Fanfic: ~A Virgem & O Sequestrador~ | Tema: VonDy_DyC_CyD
Dulce
Nunca mais reclamo de ficar sentada o dia todo na sala de aula.
Ao menos lá eu não tinha de ficar amarrada e amordaçada, enquanto não sabia que horas seria liberta. Se algum dia reclamei de ficar sentada, por 2 horas ou um pouco mais, era por não saber o inferno que seria passar tanto indefinido sem poder me mover muito.
Como cheguei aqui? Como diabos me envolvi nesta maldita situação, sendo mantida presa a um desconhecido que me observava pelo espelhinho do carro, enquanto dirigia para Deus sabe onde comigo?
Ele não falava muito.
Era caladão.
Tudo que me disse, antes de me fazer desmaiar perto da escola, na saída, era que aquilo era um seqüestro, e um tempo depois que acordei me disse que ele me faria ligar para o meu pai daqui três dias.
Eu etava amarrada e amordaçada, sentada no banco de trás de um carro BMW, enquanto um pervertido babaca dirigia. Francamente, Dulce. Que destino perfeito, não? — ironizo comigo mesma.
Bem que eu queria falar isso em voz alta, mas aquele babacão me calou antes que eu falasse alguma coisa ou acordasse para me dar conta de onde estava.
Eu tentei gritar, sair, esperniar, mas as cordas e o pano em minha boca não deixavam muitas alternativas.
— Pode ficar quieta? Está balançando meu carro! — ele reclama, olhando para mim.
— Humhumhuuuuum! Huuumhuuuuuuum! — eu gritava, tentando dizer, "Me solta, seu babaca idiota!", más saia apenas um som de "um" da minha boca. Ele riu. Eu apenas me deixei cair em lágrimas, não de medo, mas de raiva.
Não queria chorar na frente dele, odiava me sentir vulnerável, porém naquele momento não conseguia evitar, minhas emoções estavam a flor da pele, por eu simplesmente não saber o que estava acontecendo comigo, nem o que estaria por vir.
— Hummhuumm! Hummhuumm! — eu tentava gritar dizendo " me solta", porém me frustrei outra vez, só saia o maldito som de "um``.
— Hum Hum Hum, é? Está certo, querida. — ele debochou.
Nem o conhecia direito, e já o odiava.
Maldito momento em que parei meu caminho de volta para ajudá-lo com o pneu "furado" do carro, no meio do beco onde entrei para chegar mais rápido em casa.
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— Ha, oi, precisa de ajuda? — perguntei, timidamente, ao observar o maldito homem bonito e atraente, agachado com o pneu aparentemente furado, no meio do beco deserto. Eu queria chamar sua atenção de alguma forma, para parecer útil. Quem sabe, ele me daria seu telefone? — eu pensei. Boba. Admito.
— Ah, Olá. Eu acho que preciso de ajuda sim. — me olhou, com um sorriso amável.
Eu devolvi.
Estava totalmente interessada em conhecer mais daquele desconhecido sexy.
— Não entendo muito de carros, mas conheço um mecânico, meu pai gosta bastante de carros e tem uma lista extensa de conhecidos no ramo de concertos..— falei, orando para estar parecendo mais velha e charmosa, pegando o celular do bolso para ligar.
— Não acho que seja preciso. — ele me impediu. — Guarde seu celular, é perigoso por esses lados. — Se aproximou. — Mas se puder, aceito uma forcinha para trocar o pneu. — estendeu a mão. — Sou Christopher.
Eu amei seu nome, e o pronunciei como se estivesse degustando, o que me rendeu outro sorriso dele.
— Christopher..— sussurrei. — Me chamo Dulce, Dulce María. — devolvi o sorriso, estendendo a mão para ele.
— Então, quer me ajudar? — Pergunta, com as mãos na cintura.
— Claro. Como posso fazer?
— Pega um pneu reserva no meu porta malas, por favor? — me entregou as chaves, se abaixando para o outro.
— Tá certo. — Fui até o porta malas e abri, não achei nada. Iria me virar para falar, mas mãos e braços fortes me agarraram, e um pano foi posto em minhas narinas com um forte cheiro, e eu o ouvi sussurrar.
— Isso é um seqüestro. — Tentei me debater mas não conseguia me mecher muito contra aquela parede de músculos. Lágrimas rolaram. — Fique calma..logo vai dormir.
E ele esta a certo.
Logo eu apaguei.
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E aqui estou eu.
Após horas incontáveis, e a chegada do escurecer, paramos em frente uma casa bonita e bem afastada da civilização.
Tinha muito verde ao redor.
Árvores, plantas, matagal, e mais árvores.
— Chegamos, Dulce. Vou te dar um tempo para descansar e trocar de roupa, amanhã vamos partir cedo no meu jatinho. Já conheceu a Espanha? — pergunta.
Agora ele conseguiu me dar medo. Eu estremeci. Como assim, Espanha?!
— Hummmmm! — tentei protestar.
Ele apenas riu outra vez.
— Ah Dulce, você é uma graça tentando falar. Pena que eu não dou a mínima para o que você quer dizer. — fechou a cara.
Ele me dava medo. Parecia tão frio e desumano, que me deixava apreensiva.
Ele desceu do carro e deu a volta no mesmo pela frente, então abriu a porta de trás, me tirando de dentro do carro em seus braços, fortes e firmes, diga-se de passagem.
Fomos entrando no local, e logo estávamos dentro da casa.
Era escuro e tinha muitos panos cobrindo moveis.
— Morei nessa casa por um tempo, antes de ir morar na Espanha. — ele disse, como se quisesse conversar. — Separei uma mala com roupas para você, e uma documentação falsa para te levar comigo, sem problemas legais. — disse, tirando as amarras de minhas mãos.
Eu tentei bater nele, mas ele segurou meus pulsos, enquanto me empurrava para o sofá coberto de pano branco, e montou em mim com uma perna de cada lado do meu corpo enquanto eu estava sentada, e ele prendia minhas mãos em baixo de seus joelhos.
— Fica quietinha e me ouve, se não as coisas vão ficar feias para o seu lado, mocinha. — apertando meu rosto com a mão esquerda.
— Olha bem essa foto. — me mostrou.
Era de hoje de manhã, quando me despedi de meus pais para ir a escola.
Havia outras fotos, de Maite, Anahí, nós três juntas no shopping, e outras com meus pais, más a de hoje cedo era a que me
— Sabe onde eu estava essa hora? Fazendo compras no mercado, para passarmos a noite tranquilos aqui, sem fome. Deveria me agradecer por me preocupar com sua alimentação. E depois, fui comprar roupas para mim, sou um pouco vaidoso. — tirando as notas fiscais do bolso, me mostrando as horas em que deixou os locais onde havia ido. — Então, acho que foi outra pessoa, não concorda comigo? — disse, cínico.
Maldito. Eu sabia o que ele estava querendo dizer.
— O que você quer?! — pergunto, desesperada. — Eu nem te conheço, o que eu fiz para você querer me fazer mal?! O que quer de mim?! — grito, me mexendo, querendo que ele saísse de cima.
— Você nada, seu pai quem fez! E ele vai pagar! Muito caro! Ouviu?! — ele gritou.
Logo me recorde que há algum tempo atrás meu pai havia viajado para a Espanha, especialmente em Madrid, mas disse que era por negócios, apenas isso.
Será que esse negócio havia causado problemas para o meu seqüestrador?
— Até que eu consiga o que eu quero, você vai ficar comigo. O tempo inteiro! E eu acho bom que se comporte! Nem tente nenhuma gracinha, caso contrário, a mesma pessoa que tirou essa foto, pode acabar de uma vez com quem fotografou, entendeu?!
— Não! Por favor! Não faz nada com meus pais, nem com minhas amigas, eu imploro! Eu juro que vou ficar quieta, nem vou fugir, mas não faz nada, por favor! — imploro, tentando conter as lágrimas.
Ele estava sério.
— Assim espero. — saiu de cima.
— Onde..eu vou ficar? — pergunto. Minha voz vacilou um pouco quando levantei do sofá.
Ele estava tirando o pano dos outros moveis.
— No quarto de cima, tem uma porta a esquerda, sua mala com roupas e outras coisas está lá também. Pode tomar um banho, tem toalhas limpas no banheiro, e sabonetes. — avisa.
Eu passei por ele e subi as escadas de madeira, recém invernizadas, e de cor caramelo queimado.
O corredor estava vazio, me deu um pouquinho de medo por ter aquele clima de casa antiga e assombrada. Certo que tinha um charme com sua decoração rústica, mas ainda era um pouco medonha.
Entrei no quarto de porta escura, e observei a cama coberta de lençóis brancos e aparentemente limpos, havia um criado mudo, da cor dos moveis da sala, e um guarda roupas estilo antigo, porém bonito, com quatro gavetas, duas no lado direito e duas no lado esquerdo, também havia um tapete vermelho, em contraste com o piso, também de madeira ( novidade ksksks).
Olhei ao redor e observei que no lado direito do quarto havia uma porta, imaginei que fosse o banheiro, e então entrei, estava louca para tomar um banho.
Me aproximei e abri a porta, que tinha uma tranca por fora, então me deparei com o banheiro, assim como toda a casa era rústico, com objetos de madeira e cores entre caramelo e madeira queimada, com um cheiro amadeirado delicioso. Fiquei viciada no cheiro daquele lugar.
Não achei que iria gostar tanto de estar alí como naquele momento. Tinha um ar de paz e tranquilidade naquele banheiro.
Comecei a encher a banheira para tomar um banho, então saí do mesmo, com uma toalha branca e felpuda em mãos, que eu havia encontrado em uma prateleira dentro do banheiro, perto da pia.
Peguei a mala e tirei uma roupa para dormir, era uma camisola branca com unicórnios, comprida e de algodão, ainda com a etiqueta.
Que tipo de seqüestrador compra roupas para a vítima? Ou providencia comida e espaço confortável?
Ele parecia ser bem rico, com um carrão daqueles e comprando mala de roupas, comida..
Será que ele era apenas um homem ferido em busca de respostas, que seu pai não lhe daria sem ter algo em troca, ou um assassino frio e calculista que pretendia lhe tratar como uma princesa antes de lhe matar e mandar o cadáver como aviso para o seu pai? Estremeci só com o pensamento, e comecei a pensar se aquele homem iria subir para me perturbar com alguma coisa, ou se poderia dormir direto sem temer.
Para me certificar, tranquei a porta do banheiro quando voltei, pronta para o banho.
Me despi e entrei na banheira com água morna, então comecei a me lavar com a água e sabonete, nunca gostei de dormir suja sem tomar um banho, me se tia um lixo humano quando ficava doente e não podia me molhar pela noite para não piorar.
Enquanto deitei a cabeça no outro lado da banheira, comecei a lembrar dos meus pais e das meninas. Como estavam? Sentiam minha falta? Estavam preocupados?
Me dava um ódio não poder falar com eles, que chegava a doer.
Lágrimas de raiva desciam pelo meu rosto outra vez.
Aquele dia era realmente real?
Estava mesmo acontecendo?
Uma batida na porta me chamou para a vida novamente, lembrando que aquilo estava realmente acontecendo.
— Já estou indo..— digo, um pouco baixo, saindo da banheira e me enrolando na toalha.
— Vou trazer alguma coisa para você comer, mas é melhor que coma e não fique de birra, se não vai dormir com fome. — proferiu simplesmente, e depois saiu do quarto. Soube disso por ouvir ele batendo a porta do mesmo.
— Okay..— digo, para mim mesma.
Ele era tão frio. E tão atraente, ao mesmo tempo...Foco Dulce! Ele te sequestrou e odeia seu pai, nunca que olharia pra você, sua tola! — digo, para mim mesma.
Respiro fundo e começo a me vestir, no banheiro mesmo.
Quando saio, tinha uma bandeja com um prato de biscoitos e um copo de leite morno, tampados, no criado mudo.
Não tinha a menor vontade de comer. Me sentia tão triste alí, sem ninguém, isolada..minhas amigas não estavam comigo, não tinha os concelhos de Mai para me acalmar, nem os gritinhos animados de Any para me fazer rir. Não tinha mamãe me dando dicas para os disfiles. O desfile! Lembrei, com mais ódio ainda. Eu deveria estar fotografando com os novos looks da Marzin, uma marca famosa de roupas e sapatos, mas não. Eu estava alí, sendo mantida em cativeiro.
Ódio.
Ódio.
Ódioooooo!
— Eu odeio você.. — eu sussurro, antes dr deitar e dormir.
Meu rosto já estava borrado com o rímel mesmo, então deixei que minhas lagrimas rolassem pelo meu rosto, até onde quisessem ir.
Continua...
Autor(a): anyvondy
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Oi amores! Tudo bom? Então, quando eu decidi reescrever a fanfic a virgem e o sequestrador, foi por achar que ela estava um pouco mal escrita e o enredo tava um tanto desconexo, daí eu passei anos pensando em voltar a escrever mas nunca sentia vontade, por achar que o rumo dela tava ruim, e ai quando quis refazer ela foi pensando em dar um fim, e um contexto b ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 2
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jucinairaespozani Postado em 12/06/2019 - 18:34:06
Devia posta no wattpad também, o Fanfics vive bugando muitas pessoas, pararam de ler por aqui
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jucinairaespozani Postado em 12/06/2019 - 18:32:35
Continua