôs de Naugus, mas com o controle de toda a cidade retornando a Nicole, a restauração das construções eram muito mais fáceis, com errar tudo já estando nos seus devidos lugares. O esforço de todos fez com que nenhuma vida disse perdida, como Larry Lince tanto pediu. Até mesmo as gêmeas do reino da matilha, Lyco e Leeta, ficarem na cidade para ajudar a todos. Como tinham experiência em rastreamento, foi muito mais fácil achar partes da cidade onde Nicole não conseguia rastrear possíveis brechas, o que aumentou ainda mais a segurança da cidade.
Porém bem tudo era motivo para alegria.
Hospital Memorial Tommy Tartaruga, manhã.
O hospital estava tranquilo, pelo menos na maior parte do tempo. No saguão principal estavam Sally e Macaco Khan, sendo acompanhados no outro lado pela senhora Betina Coelho e sua filha Beatrice. Todos estavam preocupados com Vicent. Sua repentina queda era um mistério, pois o jovem humano estava usando seus poderes quando isso aconteceu.
Vejamos então o andamento dos eventos.
Leito de emergência do hospital.
Deitado em sua cama, Vicent parecia estar dormindo. E, de forma inesperada, o jovem de longos cabelos pretos começou a despertar. Tinha certa dificuldade de abrir seus olhos, esfregando-os em seguida. E diz:
— Ah... O que... O que aconteceu... e onde estou?
E uma voz familiar é ouvida ao lado de sua cama:
— Está no hospital, bela adormecida.
E Vicent olhou para o lado no mesmo instante, para ver quem era. E se tratava de Geoffrey, que também estava hospitalizado, deitado na cama paralela a sua. O jovem humano diz:
— Ge-geoffrey? Mas... Mas...
— Ei... Relaxa, Vicent. Você está seguro agora. Aliás, todos nós...
— Nossa, o que aconteceu?
— Bem, digamos que você desmaiou do nada e trouxeram você pra cá. Dr Quack te salvou dessa vez, sabia?
— O que? Mas...
— Fica frio. Eu já chamei todos... Logo tudo será explicado.
E logo entrou a sala o Dr Quack, sendo acompanhado por Rosemary Prower, seu marido Amadeus Power e Merlin Prower (que Vicent desconhecida). Até mesmo Geoffrey se surpreendeu com a presença dos três membros da família Prower. Ele então diz:
— Mas o que significa isso? Porque vocês estão aqui?
— Acalme-se, Geoffrey. Não estão aqui por sua causa... – Disse Dr Quack, com um tom de deboche.
— Tenho conhecimento disso. Mas porque...
— Pedi para que chamassem a senhora Prower para que entrasse em contato com Merlin. Amadeus o trouxe de Mercia, pois estava em missão.
— Mas o que aconteceu?
— Tudo será explicado agora. Bem, como se sente, Vicent?
— Doutor, me entenda... Eu não usei meu poder além do que podia. Eu não tenho culpa de... – Tentou se explicar Vicent.
— Acalme-se, Vicent. Nossa, vocês jovens estão mesmo assustados. Está tudo bem... eu acho.
— Mas então... Bem... Eu estou me sentindo bem. Não estou sentindo dor alguma e estou são.
— Esplêndido. Era o que eu queria saber.
— Dr Quack, deixa de papo. Diga logo o que aconteceu, ou o que estava acontecendo... – Geoffrey estava impaciente.
— Muito bem... Sem rodeios agora. Vicent, não sei como dizer ao certo o que houve com você. Por isso, antes de mais nada, devo-lhe apresentar a senhora Rosemary Prower...
— Encantada, Vicent – Disse a raposa mãe de Tails, reverenciando Vicent, se abaixando ao segurar seu vestido.
— Bem, talvez já a conheça: ela é uma dos membros do conselho, o qual fizeram a incumbência de prendê-lo – Cutucou Dr Quack, sem perder tempo.
— Eh... Eu acho que isso é desnecessário, Dr Quack. Mas tudo bem... Eu mereço.
— Me perdoe. Mas estou na minha liberdade de expressão – Dr Quack insistiu.
— Dr Quack, por favor... Está tudo bem. Tudo foi resolvido. Eu não guardo nenhum rancor. Ainda mais agora que sabemos que todo mundo estava sendo enganado por aquele monstro... – Disse Vicent, defendendo Rosemary.
— É... De fato você é diferenciado, Vicent. Bem, também lhe apresento Amadeus Power, esposo de Rosemary e líder do Pelotão Ranger – Disse o pato médico.
— É uma honra conhecê-lo, jovem overlander. É de extrema satisfação ter tamanha honra de reverenciar um herói como você – Disse Amadeus, abaixando-se em sinal de respeito.
— Senhor... É um prazer conhecê-lo também. Mas por favor, não me chame de herói... – Disse Vicent, tentando se esquivar.
— Não, jovem... Humildade é uma qualidade louvável, mas seus atos justificam tal rótulo...
— É, Sonic estava certo... Não dá pra lutar contra fãs...
— Do que está falando? Eu... É... Foi esse mesmo garoto que dobrou vocês do conselho, Rose? – Disse Amadeus a sua esposa, um pouco sem jeito.
— Foi sim... Bem, é que... É, ele também te dobrou com uma frase... – Disse Rosemary, também sem jeito.
— Olha, vocês dois aí... Desculpa, tá? Só fui espontâneo... – Disse Vicent, envergonhado.
— Hahaha! Essa foi boa! Todo mundo agora tá vermelho! O que é um dia depois de uma crise... Vá se acostumando, overlander... – Geoffrey não perdeu tempo.
— Ok, muito bem. Chega. Vamos voltar ao que interessa... Vicent, e este último aqui é Merlin Prower. Ele é primo de Amadeus – Disse Dr Quack.
— Olá, jovem. Legal te conhecer. E parabéns. Olha, por muito tempo essa cidade sofre muito com ataques e... – Disse Merlin, se empolgando.
— Merlin, vá devagar. Sem excessos. Se segure – Amadeus logo colocou seu primo em seu lugar.
— Opa, é verdade. Desculpa. É que eu não sou muito de me...
— Tudo bem. Já se apresentaram. Vamos para o que interessa... Vicent, agradeça a Merlin pois foi ele quem o salvou – Disse Dr Quack, sério.
— Como é? Ele salvou o Vicent? – Disse Geoffrey, surpreso.
— Mas como assim? O que aconteceu comigo? Só lembro que me senti fraco e acordei aqui... – Vicent se explicou.
— Você chegou aqui a beira da morte. Explicando melhor, nós não estávamos sabendo o que estava acontecendo. Foi quando eu vi... Saiu dessa pedra... Eu desconfiei, Vicent... aquilo era poder mágico.
— O QUE? Mas... Mas...
— Eu sei o que você deve estar imaginando. Você não tem poderes mágicos, tudo bem? Essa pedra é volátil, mas não é um artefato mágico.
— Mas como o senhor pode afirmar isso?
Merlin então toma a palavra, se aproximando de Vicent. Ele diz:
— Porque eu sou um mago. Pedras mágicas tem aura e krisma, que é o que faz serem fortes.
— O senhor é um mago?
— Sim. Nossa, você tem que ver as coisas que consigo fazer. Teve uma vez que...
— Merlin, não mude de assunto! – Disse Rosemary, criticando.
— Ah ora... Sim... Perdão... Como eu estava dizendo, o Dr Quack me chamou pra vir aqui as pressas pra te ajudar. Soube que vocês lutaram contra Naugus, não é mesmo?
— Sim, mas...
— Você foi acertado pelos poderes dele, não?
— Agora que você disse isso... Bem... Eu...
— Ele foi sim, mas no momento não aconteceu nada com ele. Mas ele recebeu um ataque bem poderoso... – Disse Geoffrey, ajudando a recordar.
— Exatamente o que eu suspeitava... – Disse Dr Quack, indo até um monitor alí próximo.
— O que quer dizer, senhor? – Disse Vicent, confuso.
Logo o pato doutor do hospital ligou o monitor, mostrando para o jovem um raio x de seu corpo junto com gráficos de medição de radioatividade. Então ele explica.
— Muito bem, vamos lá... Essa pedra... Ela consegue absorver energia por deflação. Mas isso você deve saber, pois Nicole me disse que havia avisado.
— Sim, ela disse.
— Pois bem... Ela só não absorve via deflação como guarda para si essa “energia”. Resumindo bem: você é capaz de armazenar poderes.
Geoffrey no mesmo instante se levantou de sua cama, não acreditando no que havia acabado de ouvir. Seus reação foi por causa dos poderes Ixis.
— Como isso é possível?! Ele absorveu poder Ixis? Mas como?! Isso é impossível! Esse tipo de poder não pode ser... como posso dizer? Ah sim... reaproveitado!
— Geoffrey, você está em observação. Volte a se deitar. Eu vou explicar tudo...
Com o jaritataca retornando ao seu leito, o doutor continuou a explicação:
— Vicent, você deixou armazenado esse “poder Ixis” que Geoffrey disse. E Merlin me explicou que esse poder é a soma de tudo que é maligno em Mobius. Pois bem, por você ter absorvido tal poder, seu corpo começou a adoecer. De dentro pra fora você estava morrendo...
— POR AURORA! Naugus também esteve assim durante um tempo... – Disse Geoffrey, se recordando da “doença” de seu ex mestre.
— Bem lembrado, Geoffrey. Vicent, se não fosse meu faro para problemas estar bem apurado, não sei o que poderia acontecer... No instante que suspeitei disso, eu entrei em contato com a senhora Prower para tentar contatar Merlin o quanto antes. Sorte que Amadeus estava em Mercia e teve tempo para chegar aqui. Sorte também dos Lutadores da Liberdade Mercianos terem um anel warp no momento também...
— Senhor, eu poderia mesmo ter morrido. Mas e essa coisa de eu absorver? Eu não fiz isso com intenção... – Disse Vicent, amedrontado.
— Calma... Você está bem no momento e é isso que importa... Voltando a explicação, sabendo que você pode fazer isso, preciso te avisar desse fato: essa pedra é muito mais volátil que imaginávamos. Ela deflete energia que se soma a seu corpo, mas também absorve energia bruta. Ou seja: energia de natureza mágica, mística, nuclear etc podem ser absorvidas por você. E de acordo com Merlin, que fez com que a energia Ixis saísse de seu corpo com um encanto, você precisa expelir essa energia absorvida em seguida.
— O que quer dizer com isso? Porque tenho mesmo que fazer isso, já que essa pedra deflete poder? Até onde eu saiba...
— Se você manter essa energia bruta em seu corpo reações podem ocorrer com você e não há como saber o que vai acontecer. Com energia Ixis sabemos que você adoece, fato. E as outras? Imagine só se Eggman te atinja com uma das suas armas... Não há como saber seus efeitos.
— Minha nossa! Mas o que vocês me sugerem fazer? Eu.. eu não penso mais em usar essa pedra. Acabou. Eu só quero voltar pra casa.
Merlin, entendendo a preocupação do jovem, se aproximou e diz:
— Você precisa expelir esse poder no mesmo instante. Como se estivesse usando. Jogue tudo pra fora! Não guarde!
— Mas como vou fazer isso? Eu não sei nada sobre esse meu poder! Por isso mesmo que eu não quero mais usar...
— Ih rapaz... Bem, quanto a isso eu não posso dizer muita coisa e...
Era muito visível o abatimento no olhar de Vicent no momento. O jovem não parecia acreditar que estava mesmo envolvido em algo desconhecido. Seus poderes poderiam ter lhe ajudado a se manter vivo em Mobius e a salvar a cidade de Nova Mobotrópolis, mas e agora? Possuía um poder absurdo mas não sabia usá-lo e ninguém tinha conhecimento do porquê dessa pedra. Ele, olhando para Dr Quack, diz:
— Preciso desabafar... Eu posso?
— Vá em frente, Vicent.
— Eu seguia minha vida em meu mundo. Tinha planos, afazeres e compromissos. Eu do nada caí aqui e passei por uma provação de vida. Estive a beira da morte várias vezes desconhecendo até quem me atacava, e vejo que esse tipo de coisa é frequente aqui...
— Vicent, jovem... entenda...
— Não, senhor. Entendam vocês: eu não me importava com o problema de vocês. Mas eu mudei... Mudei minha forma de pensar e de viver... Agora eu me importo com o problema de vocês porque esse problema também é meu. Mas eu me recuso a me tornar um de seus problemas! Eu só quero voltar pra casa... e fazer valer minha existência lá!
Vicent estava diferente. Não era como antes, pois lágrimas não eram vistas em seu rosto. Estava revoltado, não querendo aceitar a situação. Geoffrey, meio que apoiando sei novo amigo, diz:
— Ah claro... Agora vocês deixaram o garoto mais assustado que antes... Bacana o cuidado de vocês, pois agora ele está com medo...
Amadeus, até então calado, Não podia deixar de concordar com Geoffrey. Até porque Vicent estava mesmo assustado com o que havia ouvido. Ele então diz:
— Geoffrey está certo. Nós estamos assustando o jovem. Vicent, escute bem... Eu sei que você está com medo e sei também que não quer correr mais riscos. Você está certo em pensar assim. Mas eu preciso mesmo te alertar sobre o que acontece em nosso mundo: todos nós estamos em perigo o tempo todo. Nosso mundo não é um lugar seguro pra ninguém, em nenhum lugar. Então, jovem... Se você tem como se defender, use o que você tiver, mas ninguém vai te obrigar a fazer o que você não quer.
— Eu sei disso, senhor... Mas...
— Vicent, você nunca vai se tornar um problema pra nós. Na verdade somos nós que estamos sendo um problema pra você – Disse Rosemary, enquanto se aproximava.
— Do que vocês estão falando?
— Logo se nota que você se preocupa muito conosco e isso é uma coisa que eu admiro muito. Mas quero que saiba que todos nós devemos nossas vidas a você. Nós que geramos essa sua preocupação, então nós somos o problema.
— Senhora... Tipo... Eu não...
— Vicent, todos nós, todos nós mesmo, iremos te ajudar. O que tiver ao nosso alcance... Nós temos as melhores mentes brilhantes de toda Mobius aqui e não tenha dúvidas que não pouparemos esforços pra te ajudar. Até lá, nós iremos te... – Disse Amadeus, sendo interrompido por sua esposa.
— ... Iremos trabalhar pra mantê-lo informado. Conte com a gente – Disse Rosemary, segurando o braço de seu marido.
O sorriso no rosto do jovem era o sinal de que a mensagem tinha sido entregue. As palavras do casal Prower tocaram Vicent de uma forma que ele não esperava. Mesmo com a forte emoção, lágrimas não eram vistas. E meio que entendendo que o momento era de alegria, Dr Quack aproveitou.
— Bem, já que o recado foi dado, então acho que agora é a hora das visitas. Pois bem, irei chamá-los.
— Hã? Visita?
— Hehe... Hora de mais emoções então.
Merlin, Rosemary e Amadeus então se retiram, se despedindo de Vicent e Geoffrey em seguida. Mas, estranhando o comportamental de Rosemary, Amadeus logo a perguntou, enquanto caminhavam de mãos dadas:
— Querida, porque me interrompeu enquanto falava com Vicent?
— Bem, você iria estragar a surpresa que iremos fazer a ele.
— Ah sim! Nossa, quase estraguei tudo.
— É, seu bobo...
A confiança de todos já estavam afiadas novamente. Porém parecia que escondiam algo do jovem...
Enquanto isso...
Continente de Soumerca, Mobius.
E eis que somos levados a região mais verde de Mobius: Soumerca. Um continente tomado por uma flora rica e com uma história ímpar. Retratando o que seria nossa América do Sul, Soumerca era dona do pulmão do planeta, pois era um lugar onde o ar que se respirava era extremamente límpido. Tanto que alguns pacientes vitimados pela poluição provocada pelo primeiro Dr Robotnik (Julian) eram levados até a região a fim de buscarem um tratamento mais natural. Além disso, por haver uma diversidade de vegetação e biomas, muitos estudantes e pesquisadores procuraram mais conhecimentos, assim como compreender melhor a história de Mobius.
Indo até ao interior da região, altas árvores chegavam a impedir o brilho da luz do sol, mantendo alguns lugares escuros, mesmo de dia. Por ser banhado por diversos rios e períodos de chuva serem constantes, a temperatura era variante, fazendo com que a adaptação dos seus visitantes fosse um grande desafio. Continuando, a mata densa da maioria dos lugares também tornava a experiência de caminhada um obstáculo complicado, tenso em vista que não era difícil se perder caso alguém se aventurasse. Então era prudente ser guiado por alguém que tivesse bastante conhecimento do lugar.
E entendam: por ser uma zona quase inóspita e longe dos grandes centros, era um local perigoso e hostil. Muito dos perigos dessa região era condicionado a duas constatações: legionários de Eggman tinham instalações pelo continente e, o mais complicado (exatamente isso), uma disputa territorial entre duas tribos locais: o reino dos Felidae, formado por felinos forjados no mais pleno ambiente hostil e perigoso de Soumerca e sendo comandados por sua rainha rígida e anarquista chamada Hathor e o reino da Matilha, estes formados pelos bravos e fortes lobos indígenas que seguiam sua rainha justa e determinada chamada Lupe. Embora a paz reinasse a maior parte do tempo, sempre haviam disputas internas e de interesses, deixando as coisas um pouco instáveis.
Voltando as trilhas desconhecidas da densa floresta da região, podemos ver um grupo de três lupinos, que pareciam estar procurando por mantimentos. Como o lugar era rico em frutos, estavam colhendo verduras e legumes quando, do nada, um ruído como se fosse raios tocando o solo são ouvidos, o que causou ainda mais estranheza. Então, caminhando até onde estava vindo o som estranho, eis que percebem que a folhagem em volta estava queimada, evidenciando que alguém supostamente estava alí. Por terem conhecimento de rastreamento, era fácil perceber que haviam invasores em suas terras, o que fez aos três lupinos se armarem com suas espadas e lanças.
Com os três protegendo os flancos um dos outros, um deles toma coragem e vai até entre a mata densa a sua frente, sendo observado pelos demais. Depois em um bom tempo, com o outros dois aguardando a volta de seu companheiro, o seu retorno não foi confortavel, de dentro da folhagens só se via seu corpo voar, possivelmente depois de ter sido golpeado por alguém. Ao verem seu companheiro lupino nocauteado ao chão, os dois passaram a ficar mais nervosos, já mostrando seus dentes. Um deles então diz:
— Quem está aí? Mostre-se, invasor!
Em logo uma onda de raios os atinge, fazendo com que tomassem uma forte descarga elétrica, deixando-os desacordados em seguida. Depois de um breve momento, passos podiam ser ouvidos ao solo gramado do lugar. E eis que da folhagem somos apresentados a uma equidna cuja cor de sua pele era com um tom carmesim (vermelho era a característica dessa raça), trajando calças e jaqueta preta, todas justas a silhueta de seu corpo; tinha olhos azuis com uma tonalidade escura, com “dreads” (outra característica da raça equidna) com faixas brancas presas ao longo dos fios e cabelo cacheado sob o alto de sua cabeça, numa tonalidade rosa. Ela, olhando em volta, diz em seu rádio posicionado a esquerda de sua cabeça:
— Legião Sombria, aqui quem fala é sua Grã mestra Lien-Da. Estão me ouvindo? Câmbio.
Porém só se ouvia estática. Sua frustração logo foi colocada pra fora.
— Droga! Maldição! O que aconteceu? Sofremos aquele ataque e... aquele tazmaniano miserável usou mesmo aquele anel warp! Todos sumiram... TODOS! Inclusive a mim...
Ela caminhando até próximo aos lupinos, pegou sua pistola do coldre, apontando para um deles, que ainda estavam caídos. Ela então continuou:
— E agora eu estou aqui. E pelo visto não voltei diretamente para Albion... Tenho certeza que estou em Soumerca. Só aqui teria tanto verde e esses vermes do reino da Matilha. Pois bem, não sei o que aconteceu, mas devo tirar vantagem da situação, hehehe...
Lien-Da, grã-mestra da Legião Sombria, estava mesmo disposta a dar fim aos lupinos. Inimigos do domínio de Eggman, o povo do reino da Matilha sempre lutaram ao lado dos Lutadores da Liberdade e de qualquer mobiano que lutasse contra o cientista maléfico. E quando estava prestes a dar fim a eles, de forma inesperada uma flecha cortou o ar no momento, atingindo a pistola da equidna, a desarmando. Surpresa, ela diz:
— Mas o que?! Quem fez is...
E interrompendo suas palavras, uma figura aparece. Usando um vestido colante de cor azul, vestida também sandálias pretas, com tiras que os prendiam a sua perna. Em seus dois braços haviam braceletes dourados, que lhe ofereciam mais uma opção de defesa. Sua pelugem era cinza com detalhes brancos, com um cabelo estilo moicano sob o alto de sua cabeça, terminando em um longo rabo de cavalo trançado. Olhando para Lien-Da com seus lindos olhos azuis piscina, ela diz:
— Sob as leis de meu povo, qualquer invasor é tratado com respeito até que lhe provem seus crimes. Porém, diante seus crimes vistos por mim, a rainha do reino da Matilha, Lupe... IREI ELIMINÁ-LA!
Lupe, como se intitulou, era a mais habilidosa e forte guerreira de seu treino e, além disso, a rainha da Matilha. Lien-Da, recompondo-se, enquanto serrava seus punhos, diz:
— Ah então a própria rainha veio pra cima? Pois bem... Eu adoro jogar xadrez e eu amo tomar peças fortes. Pode vir, “vossa excelência selvagem”!
Lupe então se muniu de sua lança de guerra, que estava presa as suas costas, e partiu para cima de Lien-Da. Com ataques precisos, tentou acertar a equidna em seu dorso, sendo evitados por ela com esquivas para trás. O recuo deu uma vantagem a Lupe, que lhe acertou um chute em sua barriga. Ela, aproveitando a oportunidade, executou um chute giratório com sua outra perna, atingindo Lien-Da em cheio em seu rosto. A equidna, assumindo o golpe, diz:
— É, você é muito boa...
— A melhor... e não se esqueça disso.
— Pode crer que não vou esquecer, “alteza”...
A grã-mestra da Legião Sombria então começou a emanar seus poderes. Por ter colocado em seu corpo aditivos biônicos, Lien-Da era capaz de soltar raios de suas mãos. Com seus olhos tomados por eletricidade, concentrou então este poder em suas mãos, mostrando-se agora estar mais letal, no entendimento de Lupe.
— *Ela tem poderes. Com certeza se ela me atingir estarei em desvantagem. Mas ela não sabe com quem está lidando...*
Lien-Da veio com tudo em direção a lupina rainha, tentando-a atingir a cada golpe desferido. Lupe utilizou sua lança para aparar cada ataque, que eram de fato terríveis. A equidna não estava brincando: seus movimentos tinham o interesse de acabar com Lupe, que conseguia se defender e se esquivar. Mas como a rainha da Matilha era uma excelente lutadora, as chances de ser atingida eram poucas. Lien-Da sabia disso de logo tratou de pensar:
— *Essa selvagem é habilidosa demais. Ela tem o ambiente ao seu favor inclusive. Eu estou debilitada depois de voltar daquele lugar... Eu preciso de uma estratégia, senão... *
Mas antes que pudesse pensar em mais alguma coisa, a equidna logo é surpreendida com um áudio.
— Grã-mestra Lien-Da, senhora. Está ouvindo? câmbio.
— LEGIÃO?! – Disse ela – RÁPIDO, SIGA MEU RASTREADOR!
— Senhora grã-mestra, o que está ac...
— FAÇA ISSO AGORA!
Enquanto Lien-Da continuava tentando atingir Lupe, o socorro estava a caminho. Mas não era uma tarefa fácil: a rainha da Matilha começou então a investir contra a equidna, ignorando totalmente o risco de ser atingida pelos poderes de raios de Lien-Da, que diz:
— Se eu a atingir você vai cair, rainha. E não vejo torres e nem bispos pra te proteger.
— Nós aqui não nos limitamos a seus jogos, invasora. Aqui vivemos na realidade...
E pelo visto Lupe estava falando bem sério. Ela então soltou sua lança, atacando Lien-Da com as mãos livres. Ela, surpreendendo a equidna, segurou em suas duas mãos mesmo energizadas, o que causou ainda mais estranheza por parte de Lien-Da, que diz:
— Mas como?! O que você...
— Somos lobos da Matilha. E vamos além disso: somos Lutadores da Liberdade! Acha mesmo que não pensamos em tudo? Seu poder é formidável, mas nós sabemos lidar muito bem com fenômenos da natureza.
— Sua insolente!
— Suas palavras são vazias. Você não é digna. Sua derrota é iminente.
— Ora... Cale-se!
Lupe então arremessa Lien-Da para cima, completamente com um incrível chute em sua barriga enquanto ainda estava em queda, fazendo-a ser jogada contra uma árvore. Com o choque, a equidna se feriu, sentindo dores em suas costas enquanto tentava se levantar. Mas Lupe não estava disposta a deixar Lien-Da se recuperar, começando a desferir vários golpes na equidna, que não conseguia se defender. Socos eram desferidos em seu rosto e dorso, causando-me danos. Mas a rainha da Matilha cessou seus golpes, percebendo que aquela batalha estava prestes a terminar.
— Como eu disse, nós lobos estamos preparados para tudo. Você ousou em nós desafiar e em querer matar meu povo. Isso eu imperdoável!
— Sua tola... Eu... Eu sempre estou a um passo a frente de selvagens como vocês...
E um movimentar de árvores são redor evidenciava o que Lien-Da queria dizer. Uma nave contendo vários legionários sombrios estavam a porta do aeroplano, com um deles sob controle de uma metralhadora laser. Lien-Da, percebendo a única alternativa de sair viva dalí, diz:
— Atirem nos selvagens caídos! AGORA!
Lupe ignorou totalmente Lien-Da, correndo até sua lança e a jogando na direção de seus lupinos. A lança então é fincada ao chão assim que o atinge e, ao terem começado a atirar, Lupe apertou um botão em um de seus braceletes, ativando um tipo de campo de força, protegendo-os. Foi uma manobra ousada, que felizmente foi bem sucedida. Mas teve uma consequência: por ter salvado seus lobos, só teve tempo de olhar Lien-Da sendo içada junto a uma corda até a nave. A equidna grã-mestra dos Legionários Sombrios a observada e, aproveitando sua fuga, diz:
— É, rainha... Pelo visto você é cheia de truques. E me enganei... Isso nunca foi um jogo de xadrez, mas jogamos com a sorte. Hehehe...
Ela então sobe até sua nave e depois seguiram em direção ao interior de Soumerca. Lupe os observava, refletindo.
— Pelo tamanho dessa nave, eles não irão longe. Não conseguiriam deixar Soumerca. O que está acontecendo aqui? E... o que Eggman está tramando dessa vez?
Lupe desconfiava que algo muito estranho estava acontecendo. Não era comum os Legionários Sombrios aparecerem em seu continente e, para maior estranheza, Lien-Da estar sozinha naquele lugar hostil. A rainha da Matilha tinha todos os motivos de estar preocupada...
E voltando a Nova Mobotrópolis...
Hospital Memorial Tommy Tartaruga, manhã de paz.
Logo após a manhã tensa e cheia de explicações acerca da saúde e situação de Vicent, eis que a confraternização tomou conta do leito do hospital onde o jovem humano e Geoffrey estavam. Vicent então recebeu a visita de seus jogos amigos. E pulando sobre a cama onde o jovem estava, Beatrice diz:
— ESQUISITO! QUE BOM QUE ESTÁ BEM! – Disse a pequena coelho, abraçando Vicent.
— Beatrice? Oi, fofinha! Que saudades!
— A gente estava na torcida por você esse tempo todo. Eu e minha mãe.
— Sua mãe... A senhora Betina?!
E não demorou muito e ela mesma adentrou o recinto. Olhando de forma aliviada para Vicent, ela diz:
— Olá, garoto. Como você está?
— Senhora Betina... Eu... Eu estou bem... – Disse Vicent.
— Que bom... Fico muito feliz com isso – Disse, o abraçando carinhosamente – Eu torci por você... E você quase me mata do coração outra vez.
— Olha, desculpa... Não era minha intenção...
— Calma. Está tudo bem, Vicent. Agora vai ficar tudo bem...
— Nós conseguimos, senhora... Nós conseguimos.
— Estou muito orgulhosa de você, jovem. Se seu pai estivesse aqui na certa estaria sentindo a mesma coisa...
— Ele iria sim... Com certeza iria... E minha mãe...
— Sua mãe está orgulhosa de você. Ela está em todo lugar agora.
— É verdade...
E vai parou por aí. As visitas eram muitas. Logo entraram ao recinto o comandante Canino líder da guarda Acorn.
— Senhor Vicent Pierre.
— Olha, até o maromba!
— Como disse?
— Opa, não não... É brincadeira.
— Hahaha! Não esquente com isso. Como você está?
— Estou bem. Não imaginava que...
— Que eu não teria essa consideração por você? Você é um forte aliado do nosso reino. Um valiosíssimo companheiro de batalha. Você honrou sua medalha mais uma vez.
— Olha, obrigado. Eu nem sei o que dizer.
E nem precisou. O comandante então prestou contingência a frente do rapaz, dando passagem a mais um visitante.
— E aí, campeão? Como vai a sorte?
— Larry Lince? Até você?
— Claro! Você acha que eu não iria vir visitar meu camarada? Tu é o cara! – Disse, apertando a mão do overlander.
— Haha! Valeu! Nós conseguimos, cara! Todos nós!
— Sim! Mas tem mais gente aí fora.
— Mais?
Larry estava certo. E logo entraram ao leito Lyco e Leeta, as guerreiras do reino da Matilha.
— Olá, que bom que está bem – Disse Lyco, se aproximando de Vicent.
— Foi uma honra lutar ao seu lado, overlander – Disse Leeta, apertando a mão de Vicent.
— Diamantes e Corações? Vocês... Nossa!
— Hehe... Meu nome é Lyco, Vicent.
— Hahaha! E o meu e Leeta!
— Opa, prazer. E tipo, vocês são bem lindinhas, sabia? E poderosas! Hehehe!
Esse comentário causou uma reação imediata as duas. Vicent as havia deixado envergonhadas. Geoffrey, que estava calado só observando, diz:
— É, Vicent. Mandou o sex apeal sem cerimônia, hein. Você é danado, que isso...
— Hã?! Olha, não é isso... É, tipo... Só foi um elogio... Bem... – Disse Vicent, sem jeito.
— Hahaha! Eu vou me curar rápido pelo visto. A alegria voltou! Hahaha! Resolve aí com elas isso...
Leeta, um pouco envergonhada, diz:
— Tu-tudo bem, seu bobo... É, bem... A gente tinha um pedido pra você...
— Hã? Pedido?
— Sim... É que... É que a gente... Ah... Mana, diz você... – Deixou Leeta para sua irmã.
— Hã? Eu? Leeta, isso não é justo... – Disse Lyco, também envergonhada.
— O que vocês querem me pedir? – Perguntou Vicent, curioso.
— Ah... Bem... A gente queria... Aí que vergonha... A gente queria cuidar do seu cabelo! Eu disse... Por Aurora... – Disse Lyco, ainda mais envergonhada.
— Ah isso? Bem... Tipo... Tudo bem.
— Verdade?! Você vai deixar mesmo? – Perguntou Leeta.
— Si-sim... Tudo bem?
Uma explosão de alegria por parte das duas havia ocorrido, chamando a atenção de todos. Eis, percebendo a situação, logo se recompoem, ouvindo o comentário ácido de Geoffrey.
— Haha! As duas maiores guerreiras do reino da Matilha dando ataque estérico que nem duas adolescentes... Isso fica melhor a cara minuto! Hahahaha!
— Ei, isso não foi legal! – Disse Leeta, nervosa.
— Relaxem... E ainda bem que o Sonic não está aqui. Senão até Lupe ficaria sabendo...
Lyco e Leeta até iriam continuar a discussão, mas pensaram bem e não insistiram, pois na certa Sonic estaria tirando com a cara delas até o sol se esconder. Mas a visita não havia acabado. Entraram então Macaco Khan e Sally. O monge monarca do Reino dos Dragões logo se aproximou de Vicent e, juntando sua mão fechada a sua outra mão aberta, o revenrenciou, dizendo:
— Eu, Macaco Khan, monarca do Reino dos Dragões, o saúdo. Muito me contaram sobre sua breve história aqui nessa cidade e é com muita satisfação que faço-lhe essa reverência a ti. Foi uma honra lutar ao seu lado, nobre overlander.
— É... Bem... Obrigado. Muito obrigado mesmo, mas...
— Mas o quê?
— Estou aqui nesse mundo a poucos dias e já tive contato com dois líderes de reinos. Eu não mereço tanta homenagem assim...
— Você não tem ideia do que você significa pra vida dessas pessoas daqui, não?
— Como assim?
— Vicent, se hoje essas pessoas estão são e salvas é por sua ajuda. Ninguém aqui está exagerando. É uma forma de te demonstrar respeito e, principalmente, gratidão. Mas acredito que você não esteja habituado. Bem, acostume-se. É uma grande honra.
— Eu... Eu entendo. E mais uma vez, muito obrigado.
E dessa vez chegou a vez de Sally, que diz:
— É, estou vendo que você está fazendo muitos amigos...
— Sally! Nossa, nem eu sabia que tinha tantos...
— Ah pode crer que sim. Eu não vou te chamar mais de herói... Você já aceitou isso?
— O que? De eu ser um herói? Eu não sou um.
— Sim... Eu entendo. Também não preciso dizer que te devo muito, não?
— Você não me deve nada, Sally. Nenhum de vocês.
— Eu entendo isso também. Você é muito mais humilde que eu imaginava, sabia?
— Menos do que eu deveria ser.
— Nossa, até nisso você é humilde? Hehehe... Falando sério, Vicent... Tudo que aconteceu até hoje se soma ao nosso histórico. Nós tivemos muitas perdas e as vitórias não foram muitas... Mas a que tivemos aqui na nossa cidade foi algo muito além do que eu pudesse imaginar. Você apareceu em nossas vidas como um milagre... Sua presença nessa cidade foi fundamental.
— Sally, nós já fal...
— Calma, Vicent. Eu sei disso. Eu só estou voltando o assunto porque quero só dizer obrigado por tudo. Só isso.
— Pera... Tipo, assim simples? Um simples obrigado?
— Sim, porque? Queria mais?
— Não... É assim que deveria ser sempre. Está perfeito. Agora deixa eu responder: não precisa me agradecer, hehehe.
— Hahaha! Falou como o Sonic agora, hehe.
Sally então se aproximou de Vicent, beijando seu rosto com carinho, o abraçando com força sem seguida.
— Tem mais alguém que veio te ver. Na verdade ela estava te vendo o tempo todo...
— Quem?
— Quem? Sério mesmo que você nem desconfia? Nicole, pode aparecer...
E a IA lince se materializa para todos no lugar. A frente de Vicent, ela esboçou um belo sorriso, com Vicent dizendo:
— Anjo?! Nossa, que agradável surpresa...
— Vicent, eu fiquei cuidando de você esse tempo todo. Merlin ajudou muito durante os procedimentos... Eu pensei que... Eu fiquei com... medo. Medo de algo de ruim acontecer, mas.. Eu não esqueci do que você disse a Beatrice.
— Hã? O que eu disse?
— Que até tudo isso acabar você não iria cair... Você cumpriu sua promessa e...
— Anjo, eu... Eu tive medo também. Tudo que aconteceu aqui nessa cidade me fez amadurecer. Eu pode ver que eu sozinho não posso ter todas as respostas. Eu preciso viver, nunca me isolar. Pois o que faz uma pessoa ser forte é fazer o certo.
— Exatamente. Você mudou muito e eu estou muito orgulhosa disso. Muito obrigado por tudo, Vicent. Na verdade, quero agradecer a todos dessa cidade por terem voltado a confiar em mim. Eu sempre irei amá-los.
— Nicole, conte sempre comigo.
— Obrigado, Vicent. Mas preciso te dizer uma última coisa...
— O que seria?
— Olhe a sua volta e me diga o que vê.
Vicent, ao olhar ao redor, vida que todos estavam felizes, demonstrando um carinho absurdo por ele. Todos mesmo. Aliados de batalha que agora se uniram posts lhe prestar homenagens. Ele então diz:
— Eu vejo... Anjo, é o que eu estou pensando?
— E o que você está pensando, Vicent?
— Eles... Essa gente toda... são meus amigos agora?
— Exatamente. Como eu disse no farol: todos iriam te chamar de amigo. Mas pra toda essa cidade você ainda é um herói. No fim, da no mesmo. Isso quer dizer que você é importante pra todos.
Era fato. Seja herói ou amigo que chamavam, não vamos diferença. O respeito, carinho e amor une pessoas, mesmo que tivessem pensamentos diferentes. A força da amizade era algo universal e isso começou a ser partilhado a Vicent no momento que se importou com cada cidadão da cidade de Nova Mobotrópolis. Sendo assim, o jovem não ousou em chorar dessa vez, envia sua emoção em saber que agora tinha amigos de verdade tinha sido concretizado. O rapaz começou a sorrir, contagiando a todos ao redor. No fim, deles de tanto rirem, Vicent tratou de dizer:
— Ac amici honesta petamus! Hahahaha!
Nem era preciso dizer que causou dúvidas em quem estava no lugar. Larry logo externou isso:
— Hã? O que foi que ele disse?
E Sally, ainda sorrindo, diz:
— “Só devemos pedir ao amigos coisas honestas”. Nosso novo amigo gosta de línguas antigas...
Mas interrompendo a comemoração, Nicole diz:
— Sally... Estou recebendo um rádio do Sonic...
— Hã?! Nossa... O que foi, Nicole?
— Nossa, Sally... Rápido! Eles estão entrando na cidade neste instante! Vão!
Um teor de preocupação logo toma conta do ambiente. Khan então pegou Sally e os dois montaram na nuvem voadora do macaco monge pela janela do leito. Logo seguem para até a entrada da cidade. Chegando até lá, logo avistam Sonic, junto a Rotor, Amy e Tails. A princesa, indo até Sonic, diz:
— Sonic, o que houve?
— Sally... Nós fizemos o melhor que podíamos fazer...
— Sonic... onde está a Bunnie?
— Sally... Eu...
— DIGA! NÃO... Não me esconda... me diga...
E aparecendo, caminhando até próximo de sua amiga, era Bunnie. Com um sorriso no rosto, a bela coelha diz:
— É aí, docinha? Tô de vorta! Euzinha novamente!
— BUNNIE!? Hahaha! Bunnie! Você está de volta mesmo! Hahahahaha!
A alegria havia mesmo voltado para Nova Mobotrópolis. A maldição de Naugus havia se quebrado. Os espíritos de batalha estavam a todo vapor. E os Lutadores da Liberdade estavam de volta.
Enquanto isso...
Em algum lugar de Mobius...
O lugar ao qual fomos levados nessa história tinha como ambientação uma caverna escura que, contrastando com o lugar pouco usual, estava tomada por cabos e fios. Monitores estavam ligados, mostrando leituras de tereno e atividade energética. Logo uma voz metálica é ouvida.
— Vinte bilhões de dados... Já são dias assim... Dias torturantes só de análise e pesquisa... E nenhum sinal... Nada.
E esse alguém que dizia era uma cabeça dentro de uma redoma, com vários implantes em sua estrutura. Era a cabeça de um equidna. Vai não tenham entendido: era uma cabeça sem corpo. Seu nome era Dimitri, antigo grão-mestre da Legião Sombria de Eggman e avô de Lien-Da.
Porém algo de anormal acontece. Um sinal sonoro foi ouvido por um dos computadores, o que fez com que Dimitri se assustasse. Ainda surpreso, diz:
— POR AURORA! Isso... Isso é uma... mensagem! Eu... Eu consegui! Eu finalmente consegui... Guardião... GUARDIÃO! VENHA! EU ACHEI!
E correndo até ele, vemos quem de fato era o guardião. Usando um tênis que continha cores amarela, verde e vermelha, com uma placa de ferro sobre, também usava luvas e tinha sua pelugem vermelha, com olhos de cor púrpura. E como natural de sua espécie, havia “dreads” sem sua cabeça. Sim, era Knuckles que, mostrando irritação, costumeiro dele, diz:
— O que achou, Dimitri?
— Guardião... Eu achei o sinal. É o mesmo daquele anel warp de Albion, no reino de sua mãe...
— Você está certo disso?
— Sim. Eu consegui algo a mais...
— O que?
— Uma mensagem... Porém...
— Porém o que? Diga logo, velho!
— Ela está criptografada... E não é por computadores.
— Hã? Como assim?
— É uma mensagem na linguagem secreta. Você sabe o que significa, não?
— Hum... Já tenho ideia... Coisa do serviço secreto de Nova Mobotrópolis...
— Então você sabe...
E Knuckles, olhando para o visor, que continua a mensagem, logo diz:
— Hora de começarmos a procurar. Muito bem, entre em contato com os Lutadores da Liberdade. Eu irei chamar os Chaotix.
Pelo visto uma nova epopéia está dando sinais de começo. Embora a paz tenha retornado para os Lutadores da Liberdade, a profecia do eteno Max Acorn parecia seguir seu rito...
Continua.
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E assim chegamos ao fim da primeira temporada da Fanfic. Espero que tenham gostado da continuidade da história a partir de antes do reboot. Tentei ao máximo manter o mesmo clima das HQs da Archie Comics.
Agradeço de coração a todos vocês que leram a fanfic até aqui. Mas peço pra favor que deixe seu comentário dizendo o que achou dessa primeira temporada ao todo. Seu feedback é muito importante para um melhor desenvolvimento da história e da minha forma de escrever. E você que é um visitante ilustre, faça seu cadastro no site. A plataforma é boa e você fica por dentro dos capítulos novos de cada fanfic.
Mais uma vez, obrigado pela leitura. Vocês são demais.
Até a segunda temporada.
Autor(a): the.hunterx
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Olá a todos. Espero que estejam gostando da história. Abaixo está escrito o prólogo de uma nova saga. Uma temporada inteiramente inédita, onde eu irei tentar incluir certos eventos. Como todos sabem (ou não) a HQ da Archie Comics sofreu um Reboot por causa de processos de propriedade intelectual por Ken Penders, que foi um dos resp ...
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