Fanfic: As Boas-vindas em Casa Para o Major *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Ele já ia dizer que não, uma vez que não tinha respostas concretas quando se tratava de Anahí, apenas uma areia movediça sob seus pés, mas ele não podia negar sua curiosidade.

Christian devia conhecer ela, afinal ela era filha de Portilla. E então ele poderia ser capaz de lhe dizer algo útil.

Inferno, talvez outra parte dele só quisesse atrasar o mundo de dor em que ele estava prestes a colocar Christian.

— Sim. Eu conheci alguém. — ele girou o porta-copos que estava em suas mãos. — Anahí Portilla.

Christian engasgou com a cerveja.

— Como que é?!

— Eu estou supondo que você a conhece. — disse Alfonso, tentando manter a voz calma.

Christian era famoso pela sua reputação com as mulheres. Se ele tivesse passado um tempo com Anahí, Alfonso não sabia como iria reagir.

Definitivamente não seria bem.

— Se vocês já saíram, é melhor você me dizer agora e ser sincero, mas eu vou ver ela de novo, independentemente disso, então cuidado com o que diz.

— Se eu já saí com ela?! — Christian riu baixinho. — Você está brincando?!

Seu pescoço esquentou e a mão de Alfonso se curvou em um punho fechado enquanto ele esperava a confirmação de que Christian e Anahí tinham se envolvido.

Respire.

— Eu pareço estar brincando?

Christian deu um raro sorriso.

— Relaxa, cara... As pessoas aqui a chamam de Anahí-Sem-Homem. Ela é mais fechada que um convento à meia-noite.

Quando Alfonso estreitou o olhar, Christian apontou para as bebidas.

— Não que eu tenha feito qualquer tentativa de escalar as paredes do convento... Mas ela é tentadora.

O corpo de Alfonso relaxou um pouco, seu temperamento abrandando como se ele tivesse sido mergulhado em água gelada.

Ela mentiu para ele?

Em uma tentativa de afastá-lo, sem dúvida.

Pena que não tinha funcionado. Seu passado não fazia nenhuma diferença para ele, uma vez que ele era o seu presente.

Somado o que ele sabia agora, o comportamento de Anahí com tinha sido fora do comum, e aquele sentimento no fundo dos seus ossos tinha se provado correto.

Essa atração que ele sentiu quando eles estavam juntos não foi imaginação. Ela sentiu isso também, caramba.

A ferida na lateral de Alfonso exigiu que ele trocasse de posição.

Christian o olhou com curiosidade, enquanto as doses eram servidas diante deles, mas não fez nenhum comentário.

Alfonso deixou o seu copo intocado, mas não se opôs quando Christian pediu outra rodada.

Era isso. Um pouco de um fortalecedor não faria mal, e o álcool podia ajudar a entorpecer Christian do que golpe que Alfonso estava prestes a lhe dar.

Não havia mais como adiar.

Ele teve a viagem de volta para casa para digerir o desenrolar das coisas, mas para Christian seria um baque.

Seria como Eddy tivesse acabado de morrer.

— Alfonso! — a voz quente de sua irmã o tirou dos seus pensamentos.

Até ouvir ela falar, ele não tinha percebido o quanto tinha sentindo falta de Maite.

Ele esteve longe por tanto tempo, se concentrando no trabalho, permanecendo vivo...

Depois de um tempo, a ausência da sua família havia se tornado uma dor com a qual ele aprendeu a conviver. Um ferimento antigo.

Ter sua irmã sorrindo tão perto o fez se sentir novo.

— Maite! — ele se levantou e a puxou para um abraço de urso. — Você está exatamente igual!

— Você parece um pouco mais malvado...— ela deu um passo para trás, limpando as lágrimas dos olhos. — Quando você me ajudou a conseguir um emprego aqui, eu tive a ideia maluca de que você estaria por perto. Eu fiquei tão irritada com você por ter partido que eu poderia ter quebrado alguma coisa!

— Essa seria uma mudança interessante... — disse Christian atrás dele. — Seu irmão me pediu para ficar de olho em você, mas há um limite de checagens na biblioteca ou no café antes que se morra de tédio.

Ela apertou os lábios, mas humor dançou em seus olhos.

— Quem sabe você pega um livro, da próxima vez. É capaz de aprender algo útil.

Christian piscou para ela.

— A curiosidade matou o gato, querida...

Alfonso queria ficar quieto, observar esta nova dinâmica entre seu melhor amigo e sua irmã uma vez dolorosamente tímida.

Quando chegou a Black Rock, Maite não era capaz de olhar para Christian sem ficar vermelha, mas ela aparentemente tinha superado a timidez no tempo em que Alfonso esteve fora.

Se ele pudesse ficar lá sentado à noite toda e deixado a notícia cair somente sobre os seus ombros, ele faria isso, sem dúvidas, mas quanto mais ele esperava, mais difícil era encontrar as palavras.

— Maite... — Alfonso começou, mas logo teve que parar e limpar a garganta seca. — Eu não esperava que você estivesse aqui essa noite. Tem uma coisa que eu preciso falar com Christian. Vamos no ver amanhã.

— Você não pode dizer na minha frente? — perguntou sua irmã, um lampejo de dor em seus olhos.

Com razão, considerando que eles eram gêmeos e certa vez haviam compartilhado tudo sobre as suas vidas.

Christian permanecia imóvel, exceto pelos nós dos seus dedos tamborilando no bar.

Uma das desvantagens de passar por treinamento básico com alguém é que significava que não haveria surpresas.

O tom de Alfonso foi o suficiente para alertar o outro homem.

— Eu tenho a impressão de que isso não é apenas um encontro de amigos... — Christian puxou uma respiração e fez sinal para mais uma rodada de drinques.

Eles foram servidos rapidamente e ele bebeu a dose em um único gole.

Alfonso não tocou na sua, seu olhar preso em seu amigo.