Fanfics Brasil - O Perdão Sonic The Hedgehog: Outside N'Counter

Fanfic: Sonic The Hedgehog: Outside N'Counter | Tema: Sonic The Hedgehog


Capítulo: O Perdão

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Depois da terrível batalha, nada mais justo de tratarem suas feridas. Uma repentina paz tomou a cidade novamente.


Mas por quanto tempo?


____________________________________________


“Qual o significado da palavra herói? É a pessoa que executa atos excepcionais, de extrema coragem e bravura, sob as situações mais adversas e críticas, respeitando as linhas da moralidade e valores éticos e tudo isso usando de altruísmo. Uma pessoa que dedica sua vida em prol da justiça.


Um herói não precisa ser reconhecido para tal. Suas ações já dizem por si só, mesmo que ninguém saiba. O indivíduo que pratica tais atos alimenta-se de esperança e bondade, então é desnecessária a condição de “herói”: ele é pleno, livre de dúvidas pois sabe que fez o certo.


Um herói sempre vive com o ditado: o certo sempre será o certo e o errado sempre será errado.”


Jacques Noah Pierre, médico, soldado e excelente pai.


Deserto de Oil Ocean, madrugada.


Segundos depois de ouvirem o grito desesperado de socorro de Sally, o que fez Sonic sair em disparada, todos ficaram aterrorizados, inclusive Jack Coelho.


- Oxe... Quê coisa é essa que aconteceu com o lazarento? E que grito foi esse?


- Essa... Essa voz é da Sally! – Disse Rotor, olhando para Tails.


- Algo aconteceu! A reação do Sonic diz isso! – Tails completava o que o morsa disse. 


- Ocês tamém tão com pobremas, é? Ah que pena... - Disse Jack, debochando da situação.


- Não diga essa coisas, Jack! Você não tem ideia do que estamos passando! – Disse Rotor, indo em direção a Jack.


- Ah e ocê acha que eu tô preocupado com mutreta de fora? O que tá acontecendo nas suas bandas?


No mesmo instante, “Geoffrey”, que todos já devem saber que se trata de Naugus, que dominou o corpo de seu aprendiz, quase entra em desespero. Seu olhar distante denunciava sua frustração, já que por alguma razão a comunicação do rádio havia sido feita.


*Mais por mil demônios... Como é que... O morsa disse Sally? A princesa? Mas ela não havia sido robotizada? E se Sonic saiu, então... ele voltou pra cidade! Nicole nunca poderia evitar a bomba... a menos que... Não... Não é possível... Será que... Eu não consigo entrar mais no subconsciente de Geoffrey... Estava vindo a sua cabeça algo referente aqueles invasores da câmara... Mas há um bloqueio...*


Ele então, em seguida, entra novamente no subconsciente do gambá espião, seu ex pupilo.


- Geoffrey... Seu insolente traidor.


- O que você quer, seu desgraçado?


- Quero respostas já!


- Ah... Eu ouvi tudo. O ouriço voltou pra cidade... E como os dois Lutadores da Liberdade disseram, o amoreco voltou ao normal. Só boas notícias.


- Miserável traidor! Me diga agora quem são aqueles invasores!


- Você que está no controle, Oh mago super overpower. Nossa, seus poderes são tão magníficos que está com dificuldade de quebrar a mente de um simples gambá... Fracassado!


- MISERÁVEL!


- Haha. O bom é que estou assistindo isso tudo no melhor lugar. Essa é a lei do retorno, Naugus. Você vai cair.


- Eu juro a você, miserável... Eu vou acabar com cada centímetro do seu corpo quando eu recuperar o meu. E eu vou usar seus ossos para fazer minha coroa.


Naugus então retorna ao controle do corpo de Geoffrey. Ele vira para Amy e diz:


- Senhorita Rose, eu vou atrás do Sonic.


- O que? Mas... Eu vou com você!


- Não, fique aqui e ajude nossos companheiros. Eu vou voltar sozinho. A missão precisa continuar. Bunnie vai precisar de toda ajuda possível.


- Pior que o que você disse faz todo o sentido.


Ela então desce do veículo, pedindo em seguida para que Big também descesse. “Geoffrey” então manobra seu bólido e são e em disparada em retorno a Nova Mobotrópolis, sob o olhar surpreso de Tails e Rotor. O morsa, ao avistar Amy, diz:


- Amy, o que está acontecendo? Onde Geoffrey está indo?


- Ele está voltando pra cidade.


- O que? Mas...


- Rotor, ele está certo em um ponto: não podemos perder tempo em ajudar a Bunnie. Já estamos aqui. Cada minuto é precioso. Geoffrey não é um Lutador da Liberdade. Ele deve estar preocupado com...


- ... Naugus. Ele é mesmo fiel aquele maníaco.


Jack Coelho, ao ouvir a conversa, diz:


- Naugus? Ocês tão falando daquele mago desdentado rancoroso fedorento feio feito um tribufú?


- Ele mesmo. E esse é só um dos nossos problemas...


- É, ocês tão mesmo talhado. Melhor começá a abrir o bico, ô sem mar. Essa história deve ser bem boa...


Já mais distante do grupo, em direção a Nova Mobotrópolis, “Geoffrey” dirigida pensando no que iria encontrar.


*Eu sei que houve algo... Algo além do que eu imaginava... Aquela inteligência artificial dos demônios não agiu sozinha... ou a princesa miserável pensou em algo... Ou foram aqueles invasores? Ou outro alguém? Estou curioso com tudo isso...*


Retornando a Nova Mobotrópolis...


Os momentos após a explosão da bomba Zyklon B e do jovem overlander chamado Vicent ter quase se sacrificado para salvar a todos foram bem conturbados. Haviam vários feridos, muitos deles da própria guarda do reino Acorn. Algumas pessoas estavam sendo resgatadas de escombros, ajudadas pela própria guarda, Heavy e Bomb e por Nicole, usando suas nanites. Cream, junto com sua mãe e Cheese também ajudavam aos moradores próximos de sua casa a se recompor, prestando socorro moral.


Era visível o alívio nos olhares de todos alí presentes. Desde que Nova Mobotrópolis foi recuperada por Nicole não haviam visto nada parecido. A lembrança do que Eggman fez a Knothole ainda era recente em suas mentes, trazendo ainda mais aflição. Felizmente todos estavam a salvos na medida do possível.


Naquela mesma madrugada, o Conselho do reino Acorn instituiu estado de crise, colocando em prática todos os protocolos de segurança e ajuda, com todo o efetivo militar concentrados do tratamento ao seu povo.


Sonic então ajudou Sally a levá-la até o hospital, enquanto Nicole usou seus nanites para transportar o jovem, que estava desacordado. Mas foi somente saírem do prédio do laboratório central da cidade que um fato comovente ocorreu: ao verem Sonic, Sally, Nicole e Vicent, este na mesma situação de antes, todos os soldados do reino Acorn formaram um corredor e prestaram contingência a eles, em sinal de respeito. Algumas pessoas então começaram aplaudí-los, muitos até chorando. Até o fato da princesa estar de volta era uma novidade e mais um fator para o ato solene. Era um momento emocionante demais, que causou até lágrimas em Sally e Nicole. Essa homenagem dos guardas se manteve até que chegassem ao Hospital Memorial Tommy Tartaruga.


Em seu interior, haviam muitos habitantes sendo tratados. A boa notícia era que nenhum deles tinham ferimentos graves, sendo somente arranhões ou contusões. Dr Quack, ao avistar a princesa, logo vai a encontro dos jovens Lutadores da Liberdade. Embora Sally também estivesse precisando de cuidados médicos, a princesa cedeu todas as atenções a Vicent, que estava desacordado. Pelo visto seria uma longa madrugada para todos.


E em um outro momento no tempo...


Mobius, no futuro.


Numa floresta densa e escura, era possível ver uma pequena fogueira. Junto a ela estava Metal Sonic, vestido com seu manto, e Silver, este totalmente desolado. Seu olhar inocente e alegre deu lugar a um semblante mais fechado, mostrando seu luto. Metal, percebendo esse sentimento, diz:


- Meus bancos de dados dizem que sua atitude no momento deveria ser de resiliência e não de luto.


- Eu acabei de perder o meu mestre. Será que isso não quer dizer nada pra você?


- Seu sacrifício foi para cumprirmos a missão de voltar no tempo.


- Não poderia esperar outra coisa de uma máquina assassina. Você não sabe o que é ter sentimentos.


- Sentimentos: ato de empatia para com um ente querido, situação ou estado de espírito. Existem várias demonstrações de sentimentos, tais como amor, ódio, tristeza, alegria, aflição, descontração, euforia, desilusão...


- Pare com isso. Eu sei que você entendeu o que eu quis dizer.


- Sei exatamente. Não está agindo na razão.


- VOCÊ PODERIA RESPEITAR MEU MOMENTO?


- Meus sensores dizem que você está estressado. Sua voz está em um tom acima do normal.


- Ah sério? Vou colocar um juízo na sua cabeça de lata: eu estou triste por eu ter perdido meu mestre e você não está me ajudando em nada!


- Temos uma missão. Temos o modulador temporal. Precisamos...


- Tá! Precisamos cumprir com a missão! Eu estou sabendo disso! Agora pare de ficar falando.


- Estamos perdendo tempo. Precisamos encontrar os outros.


- Hã? Outros? Do que está falando?


- Eu sinto muito por isso.


- Sente o que...


E antes que Silver pudesse fazer algo, Metal Sonic o atinge com um dardo tranquilizante, fazendo com que o ouriço prateado fosse ao chão, dormindo em seguida.


Tempos depois.


Mobius, lugar desconhecido.


Em um lugar bem escuro, com as paredes formada por rochas, Silver estava deitado sobre uma cama de aspecto bem rudimentar, com um lençol em trapos cobrindo o colchão. Lentamente o jovem ouriço acordava.


- Ah... o que... onde estou?


- Então finalmente acordou.


- Sim, mas onde...


Silver então olha para a pessoa que o recebeu. Era uma equidna, que vestia uma jaqueta preta e tinha longos cabelos ruivos. Percebeu então que um de seus olhos era biônico, de cor violeta, que imitava seu outro olho normal. Ela, esboçando um sorriso, diz:


- Que foi, bobo? Está impressionado com minha beleza?


- Tipo, era exatamente isso que eu iria dizer.


- E agora vai perguntar onde você está, não?


- Olha, iria perguntar isso também.


- Vai perguntar se eu tenho namorado?


- Opa, você está indo rápido demais com isso...


- Hahaha! Queria ver sua reação. E era o que eu esperava. Prazer, me chamo Mera-li.


- Prazer... Sou...


- Silver, não é?


- Sim, mas...


- O metalzin me disse.


- Metalzin?


- Sim. Metal Sonic. Eu chamo ele de Metalzin. Ele é um amor.


- Amor? Mas...


- Não, não. Não somos namorados.


- Eu não iria dizer isso...


- Somos amigos. A-M-I-G-O-S.


- Eu entendi. Fica fria. Mas onde nós estamos?


- Sim. Estamos no quartel general dos Guerreiros da Liberdade.


- Guerreiros da Liberdade?


- Sim. Vai, diz de novo “Guerreiros da Liberdade”. Vai, fala!


- Eu iria dizer... mas eu... Tem algo muito errado nisso.


- O que seria?


- Eu só conhecia e sabia da existência dos Lutadores da Liberdade e não dos...


Logo o semblante de Mera-li muda, tornando-se mais sério e temeroso. Eis que, ao fundo da sala, ouve-se passos firmes. E logo adentra a sala um ourico azul, com uma cicatriz que lhe cortava um dos olhos, este que estava branco, evidenciando cegueira, contando com o outro de cor verde. Também vestia sapatos de cor branca, com detalhes bege em um e vermelhos em outro. Silver, surpreso, diz:


- So-sonic?


O ouriço então se aproxima, dizendo:


- Esse nome não é dito faz cem anos, ouriço. Me chamo Racer, mas isso já não importa...


- Mas você se parece com...


- Com ele, não? Minha bisavó e suas influências... É o suficiente pra você?


- Mas...


- Mudemos de assunto. Você disse Lutadores da Liberdade?


- Sim. Porque?


- Me diga tudo o que sabe sobre eles.


- Porque devo fazer isso?


- Diga tudo!


- Me responda: porque tem tanto interesse neles?


- FALE!


Racer então tenta golpear Silver com um soco, sendo impedido pelos poderes psíquicos do ouriço prateado, que diz:


- Chega disso! Eu não tenho a mínima ideia do que está acontecendo aqui, mas tudo isso já está me enchendo demais!


Mera-li então segura o punho de Racer.


- Calma, Racer. Eu sei que você quer saber tudo o que puder sobre os Lutadores da Liberdade, mas Silver acabou de perder seu mestre. Temos que respeitar seu luto.


- Respeitar? Luto? Você está brincando comigo, Mera-li. Essas palavras não tem nenhum significado no mundo em que vivemos. Precisa parar de ler aqueles livros e começar a viver a realidade.


- Olha, que deixemos bem claro isso: Não se meta nas minhas coisas e eu não me meto nas suas. Se você quer ter essa filosofia emo do século da sua bisavó, tudo bem. Mas não queira impor seus gostos ao meu, entendido?


- Tudo bem, Mera-li. Me desculpe.


- Tudo bem.


Silver, que estava acompanhando a conversa, logo toma a palavra.


- Com licença vocês dois. Eu não quero problemas. A única coisa que queria é um tempo, tudo bem?


- É por causa do seu mestre, não? – Disse Mera-li, olhando para Silver de forma compreensiva.


- Sim, é. Só quero um tempo...


- Não há tempo a perder, Silver. Mas tudo bem... Entregue-se ao luto e mergulhe na maior tristeza que existe dentro do seu coração. Jogue fora o sacrifício do seu mestre se lamentando por ele não estar aqui ao seu lado! – Racer não poderia ter sido mais cético.


- Como você pode dizer isso a ele, Racer?


- Mera-li, você disse que não iria se meter na minha “filosofia emo”, não? Então, só estou mostrando pra ele esse estilo de vida fracassada que eu tanto levo e você faz pouco caso.


Podem pensar que foi uma obra do destino, mas as palavras duras de Racer conseguiram mesmo abalar o emocional de Silver, mas de forma positiva.


- Você... Você está certo. Você está corretíssimo! É exatamente isso que eu estou fazendo agora. Eu não deveria estar assim. É perda de tempo eu ficar me lamentando. Estou jogando fora todo o sacrifício do meu mestre porque estou triste. Eu... Eu devo ser forte e seguir em frente!


Mera-li olhou para Silver, não acreditando no que acabara de ver e ouvir. Racer, com um sorriso no rosto, não perde tempo.


- “Filosofia emo” um, “filosofia carpe diem” zero.


- Isso não tem graça, Racer!


- Só você pra me alegrar mesmo, haha...


E, surpreendendo Silver, mais uma figura entra no recinto: era uma ouriço rosa, com um laço vermelho no alto de sua cabeça. Trajava uma calça de cor preta estilo cargo e uma regata justa, como um top, de mesma cor. Ela, se aproximando dos outros, fiz:


- Tá, galerinha... Que tá pegando? Já fizeram a parada?


- Não, porque? – Disse Racer, mostrando irritação.


- Vou contar uma coisa pra vocês... Que lerdeza, caraca. Tamos na maior treta com o “ninguém sabe o nome, blablabla” e vocês ficam perdendo tempo? Se liga.


- Ridge, não quero saber da sua impaciência.


- E o prateado aí? Já pegaram informações do figura?


- Espera. Ela é quem eu estou pensando? – Disse Silver, impressionado.


- Hã? Que tu tá pensando, péla?


- Você tem algum grau de parentesco com alguém chamada Amy Rose?


- Ueh, como você sabe disso? Mano, esse mané aí... Tu tá de fofoca agora, é? – Se referindo a Racer.


- Mano? Racer é seu irmão?


- Sim, que tem? Vai ficar dizendo agora que somos os irmãos Ridge e Racer pra todo mundo, mané? Perde tempo com isso não, que saco...


- Então a bisavó dele...


- Ok mané... Antes que tu diga besteira, minha bisavó se chamava Amy Rose. Eu e Racer somos filhos de Speedy e Ruby.


- Speedy? Ruby?


- Speedy foi nosso pai, filho de Quicker, filho de Amy Rose, nossa bisavó. Satisfeito agora, hipster? – Disse Racer, mostrando ironia.


- Minha nossa... Se isso aconteceu...


- O que tem?


- Algo realmente grande aconteceu no passado. Metal Sonic me disse que tudo mudou depois que eu saí da Death Egg naquele dia...


- Porque está dizendo isso, péla? – Ridge dizia.


- Porque vocês não existiam no meu presente.


- O que?


- Exato. Vocês não existiam. Nenhum de vocês. Os acontecimentos desde aquele dia que estava no passado mudaram todo o curso da história. Pessoal, peço por favor que me contem toda a história de vocês. Tudo o que vocês sabem, tudo mesmo. Desde o mínimo detalhe.


E eis que, pela porta do quarto, aparece mais uma figura. Não aparentava ter uma raça definida, já que não se parecia com um animal puro, mostrando ser um híbrido. Mas embora fosse diferente, Silver percebeu uma semelhança em seu olhar. Tinha a pelugem escura, com detalhes rubros, que cobriam sua cabeça, usando luvas pretas. Seus olhos carregavam um peso de luta e desprezo, mostrando ainda mais semelhança com uma certa pessoa. Todos da sala olham para ele, de forma surpresa, como se vissem um fantasma. Rigde então diz:


- Por aurora... Faziam dois anos que ele não acordava...


- O que? Dois anos? E quem é ele? - Disse Silver, confuso.


E a ouriço, engolindo sua saliva, diz:


- Dust, o Híbrido. Ele é nosso líder.


- Filho de... Shadow – Completa Racer, também surpreso.


O futuro de Silver mudou bastante. Pelo visto muita coisa aconteceu no passado. E podem crer que de uma forma bem drástica afetou o futuro.


Voltando ao presente...


Nova Mobotrópolis. Hospital Memorial Tommy Tartaruga.


Já havia amanhecido faz algum tempo. Em um leito confortável no hospital estava Vicent, que lentamente acordava. Mas a seu lado já havia alguém aguardando.


- E aí, dorminhoco. Tá pronto pra mais uma aventura? Mas aviso logo que o continue é escasso, hehehe.


Era Sonic que, com um sorriso, lhe dava as coisas vindas.


- Tá sabendo, né? Você é um herói, cara.


- Eh... Onde eu estou?


- No hospital. A gente te trouxe pra cá pra te curar, mas tô vendo que você já está bem melhor.


- Sonic... Eu... As pessoas...


- Fica tranquilo, camarada. Tá todo mundo bem e por sua causa. A Nicole me contou tudo. Tu detonou, cara. Você mandou bem demais!


- Não, Sonic... Todo mundo... Todo mundo lutou junto...


- Estou sabendo disso também. Mas aí que está: esse “todo mundo” só fala de você na cidade. “O overlander salvou a cidade”, “overlander herói” etc e tal. Haha! Cara, aceita isso numa boa.


- O que acontece agora?


- Bem, eu ia te pedir um autógrafo, mas isso iria pegar mal pra mim. Sabe como é, né? Eu, Sonic, pedindo isso pra um rival...


- Não sou seu rival.


- Porque não? É uma grande honra ser meu rival. Sempre há lugar pra um segundo lugar aqui, hehehe.


- Segundo lugar? Tá louco? E onde está sua modéstia?


- Não sei. Tem palavras que não estão no meu vocabulário, saca? Sou do tipo “seja azul, seja bonito, seja rápido”. Faço isso muito bem.


- É, você não é nada modesto.


Sonic continuou, rindo da situação. O ouriço, já mostrando mais seriedade em seu rosto, então se aproxima da cama, olhando para Vicent.


- Cara, falando sério agora. Tu não tem ideia do quanto eu estou grato a você por ter salvado a cidade. Fiz questão de ficar aqui desde que te colocaram nessa cama só pra te agradecer. Valeu mesmo, camarada. Você é demais!


- Obrigado, Sonic... Eu não sei o que dizer...


- Diz nada não. Só aceita. Cara, tu salvou todo mundo. E até a minha mina.


- Sua mina? Ah sim, a Sally.


- E tipo, cara... Não pense mal dela por aquilo que aconteceu. Sally pode ser durona as vezes... Bem, ela é durona a maioria das vezes, sabe? Mas ela é uma boa pessoa. Tá segurando uma barra grande esses tempos por aqui... Dá uma chance pra ela.


- Sonic, eu entendo perfeitamente o que você quer dizer. Você tem minha palavra que um dia conversaremos, tudo bem? Acho que no momento é melhor nós seguirmos nossos caminhos...


- Valeu, camarada. Te devo mais essa.


- Não me deve nada, Sonic. Relaxa.


- E devo te pedir desculpas também.


- Hã? Como assim?


- Eu estava a muitos quilômetros daqui. Eu, tipo... Bem... Estava pensando errado sobre você. Eu te julguei errado, cara. Tu é parceiro de verdade, apóia nossa causa.


- Esqueça isso, Sonic... E eu devo agradecer também por ter me salvado.


- Bem, tava na hora de eu salvar alguém na história. Senão iam pensar que você é o protagonista e eu ia ficar mal na fita.


- Do que você está falando?


- Relaxa. Fica tranquilo. Só uns delírios meus, herói.


- Já disse que estávamos todos ju...


- Não, sem essa. Aproveita o momento e deixa todos te chamarem de herói. Herói reserva, mas mesmo assim herói.


- Você é um cara difícil, sabia?


- Já imaginou se eu tivesse modo “easy”? Tudo mundo iria ficar me chamando de zang...


E interrompendo a conversa, Dr Quack então entra no quarto, olhando para os dois.


- Ora, se não é uma convenção de heróis aqui no meu hospital... Vocês dois reunidos na mesma sala e tudo está inteiro? Está evoluindo, Sonic.


- Fala aí, doutor. Tu cuidou bem dele, hein.


- De fato, Sonic. Vicent, como se sente?


- Bem. Minhas habilidades cognitivas estão boas e fisicamente me sinto apto até em me levantar.


- Que? Tu tá falando que nem o doutor, cara – Disse Sonic, surpreso com o jovem overlander.


- Que tem? Esqueceu que eu sou estudante de medicina? Só respondi a pergunta do profissional aí.


- Vocês médicos são muito engomados pro meu gosto.


- Sonic, deixe-me dizer algumas coisas ao Vicent.


- Ele é todo seu, doutor.


- Obrigado. Vicent, essa sua pedra...


- Que tem?


- Nicole me disse que durante seu ato heróico, você havia perdido todo o poder da pedra, não?


- Acho que sim. Porque?


- Bem... De acordo com Nicole, você por um breve momento ficou com -3% de energia. Você se recorda disso?


- A única coisa que me recordo é de meu pai dizendo “termine o que começou”.


- Imaginava que não se lembrasse.


- Porque?


- Simples, jovem médico: essa pedra está em seu corpo de uma forma tão íntima que na falta de energia na pedra, ela pegou “emprestada” a energia do seu corpo.


- O que? Como assim?


- Pelas leituras do computador da Nicole, pude ver que essa pedra, de forma parasitóide, drenou 3% de sua energia corporal. Por isso você desmaiou. Sua energia vital foi doada para “seu ato heróico”.


- Minha nossa! Eu fiz isso?


- Fez sim. De forma involuntária, mas fez. Mas jovem, isso abre precedentes pra muitas coisas...


- O que seria?


- É de extrema prudência que você nunca mais use seu poder além do que a pedra sustenta. Já deve imaginar os danos que seria se usasse sua energia vital pra alimentar essa pedra...


- Eu poderia morrer.


- Exato.


- Mas doutor, eu não sei bem o que aconteceu. Eu me recordo um pouco que havia perdido a força, mas... Bem, eu não sei como consegui... Só sei que tive desejo de salvar a todos dessa cidade. Eu não sei mesmo recolocar o que me aconteceu naquele momento...


- Entendo, Vicent. Mas eu quero deixar bem claro uma coisa: nós não conhecemos absolutamente nada sobre esse artefato que está vinculado ao seu corpo. A única coisa que sabemos é que ela lhe dá superforça e invulnerabilidade, porém não sabemos o limite disso. Em outras palavras: use sabiamente e com extrema cautela.


- Entendi, doutor.


- E mais um detalhe: essa pedra também tem poder regenerativo. No momento que esteve dormindo, Nicole me ajudou a medir o quanto isso era volátil. A energia dessa pedra é recuperada durante seu sono e, seja lá como, ela também o cura, Vicent. Por isso sua recuperação alígera.


- Minha nossa! Então os poderes dessa coisa...


- Exato. Essa pedra te protege totalmente.


Vicent logo olhou para Quack, impressionado com tantas informações importantes. Mas o doutor continuou:


- Mas antes que eu me esqueça, tenho que te agradecer pelo que fez a todos nós. Muito obrigado. E estou às suas ordens quando precisar.


- Não precisa, doutor....


- Vicent, aproveita. Esse aí quando diz que vai fazer, ele faz mesmo – Disse Sonic, brincando.


- E lá vem o Sonic falando demais outra vez – Disse o doutor, olhando para o ouriço.


E logo alguém bate a porta. Doutor Quack então vai até ela, abrindo-a. Era o comandante da guarda, que diz:


- Como vai, doutor? Como está Vicent?


- Muito bem. Entre, fale com ele.


O doutor o convida para que entre a sala.


Enquanto isso...


Ainda no hospital, em outro leito.


Sally estava deitada confortavelmente em uma das camas. Olhava para a janela, admirando o céu azul e as árvores, com as folhas se mexendo ao vento. Logo Nicole se materializa ao seu lado, dizendo:


- Oi, Sally. Pelo visto você já está melhor. 


- Oi, Nicole...


Nicole então percebe que Sally estava com um olhar distante, de como estivesse incomodada com algo. A bela IA lince continuou:


- Sally... O que houve?


- Estou me sentindo mal, Nicole.


- Eu irei chamar o doutor...


- Não. Não é bem isso...


- Então?


- Nicole, eu fui uma idiota esse tempo todo... Esse tempo que estive aqui me ajudou a pensar bem nas ações que eu tomei... Eu fui uma estúpida com o Vicent esse tempo todo e... E ele... Ele ignorou tudo isso e... – Disse a princesa, já com lágrimas nos olhos.


- Sally, não fique assim...


- Como não, Nicole? Eu o tratei mal...


- Tenho certeza que ele vai entender tudo isso...


- Como entender? Eu dei um tapa nele... eu o desprezei... eu o fiz sair do quartel general calado... até agora eu lembro do rosto dele... estava perdido e sozinho... Ele tinha razão em me chamar de “nobre ingrata” e de “tratante sem noção”... E o que eu fiz? Ignorei o assunto me concentrando na missão... Como posso ser tão estúpida com alguém dessa forma? No mínimo ele deve me odiar...


- Sally, o Vicent não é esse tipo de pessoa. Você não pode ficar trazendo a tona as discussões que já passaram.


- Nicole, eu errei. Eu o estapeei. Eu o desprezei. E ele... Ele salvou a todos nós! Ele salvou a cidade inteira! Só a mim ele salvou três vezes!


- Você deveria conversar com ele.


- Eu? Depois de tudo que aconteceu? Nicole, será que você não vê que eu não tenho moral alguma pra falar com ele?


- Você é a princesa, Sally. Isso já significa muito, principalmente para o Vicent.


- No momento isso não quer dizer nada, Nicole.


- Sally, vou dizer mais uma vez: você é a princesa. Se você está se sentindo mal em ter agido de uma forma errada com ele, então é melhor fazer o certo: peça desculpas.


- Nicole...


- Sally, eu sei que você está sentindo um peso absurdo em sua consciência, mas você não pode deixar isso guardado pra sempre aí dentro. Você precisa acabar com essa angústia. Não tem que carregar esse peso. Quando você estiver com confiança em conversar com Vicent, faça isso. Eu não creio que ele vá te tratar mal. Pelo contrário.


- Nicole...


- Por algum motivo, ele parece outra pessoa. Você percebeu que ele estava mais concentrado? E ele não pensou duas vezes em te ajudar. Ele te jogou para o alto do prédio com toda confiança que você iria conseguir cumprir com o plano. Ele até se preocupou com você em não se aproximar dele pra não te machucar, pois ele estava fervendo por causa do laser do robô... Ninguém que faça isso guarda rancor. Acredite.


- É, talvez você tenha razão... Nossa, você já me deu dois conselhos em menos de um dia, amiga.


- Mas é por isso que somos amigas, hehehe.


- A propósito... Porque o Vicent fica te chamando de anjo?


- Olha, está aí uma coisa que eu não sei até hoje...


- Você deveria perguntar a ele.


- Eu? Não... Não é uma boa ideia... Talvez ele me chame assim por alguma simbologia...


- Pode ser. E quando vocês ficaram tão íntimos assim?


- Eu sempre respeitei a situação dele. Ele está sozinho aqui. Por isso que eu o apóio sempre. Pra não se sentir só... Eu sei bem como é essa situação. Ele simpatizou comigo.


- Eu compreendo, Nicole... Mas hoje todos na cidade amam você, amiga. Tudo mudou... Fico feliz com tudo isso... Faz tempo que não sinto essa união na cidade. Me fez até voltar a sorrir... Fazia um bom tempo que não tinha essa sensação...


- E eu estou muito feliz também... Desde que fui exilada e depois me trouxeram de volta ao controle da cidade, eu vi que todo mundo voltou a confiar em mim e... e eles lutaram por mim... Eu me sinto realizada com tudo isso. Eu vi que todos tem fé em mim e... e eu tenho fé neles.


- Você merece cada aplauso, Nicole. Você foi nosso alicerce, a fonte de toda nossa fé. Você tem nossa plena confiança. E eu te agradeço, minha amiga. Por estar sempre ao meu lado.


- Sempre, Sally.


Nicole se aproxima de Sally, a abraçando carinhosamente. A força da amizade havia renovado o brio de ambas.


Enquanto isso...


Nova Mobotrópolis, portão da cidade.


Adentrando a cidade lentamente dentro de seu veículo, “Geoffrey” (Naugus, como vocês sabem) olhava consternado para o que havia acontecido. Na verdade, para o que não havia acontecido: a cidade recebeu danos mínimos, diante as circunstâncias. As pessoas que caminhavam ao longo do caminho estavam sorrindo, evidenciando o alto astral que contagiou a todos. “Geoffrey” então estaciona seu veículo e, já no lado de fora do auto, diz:


- O que está acontecendo nessa cidade? Porque estão assim, sorrindo e felizes?


Logo um dos guardas do reino se aproxima de “Geoffrey” e diz:


- Geoffrey... Então você voltou.


- De fato... O que aconteceu aqui?


- Um milagre... Na verdade, nós todos fizemos parte da maior batalha que travamos contra um inimigo poderoso. Inimigos, se assim dizer.


- Fizeram parte? Seja mais específico!


- Todos nós... A guarda, Nicole, o overlander chamado Vicent, os mascarados de roupa preta que disseram ser os Lutadores da Liberdade Secretos e... por aurora, até Sally retornou!


- O QUE? Sally? E quem é Vicent? Mascarados de roupa preta?


- Sim, Geoffrey. Todo mundo se uniu. Acabamos com aqueles robôs. Nós saímos vitoriosos!


- Grr... Eh, bem... Foram muitas baixas então, eu entendo...


- Ninguém morreu, Geoffrey. Nicole protegeu todo mundo o quanto pôde. E quando não foi ela, foi o Vicent. E quanto até ele não pôde ajudar todo mundo, foram os Lutadores da Liberdade Secretos... e quando todos esses não puderam ajudar, nós da guarda do reino protegemos. A soma de todas as forças salvaram a cidade.


“Geoffrey” estava quase quebrando os próprios dentes por tanta raiva que sentiu no momento. Ver seus planos frustrados dessa forma o fazia quase perder a cabeça.


*Quem são esses Lutadores da Liberdade Secretos? Com certeza são os mesmos que invadiram minha câmara e evitaram meu domínio do Conselho. E esse tal Vicent, quem será? Sally retornou, Nicole não foi aniquilada... e o povo está mais feliz que nunca... Isso... Isso me dá nojo. Isso me traz uma ira tão grande que eu poderia acabar com tudo isso agora... Ei... Espere. Mas eu posso usar tudo isso a meu favor. Um desconhecido na cidade... A princesa que retornou... Uma IA que está mais forte... É perfeito! Isso mesmo. Vamos agir com sapiência... Seus miseráveis! Deixarei que fiquem na dianteira, Lutadores da Liberdade Secretos. Porém eu estou bem atrás de vocês! Em breve verão todo o meu poder!*


“Geoffrey”, com um semblante confiante e mostrando um sorriso no canto de seu rosto, caminhava então pelas ruas felizes da cidade, indo em direção ao palácio, mais precisamente no Conselho do reino Acorn. Qual será seus planos dessa vez?


Enquanto isso...


Quartel general dos Lutadores da Liberdade Secretos.


Todos os membros estavam sentados no salão principal, onde um projetor holográfico mostrava os danos causados por toda a cidade. Enquanto tomavam café e se recuperavam do desgaste da batalha terrível que tiveram, conversavam sobre o ocorrido.


- Aquele overlander... Ele é mesmo um herói... – Disse Lyco, comendo biscoitos.


- Eu nunca vi alguém tão determinado – Sua irmã, Leeta, completou em seguida.


- Vicent é demais! Ele confiou na minha sorte e esse foi o resultado! – Disse Larry, tomando uma caneca de chocolate quente.


- Eu devo tudo a ele. Eu gostaria mesmo de tê-lo agradecido pessoalmente no hospital, mas no momento é melhor descrição. Terei o meu tempo de fazer todas as honras de seus atos heróicos – Elias se expressava de forma bem clara, enquanto tomava uma xícara de chá.


E no ambiente aparece Coruja Who, que diz:


- Não podemos também esquecer de Sally e Nicole. E sim, a toda guarda do reino.


- Sally... Ela voltou mesmo... E voltou fazendo o que sabe fazer melhor... – Disse Elias, mostrando uma grande satisfação em seu rosto.


- Mas por qual motivo ela não avisou a todos de sua volta?


- Está muito claro, Who. Veja o que aconteceu a Antoine. E a mim, minha família... Sally é tão capacitada em analisar e avaliar a situação quanto eu. Ela está se preservando... Bem, agora não mais, mas creio que foi melhor assim.


- Enquanto estava em combate, ninguém falou algo?


- Muitas coisas aconteceram. A todo instante Nicole se contactava a Sally, que estava em apuros. Alguém pensou em tudo, Who. Aquele robô falante jogou no ar algumas coisas... Existe mesmo esse “alguém” que comandou tudo isso. Acho que todos já devem saber quem foi aqui, mas não temos provas.


- N-naugus? – Disse Larry, quase engasgando com o chocolate.


- Exatamente, Larry. Mas como disse, não temos provas.


- Mas temos evidências – Lyco não perdeu tempo.


- Sim, temos. Mas não podemos agir ainda – Falou Elias, voltando a tomar seu chá. 


- Bem, por hora, fiquemos aqui. Vocês precisam se recuperar. Com total certeza precisaremos agir novamente... – Who disse de forma comedida, enquanto caminhava até a sala vizinha.


- Aonde irá, Who? Elias logo percebeu que ele iria deixar o QG.


- Me encontrar com Sir Charles. Há coisas que preciso perguntar...


E voltando ao Hospital Memorial Tommy Tartaruga...


O comandante da guarda, próximo a Vicent, presta-lhe continência, dizendo:


- Senhor Vicent, é com extrema satisfação e orgulho que o homenageio em nome de toda a guarda do reino Acorn. E sob meu nome e minha autoridade, o honro com essa medalha de honra ao mérito. Esse é o maior prêmio que um soldado pode receber. Gostaria que o aceitasse.


- Ora... Sim, eu aceito. Eu... Eu nem sei o que dizer... Não estou pronto pra receber tamanha importância...


- Tá vendo, cara? Já tá recebendo mimo até da guarda. Taí um prêmio que nem eu recebi. Vou correr atrás... – Disse Sonic, zombando do rapaz.


- Para com isso, Sonic! Me deixa!


- Eu gosto de ver você ficar sem jeito, sabia? Eu vou te zoar pra caramba agora!


- Mas como conversamos no fronte de combate, seu pai ficará orgulhoso com isso – O comandante mostrou que tem boa memória.


- Verdade... Bem, muito obrigado.


Mas logo o rádio do comandante conheça a tocar. Ele então pede licença e vai até o fundo da sala, atendendo a ligação.


- Hã? O que? Você está certo disso? Bem, eu não concordo, mas ordens são ordens...


Ele então retorna para perto de Vincent e diz:


- Tenho uma péssima notícia, Vicent.


- Hã? O que houve?


- Eu acabei de receber ordens explícitas do próprio Conselho do reino Acorn para prendê-lo.


- O QUE?


- COMO ASSIM? NÃO BRINCA!? – Disse Sonic, tão surpreso quanto.


- ISSO É UM ABSURDO! Qual a acusação? – Disse Dr Quack, irritado.


- De acordo do que me foi informado, você é acusado de terrorismo e espionagem. Desculpe, Vicent. Você terá que vir comigo até a prisão do Castelo Acorn.


- Comandante, você estava lá! Você viu tudo. Você não pode fazer isso com o Vicent! – Disse Sonic, mostrando nervosismo.


- Sonic, eu não concordo com nada disso, mas eu não posso ir contra ordens do Conselho. Só estou fazendo o meu trabalho.


- Mas...


E Vicent, se levantando, diz:


- Faça o que você tem que fazer, comandante – Disse, levantando seus punhos, para que lhe fosse colocado algemas.


- VICENT?! NÃO, CARA! Como você pode aceitar isso?


- É o certo a se fazer, Sonic.


- O certo é te deixarem livre!


- O certo no momento é evitar mais problemas.


- Mas...


- Não, Sonic. Ele está certo. Pode ver que ele não está com medo. Ele não fez nada de errado – Doutor Quack logo tranquilizou Sonic.


E o comandante coloca as algemas no jovem, levando-o gentilmente para o Castelo. Durante o caminho, várias pessoas puderam observar o que estava acontecendo, não acreditando no que viam.


- O que? Porque ele está com algemas?


- Não... Ele... Ele é nosso herói...


- Não... Não... Deve ser algum engano...


- Comandante, está cometendo um grande erro...


Mas tanto o comandante quanto Vicent continuavam em silêncio, continuando o caminho até o Castelo Acorn, com destino a prisão. E durante essa caminhada, Who, que passava pelo local para encontrar-se com tio Chuck, parecia não acreditar no que aconteceu.


*Por Aurora... O que será que aconteceu dessa vez? Sir Charles, acho que terei de voltar outra hora...*


No hospital...


Sally e Nicole conversavam ainda no quarto quando ouviram bater na porta. Logo a princesa vai até ela, abrindo-a. Era Sonic, que estava mostrando desolação em seu olhar. A princesa, percebendo que algo aconteceu, pergunta:


- Sonic, o que aconteceu?


- Eles o levaram, Sally...


- Ele quem?


- Vicent...


- VICENT?


- VICENT? – Perguntou Nicole, com uma das mãos sobre a boca.


A notícia logo toma toda a cidade.


- Esse é o Canal 11, seu canal de notícias número um de Nova Mobotrópolis - Disse a vinheta do canal


Plantão de última hora!


- Olá, bom dia. Sou Cassie Gato e recebemos uma notícia de última hora. Acabamos de saber que nosso novo herói, o overlander Vicent Pierre, acabou de ser preso. Ele foi levado pelo comandante da guarda do reino Acorn do Hospital Memorial Tommy Tartaruga para a prisão do Castelo Acorn. Não temos mais detalhes sobre o motivo, mas nossas fontes disseram que Vicent está sendo acusado de espionagem e terrorismo. Fique com a gente que logo traremos mais notícias!


Praticamente toda a cidade é pega de surpresa pela notícia, inclusive Betina Coelho e sua filha, Beatrice. A pequena começou a chorar, enquanto sua mãe a acudia em sua sala:


- Mãe... Eles... Eles prenderam o esquisito... Isso não é justo. Ele é um herói...


- Calma, Beatrice. Tudo vai se acertar... Força, meu filho... Você é um herói. Tudo vai dar certo pra você...


Horas depois...


Castelo Acorn, prisão do reino Acorn.


Localizado no subsolo do Castelo Acorn, em um pavilhão independe, a prisão era um lugar simples, com várias celas. Não haviam portas tampouco grades: todas eram protegidas por campos de força, o que evidenciava a segurança do lugar. E todas estavam vazias, a não ser uma, esta sendo usada por Vicent. Já trajado com o uniforme de detento, estava deitado e parecia estar tranquilo. Tanto que estava até mesmo cantarolando.


- 🎶... It's time to jump up in the air


Jump up, don't be scared


Jump up and your cares will soar away... 🎶


Logo, sob a revisão da entrada principal, ao fundo do corredor, pode-se ver alguém caminhando. Eram passos firmes, de quem estava mesmo decidido a continuar o caminho. E eis que, surpreendendo Vicent, que se sentou na cama, essa pessoa era nada mais nada menos que a princesa Sally. Ela, com um semblante sério e fechado, diz pelo seu comunicador:


- Comandante, retire o campo de força.


- Princesa, já foi de grande agrado meu ter deixado que você entrasse. Abrir a cela...


- Ah por aurora, comandante. É o Vicent. 


Logo o campo de força some. Sally então entra na cela, com o campo de força voltando em seguida. Ambos se fitavam, olhando um nos olhos do outro. Vicent e Sally trocavam olhares de forma bem incisiva, parecendo travar uma guerra de egos. Sally continuava imóvel, alí em pé diante de Vicent. O rapaz mantinha-se sentado, pensando em algo.


*Essa é a hora... Não esperava que fosse tão cedo... Mas como meu pai sempre disse, faça sempre a coisa certa.*


Vicent então se levanta e, surpreendendo Sally, se abaixa e se ajoelha com uma das pernas, abaixando sua cabeça. Sally então muda seu semblante, não acreditando no que Vicent estava prestes a fazer.


- *Ele... Ele vai... Esse seu gesto... Ele...*


- Princesa Sally... Eu, Vicent Pierre, peço-lhe as mais sinceras desculpas pelo meu comportamento inapropriado em sua base. Também quero desculpar-me por qualquer tipo de dolo causado a todos os membros dos Lutadores da Liberdade. Eu sinto muito por tudo que eu disse e estou me colocando a sua disposição a cumprir qualquer punição se assim ordenar ante minha pessoa.


Vicent pediu perdão formal de acordo com a etiqueta real. Sally sabia exatamente o que ele iria fazer desde que se ajoelhou a sua frente. Ela, não acreditando, não consegue se conter e começa a chorar compulsivamente. E sem perder tempo, corre até o rapaz, o abraçando forte. Era visível que Sally estava sentindo. Vicent praticamente provou a ela que em nenhum momento guardou rancor ou coisa do tipo. Sua manifestação foi honesta e gentil, respeitando Sally como princesa. Ainda chorando, Sally beija seu rosto, exatamente onde o estapeou, dizendo:


- D-desculpas... aceitas...


Continua.


____________________________________________


Mas o que está acontecendo com o Conselho do reino Acorn? Espionagem? Terrorismo? O Vicent fez isso?


E Dust é o filho de Shadow? Silver, o que aconteceu com seu futuro?


São muitas perguntas...


E não percam o próximo episódio da Fanfic mais maneira do Sonic!



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Autor(a): the.hunterx

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No futuro, Dust finalmente apareceu. E creio que Silver vai dessa vez vai descobrir o que de fato aconteceu. E no presente, temos agora a definição do que de fato vai acontecer com Vicent e a visita inesperada de um forte aliado a Nova Mobotrópolis. ____________________________________________ Mobius, no futuro. Base secreta dos Guerreiros da Liberda ...


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