Fanfic: As Boas-vindas em Casa Para o Major *AyA*Ponny* | Tema: Ponny, AyA

Christian gesticulou para o copo de vidro de Alfonso.

— Você vai beber isso?

— Eu estou bem assim, cara. — Alfonso respondeu, estremecendo quando Christian virou a dose que era dele também.

Maite piscou para Christian, desaprovação começando a colorir sua expressão.

— Eu não sabia que estávamos ficando bêbados esta noite...

— Eu não sabia que você precisava ser consultada.

— É assim que você fala com a minha irmã?! — respirando fundo para acalmar sua irritação, Alfonso se mexeu novamente para aliviar a pressão sobre a ferida. — Nós vamos ter essa conversa mais tarde.

Christian continuou a olhar para frente, não havia nada de emoção em seu rosto.

— É sobre Eddy, não é? Você vai finalmente me dizer o que aconteceu lá? — um músculo tremeu em sua bochecha, ele gesticulou para outra bebida e observou impassível enquanto ela era servida. — Quando você nos ligou para dizer que ele não voltaria para casa, eu sabia que você estava escondendo algo... Você é um mentiroso de merda, Alfonso! Fala de uma vez! Como ele morreu?! O que diabos aconteceu lá?!

Não haveria maneira de convencer seu amigo teimoso a se acalmar, mas caramba, ele não queria uma audiência.

Maite e Christian podiam ser amigos agora, mas Alfonso duvidava que ele fosse querer que ela ouvisse isso.

Isso era culpa de Alfonso. Ele deveria ter sido mais cuidadoso.

Se ele tivesse cumprido sua promessa de proteger Eddy, nada disso estaria acontecendo.

— Se eu pudesse esconder isso de você para sempre, eu esconderia, porque não há nenhum sentido em ambos se sentirem culpados, Christian. Mas isso vai sair no relatório do acidente essa semana, e eu quero que você saiba por mim.

Maite e Christian permaneceram completamente imóveis.

Alfonso soltou um suspiro cansado.

— Nós estávamos extraindo um grupo de prisioneiros de guerra. Eles tinham estado lá por uma semana, mas não conseguíamos chegar perto o suficiente ou obter uma contagem precisa dos insurgentes servindo de guardas. — ele engoliu em seco. — Um dos prisioneiros de guerra era um jornalista importante, então havia pressão para agirmos com mais rapidez do que eu me sentia confortável. Nós fomos à noite, e eles se moveram através de um túnel subterrâneo. Nós os perdemos por poucos minutos, e quando entramos no túnel, havia um dispositivo explosivo esperando por nós.

Christian ficou tenso ao lado dele, mas manteve o olhar para frente.

Alfonso fechou os olhos, cenas do túnel o acertando de todos os lados.

— Eddy era o especialista mais experiente entre nós, mas ele...

— Termine o que você tem a dizer. — Christian exigiu, sua voz calma.

— Ele entendeu tudo errado.

Madeira se fragmentando, estilhaços voando para todos os lados, ele incapaz de chegar até seu amigo...

— A bomba explodiu e metade do túnel cedeu. A maioria de nós estava em uma parte que permaneceu de pé.

Maite pressionou o rosto no ombro de Alfonso, que passou um braço ao redor dela.

— Isso não é sobre você...

— É sobre mim.

— Nenhuma quantidade de ensino teria...

Alfonso nem sequer pestanejou quando o punho de Christian disparou, enviando copos quebrados através do bar, porque ele sabia que isso estava chegando.

Ele também não se surpreendeu quando Christian arrastou seu banco para trás fazendo barulho e saiu do bar.

Alfonso se levantou para ir atrás de Christian, mas Maite, com os olhos cheios de lágrimas não derramadas, colocou a mão em seu braço.

— Eu vou. — ela esfregou o nariz. — Eu sou enfermeira. Eu trabalho com soldados angustiados todos os dias. Ele acha que é responsável agora, e isso é pior do que a dor. — ela olhou na direção em que Christian tinha ido, então de volta para Alfonso. — Ele vai demorar algum tempo para passar por isso. — seus olhos o estudaram, ela estendeu a mão e tocou o lado da sua camiseta, como se avaliando a sua lesão. — Estou feliz que você está de volta e está tudo acabado, mas você poderia ter morrido ali também, Alfonso. Você é uma parte de mim. Eu não poderia ter lidado com isso. Por favor, não esconda nada assim de mim outra vez.

— Eu não vou.

Ele só teve um segundo para se maravilhar sobre como sua irmã tinha se tornado forte durante a sua ausência antes que ela se virasse e fosse atrás de Christian.

Quando a porta do bar se fechou atrás dela, Alfonso sentiu sua cabeça reverberar, como um tiro saindo, dizendo que ele não deveria ter voltado para casa.

Mais do que tudo, ele desejava ter feito julgamentos diferentes, que teriam trazido seu amigo para casa em plena forma.

Se fosse possível, ele teria trocado de lugar com Eddy.

Muito pesado. O peso daquela noite, as coisas que ele tinha ouvido e visto, eram como uma bigorna de 100 quilos amarrada em seu pescoço.

Sem pensar nisso conscientemente, Alfonso se levantou, seu destino já uma conclusão precipitada em sua mente.

Anahí.

Seu nome era sinônimo de conforto, uma maneira de se perder, de ser levado para um lugar onde ele não tinha que pensar ou sofrer.

Ele jogou algumas notas no bar e se preparou para sair, mas uma pontada na parte de trás do seu pescoço o fez parar de repente.

Seus olhos estavam lhe pregando uma peça?

Não. Lá estava ela, na metade final do bar.

Outra garota estava puxando seu braço, pedindo que ela fosse na direção oposta, mas Anahí não estava se mexendo.

Ela o observava, uma expressão estranha no rosto.

Alfonso não pensou duas vezes. Ele foi até ela.