Fanfic: Love, Uckermann. | Tema: Vondy, Romance, Policial, Suspense,Hot

CHRISTOPHER POV.

Eu não aguentava mais quebrar a cabeça por causa desses crimes. Já estava saturado de responder perguntas às quais nem eu mesmo sabia a resposta.

Cheguei bastante irritado no hospital. Era dia de visita do papai. Ele estava internado há quase dois anos graças ao câncer no estômago, que estava no Estágio IIIB. Já havia passado por inúmeras cirurgias mas nenhuma tinha destruído aquilo que o corroía. Ele não ia viver por muito tempo, então cada segundo ao seu lado era precioso.

— Oi pai – falei, entrando no quarto.

Ele virou a cabeça com dificuldade para me olhar.

— Oi grande homem – disse, abrindo um sorriso.

Esse era o apelido pelo qual ele me chamava. Grande homem. Desde pequeno, quando eu não era nem grande, nem homem.

Sentei-me na poltrona ao lado de sua cama e peguei em sua mão. Ele estava gélido, como de costume.

— Outra morte com aquele bilhete, pai – falei, engolindo seco.

Ele juntou as sobrancelhas.

— Assassino? – indagou, com o olhar pesado.

Assenti.

— Não sei o que tá acontecendo, não sei quem está por trás, mas eu preciso descobrir – falei, dando um longo suspiro.

Um silêncio pairou no ambiente, até ser cortado por meu pai.

— Filho, me prometa que vai tomar cuidado e não vai se meter em confusão – fez uma pausa para tossir. — Por favor, por mim – pediu Victor, apertando minha mão.

— Eu prometo, pai. Sabe que não sou desses – eu disse, firme.

— Você lembra de ter feito algo a alguém durante esse tempo me substituindo na polícia? – ele indagou, curioso.

Balancei a cabeça em negação.

— De forma alguma, pai. Eu prezo muito pela minha profissão e a única coisa que quero em todos os casos é fazer justiça, dar isso para os familiares das vítimas... Mas por quê? O senhor desconfia de algo?

— Se você não lembra de ter feito algo, então certamente não fez. Deduzi que alguém estivesse querendo se vingar, pois isso acontece em nosso meio, mas foi uma hipótese besta – fez uma pausa. — Eu mesmo já fiz algumas besteiras durante minha carreira... - finalizou, suspirando e encostando a cabeça no travesseiro.

— Que tipo de besteiras? – perguntei, surpreso.

Ele deu de ombros.

— Não é o momento. Não ainda.

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, a enfermeira entrou no quarto para a medicação. Dei um beijo no rosto de meu pai e saí pela porta. 

Entrei na minha BMW preta e cortei Los Angeles o mais rápido que eu pude. Precisava parar de pensar nisso e pra consagrar minha noite, iria ao lugar sagrado: Rock & Reilly's Irish Pub. Era pra lá que eu ia sempre que alguma coisa dava errado. O ambiente me acalmava. E calma era tudo o que eu precisava.

[...]

DULCE POV.

Anahí e eu tínhamos resolvido sair à noite pra espairecer. Os assassinatos costumava mexer muito com meu psicológico e eu só precisava lembrar que eu era alguém normal e uma pessoa boa, por mais que aparentasse o contrário.

— Eu amo esse lugar – a loira disse, animada. — Foda pra caralho. Rock a noite toda. Devíamos vir aqui mais vezes – sugeriu, sentando em uma mesa.

Eu ri com a empolgação.

— Nós viríamos, se tivéssemos grana o suficiente pra bancar muitas saídas para cá... Esse lugar é um absurdo de caro – falei, fazendo-a voltar a realidade.

Ela me olhou com os olhos espreitados, como quem dissesse "Esqueci que você gasta dinheiro adoidado com esses crimes". Revirei os olhos e chamei o garçom.

— Olá, madames. Em que posso ajudá-las? – o rapaz de regata e com o braço coberto por tatuagens perguntou.

— Qual o seu nome? – indaguei, olhando-o de cima a baixo.

— Jake – falou, dando um sorriso.

— Oi, Jake – sorri de volta. — Eu vou querer três dedos de whisky GlenMorangie 10 anos, por favor. E você, loira?

Annie lambeu os lábios, observando o garçom que tinha cabelos loiros e olhos verdes.

— Eu quero o Jake – disse, cínica. — Tá incluso no cardápio?

Ele deu um risinho abafado.

— Não, mas aqui nós fazemos a vontade dos clientes – respondeu, maliciosamente.

— Ela vai querer um Martini, Jake – tomei a frente, vendo onde aquilo ia parar.

Ele assentiu e foi em direção ao bar, fazendo o pedido.

— O que foi aquilo, garota? Resolveu bancar a maníaca sexual agora? – perguntei, rindo.

Ela concentrou seus olhos atrás de mim, ignorando totalmente o que eu havia acabado de dizer.

—  Anahí? Oi? Terra, chamando.

Mas nada dela me olhar.

— Fudeu – disse, com os olhos fitados em algo além do meu campo de visão.

Me virei para olhar e descobri o motivo do drama: Era Christopher. O filho do dono da cabeça que eu queria arrancar fora.

[...]