Fanfics Brasil - UM Olhos Certos

Fanfic: Olhos Certos | Tema: Thor, Loki


Capítulo: UM

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Desespero e medo era o que estava sentindo naquele momento ao ver de longe meu pai e meu tio brigarem daquela forma, estando longe, na metade da ponte arco-íris eu só poderia correr, correr numa velocidade o qual nunca pensei que conseguiria alcançar.


Ele tinha que saber que estava viva ou não saberia o que poderia resultar daquela briga. Não era como das outras vezes o qual os dois mediam forças ou que papai provocava tanto até que finalmente conseguisse tirar a paciência de Thor, era algo sério, algo muito sério.


De onde estava dava para ver que Loki não continha seus golpes e eu sabia o quanto poderia ser forte, ainda mais quando estava cego pela raiva, o que me deixava ainda mais apreensiva, não queria que nenhum deles se machucasse.


Estava agora a apenas alguns metros deles quando não dei mais um passo quando se ouve uma explosão de luz e de estilhaço, tudo ficou confuso e eu sou jogada para longe.


Foi como se o tempo tivesse parado. Loki tinha perdido totalmente sua sensatez, meus sentimentos estavam confusos, sentia raiva pelo seu lado invejoso que sempre tentava ser melhor que Thor e sentia tristeza por saber que tudo aquilo que fez foi para conseguir a admiração de meu avô.


Tristeza era o que mais prevalecia, pois por causa disso tudo ele nunca reparou que já tinha tudo aquilo que ele queria, amor, admiração e respeito, ele tinha tudo aquilo vindo de mim, mas parecia não bastar e cá estamos nós, em pé de guerra e o mais desesperador era que poderia acabar por de vez com nossa família...


 


Loki — 105 anos antes - Asgard


 


Abro os olhos ao finalmente ser acordado pelo barulho insistente de alguém batendo na porta, a princípio penso em ignorar, talvez a pessoa se tocaria e fosse embora, mas aquilo não aconteceu e irritado por tamanha inconveniência, me sento na cama passando as mãos pelo cabelo, só esperava que quem é que estivesse na porta tivesse algo muito importante para falar, caso contrário a coisa iria ficar feia.


Me levanto e só então noto que lá fora caia uma chuva forte e não era só isso, relampeava tanto que a luz passava pelos vitrais da sacada e iluminava todo o quarto.


A pessoa do outro lado não parava de bater e agora pensava em quem poderia ser, creio que não é Thor e nossa mãe também com certeza não seria, então não fazia a menor ideia.


— Pelos Deuses... Já estou indo. — com passos largos logo atravesso o quarto e abro a porta um tanto quanto bruscamente. Olho pelo corredor e me irrito ainda mais ao ver que não tinha ninguém. Estava prestes a voltar para cama quando ouço uma voz doce e infantil vinda de baixo.


Não poderia acreditar, aquela pirralha simplesmente não saia do meu pé, perguntava aos Deuses o que é que tinha feito de tão errado para merecer aquilo, odiava que ficassem em meu encalço, ainda mais quando a presença desse alguém me desagradava a tal ponto que eu não poderia sequer descrever.


— Papai... Estou com medo. — olho para baixo e tento manter a paciência ao ver aquela garotinha de cabelos negros e olhos verdes me encarando de forma tão assustada.


Por um instante não digo nada, ela poderia ter os meus olhos e a mesma cor de meus cabelos, mas aquilo não queria dizer nada, nada que de fato serviria como uma prova incontestável de que ela fosse realmente minha filha e não é ninguém que irá me convencer tão facilmente.


No bilhete que estava junto com suas coisas dizia que seu nome era Arie, nele sua mãe explicava como ela tinha sido concebida, numa única noite o qual passamos juntos, era aniversário de Thor e ele sabia que a Carmélia — uma jovem asgardiana que trabalhou por alguns anos no palácio — gostava de mim e então fez toda uma tramoia, me embebedando e incentivando a ficar com a mulher que era bela, mas um tanto quanto doce e certinha de mais para o meu gosto.


Ainda não acreditava que ela fosse de fato minha filha, afinal, Carmélia poderia ter dormido com qualquer outro depois de mim e então engravidado dessa pirralha, adoraria poder ir tirar satisfações, de obriga-la a explicar tudo aquilo, mas infelizmente em um segundo bilhete dizia que a mesma tinha morrido a alguns meses.


Pelo jeito ela só tem a mim agora, mas não me importei com aquilo, pra mim ela voltaria para o lugar de onde veio, mas Frigga não tinha permitido aquilo e me obrigou a ficar com a garota, alegando que Arie era praticamente uma cópia minha de quando era criança.


E desde então ela me perseguia pelo palácio, querendo a todo custo conseguir minha atenção e aquilo estava começando a me estressar, mesmo que faz apenas duas semanas o qual ela surgiu em minha vida.


— Desde quando uma asgardiana que diz ser minha filha tem medo de chuva? — pergunto cruzando os braços, está bem que não era uma simples chuva e sim uma tempestade, mas o que ela queria?... Ficar no meu quarto isso com certeza não iria acontecer.


— Mas estou com medo. — ela dá um passo em minha direção e eu afasto dois, não é uma carinha de choro que iria fazer com que meu coração se amolecesse. — ... Deixa eu dormir com o senhor?


— Não, de jeito nenhum. — respondo sem rodeios, pego ela pelo braço e a afasto, dando assim para fechar a porta atrás de mim e então vou em direção do seu quarto enquanto a levava, ela fez uma cara de choro maior do que antes, mas novamente não me importava, não gosto de dividir meu quarto ou minhas coisas com ninguém, ainda mais com aquela garotinha impostora que resolveu cair do nada em minha vida.


Não chegamos ao final do corredor quando se ouviu um estrondo lá fora, tão alto que até eu me assustei e infelizmente isso deu brecha para a garota, pois não consegui me afastar a tempo dela agarrar firmemente minhas pernas, me impedindo de dar mais um passo.


Tento me soltar a todo custo só que ela tinha mais força do que eu imaginava


— ... Papai, me deixa dormir com o senhor, por favor. — tinha um tom de desespero em sua voz que confesso que na hora fiquei com pena.


— A tempestade está caindo é lá fora, não aqui... Não se preocupe, o palácio é seguro... É só ignorar que logo cai no sono. — tento transparecer a ela que aquilo era algo banal, algo com que não precisasse se preocupar, mas a garota estava irredutível, apenas balançava a cabeça negativamente enquanto segurava ainda mais forte as minhas pernas.


Era só o que me faltava, nem durante a noite posso ter sossego, penso em me livrar dela, trancar a porta do quarto e deixa-la chorando no corredor, mas isso poderia acordar Frigga e eu não estou querendo ouvir mais nenhum sermão por causa dela.


— Garota, me solta! — falo mais firme, em um tom não tão amigável na intuição de deixa-la com medo de mim, mas que nada, ela não ligava para minhas palavras, pelo jeito o medo de tempestade era sério mesmo.


Suspiro ao ver que iria ter que ceder, bem que poderia ir atrás de protetora dela, vulgo Frigga, mas o todo poderoso Odin nunca iria permitir.


— Está bem, garota, agora me solte. — peço mais calmo. Sinto seus braços se afastarem de minhas pernas. Reviro os olhos e então volto a andar em direção do meu quarto, não olhei, mas pelo barulhos de seus passos, ela veio correndo tentando me alcançar.


Entro no quarto e a levo até minha cama, afastando os lenções, deixando que se deitasse para então poder cobri-la.


— Veja... — começo a falar, Arie olha atentamente para mim, segurando o lençol praticamente tampando o seu rosto. — Não precisa ter mais medo, estarei aqui no quarto.


Arie balança a cabeça positivamente e para minha surpresa ela se levanta, se aproximando de mim e dando um beijo em minha bochecha.


— Te amo, papai. — ela sorri e então volta a deitar, se virando de lado e se encolhendo toda, ficando uma pequena bolinha em meio a cama enorme.


Fico sem reação com aquele gesto de carinho tão inesperado, desde que chegou aqui eu não a tratei bem, mas mesmo assim ela não parecia se importar, na verdade parecia se divertir. Vivia correndo atrás de mim, querendo minha atenção e agora diz que me ama?!


Me perguntava o que a mãe dela contou sobre mim, sempre soube que Carmélia gostava de mim e ela era uma pessoa boa, mas depois de ter criado uma criança sozinha durante cinco anos, não restaria muita coisa boa para falar do pai... Pelo menos eu não falaria.


Saio daquele transe e vou até a janela, fechando as cortinas e me sento na poltrona que tinha perto da estante de livros. Tinha perdido o sono então resolvo terminar de ler um dos meus livros de magia, mas confesso que não conseguia me concentrar, não tirava os olhos da Arie que agora dormia tranquilamente...


 


... Não sei quando peguei no sono, mas acordei no dia seguinte com a luz do sol batendo em meu rosto, pelo jeito não tinha fechado as cortinas direito, porém não era apenas isso que estava diferente, sentia um peso sobre mim.


Abro os olhos e me surpreendo ao ver que Arie dormia tranquilamente em meu colo, com a cabeça apoiada em meu peito e sua mão segurando fortemente o tecido fino de minha camisa, ela parecia bem confortável, diferente de mim que estava todo torto.


Tinha que admitir, essa garotinha é muito atrevida e eu gostava daquilo, enquanto ela dormia, aproveito para observá-la, ela me fazia lembrar de quando era criança e tentava a todo custo chamar atenção de Odin, mas não importava o que eu fizesse, ele sempre dava mais importância ao Thor.


Nunca consegui entender, sou tão bom quanto meu irmão nas coisas o qual faço, diria que até mais inteligente e sabia muito mais sobre Asgard e suas leis do que meu irmão poderia aprender em toda sua vida, ele só tinha mente para guerra, além de ser um grande feiticeiro, coisa que Thor não era também, porém era nítido a forma diferente com o qual nos tratava, foi raro as vezes que pude ficar assim como ela, deitada no colo de meu pai, tão raro que poderia contar nos dedos de apenas uma mão.


Frigga era a única que realmente se importava comigo e sentia que não fazia diferença entre nós dois, nos amava da mesma forma.


E tudo bem, se de fato ela é a minha filha, estava fazendo a mesma coisa que meu pai, talvez até um pouco pior do que ele e pensar nisso me fazia sentir envergonha, pois negligência paterna era o que mais criticava nele. Se não tenho toda atenção de Odin, mas tenho a de minha mãe e mesmo assim me sentia rejeitado, imagina como deve ser para Arie.


Suspiro, odiava quando a consciência pesava daquele jeito, era raro as vezes que ocorria, mas quando acontecia eu fazia de tudo para livrar daquele sentimento de culpa.


Olho novamente para a garota e ela é realmente a minha cara... Estava sendo um pouco contraditório, a poucas horas batia o pé ao defender que nossos traços em comum não queria dizer nada, mas eu tinha que ser realista.


Sendo sincero comigo mesmo, estava com medo, medo de do nada ter que assumir a responsabilidade de ser um pai, ainda mais de uma garotinha de apenas cinco anos, tinha medo de ser tudo aquilo que mais criticava em meu pai.


— Hun... Acorda, garota. — chamo chacoalhando-a um pouco, ela resmunga qualquer coisa mas não abre os olhos, apenas pergunta o que eu queria, sua voz era sonolenta, me perguntava se tinha conseguido dormir muito por causa do medo dos relâmpagos. — Vai se trocar, vou sair hoje e você irá comigo.


Talvez tenha puxado a minha capacidade mágica e seria interessante passar meus conhecimentos para alguém do meu sangue, ainda mais quando parece que ela iria prestar atenção em tudo e se emp



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Autor(a): taitaina1998hotmail.com

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