Fanfic: Love, Uckermann. | Tema: Vondy, Romance, Policial, Suspense,Hot

14 de Junho de 2016.

CHRISTOPHER POV.

Estacionei meu carro em frente ao Mondrian Los Angeles, um hotel cinco estrelas da cidade. Mais um dia de trabalho árduo para mim. Outro cara assassinado. Esse era o terceiro.

— Ucker chegou, gente – gritou Maite, psicóloga forense e minha assistente, pedindo passagem para os peritos e policiais que ali se encontravam.

Papel filme cobria todo o local. Novamente, a assassina pensou em tudo. Olhei para o corpo estendido no chão. Havia um tiro certeiro em sua nuca e uma poça de sangue ao redor.

— Alguma pista de quem fez isso? – indaguei, olhando para a morena de cabelos curtos e olhos negros a minha frente.

— Só a que nós já conhecemos – respondeu, entregando-me o bilhete.

Nele, a impressão em vermelho com os dizeres “Love, Uckermann”, me mostravam algo com o que eu já estava lidando há cerca de dois anos.

— Três mortes, Ucker, três mortes – disse Poncho, meu grande amigo, vindo em minha direção. — Todas as três com a mesma pista, a porra de um bilhete. Que merda é essa que vêm acontecendo? – disse, irritado, jogando uma papelada no chão.

 — A pessoa que está cometendo esses crimes quer você! – Maite disse, me encarando. — É a única explicação plausível que temos.

Eu suspirei. Ela tinha razão. A pessoa que estava por trás disso tudo conhecia mais do que só os assassinos... ela conhecia quem cuidava do caso também. O que quer que fosse, precisava ser descoberto e rápido.

— Preciso ir – falei, indo em direção ao elevador.

— Experimenta ficar longe por um tempo. Precisamos pensar em como deter essa... Coisa – berrou Poncho, antes da porta do elevador se fechar. 

[...]

DULCE POV.

Cheguei em casa e soltei o rabo de cavalo que havia feito. Estava me dando dor de cabeça.

— Olha só quem deu o ar da graça – disse a loira, descendo as escadas.

— Oi pra você também, Annie – falei, jogando a bolsa na poltrona.

— Dul, você tem que parar com isso. É a terceira vítima!

Eu arqueei uma sobrancelha.

— Pensa pelo lado positivo: eu só mato os cretinos que a polícia não consegue prender. É um favor pra sociedade, Anahí. E outra... Eu não vou sossegar enquanto não conseguir a cabeça do Ucker – rebati.

— Ainda sim, você tem um coração enorme. Para de se poluir com esses crimes – ela disse, com um olhar caído.

Suspirei. Eu realmente era uma pessoa boa. E a Dulce de antes ainda estava ali, só que mais viva e com o coração sangrando. Era de se esperar que um lado obscuro aparecesse.

— Você começou tudo isso por achar que o "Uckermann Pai" conduziria as investigações, mas já se passaram dois anos e você nem sabe se ele está atrás de você! - relembrou Anahí. — E outra, sua avó disse, no dia da morte dela, que vingança não adianta nada. Você só vai acabar contigo e com as pessoas a sua volta.

Dei de ombros.

— Que se dane. Já acabaram comigo há muito tempo. E é óbvio que aquele velho cretino está buscando uma resposta. Ele não ia deixar barato e eu muito menos – fiz uma pausa. — Você quer realmente que eu relembre o dia em que meu pai morreu por causa daquele desgraçado?! – falei, tentando segurar as lágrimas que já marejavam meus olhos. — Quando não se tem nada a perder, loira, só se tem a ganhar – terminei, virando as costas e indo para o meu quarto.

— Me avise se precisar de ajuda pra matar o próximo então – ironizou ela, gritando.

Me joguei na cama e dei um longo suspiro. Anahí tinha crescido comigo, acompanhado a dor que Victor Uckermann me causou e toda a minha mudança. Ela era minha melhor amiga desde quando eu me entendia por gente. Não havia segredos entre nós e era a única pessoa em quem eu confiava cegamente. Mas eu tinha certeza do quão difícil era pra ela saber que sua parceira queria matar o homem que assassinou seu pai e enquanto isso, matava outros que não tinham nada a ver com a história – mas que eram assassinos também.

Fechei meus olhos com força. Ao contrário do que parecia, eu não gostava do que fazia. Era horrível. A dor da culpa era maior que qualquer outra. Por mais que eles machucassem e matassem outras pessoas, ainda era algo cruel. Meus pais com certeza não aprovariam isso. Minha mãe, inclusive, devia estar pedindo piedade pela minha alma, mas eu precisava me vingar do cara que arruinou minha vida.

***

vondy_dulcete: Olá, querida! Seja muito bem-vinda :D

perronitalevyrroni: Olá, querida! Que bom que gostou! Muito obrigada! Aqui está mais uma página fresquinha pra você :D