Fanfics Brasil - Engrenagens Metálicas (Parte 3 de 3): o fim Sonic The Hedgehog: Outside N'Counter

Fanfic: Sonic The Hedgehog: Outside N'Counter | Tema: Sonic The Hedgehog


Capítulo: Engrenagens Metálicas (Parte 3 de 3): o fim

411 visualizações Denunciar


Capítulo especial duplo.


A batalha segue. Nossos heróis agora terão mais aliados...


____________________________________________


“Eu sou Elias Acorn, filho do eterno Maximilian Acorn. Por muito tempo temos travado uma guerra incessante contra Dr Eggman. Porém, além dele, tivemos vários outros inimigos terríveis. Ixis Naugus atualmente é o vilão a ser batido: não somente usurpou meu reino, declarando a si como o rei de Nova Mobotrópolis, como deseja obter controle pleno da cidade e, como principal objetivo, acabar com toda a dinastia Acorn.  Para piorar, minha irmã Sally Acorn, líder dos Lutadores da Liberdade, foi transformada em um robô assassino por Eggman enquanto estávamos tentando deter o avanço de Naugus.


Sabendo que a situação estava fora de controle, já que o povo mostrou-se favorável a Naugus, precisei entregar meu reino, respeitando o trato que havia feito ao conselho, que me fez perder metade de meus poderes como governante em prol da paz e prosperidade do meu povo. Porém isso trouxe mais baixas: meu principal guarda e amigo Antoine D`Colette sacrificou-se por mim e minha família durante minha fuga. E eu suspeito que Eggman, o qual foi o responsável pelo ataque, foi ajudado por Naugus. Ele nunca me enganou, muito menos a meu pai. E menos ainda aos Lutadores da Liberdade.


Sabendo da iminente investida de Naugus ao meu povo, pois eu não confiava em sua palavra, passei a fazer parte do grupo de anônimos Lutadores da Liberdade Secretos, buscando assim trazer de volta a liberdade real de meu povo.


Naugus só pensa em si. Ele não se importa com ninguém a não ser ele próprio. E tenho certeza que ele fará tudo o que puder para satisfazer seu desejo doentio de controlar toda a cidade como um ditador inescrupuloso.


Eu juro, sob meu posto de rei e filho de Maximilian Acorn, que eu irei proteger meu povo, mesmo que isso custe a minha vida. Eu vivo por isso e estou disposto a morrer por isso.”


Elias Acorn, rei de Nova Mobotrópolis.


Arredores de Oil Ocean, noite.


A caravana liderada por Sonic seguia pela noite a poucas horas de chegarem ao destino. O ouriço ia a frente, guiando seus amigos por um caminho seguro. O cuidado de Sonic era respeitado pois era de seu conhecimento que a preocupação não era somente com as forças de Eggman, que podiam aparecer a qualquer momento, mas com a disputa local entre Jack Coelho e Beauregard Rabbot, tio da Bunnie. E relembrando, Sonic dá o grau dessa preocupação.


— *Cara... se aquele mané do Jack aparecer, e ele vai, já tô pensando no tamanho da treta que isso vai dar. Ele sempre vem com aquelas ideias de “jeca” de querer mostrar que é dono de tudo aqui...*


Rotor então olhou para Sonic, percebendo que algo o incomodava. Mas sem chamar atenção, começa então a conversar com Tails.


— Tails, porque o Sonic está tão preocupado?


— Ah... Com certeza por causa dos Sand-Blasters. Aquele coelho já deve saber que estamos “em suas terras”...


— Você está falando do Jack?


— Ele mesmo. Sonic já deve estar esperando pelo “encontro”...


— Tô ligado nisso. Bem, acho melhor informarmos aos outros...


— Não, Rotor. Melhor não.


— Porque?


— Jack pode ser um desordeiro, mas tem noção do perigo. Não vai querer comprar uma briga de graça, até porque os Chaotix deixaram um belo cartão de visitas na última vez que se encontraram...


— Bem lembrado.


— Sonic já deve estar com algo em mente. Mas mesmo assim, devemos ficar a postos.


Embora o momento disse de tensão pelo que pudesse vir a seguir, “Geoffrey”, que na verdade era Naugus, mantinha em seu rosto um sorriso de satisfação com seu suposto plano em ação.


— *Olhe só para eles. Nem imaginam no pandemônio que Nova Mobotropólis deve estar passando nesse exato momento. Hahahaha! Esta tudo perfeitamente bem. E creio que meu golem mestre deva estar fazendo um belo trabalho. Ninguém desconfiou... eu usei os nanites daquela inteligência artificial miserável nos meus robôs Ixis. Hahaha! Aqueles resíduos tóxicos que Julian (Robotnik/Leia Sonic HQ #1) armazenou durante todo esse tempo me ajudaram no fim das contas, pois serviram como combustível junto a minha magia Ixis, que os alimenta e lhe dá forças! Não existe poder na cidade capaz de destruí-los! Nem Nicole poderia, pois são mágicos! Ninguém! Nada! E ainda que haja uma esperança, sequer conseguirão chegar até o laboratório central sem que meus sentinelas Ixis saibam! Sem energia Nicole não é nada! Esplêndido!*


E voltando a cidade...


A situação da cidade de Nova Mobotrópolis era caótica: os robôs restantes estavam a polvorosa, tentando atingir aos habitantes. Mas Nicole estava determinada a protegê-los, usando suas nanites como escudo, evitando que fossem alvejados. Guardas do reino Acorn se esforçavam para evitar o pior, impedindo com que os robôs progredissem além do que já haviam conseguido destruir.


Utilizando de armas lasers, os soldados tentavam atingir os pontos fracos assinalados pelas nanites, a exemplo do que a IA lince ajudou Vicent, mas estes últimos eram ainda mais reforçados em sua lataria, com uma armadura que resistia aos tiros. Era mesmo necessário uma ação rápida, pois a energia de Nicole estava quase no fim.


O estágio continua e na sua situação mais caótica. A tensão tomava conta de todos os envolvidos para proteger ao pior e mais terrível ataque a cidade. O destino de nova Mobotrópolis estava em jogo. Porém parecia que haviam mais pessoas dispostas a lutar. E assim continuamos o ato 2...


Nova Mobotropólis Ato 2: Bare Knunkle


Vicent segurava o prédio até que todos saíssem. Enquanto os mobianos fugiam, o jovem só poderia mesmo observar o que acontecia. Confuso, logo perguntou a Nicole:


— Anjo, quem é essa gente?


— Eu não sei, Vicent. Eu nunca os vi antes. Lutadores da Liberdade Secretos?


— Sério? Pelo visto parecem aliados...


— Sim. Eu não sei o que está acontecendo mas diante da situação que estamos, toda ajuda é bem vinda.


De forma inesperada, Elias apareceu e estava mesmo disposto a ajudar. Porém, antes de sua vinda, houveram acontecimentos. Para uma maior contextualização, vejamos o que ocorreu. Voltemos um pouco no tempo, momentos antes do ataque a cidade.


Quartel General dos Lutadores da Liberdade Secretos - arredores de Nova Mobotropólis, noite.


A reunião dos membros acontecia sob altas discussões. Coruja Who logo indagava.


— Elias, com o devido respeito, não devemos nos expor. Naugus...


— Who, eu tenho ciência dos riscos, mas não podemos agir só quando coisas acontecerem. Precisamos dar um fim a todo esse conflito. Ele está tramando algo, isso é fato!


— Meus informantes disseram que já faz um tempo que Naugus não aparece em público. A última vez foi no show da senhorita (Mina) Mangusto.


— Você já nos disse isso. Eu voto em irmos novamente naquele subterrâneo mal explorado.


— Elias, será que por algum momento você parou pra raciocinar que aquele lugar é completamente inóspito? – Lyco não perdeu tempo em dizer a Elias.


— Lyco, eu entendo perfeitamente sua preocupação. Mas estamos falando de Naugus. Nenhum lugar dessa terra é inóspito pra ele. Aquele monstro sabe viver em qualquer ambiente.


— Como pode afirmar com tanta certeza? 


— Porque ele conseguiu sobreviver na Zona do Silêncio (leia Sonic HQ #53). E antes que pergunte, meu pai foi testemunha disso porque ele estava lá!


Lyco e sua irmã, Leeta, junto a Larry Lince ficam surpresos sobre o acontecimento, pois não sabiam que isso havia mesmo ocorrido a rei Max. Who não perdeu tempo e disse:


— Muito bem, Elias... Eu compreendo sua preocupação. Mas eu me importo em deixarem de serem secretos. E você?


— A única coisa que eu me importo de verdade é livrar nosso povo e nossa cidade desse monstro usurpador. Já nos trouxe muitos prejuízos tê-lo ao trono.


— De fato. E quanto a sua doença?


— Exato. É sobre esse argumento de seu leito que eu estou pensando. Será mesmo que Naugus está doente? Por isso eu gostaria de voltar ao subterrâneo. Eu acredito em meus instintos, Who. Esse patife está lá tramando algo. Ele conhece muito bem essa cidade, esteve aqui antes de eu me conhecer como pessoa. Tem algo lá embaixo que ele tentou esconder de nós.


— Tipo, ele é um mago, não? Pode ter colocado algum encanto ou coisa do tipo pra impedir intrusos – Disse Larry, um pouco amedrontado.


— Faz total sentido nisso que disse, Larry. Se for para voltarmos lá, que seja com todos os cuidados possíveis – Disse Leeta, ajeitando suas luvas.


Mas antes que Elias voltasse a ter a palavra, começam então a sentirem fortes tremores na base, fazendo com que o rei se manifestasse.


— O QUE ESTÁ ACONTECENDO?


Coruja Who então liga o monitor do QG, que tinha as mesmas câmeras que Nicole acessava. Todos observam horrorizados a invasão dos robôs a cidade. Logo Who diz:


— MINHA NOSSA! Pelos deuses...


— Who, o que são essas coisas? De onde vieram?


— Eu não tenho a mínima ideia, Elias. Tenho todas as informações de cada milímetro dessa cidade, mas eu não sei o que está acontecendo.


— Isso é uma invasão! A cidade está sendo atacada!


Elias então corre em direção a escotilha secreta, sendo impedido por Who, que diz:


— Elias, o que vai fazer?


— O que? Você ainda pergunta? Eu estou indo defender meu povo, Who!


— Olhe o tamanho dessas coisas! Como acha que irá detê-las?


— Sempre há um jeito, Who! E um deles é enfrentar os problemas de frente. Eu não posso ficar de braços cruzados enquanto meu povo sofre!


— Mas o que pod...


Antes que Coruja Who completasse, eis que todos vêem no monitor Vicent lutar contra os três robôs que atacaram a casa de Betina Coelho, os derrotando de forma impressionante, vindo a cair em seguida. Os Lutadores da Liberdade Secretos estavam surpresos com o poder do rapaz cabeludo, com Who mostrando incredulidade no que acabara de observar.


— Um overlander... Ele destruiu... Ele destruiu mesmo esses robôs... sozinho?


Elias, ao presenciar tudo aquilo, olhou de forma confiante e compenetrada, dizendo:


— Como eu havia dito... Sempre há um jeito, Who. Lutadores da Liberdade Secretos, preparem-se.


Logo todos começam a ser preparar rapidamente, munindo-se de armamentos: Leeta pegou sua espada e uma arma laser, a exemplo de sua irmã, Lyco. Larry Lince logo tratou de pegar uma besta, que arremessava flechas laser. Elias colocou sua pistola laser no coldre e, em seguida, então todos colocam suas máscaras e logo partem para a superfície.


Voltando ao presente...


Os Lutadores da Liberdade Secretos agiam sob pseudônimos a fim de preservarem suas identidades. Eram eles:


Elias Acorn. Rei de Nova Mobotropólis


Codinome: Agente King


Leeta. Guerreira do reino da matilha.


Codinome: Agente Rainha dos Corações


Lyco. Guerreira do reino da matilha.


Codinome: Agente Rainha dos Diamantes.


Larry Lince. Maior sortudo de Nova Mobotropólis.


Codinome: Agente Coringa


Sabido disso, o então Agente King toma a palavra.


— Seu desgraçado metálico, vamos destruí-lo!


— Nada nos fará parar.


— Não conte com isso.


King então vira para Vicent e diz:


— Garoto overlander, como se chama?


— É Vicent meu nome.


— Prazer. Me chamo Agente King. Vejo que está preocupado mesmo com as pessoas. Elas já saíram do prédio. Pode soltá-lo.


O jovem não perde tempo e se afasta rapidamente. Logo o prédio tomba para um dos lados, onde não havia ninguém e nem era uma ameaça as demais construções. Foi um alívio para Vicent, já que havia pouca energia sobrando.


— Nicole, qual a porcentagem?


— 45%, Vicent.


— E você?


— Nível crítico. Em breve não poderei usar as nanites para proteger as pessoas.


— Minha nossa... E agora? Preciso acabar com esse robô, mas ainda restam outros quatro...


King, olhando para o jovem, é logo emblemático.


— Vicent, não poderei te agradecer agora, mas prometo que voltaremos a nos encontrar. No momento, peço por favor que use esse seu poder para destruir os robôs restantes.


— Tipo... É... Agente King, não é? Eu... eu não posso deixar esse robô aqui antes de...


— Não... Você já fez muito por aqui. Esse nós iremos cuidar. Esse aqui é especial. Esse fala demais e isso me chamou mesmo a atenção...


— Você tem certeza nisso?


— Sim... Existem coisas a tratar antes... Vá, se apresse! Ah, e mais uma coisa: Agente Coringa, vá com ele.


Coringa, a qual era Larry Lince, logo se prontifica ao lado de Vicent, que diz:


— Mas porque?


— Você é nossa única esperança contra esses robôs. Quero ter total certeza que essa sorte vai continuar até o fim de tudo isso.


— Sorte? – Disse o jovem, confuso.


— Rápido, você ouviu! Vamos! – Larry logo tratou de apressar Vicent.


Leeta e Lyco, Corações e Diamantes, respectivamente, não puderam evitar de repararem em um detalhe já de conhecimento de todos. Cochichando, Leeta comenta com sua irmã, Lyco:


— Olha só o tamanho do cabelo dele!


— Nossa, nunca vi um cabelo tão longo e liso assim. E todo vermelho!


— Ei, vocês duas! Foco na missão! – Disse Elias, mostrando que estava mesmo concentrado.


Pela urgência da situação, já que só restavam 45% de energia da pedra e a energia da cidade estava em estado crítico, o jovem atendeu ao pedido de King e correu junto ao Agente Coringa para encontro dos robôs restantes.


Enquanto isso...


Laboratório Central, noite.


Sally correu como nunca para o subsolo do centro. Era um lugar escuro, com várias grades. Monitores mostravam o movimento de dentro da sala conforme ela caminhava. Logo a princesa chega até o final do corredor, onde havia uma porta.


— Deve ser aí. Só pode...


Ela então abre a porta e avista ao fundo um computador que, diferente dos demais do laboratório, havia um leitor ao lado. Sally então corre pelo corredor mas algo incomum acontece: em frente ao computador, eis que nanites surgem, formando um corpo robótico de cor verde. Logo seu corpo torna-se cristalizado, passando a dizer:


— Retorne, invasor. Você não possui autorização.


— Como é? Eu sou a princesa Sally Acorn! Eu exijo que saia da frente!


— Acesso negado. Retire-se, invasor!


— Nicole, tem um robô aqui de nanites. O que está acontecendo?


— Não tenho ideia, Sally. Como eu disse, eu não tenho autorização nesse espaço.


— Mas Nicole, são nanites...


Mas não havia tempo para delongas. O robô logo investe contra Sally tentando a golpear com um soco, mas ela consegue se esquivar com um salto mortal para trás. Sabendo que não havia outra forma, Sally ativa suas twin blades, partindo para cima do agressor.


— Muito bem, então. Não esperava que fosse adiantar dialogar com uma máquina assassina! Eu irei salvar meu povo, sua lata velha!


E enquanto Sally tem mais um embate terrível, ao mesmo tempo Vicent está em "Nova Mobotropólis Ato 2", estágio esse em seu momento final.


Correndo junto ao Agente Coringa, o jovem de cabelos escarlate traçava as ruas conturbadas da cidade. Embora estivesse supostamente vazias, encontrava-se longe de estarem tranquilas. Muitas pessoas conseguiram se abrigar no Hospital Tommy Tartaruga, sendo amparadas pelos docentes do lugar. Até mesmo Dr Quack estava envolvido nos procedimentos. Haviam muitos feridos mas todos sem gravidade.


Em contraponto, Vicent dizia:


— Nicole, pra onde devo ir?


— Vicent, continue em frente! Logo você avistará os soldados do reino, em frente ao hospital. Maioria dos habitantes se abrigam lá! Apresse-se, por favor!


— Não precisa dizer duas vezes.


— Vo-você sabe mesmo o que está fazendo? – Disse o Agente Coringa, Larry Lince.


— Olha, só estou fazendo o que tenho que fazer. Se me perguntar como estou fazendo tudo isso, eu não vou ter respostas. E tipo, o cara mascarado lá atrás da roupa preta disse que não quer perder a sorte... Como assim?


— Eh bem... É que esse é um... bem... poder que eu tenho.


— Poder? Que poder?


— Sorte.


— Caraca, sorte? Seu poder é esse? Tá brincando, né?


— Não, não... é isso mesmo.


— Cara, como pode? Como controlar o imponderável?


— Estou na mesma situação que você. Simplesmente acontece e pá: vem a sorte.


— Putzgrila... Tipo, fica perto de mim que eu vou tentar fazer o melhor, tá?


— Tudo bem. É um bom plano.


Alguns minutos depois, Vicent e o Agente Coringa ouvem ruídos de tiros, possivelmente dos guardas do reino. Ao cruzarem uma das ruas, finalmente avistam dezenas de guardas tentando impedir que robôs se aproximassem de prédios, os quais também se situava o hospital. Nicole protegida com suas nanites. Ela, assim que Vicent avista os robôs, diz:


— Vicent, por favor... O sistema irá entrar em colapso a qualquer momento! Sally está com problemas e ainda não conseguiu ativar o reator no subsolo.


— Anjo, Eu já estou vendo os robôs. Eu vou ajudar os guardas...


— Rápido, por favor! Aquelas pessoas...


Vicent então corre em direção aos invasores, sendo seguido pelo Agente Coringa, que diz:


— Essa é a hora da ação?


— Sim! Abrigue-se!


— Não, eu vou te ajudar!


— Me ajudar como?


— Vou te desejar sorte sempre.


Vicent até iria debater sobre o assunto, já que Coringa poderia se machucar. Mas analisando bem o tamanho do problema que iria enfrentar e de toda a situação, olhou para o agente e diz:


— Cara, eu no momento estou acreditando em tudo que estão me dizendo. Se você tem mesmo esse dom de trazer sorte, então usa isso no poder máximo, porque estamos mesmo precisando de muita sorte, nível milagre.


Sem perder tempo e alimentado pela esperança de boa sorte, o rapaz então executa um enorme salto para contra um dos robôs que atiravam contra os guardas, chamando a atenção de seus agressores. Por ter descoberto a pouco tempo sua habilidade de ser invulnerável aos projéteis dos robôs, Vicent não era afetado por eles e, aproveitando o impulso do pulo, continuou sua investida. Porém estes eram robôs diferentes dos demais, não somente em sua lataria reforçada. Estes agora pareciam atacar de forma coordenada e bem mais lógica. Eles não estavam atirando contra os guardas e as pessoas dos prédios habitados para simplesmente os aniquilarem. Eles pareciam evitar que alguém passasse além deles, como se estivessem protegendo algo. Os dois robôs bloqueavam a rua, o que causou estranheza em Nicole que, dentro do computador, falava:


— Tem algo errado. Eles não estão se mexendo. Sally, como você está?


— Esse sentinela cristalizado é mais complicado de abater que os demais, Nicole. Eu não consigo sequer chegar perto do computador.


— Sally, eu já estou ficando sem energia...  Tudo isso está me custando toda a reserva... E eu não... Espere... Robôs bloqueando a rua, sentinelas no laboratório, aquele robô falante... MINHA NOSSA! Sally!


Sally estava se defendendo dois ataques do robô cristalizado, enquanto tentava manter o diálogo.


— O que, Nicole?


— Tudo isso... Tudo isso parece ser orquestrado para... para me aniquilar!


— O que? Como assim?


— Tudo faz sentido agora... Essas pessoas estão sendo alvo do ataque por minha causa. Eles estão fazendo isso para que eu perca toda a minha energia. Eu sou o alvo! Esse alguém que está atacando a cidade quer me destruir!


Sally fica horrorizada com o fato bombástico. E o que piorava as coisas era a iminência da pane total que o computador estava prestes a sofrer.


A situação era a seguinte: Vicent precisava o quanto antes destruir o restante dos outros robôs, assim como Sally em ativar o reator. Porém o jovem tinha em torno de 43% de energia e Sally já estava em seu limite, pois ainda não havia se recuperado totalmente depois que voltou da Death Egg 2.0 e devo sua desrobotização. A luta seguia terrível no laboratório central.


Nas ruas de Nova Mobotropópolis o sucesso de Vicent era incerto. O fato de a pedr estar com menos da metade da carga era um grande incômodo a ele, sabendo que a cada golpe essa energia diminuía.


— Cara, se for pra golpear essas coisas então que seja pra acabar com eles com um único golpe!


Vicent então concentra seu punho e, durante seu pulo, executa um violento golpe, mais poderoso que os anteriores, atingindo um dos robôs, que é arremessado para longe, se chocando contra o outro. Ao fazer isso, Vicent pôde ver os outros dois invasores próximos ao laboratório central. No mesmo instante, constata que estão ligados ao prédio por alguma razão. Imediatamente relata a Nicole:


— ANJO, tem dois robôs na frente do laboratório central. Eles estão fazendo algo em um prédio... O maior que eu vi da cidade.


— Vicent, você está certo disso?


— Sim, toda certeza possível!


Nicole, com os poucos recursos que tinha, consegue saber o porquê de estarem alí e o seu desespero ficou ainda mais evidente em seu rosto depois dessa constatação. No mesmo instante, contacta a princesa.


— SALLY, tem robôs ligados ao laboratório! Provavelmente estão alimentando esse sentinela!


Sally estava travando uma luta terrível, fazendo uso de tudo que sabia. Os ataques do robô eram mais rápidos e mortais que os demais sentinelas. Porém parecia inútil a princesa golpeá-lo: mesmo suas twin blades não causavam dano efetivo a sua lataria, que se regenerava a cada golpe. Sally estava ficando cansada e até para se esquivar era uma tarefa difícil.


— Nicole... essa máquina está... acabando comigo. Eu... Eu já estou ficando sem fôlego...


— SALLY!


Enquanto isso...


Os Lutadores da Liberdade Secretos combatiam com tudo que tinham o robô falante. Diamantes, como era chamada Lyco, era tão ágil quanto sua irmã, Leeta, que se esquivavam dos tiros do invasor com facilidades. Eles então executam de forma coordenada um grande salto em direção ao inimigo e, já munidas com suas espadas, tentam golpear a cabeça do robô, que se defende usando seus braços. Elias, aproveitando a brecha, pega suas armas e começa a atirar em direção às pernas do colosso metálico, destruindo um pouco sua lataria naquela região. KingKing, como Elias era chamado, diz:


— Você vai cair, desgraçado! Porque estão fazendo isso?


— Todos irão morrer! Todos vocês! Ordem prioritária classe 1: aniquilar a todos!


— Quem é o responsável? DIGA!


Mas era inútil. Era como se o invasor ouvisse mas só respondia o que fora programado a dizer. Sendo assim, Agente King ordena:


— Lutadores da Liberdade Secretos, ataquem com tudo! Vamos bater nesse infeliz até ele dizer tudo!


E pela primeira vez, os Lutadores da Liberdade Secretos lutam usando tudo o que tinham. Embora somente restaram três membros, estes eram ágeis o suficiente para causar um belo estrago. As irmãs gêmeas do reino da matilha, Leeta e Lyco, vulgo Corações e Diamantes, eram as mais poderosas. Treinadas por sua mãe, Lupe, a rainha da matilha, tinham conhecimento de luta comparáveis a amazonas, sendo extremamente habilidosas com seus punhos e pernas. E estando armadas com suas espadas, eram absurdamente letais. Elias, vulgo King, tinha treinamento militar e conhecimento de artes marciais digno de um monarca. Não somente era um excelente dominador de espadas como sabia deveras lutar sem elas. Seu treinamento militar o fazia ir além: tinha conhecimento de quase todas as armas laser do reino e era um respeitado estrategista. Resumindo bem, eram aliados valiosíssimos.


Leeta e Lyco, a munidas de suas espadas, correm em direção ao golem metálico, sendo acompanhadas por Elias, que parecia ter coordenado um ataque conjunto. Eles então, executando um salto, pousam sobre cada braço do robô, correndo em seguida por sobre. Elias as observada, já com sua pistola laser em mãos. Ele, usando dos pseudônimos, diz:


— Corações, Diamantes: manobra X. COMEÇAR!


Leeta e Lyco então correm em direção a cabeça do golem falante, este que tenta golpeá-las usando seus braços. Mas era em vão: as duas conseguem atingir o alvo, fincando suas espadas na lataria, mas somente causando pequenos arranhões. Mas as duas não cessaram seus ataques: indo até às costas do robô, voltam a golpeá-lo mas, a exemplo de antes, somente arranhões em dia lataria. De fato esse invasor tinha uma armadura mais reforçada que os demais. Mas Elias não parecia estar frustrado, muito menos as outras duas agentes. Elas então aterrissam ao chão, seguindo em direção às pernas do robô, voltando a executar mais uma vez golpes com suas espadas. Percebendo que as armas eram ineficaz, o golem falante diz:


— Ataques ineficazes. Danos mínimos. Todos irão morrer. Protocolo de autorização para aniquilação: ativado.


Leeta e Lyco então retornam para próximo de Elias, que mantinha dia posição. Olhava minuciosamente para o golem metálico, parecendo estar esperando por algo. Leeta então diz:


— King, a armadura dele é realmente resistente.


— Sim, mas precisamos continuar com a manobra X.


— Só faltou seu dorso, o lugar mais difícil. Vamos ter de nos superar, Corações! – Disse Lyco, referindo ao pseudônimo de sua irmã.


— Vamos, Diamantes! Nós podemos! Nós vamos conseguir!


— Conto com vocês! – Disse Elias, mostrando confiança.


De fato, Elias tinha um plano em mente. E pelo comportamento do robô falante, ele não suspeitava disso. Leeta e Lyco então voltaram a se movimentar, desta vez de forma mais centralizada, investindo na direção do golem metálico com um salto. Ele, prevendo o ataque, diz:


— Seres orgânicos não terão misericórdia. A aniquilação será plena!


Logo aponta seus braços para frente, abrindo compartimentos ao longo: vários projéteis, parecidos com dardos, são arremessados em direção aos Lutadores da Liberdade Secretos. Imediatamente as irmãs se esquivam com maestria, evitando o contato. E até mesmo Elias precisou recuar, executado um pulo para trás. A prudência foi recompensada, pois ao simples contato com o solo, os projéteis explodiram, como Elias suspeitava. Leeta e Lyco então aproveitam o intervalo de tiros e partem para o ataque com suas espadas, desferindo violentos golpes no dorso do robô, repetindo o ataque também em suas costas mais uma vez. As irmãs então retornam novamente para próximo de Elias, que diz:


— Perfeito, Corações e Diamantes! Agora é comigo!


O rei de Nova Mobotrópolis então, em um ato inesperado, corre em direção ao robô com sua pistola laser em punho, a frente de seu corpo, apontando para o golem metálico, que diz:


— Ataque ineficaz esperado. Você irá morrer.


O robô então investe para cima de Elias, tentando lhe golpear com um soco, mas Elias era ágil o bastante para se esquivar e, no mínimo descuido do robô, atira em direção dos cortes executados pelas irmãs do reino da matilha. No mesmo instante o espaço onde Elias havia acertado ficou iluminado. Ele então repetiu seus tiros boa cortes restantes.


Como esperado, todo havia sido planejado por Elias, que rapidamente conseguiu atingir todos os pontos em tempo recorde. Ele, ao terminar, diz:


— Sua máquina miserável, diga quem o está controlando!


— Você nunca terá essa resposta. Aniquilação imediata!


— Então tem mesmo alguém o controlando... Muito bem...


Elias então aperta um botão que se encontrava ao longo de sua arma, fazendo com que o robô sofresse diversas cargas de energia onde elas havia o atingido, o que trouxe mal funcionamento de todos as suas articulações. Lentamente sua armadura parecia se descascar, como se nanites estivessem sendo destruídas aos poucos. Rapidamente Elias diz:


— Corações, Diamantes... ACABEM COM ELE!


Elas então correm ao máximo que conseguiram, executando um incrível salto ao se aproximarem do robô e, ao mesmo tempo, de forma sincronizada do jeito que só os membros do reino da matilha faziam, usam suas espadas contra o golem metálico, cortando de uma só vez sua cabeça, que vai ao chão, assim como seu corpo.


O robô, o qual refiro a sua cabeça, diz:


— Danos críticos. Perda total de locomoção. Bancos de dados intactos. Aguardando comando...


A força dos Lutadores da Liberdade Secretos era grande. Habitam mesmo derrotado o robô. Elias, mostrando em seu rosto muita irritação, vai até sobre a cabeça do robô, colocando um dos pés sobre. E olhando para o golem, diz:


— Muito bem, pedaço de metal... Agora que foi derrotado, me diga... quem o está controlando?


A pergunta seguiu sem resposta...


Enquanto isso...


A situação estava ainda pior. Sally estava quase esgotada. Seus ataques não surtiam efeito no sentinela cristalizado e esquivar de seus ataques era cansativo demais, ainda mais em sua situação física no momento. Vicent estava tentando destruir os dois robôs que bloqueavam o caminho, onde um dentes ainda mantinha dia rotina de arremessar mísseis contra o hospital, que tinha nanites o protegendo.


Nicole não sabia mais o que fazer. Seu lindo rosto estava tomado de aflição e desespero. Não tinha muitos recursos para ajudar a todos. Ela então refletiu sozinha.


— O que fazer? Eu não tenho mais idéias... Eu estou usando a lógica real, a mais próxima que existe do infinito. Eu não sei o que fazer... Eu... Só me resta... Só me resta ter fé... Todos estão contando comigo mas... No momento, eu conto mais com eles... Sally... Os guardas do reino... Vicent... Eu... Eu...


A bela IA lince começa a chorar enquanto olhava para os monitores, que mostravam a situação de todos em sua volta. Era desesperador e angustiante para Nicole a sensação de não ter o que fazer além do que já estava fazendo. A forma zelosa que cuidava da segurança de todos para ela não parecia o suficiente. Ela queria ir além do que poderia. E, num ato de decisão, diz:


— Eu devo responder discórdia com lógica! E a lógica no momento é... ter fé! Não somente em mim... mas em todos os meus amigos que estão lutando!


Ela então abre o sinal de áudio e expõe então tudo que estava em sua mente.


— Ouçam todos! Todos que estão lutando: não estou desistindo de vocês! Eu nunca faria isso! Então, por favor... eu tenho fé em cada um de vocês. Eu não tenho mais forças para defender a todos... mas eu posso defender quem poderá fazer a diferença agora! ENTÃO POR FAVOR, POR TUDO QUE VOCÊS ACREDITAM, POR TUDO QUE VOCÊS AMAM... TENHAM FÉ EM SI MESMOS! EU AMO TODOS VOCÊS... EU IREI LUTAR COM VOCÊS E... LUTEM POR MIM!


Nicole tomou uma decisão, baseando em sua emoções. Ela não era um computador. Ela estava viva, como qualquer mobiano. Suas súplicas por união e fé logo tomarem o coração de todos em Nova Mobotrópolis. Os guardas do reino, os Lutadores da Liberdade Secretos, os habitantes de Nova Mobotrópolis abrigados no interior do hospital, Sally, esta bastante cansada... e Vicent. O jovem, ao ouvir as palavras de sua nova amiga, começou a chorar. Ele, arremessando um dos robôs que lutava para longe, diz:


— Eu tenho fé em você, anjo... Vamos conseguir... Todos juntos... VAMOS SAIR DESSA VIVOS!


Larry Lince, que se abrigara atrás de um muro, também estava chorando. O clima parecia ter mexido em seu brio, assim como fez em todos. Se antes a sensação era de extrema desolação, tudo mudou para um clima de união. Larry então diz:


— Por toda as vezes que eu precisei de sorte, essa sem dúvidas é a hora dela brilhar como nunca brilhou. Então... FAÇA ACONTECER! ACONTEÇA A TODO INSTANTE! VAI!


O pequeno lince estendeu suas mãos para cima, clamando por sua dádiva. Era emocionante vê-lo confiar em seu poder especial.


Ao fundo, em frente ao hospital, os guardas do reino logo se posicionaram mais a frente, como se estivessem encarando o perigo ainda mais. Fazendo isso, eles ficaram fora do campo de força das nanites de Nicole. O comandante canino então diz:


— Homens e mulheres, é uma grande honra lutar ao vosso lado. Convoco a todos para o último sacrifício. Nós devemos seguir com o nosso voto de proteger a qualquer custo nosso povo. Então eu digo... O QUE SOMOS NÓS?


— GUERREIROS!


— O QUE FAZEMOS?


— PROTEGEMOS!


— E O QUE VAMOS FAZER?


— DEFENDER NOSSO POVO!


— ENTÃO, VAMOS EM FRENTE!


— GUARDA ACORN PARA SEMPRE!


E partiram em direção ao inimigo, sem exitar. A demostração de fidelidade para com seu povo era tocante.


Tudo estava armado. Havia chegado o momento. Nicole ao usar de sua emoções, uniu a todos em uma única intenção: sobreviver.


Vicent estava logo a frente e, em sua direção, estava vindo toda a guarda do reino. Larry, já com sua besta de flechas laser, estava a seu lado, tão confiante quanto o rapaz. Vicent então pula sobre o robô, desferindo um violento soco, o desativando. Imediatamente retorna para o lado de Coringa e diz:


— Essa sua sorte funciona mesmo, cara.


— Que bom que gostou.


— Ah como eu gostei... Gostei muito... Agora assim... Tá todo mundo junto... Agora que a briga vai ficar boa...


Nicole então desativa as nanites de frente do hospital. Normalmente os habitantes ficariam horrorizados com esse fato, mas não foi bem isso que aconteceu. Embora receosos em saírem num primeiro momento, não demorou muito para que as pessoas tomassem o pátio do hospital, confirmando assim o pacto pedido por Nicole. Era um “fato mor”: todos estavam unidos em prol da bela IA lince e de seus aliados naquela noite turbulenta. Pela primeira vez desde que Naugus chegou a cidade e causou toda aquela comoção de insegurança, os habitantes de Nova Mobotrópolis se tornaram esperançosos e confiantes.


Nicole, ao ver a manifestação plena de que foi de fato ouvida, mal conseguia controlar seu choro. As pessoas voltaram a confiar nela totalmente.


— O-obrigada... muito obrigada... minha nossa... Vocês são demais... VOCÊS SÃO DEMAIS!


E agora é o momento!


Nicole, enxugando seu rosto, logo trata de lançar toda a energia que lhe restava em um só lugar: o laboratório central de Nova Mobotrópolis. Sally percebeu isso porque logo a luz do luar começou a brilhar mais forte. A princesa, preocupada, diz:


— NICOLE, O QUE ESTÁ FAZE...


— EU VOU HACKEAR ESSE LUGAR, SALLY! NA VONTADE MESMO!


Não demora muito e Nicole logo invade os computadores do centro, tirando o controle dos robôs que injetavam nanites para o sentinela cristalizado. Logo uma forte explosão acontece nos cabos que uniam os robôs ao centro, impedindo a alimentação. Era a oportunidade que Sally precisava.


— Sally... Acabe com ele!


— Pode ter certeza nisso! Tome isso, seu maldito!


A princesa, a exemplo dos demais aliados, também estava com o espírito renovado. Mesmo cansada, ignorou esse detalhe: passou a agredir com força o sentimento, desferindo inúmeros golpes com suas twin blades, que desta vez causavam dano ao inimigo.


No lado de fora, no momento final de “Nova Mobotrópolis Ato 2”, Vicent, junto a Larry e toda a guarda do reino, foram juntos ao encalço dos últimos robôs. O jovem, estando a frente, diz:


— Beleza, galera! Só faltam três! VAMOS NESSA!


Imaginando que era uma questão de tempo para destruírem a todos os robôs, partem para cima com toda a força. Mas algo inesperado acontece: logo os três robôs se agrupam próximos uns dois outros e se desmantelam: suas nanites se unem e formam então um robô ainda maior e mais poderoso. A frente de todos, agora tinham um enorme problema. Era um robô de aspecto humanóide, com lataria esverdeada e com seis braços, cada um com lâminas.


Mas toda a guarda do reino não arredou. Melhor: ninguém havia recuado, nem mesmo Larry. Logo o comandante canino do reino Acorn se aproxima de Vicent, dizendo:


— Você se mostrou um aliado magnífico, rapaz overlander. Ou melhor dizendo: Vicent.


— Obrigado, senhor.


— Não... Longe disso. Depois de resolvermos isso tudo, eu quem vou te agradecer. Terá honras militares até...


— Meu pai adoraria ver isso...


— Hehehe... Bem, o que estamos esperando? EM FRENTE!


Logo toda a guarda Acorn investe contra o colosso esverdeado, atirando tudo que tinham de suas armas. Logo o comandante canino diz:


— Guarda, manobra Alpha!


Toda a guarda formam duplas e se agrupam um ao lado do outro: enquanto um atirava, o outro aguardava. E assim que o primeiro recarregava sua arma, o outro então passava a atirar. A manobra consistia em nunca haver pausa durante o ataque. Durante todo o tempo iriam atirar contra o robô sem parar um segundo sequer. E isso estava surtindo efeito: embora o robô tivesse uma forte blindagem, a saraivada de tiros era tão intensa e incessante que o colosso passou a recuar, dando passos para trás.


Logo, tentando se defender, o robô esverdeado, usando de suas lâminas, as arremessou contra toda a guarda. Mas Vicent, usando de sua força descomunal, consegue segurar uma delas e, fazendo de sua arma, a usa para aparar as demais que foram arremessadas. Mas embora suas habilidades fossem impressionantes, não pôde evitar que a última passasse por ele, indo em direção a toda a guarda.


Quando os soldados pensaram que seriam acertados, eis que o imponderável, citado por Vicent anteriormente, veio a calhar: Larry, ao perceber isso, apontou sua besta e atirou contra a lâmina. Evidentemente que uma simples flecha, mesmo sendo laser, não teria eficácia alguma contra uma lâmina de cinco metros de altura e um de largura. Mas esse simples fato ocasionou em uma série de eventos: a flecha laser se chocou contra a lâmina, que fez com que o projétil laser mudasse de direção, indo a encontro de uma viga que estava sobre um dos prédios em volta, que caiu sobre a lâmina, evitando que todos se machucassem. Todos da guarda então olham para o ocorrido, comemorando junto a Larry em seguida, que diz:


— Tá aí! Funcionou! Funcionou! Haha!


E volta ao subsolo do laboratório central, Sally estava a toda com suas lâminas plasmáticas. Conseguia atingir de forma eficaz o sentinela cristalizado, tentando a todo custo terminar com a batalha o quanto antes.


Bastava a Nicole somente aguardar. Estava apostando tudo, já que não tinha mais energia para fazer mais nada.


— É com vocês... Basta Sally ativar o reator e estaremos todos salvos... mas pra isso eu peço... Por favor... Aguentem... Impeçam esse colosso... Até que ela possa...


Toda a energia havia esgotado. Não havia mais proteção alguma por parte de Nicole a cidade. Estava nas mãos de todos seus aliados o destino de Nova Mobotrópolis. 


A princesa estava completamente esgotada. O sentinela se negava a cair, embora sua lataria já estivesse bem avariada. Sally, caso estivesse na melhor de sua forma física, já teria terminado com isso, mas estava difícil.


No lado de fora, Vicent, usando de suas habilidades de parkour, escalava o colosso, indo até um de seus seis braços. Logo executa um forte soco, rompendo um dos braços metalicos, que vai ao chão. Parte então para outro, tentando golpear, mas recebe um violento soco do colosso, fazendo com que vá a encontro de um prédio próximo. A guarda então intensifica seus ataques, para acudir o jovem. O robô, por estar próximo da guarda do reino, pisa o chão com força, fazendo com que a trepidação do solo derrubasse dezenas de soldados, interrompendo assim o ataque. Ao vê-los indefesos, o colosso esverdeado então tenta pisar sobre eles, mas novamente a sorte de Larry se faz útil: o efeito da trepidação fez com que um buraco se abrisse no solo, fazendo com que o robô caísse. Embora não fosse fundo, foi o suficiente para evitar o pior.


Vicent então, aproveitando sua queda, vai a encontro do colosso, golpeando sua cabeça com força. Não o impediu de sair do buraco, mas fez com que chamasse sua atenção para que a guarda se realinhasse novamente.


— Realinhar! Manobra Alpha! AGORA!


E voltaram a atirar. Vicent voltou então a escalar o inimigo, o golpeando em seguida em seu dorso. Com a ajuda dos tiros da guarda, o colosso recuou ainda mais já estando um pouco longe do laboratório. Parecia que a vitória era questão de tempo. Porém o colosso, em seu recuo, aproveitou bem um momento de descuido de Vicent e conseguiu agarrá-lo. Ao fazer isso, o arremessou contra o chão, fazendo com que o jovem caísse de costas e alí ficou. O choque havia sido grande e, ao tentar se levantar, levou um violento soco, fazendo-o afundar no solo. Logo o inimigo, usando um de seus outros braços, golpeou-o novamente. Toda a guarda do reino mostrou-se aflita, indo em auxílio ao jovem. Larry, desesperado, gritou:


— VICENT!?!? NÃO!


Dentro do laboratório, Sally não aguentava mais. Estava quase desmaiando, enquanto o sentinela ainda estava de pé, porém bastante avariado. A princesa, já sem fôlego, diz:


— Por todas as vezes que eu lutei pelo meu povo, essa de longe é a mais angustiante... Como sou fraca... Eu cansei disso... SAIA DA MINHA FRENTE!


E numa reação explosiva, Sally gasta sua última energia, usando suas twin blades contra o sentinela cristalizado e o parte em dois, fazendo seus destroços inertes irem ao chão. Juntando o pouco que lhe restava, corre até o computador e coloca sua mão sobre o sensor...


No mesmo instante, o alívio.


— Boa noite, princesa Sally Acorn. Reator ativado.


Lágrimas logo aparecem nos olhos de Sally que, indo ao chão, exausta, começa a gritar e a chorar de alívio. Em seguida, a voz da esperança.


— Sally, estou de volta. Energia voltando. Eficiência 100%! – Disse Nicole, com a sua voz embargada tamanha a sua felicidade.


A bela IA lince então ajudou Sally, segurando-a gentilmente.


Imediatamente toda a cidade voltou a ser iluminada, com as nanites de Nicole desativando o colosso totalmente, que se desmancha a frente de toda a guarda.


A comemoração ocorre de forma espontânea por parte de todos os habitantes de Nova Mobotrópolis. Gritavam o nome de Nicole, em sinal de confiança. Em seguida por todos os envolvidos. Logo as ruas são tomadas pelo povo, transbordando alegria e alívio. Era a forma mais honesta de gratidão para com alguém o que fizeram a Nicole, que apareceu no telão da cidade chorando, esboçando um sorriso de alegria.


Não esquecendo, Vicent então é amparado pelo comandante canino da guarda do reino Acorn. O rapaz estava bem, pois seu poder o ajudou a suportar os golpes. Larry, vulgo Agente Coringa, o abraçou em seguida, agradecendo pela fé em seu poder. O rapaz, bastante emocionado, diz:


— Cara, esse seu poder é dez! Cem! Mil! Um milhão! Agente King estava certo...


— Nada disso! Você que foi sinistro ao bater de frente com aquele monstro.


Logo o comandante diz:


— Guarda... Eu estou vendo vocês aqui... Todos inteiros e vivos... Então eu digo: VENCEMOS!


Júbilos por parte de toda a guarda do reino Acorn ocorre, com todos comemorando, aos prantos, pela vitória da batalha mais terrível que travaram.


Enquanto isso...


Deserto de Oil Ocean, madrugada.


Como era esperado por Sonic, Jack Coelho deu mesmo as caras. O renegado, acompanhado de todos seus outros quatro companheiros, diz:


— Eh... Intaum nos encontramo de novo, ouriço lazarento.


— Ah cai fora, Jack. Não tenho nada pra... 


— Ocê num mi ingana, Sonic. O que ocês tão fazeno nas minha terra otra vez?


— Só estamos de passagem. Nada que interessa a você.


— Ah mas interessa sim. A num ser qui ocês tão iscondeno argo de mim, o que eu imagino. Arreda, cumpadi. Tu sabe muito bem que eu sô de ralhar com quem tá de tramóia cumigo.


Ao fundo, ainda dentro de seu veículo, “Geoffrey”, que todos sabem que é Naugus (que possuiu o corpo do gambá espião), tem sua atenção para o comunicador que está em seu pulso. Ele então, só olhar, pensa:


— *O que? Aquela IA maldita conseguiu neutralizar todos os meus robôs ixis? Impossível! Ah mas tudo bem... Tudo bem...  Eu pensei em tudo... Meu plano não foi feito da noite para o dia. Tudo tem etapas. Meu plano é totalmente anti falhas... Então precisei chegar até isso, Nicole? Miséria, miséria, miséria... Espero que se divirta com seu próximo desafio! NUNCA SERÁ VENCEDORA!*


“Geoffrey” então aperta um botão ao lado do comunicador.


Algo e muito ruim está prestes a acontecer.


Voltando a Nova Mobotrópolis.


Sob o clima de comemoração por parte de todos, Elias estava satisfeito com o a vitória. Ele, ainda com seu pé sobre a cabeça do robô falante, mostrava felicidade. Mas antes que pudesse fazer outra coisa, eis que algo inesperado acontece: todo o corpo e cabeça do golem metálico começa a se desmanchar. Em outras partes da cidade, onde haviam destroços deixados por Vicent, ao ter derrotado todos os robôs, pareciam ir para a mesma direção. Eram nanites, porém estas Nicole logo tratou de dizer:


— Está acontecendo algo de anormal na cidade. Eu consigo sentir nanites se movendo, mas estes estão totalmente offline do meu sistema... Não são minhas nanites...


Não sobrou muito tempo para comemorações. Enquanto a guarda acudia os feridos, uma grande apreensão tomou conta de todos que ainda estavam em frente ao laboratório: os nanites estavam se reunindo, não demorando muito para começarem a formar algo grande. E seu tamanho estava indo além do último robô colossal que enfrentaram. Logo, surpreendendo a todos, se firma a frente do laboratório um robô pelo menos quatro vezes maior que o último: era um gigante de metal. Tinha forma oval, arremetendo às criações de Eggman. De forma adrupta, de suas extremidades aparecem cabos de energia, que voltam a se conectar ao laboratório central. Imediatamente Nicole diz:


— Ele... Não é possivel... Sally, essa... essa coisa... Minha nossa... Vicent, está na escuta?


— Sim, anjo... O que é essa coisa?


— Ele... Isso está drenando toda a energia do reator!


— O que? É sério?


— Temos que detê-lo já!


— Mas... Nicole, quanto eu tenho de energia nessa pedra?


— Deixe me ver... Vicent, você tem somente 27%.


— Minha nossa... Não tem como vencer essa coisa. Olha só a lataria disso!


Nicole, por estar com energia no computador, logo consegue ser conectar totalmente ao sistema do laboratório, fazendo uma varredura completa de toda sua estrutura. Ao terminar, imediatamente depois, enquanto estava ao lado de Sally, diz:


— Sally... essa coisa está tentando drenar toda a energia do reator. Se isso acontecer...


— Você vai morrer, é isso?


— Sally... sim.


— Diga, Nicole... O que devo fazer?


— Você está fraca, minha amiga...


— Diga, Nicole! Não podemos perder tempo e... eu não quero te perder!


Nicole então, percebendo que o momento voltou a ficar crítico, tratou então de materializar alguns monitores em sua volta, mostrando a Sally a possível solução.


— Sally, este é o mapa do laboratório central. Como Rotor projetou, existem proteções de segurança que somente Naugus ou membros da família Acorn podem ativar. No topo desse prédio, especificamente no farol, há um monitor para ativação do sistema de energia total da cidade. Eu poderia desativar esse invasor com minhas nanites, mas meu poder precisa estar em proporção “dois por um”...


— Isso quer dizer que se eu for até lá e ativar esse sistema, você terá poder em dobro. Eu entendi.


— Embora eu tenha conseguido invadir o sistema, só consegui o monitoramento. Algo impede que eu tenha acesso pleno a tudo aqui.


— Eu entendi, Nicole. Eu vou até lá... Mas você precisa avisar a todos do que está acontecendo.


— Certo.


Sally então segue de volta até o primeiro piso do laboratório, indo em direção ao elevador. E assim que a porta se abre, Nicole grita a princesa:


— NÃO ENTRE NESSE ELEVADOR, SALLY!


— Porq...


E antes que pudesse concluir, Sally observa o elevador despencar até o fosso, a assustando. A visível a aflição da princesa de quase ter entrado no elevador e ter um fim bem desagradável. Sally então diz:


— Nicole, esse alguém pensou em tudo. Estou começando a desconfiar de quem está por trás disso...


— Tenha cuidado, Sally.


— Terei de usar as escadas então...


No lado de fora...


Toda a guarda do reino volta então a pegar suas armas, apontando-as em direção ao gigante metálico. Vicent e Larry então ficam em base de luta, esperando pelo pior. Não demora muito e os outros Lutadores da Liberdade Secretos, Elias, Leeta e Lyco, vulgos Agente King, Corações e Diamantes, aparecem e se surpreendem com o novo inimigo.


— Não pode ser... Não... Isso é impossível! – Disse Elias, incrédulo do que estava vendo.


Logo vários compartimentos ao longo de toda a estrutura do gigante se abrem, evidenciando vários tipos de armamentos: de metralhadoras a mísseis. Temendo por um iminente ataque, não demora muito e o comandante da a ordem:


— GUARDA DO REINO... ATIREM!


E todos começam a atirar, com um rastro incrível de lasers traçando o ar, indo em direção ao imenso robô, sendo atingido pelos disparos diretamente. Algumas explosões são vistas em sua lataria, mas nem isso foi capaz de evitar que começasse a responder ao ataque. Infindáveis projéteis então são vistos saindo de sua armas, indo em direção a toda a guarda. Sim que estavam prestes a serem atingidos de forma fatal, Nicole os protege usando suas nanites, formando uma barreira. A IA lince então diz:


— Esse invasor está tentando drenar a energia do reator. Sally é na única que pode ativar o sistema de segurança do laboratório para que eu receba mais energia para detê-lo. Até lá precisamos resistir aos ataques.


Vicent, preocupado, diz:


— Mas porque isso, anjo?


— O reator é no coração de toda cidade. Se toda sua energia for drenada...


— Você vai morrer, é isso? Ah não... Não vai, não... Esse miserável não vai conseguir o que quer...


— É isso mesmo. Vamos todos resistir... Vamos acabar de uma vez por todas com essa crise! – Disse Agente King.


— Guardas do reino, vocês ouviram. Vamos dar total apoio a nossa princesa. POR NOSSO POVO!


E então começa um novo estágio.


Nova Mobotrópolis Ato 3 – Boss Battle: Dark Unknow Gigant Titan


(Música sugerida: “Collective Consciousness” de Metal Gear Rising)


“The fires of greed will burn the weak”


— A todos que estão lutando, a situação é tão crítica quanto antes: o invasor quer drenar toda a energia. Ele fará de tudo para conseguir. Então vocês precisam resistir e diminuir seu poder de fogo até que Sally ative o sistema de segurança. Eu não sei por quanto tempo poderei usar minhas nanites para proteger a todos – Disse Nicole, definindo bem os objetivos.


Porém se existe alguém que se surpreendeu com o que Nicole disse foi Elias, assim como Leeta e Lyco. Eles não sabiam até então que a princesa estava de volta.


— SALLY? – Gritou o rei, chamando a atenção de todos. Leeta e Lyco também reagiram com espanto.


Se recompondo depois do susto, Elias, vulgo King, logo se coloca a frente de todos. Depois de um tempo pensando, traça então um plano.


— A todos que estão aqui, me ouçam. Eu sei que vocês gostariam de saber quem somos nós, mas não há tempo para apresentações. No lugar disso eu ofereço vocês um plano. A melhor estratégia que temos no momento é o ataque. Heróica guarda do reino Acorn, o orgulho de vocês é louvável. Peço que fiquem a essa distância do robô e continuem atirando.


O comandante da guarda acata esse plano, sinalizando com sua cabeça em concordância. Mas já havia entendido bem com quem estava lidando:


— *Eu o conheço muito bem para pensar em questionar sua autoridade, alteza. Seu segredo está seguro comigo. Eu sabia que você não nos abandonaria...*


King continuou:


— Vicent, preciso que você venha comigo até aquela coisa. Vamos atingí-lo com força e só você tem esse poder.


— Pode contar comigo, King!


— Corações e Diamantes... Vocês são indispensáveis. Também venham conosco. E Coringa... Faça o seu melhor por todos nós mais uma vez. Nos deseje sorte.


— Pode deixar, chefe!


O último ataque então eclode. A guarda do reino então volta a atirar ininterruptamente, dando cobertura aos demais que foram ao encontro do robô. Usando ganchos, os Lutadores da Liberdade Secretos escalam o titã, com Vicent usando de forma extraordinária suas habilidades de parkour, os acompanhando em igualdade na escalada. O robô então respondia aos tiros, atirando mísseis contra a cidade. Mas Nicole ainda conseguia neutralizar os projéteis. King, usando sua arma, conseguia destruir alguns compartimentos de mísseis, neutralizando-os. Vicent, usando de sua força, fazia o mesmo, destruindo com socos. Corações e Diamantes faziam milagres com seus ataques combinados, ajudando a neutralizar a fonte dos mísseis.


Enquanto isso, entre um andar e outro, Sally travava uma batalha ferrenha conta mais sentinelas que protegiam o prédio. Embora estivesse cansada, o seu senso de dever a alimentava, ignorando totalmente sua estafa. Estava dando tudo de si, golpeando os robôs com vontade, usando de suas habilidades de luta, cortando-os com suas lâminas. Continuava a subir cada andar, compenetrada em cumprir com sua missão. Sally colocou toda sua carga nos ataques contra os sentinelas, seguindo com seus instintos de lutadora da liberdade.


No lado de fora, todos tentavam lidar com a situação caótica. Os habitantes de Nova Mobotrópolis estavam observando de longe todo o embate, renovando suas orações e pedidos de vitória.


No solo a guarda continuava seu ataque, mas não mais com o mesmo ímpeto. A munição já estava quase no fim. Alguns soldados, que já não podiam mais disparar, ficaram alí, como se estivessem formando um escudo com seus próprios corpos. Eles estavam mesmo decididos em proteger o povo.


Os Lutadores da Liberdade Secretos, junto a Vicent, não paravam um segundo sequer de atacar. Mesmo depois de serem atingidos de leve, nenhum deles desistia. Durante vários momentos se pensava que iriam receber ataques fatais, mas a sorte de Larry fazia jus a sua fama, protegendo-os da morte.


No interior do prédio, Sally não descansava. Derrotava os sentinelas o quanto podia, seguindo sua escalada até o topo. Porém Nicole, ao olhar para um dos monitores que mostrava o mais do lugar, diz:


— Sally, temos mais problemas!


— O que foi, Nicole?


— Você não vai conseguir subir para os próximos andares pelas escadas...


— Porque?


— Todos os robôs tomaram os andares. Não há como prosseguir. Eles vão te...


— Nicole, não tem outro jeito...


Imediatamente, Nicole contata Vicent, dizendo:


— Vicent, Sally está com problemas.


— O que aconteceu, anjo?


— Os andares estão bloqueados por robôs sentinelas. Ela não conseguirá vencê-los... Ela vai...


— Nicole, em que andar ela está?


— No sétimo. Porque?


— Fale para que ela pule pela janela desse andar.


— O que?


— AGORA, NICOLE! DIZ PRA ELA!


A bela IA lince então diz a Sally o que o rapaz lhe pediu.


— Sally... Confie em mim... Pule pela janela.


— O QUE? Nicole, o que você...


— CONFIE EM MIM! VAI, PULA! *Confio em você, Vicent...*


A princesa, ao destroçar vários sentinelas, corre em direção a janela, com suas twin blades a frente. Ao romper o vidro, percebe que nada havia para ampará-la.


Mas Vicent parecia mesmo saber o que fazer. Ele, usando do melhor que seu parkour podia oferecer, escala o titã, usando suas frestas para se segurar e, pegando impulso, usando de sua força, segue então em direção a princesa e, ao estar frente a ela, segura em seus braços e a arremessa em direção ao topo com toda a força que tinha. Sally então segue a toda velocidade para cima, seguindo rapidamente para o topo.


A intensidade do pulo de Vicent foi tanta que ficou distante do titã, não tendo lugar para se segurar. Ele então estava em queda livre. Mas percebendo isso, Elias conseguiu apará-lo, usando seu gancho.


— Não, rapaz... Você hoje está com muita sorte.


— Estamos mesmo precisando... VAI, SALLY!


Finalmente Sally chega ao farol do topo do prédio. Sem perder tempo procura pelo monitor. Mas antes que pudesse encontrá-lo, percebe que algo estava subindo até onde se encontrava. Era a cabeça do titã que, já emanando uma luz vermelha de seus olhos, diz:


— Sem esperança... sem reino... sem poderes... sem vida. MORRA!


Tanto Elias e Vicent percebem a intenção do titã das trevas, mostrando desespero em suas faces. Logo, numa atitude drástica, o jovem de longos cabelos escarlate diz:


— ME JOGA LÁ PRA CIMA, AGORA!


— Tudo bem!


Elias, pegando impulso com seu gancho, arremessa Vicent para cima com toda sua força, mas ainda era pouco. Mas o rei continuou:


— CORAÇÕES, É COM VOCÊ!


Leeta então, se aproximando de Vicent, solta seu gancho e, usando seus dois braços, impulsiona o jovem mais uma vez em direção a cabeça do titã, mas não era o suficiente. Corações então diz:


— DIAMANTES, VAI!


Lyco aparece usando seu gancho e estava com ainda mais impulso. Ela se solta e, usando seus pés, impulsiona Vicent com ainda mais força até o titã, que já estava prestes a disparar. E assim que o jovem fica a sua frente, o titã dispara. Vicent é atingido em cheio, com o raio laser chegando a desintegrar aos poucos sua camisa. O jovem estava sentindo fortes dores, evidenciado pelo seu grito angustiante. Sally olhava, horrorizada pelo fato. Mas Vicent logo a trouxe de volta a realidade:


— SALLY, VAI LOGO! Eu não vou suportar esse laser por muito tempo!


Sem perder mais tempo, a princesa então coloca sua mão no monitor, que começou a fazer a leitura de seu DNA. Logo um estrondo é ouvido, com o raio laser do robô cessando em seguida. O robô havia sido anulado pelas nanites de Nicole, que operaram em força máxima. Sally, exausta, se sentou ao chão, esperando pela solução dos problemas. Um silêncio tomou conta do lugar por alguns segundos. E veio o alívio.


— Sally, energia reestabelecida. Potência em 400%. Operando perfeitamente – Disse Nicole, de forma aliviada.


Toda ameaçava as defesas da cidade e a própria Nicole acabam: as nanites anulam totalmente o titã das trevas. Um silêncio toma conta no farol, com Sally se levantando com dificuldade pois estava exausta. Vicent se sentou, encontrando em uma das paredes. 


— Nicole... nós... vencemos? – Disse a princesa, completamente esgotada.


— Acredite... NÓS VENCEMOS!


Todos os envolvidos voltaram a comemorar, mas dessa vez com ainda mais entusiasmo que antes. A luta pela sobrevivência renovou a força de vontade de todos os habitantes de Nova Mobotrópolis. Uma multidão de pessoas tomou as ruas da cidade, comemorando e festejando. A alegria tomou conta de todos os lugares, tamanha era a felicidade de finalmente tudo ter acabado.


Ainda no farol do laboratório central, Sally, com o pouco que tinha de forças, vai até onde Vicent estava. Com a camisa toda rasgada, o rapaz estava sentado, ofegante. Sally, ao tentar trocá-lo, logo é impedida por ele.


— Não me toque!


— Mas o que...


A temperatura corporal do jovem estava alta a ponto de ferir Sally, que sentiu o calor ao se aproximar mais. Nicole imediatamente se materializa e, usando suas nanites no corpo de Vicent, consegue estabilizar a sua temperatura.


— Vicent... Você está bem?


— Anjo... Diga pra mim... Acabou?


E nem longe dalí, talvez essa pergunta tenha uma resposta não muito agradável...


Deserto de Oil Ocean, madrugada.


Os acontecimentos eram paralelos ao que acontecia em Nova Mobotrópolis. Sonic ainda confrontava Jack, que insistia no embate.


Ainda em seu veículo, “Geoffrey” acompanhava pacientemente pela peleja de egos, quando de seu comunicador veio a notícia.


— *O que? Mas como? Impossível! Aquela inteligência artificial desgraçada conseguiu neutralizar meu titã Ixis das trevas? Não pode ser verdade...*


O mago que possuía o corpo de seu suposto pupilo estava mais irritado que de costume. Mas mesmo assim manteve sua compostura e não levantou suspeitas. Tratou então de pensar novamente.


— *Muito bem... Muito bem... Eu não queria chegar a isso, até porque preciso de adoradores. Mas diante as circunstâncias, não há outra saída... Que morram todos! Hahahahahahaha! Eu não jogo para perder nunca! VOCÊ QUER DESAFIOS, NICOLE? ENTÃO ME MOSTRE SEU PODER! MOSTRE AGORA QUE PODE PROTEGÊ-LOS! EU DUVIDO!*


“Geoffrey” então ativa seu dispositivo. E desta vez parecia que seria pela última vez...


Voltando a Nova Mobotrópolis, de madrugada.


Os festejos pelas ruas continuavam. Toda a guarda do reino Acorn estava reunida em frente ao laboratório. Os Lutadores da Liberdade Secretos estava um pouco mais escondidos, acompanhando a alegria do povo. O titã das trevas ia lentamente se deteriorando a cada investida das nanites de Nicole. Mas, de forma inesperada, eis que um evento acontece: a decomposição do titã sofreu uma pausa adrupta. Logo Nicole diz:


— Há algo errado...


— Nicole, o que houve? – Disse Sally, ainda se recuperando.


— Minhas nanites... Elas foram expulsas do titã.


— O que? Como assim?


— Alguma coisa fez com que o processo de destruí-lo fosse cancelado.


— Nicole, mas...


A calmaria novamente havia chegado ao fim. Surpreendendo aos jovens, um monitor aparece depois da cabeça do titã se abre, mostrando uma contagem: 1:00, 0:59, 0:58, 0:57...


Era o suficiente para o desespero ficar estampado no rosto de Sally e Nicole. Vicent, ainda se recuperando depois de receber um ataque direto, que ao menos não lhe causou maiores danos, diz:


— O que está acontecendo? Que barulho é esse?


— Nicole, o que é esse contador? - Perguntou Sally.


A IA lince logo começa a fazer um Scan completo do robô e seu rosto já dizia tudo: mais problemas e más notícias:


— Sally... É uma bomba!


— O QUE?


— É UMA BOMBA! E não é uma simples bomba!


— Nicole, você tem certeza nisso?


— Sally, é uma bomba Zyklon B!


— O que significa?


Logo Vicent se levanta, mostrando também o mesmo desespero.


— Cianureto! É gás tóxico! Altamente letal! Um grama disso já é o suficiente pra matar uma pessoa!


O contador continuava.


— Nicole, tente pará-la!


— Não posso, Sally. Algo impede minhas nanites de invadir o sistema do titã.


O momento era de pura incredulidade. Com todos festejando na cidade, era impossível uma evacuação. Não havia nada que Nicole pudesse fazer. Sabendo disso, Vicent diz:


— Nicole, qual a porcentagem de minha energia?


— Vicent, não temos tempo para...


— Por favor, anjo! Diga!


— Você levou um ataque em cheio, então defletiu algum poder: 13%.


— Então terá de ser o suficiente...


Vicent então se aproxima da cabeça do titã, cravando suas mãos em sua lataria. Nicole, Mark entendendo, diz:


— Vicent, o que vai fazer?


— Não há outro jeito, anjo. Já percebi isso...


— Vicent, você...


— Eu vou levantar essa coisa para além da cidade, acima de seu escudo de nanites.


— O que? Você não conseguiria fazer isso sem...


— Morrer? Nicole, deve ter cianureto suficiente para matar a todos nessa cidade... Não há outra forma...


— Vicent, eu sei... Mas...


— O tempo está correndo, Nicole. Afaste-se!


O jovem estava mesmo disposto. Sally a princípio também não estava concordando. Isso foi visível ao olhar para Nicole. Logo a IA lince desativa os engates de suas nanites ao titã, libertando toda sua estrutura a Vicent, que diz:


— Hora de pôr a prova esse poder que me foi dado... Cuidem-se... e... adeus.


— Seu pai teria orgulho de você... e sua mãe também... – Disse Nicole, já aos prantos, junto a Sally, que também não conseguia evitar em chorar.


Vicent concentrou toda sua força em seus braços, numa demonstração jamais vista de seu poder. Seus olhos escarlate brilhavam como nunca, evidenciando que estava mesmo doando tudo de si nesse último desfecho. Seus gritos logo chamaram a atenção de todos que estavam no chão, em frente ao laboratório.


E então, num arremesso poderosíssimo, Vicent joga todo o corpo do titã para cima, impressionando a todos que estavam observando. Era incrível: seu poder era de longe a mais prova de força que qualquer mobiano viu até hoje em suas vidas. O titã era enorme, mas o jovem havia feito algo milagroso. Mas ainda era pouco. Embora o titã tivesse alcançado uma altura considerável, Vicent, concentrando agora seu poder em suas pernas, sabia que teria de esmurrá-lo com toda a força que tinha para que fosse jogado além da barreira de nanites da Nicole. A IA, então, diz:


— Boa sorte... e espero te ver outra vez... Vicent... Volte pra gente no fim disso tudo! Eu acredito!


E assim, chegamos ao derradeiro desfecho do perigo iminente que todos corriam.


Nova Mobotrópolis “Dramatic Battle”: "The War Still Rages Within" (música sugerida de mesmo nome de Metal Gear Rising) 


"Quando as pessoas aceitam que são engrenagens de um sistema


Dá-se o direito de fazê-lo, conformadas


Peças individuas de um redemoinho de poeira


Tornam-se uma forte tempestade”


Vicent executa um incrível pulo, indo ao encontro do titã das trevas. A altura que havia atingido com um simples movimento era impressionante. Estava estampado em seu semblante o quão estava determinado a ir até o fim.


"Podemos pegar algo emprestado do futuro


Mas, eventualmente, alguém terá que pagar


A única maneira de sair do ciclo


É atacar e fazer seu próprio caminho”


Vicent estava a poucos metros de conseguir atingir o robô. A força que havia usado para pular o colocava ainda mais alto, tamanha era a imensidão de seu talento inesperado. Porém tudo tem seu limite. O jovem, inesperadamente, perde seus poderes, com seus cabelos e olhos voltando a sua cor normal. Tudo havia terminado. A esperança de conseguir salvar a todos tinha acabado. Seu olhar mostrava isso. Sua ignorância com o que estava acontecendo representava sua frustração.


— *Eu... eu falhei? Tudo foi em vão? Todo o sacrifício foi para nada?*


Nicole acompanhava todo o seu sacrifício. E no mesmo momento soube que sua energia havia chegado ao fim. Nicole olhou para Sally, que chorava indescritivelmente. Praticamente entregaram suas últimas forças de fé, com a IA lince dizendo a todos sobre o fim fatídico e inevitável. Logo a alegria de outrora deu lugar ao luto. Mães e pais abraçavam seus filhos. Alguns habitantes, incrédulos, custavam a acreditar que o fim estava próximo. Era a pior visão que se podia ver de um povo tão sofrido. Não havia mais nada o que fazer a não ser aguardar pelo pior.


Vicent, que ainda estava sendo projetado para contra o titã, era somente frustração. Desolado, tratou de mergulhar em suas lembranças. Recordou do primeiro momento que apareceu em Mobius e se confrontou com Sonic:


— Ah é, sabichão? Quer tirar satisfações agora? Acabou de chegar e quer ser sentar na janela? Sem chance!


Ao chegar a Nova Mobotrópolis, salvo por Sonic e seus amigos, recordou da primeira conversa que teve com Nicole:


— Eu serei bem franca: eu não vou inpedí-lo de sair daqui. Está livre pra fazer o que quiser. Porém, você saindo, terá um mundo desconhecido enorme para descobrir. Aquele doutor que prendeu você e te machucou está solto lá fora e ele vive tentando nos destruir. Acha mesmo que ele não vai te procurar? E mesmo assim, tirando Eggman, tem outros perigos. Quer mesmo se arriscar dessa forma?


Todo seu crescimento como pessoa era ilustrado por suas lembranças, inclusive no momento que brigou com Sally:


— SEU IDIOTA INSENSÍVEL!


Vicent chegou até mesmo a recordar do tapa que levou de Sally, por ter passado dos limites frente a sua autoridade como princesa.


Mas houve momentos de descontração, onde se divertiu na cidade e conheceu Beatrice e sua mãe, Betina. Esta inclusive tratou de mostrar o verdadeiro significado de ser pai ou mãe:


— Vicent: a maior herança que seus pais podem te deixar é o conhecimento de como se deve viver em um mundo caótico sobre as leis da natureza. Posso estar sendo intrometida, mas seu pai parece mesmo se preocupar com você. Pode ser de uma forma não muito agradável, mas creio que ele pensa como eu quando se refere ao próprio filho. Nós protegemos nossos filhos com conhecimento e não com amor. Nós sempre vamos amar nossos filhos, mas nada substitui conhecimento para vencer os desafios da vida.


Foram palavras valiosas para fazê-lo acordar, perceber que seguia as regras impostas por seus supostos “amigos” e não a da vida. Era de extrema importância saber diferenciar responsabilidade de obrigação.


Todas essas lembranças o fizerem relembrar da última conversa que teve com sua mãe, em seus últimos momentos na terra.


— Mãe, eu...


— Meu filho... Tenho pouco tempo... Quero que fique com seu pai até o fim. Quero que o respeite, que o orgulhe, que cuide dele... Seu pai esconde de você um segredo que pediu a mim nunca contar, mas você precisa saber...


— O que mãe?


— Seu pai... é um... herói. Ele salvou muitas vidas... lutou contra pessoas ruins... e saiu vitorioso. Ele... seu pai é um herói anônimo... Ele não se importa de não receber reconhecimento de todos. Ele... Ele sempre se preocupou comigo, mesmo eu aqui e... ele lá. Ele é maravilhoso, Vince. Sempre esteja com ele pois... ele sempre estará com você! Me prometa isso, Vince... Esteja sempre com ele... Eu te amo, meu filho... Viva sua vida e seja como ele... seu pai... Tenha paciência... e seja forte.


Vicent não conseguiu conter suas lágrimas. O afeto que tinha com sua mãe era algo mágico, único. Embora sem poderes, sua força interior estava intacta. Parecia não aceitar o inevitável. A muitos metros de altura, sabia que tudo estava acabado, mas não aceitava o fato. E, numa última lembrança, tomou forças maiores para seguir acreditando. Ouviu a voz de seu pai dizer:


— Termine o que começou.


O jovem então, serrando seus punhos, tratou de desabafar. Colocou todas as suas súplicas pra fora, sem segurar uma única palavra.


— Eu sou Vicent Pierre! Desde que eu vim para este lugar só tive desilusões e tragédias.  Eu não suporto mais tanto sofrimento. Estou farto disso tudo. Eu não conheço muito bem essa cidade, tampouco todas as pessoas que vivem aqui, nas ruas tem suas vidas, seus desejos, suas responsabilidades... Há bondade no coração delas. Eu não sei a história desse lyigar, mas hoje eu serei vitorioso... Hoje eu farei o certo... Eu nunca perdi um desafio! Eu vou terminar o que eu comecei C`EST LA FORCE DE LA FAMILLE PIERRE! (Esta é a força da família Pierre!)


Vicent então concentrou-se como se fosse mesmo golpear o titã. Seria um milagre que ele estava esperando?


O único fato que se podia ter foi visto por Nicole. Em seu momento de extrema desolação, ela olhou para um de seus monitores e viu a porcentagem do poder de Vicent mudar. Logo, incrédula, diz:


— VICENT? O poder dele está em... -3%?


E de uma forma inesperada, Vicent tem seus cabelos e seus olhos da cor escarlate novamente, evidenciando a retomada de seu poder. E com um soco violentíssimo, golpeia o corpo do titã, fazendo-o ir ainda mais alto. Sabendo disso, Nicole imediatamente anula sua barreira de nanites para que o robô ganhasse altura.


Todos então olharam para o céu. Um fio de esperança contagiou a todos. Sob o olhar de Betina e sua filha, a mãe da pequena coelha diz:


— Faz o que você tem que fazer, garoto. Estamos todos aqui torcendo por você...


E a explosão ocorre. Naquele instante, a madrugada interminável teve seu céu iluminado, virando dia por alguns minutos. A tensão tomou conta do momento.


"Mas não importa o quão irregular é o seu caminho


Você sempre vai voltar para a estrada


Quando a poeira da batalha baixar


A guerra ainda se travará dentro de si"


Vicent foi acertado pelo impacto da explosão, com seu corpo sendo jogado com extrema violência para baixo, em queda livre. E sim, Nicole fechou a sua barreira de nanites antes que a fumaça tóxica pudesse entrar e matar a todos. Porém a força da explosão foi imensa, fazendo com que se concentrasse exclusivamente em manter as baterias com força máxima, para inibir a radiação do gás tóxico.


 Todos estavam salvos. O perigo de morte não existia mais. A vitória havia sido conseguida. Mas o sentimento de todos não eram dos melhores. Todos estavam preocupados com Vicent, que caía. O desespero logo toma conta de todos, principalmente a Nicole e Sally,  que grita:


— Rápido, o ajude! Não o deixe cair!


— Eu... Eu não consigo, Sally. Minha energia está toda nos nanites que formaram a barreira. Se eu tirar um pouco somente, aquela fumaça irá entrar. A explosão foi muito poderosa.


— Espera... Não tem como salvá-lo?


— Eu estou tentando ao máximo, Sally. Eu quero muito ajudar mas eu não posso... Me perdoe, Vicent...


— Não... Não pode acabar assim... Por favor... Alguém... Alguém o ajude...


Os Lutadores da Liberdade Secretos olhavam para Vicent. Elias tentava pensar em algo para ajudá-lo. Mas partiu de Larry Lince a forma mais honesta de tentar ajudá-lo.


— Vicent... te desejo agora toda a sorte que eu tenho. Pega ela toda pra você, cara. Pega tudo... PEGA TODA MINHA SORTE!


O desespero de Sally era temendo. Nicole não poderia fazer nada, para garantir o sacrifício de Vincent. E a princesa, apertando seu comunicador, tenha sua última súplica:


— SOOOOOONIC!


Entendam: Naugus havia mesmo conseguido neutralizar qualquer comunicação externa. Mas no mundo do rádio controle existem de alguns fenômenos. Um deles é chamado de “radio fantasma”. É uma frequência sem número nem valor numérico. Ela foi usada por muitos anos durante a guerra fria de nosso mundo por não ter domínio e muito menos conhecimento por parte de todos. E, por uma obra do acaso, vulgarmente chamada de sorte, a mensagem de Sally correu a uma velocidade supersônica usando exatamente essa frequência. Não demora muito e, sob o lugar árido como o deserto de Oil Ocean, o comunicador de Sonic repete seu nome com a voz de Sally. O ouriço azul ouve no mesmo instante. Logo tudo ao redor de Sonic fica em câmera lenta, e pelo grau de desespero de Sally, ele entendeu bem o grau de perigo que ela corria.


Sonic então, como um tiro, correu como nunca de volta a Nova Mobotrópolis. Sua velocidade atingiu a mesma que a voz de Sally, chegando a levar muitas árvores consigo, pois a força da inércia de sua corrida supersônica era incrível.


Em Nova Mobotrópolis, Vicent estava em queda livre. Imóvel e quase desacordado, sua situação não seus outra a não ser sua morte ao se ficar no chão. Porém, surpreendendo a todos, um suposto raio azul faz com que o corpo do jovem sumisse. E creio que todos já devem saber o que houve: Sonic o salvou. 


Carregando o jovem em seus braços, o ouriço estava completamente confuso, mas entendeu bem o que Vicent representava no momento só em ver todos em solo.


— Rapaz, a gente sai só por algumas horas e vocês quase colocaram essa cidade abaixo... Brincadeira, camarada. Tu mandou bem!


Sonic então aterrisa no telhado do laboratório, ao encontro de Sally e Nicole. O ouriço, acudido por Nicole, coloca o jovem deitado, indo em seguida até Sally, que o abraça, beijando-o apaixonadamente em seguida. Nicole, apoiando a cabeça de Vicent em seu colo, diz:


— Vicent...


— Oi, anjo... Eu acho que estou no céu...


— Vicent... Você voltou! E Você conseguiu...


— Eu... Eu não tenho muito tempo... Eu sinto minhas forças estarem esgotadas... Eu irei apagar, Nicole... Não sei se irei acordar...


— Você irá acordar, Vicent... Você precisa descansar...


— Posso te fazer uma pergunta?


— Faça.


— Acabou? Nós realmente vencemos dessa vez?


— Sim, Vicent... Nós vencemos...


O jovem então solta um grito de realização, que quebra totalmente o silêncio que cercava o lugar. Era um brado de alívio, coroando com chave de ouro todo seu sacrifício. Ao fim, ele diz:


— Eu nunca... nunca tive amigos...


— Agora tem muitos, Vicent. Uma cidade inteira...


— Será mesmo? Eles irão mesmo ser meus... amigos?


— Com toda certeza.


— Isso é bom... É muito bom... Anjo...


Seus olhos estavam muito pesados. Por isso, cai em sono profundo, merecido. Mas Nicole permaneceu com ele alí, não sem antes terminar de dizer:


— Você tem inúmeros amigos agora, Vicent. Mas hoje só podemos chamá-lo de... herói.


Continua.


____________________________________________


E assim termina a terrível batalha na cidade de Nova Mobotrópolis. Naugus teve seus planos frustrados novamente. Mas e quanto ao que vai acontecer daqui pra frente?


Não percam o próximo capítulo da Fanfic mais maneira do Sonic!



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): the.hunterx

Este autor(a) escreve mais 4 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Depois da terrível batalha, nada mais justo de tratarem suas feridas. Uma repentina paz tomou a cidade novamente. Mas por quanto tempo? ____________________________________________ “Qual o significado da palavra herói? É a pessoa que executa atos excepcionais, de extrema coragem e bravura, sob as situações mais adversas e crí ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 0



Para comentar, você deve estar logado no site.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais