Fanfic: Depois do Expediente | Tema: Marvel,Vingadores,Natasha Romanoff,Bruce Banner,Brutasha
Aquela já era a terceira vez que Natasha trocava de roupa. Sua cama já estava formando um amontoado de roupas que ela pegou,provou e desistiu. Ela coloca um vestido preto, uma cor bem característica sua e que até combinava com seu nome de super heroína, mas ao se olhar no espelho logo desiste. Iria para um encontro bem casual, não havia a necessidade de pôr um vestido apertado. Cansada e já impaciente, ela retira o vestido rapidamente e atira num canto qualquer do seu quarto, até que ouve um miado e vê o seu vestido se mover no chão. Era Masha, sua gata siamesa que estava ali, o vestido caíra justo em cima da sua amiga felina. Natasha se aproxima e tira o vestido de cima dela, pega a gata no colo, acaricia seu pescoço e fala consigo mesma.
-É só um encontro bobo. - ela bufa e coloca Masha cuidadosamente em cima da cama.
Mas a quem ela estaria enganando? Não era apenas um encontro. Ela iria sair para comer uma pizza e jogar um boliche com ninguém menos que ele, Bruce Banner. Desde a última missão dos vingadores em que Loki quase destruiu Nova York, eles estavam meio que de “férias”, o que a fez alugar um pequeno apartamento em Manhattan tendo como sua única companhia, sua gata. Ela sentia algo por ele e não podia mais esconder, mas será que o sentimento era recíproco? Será que Bruce Banner também gostava dela? Um homem que carregava dentro de si duas criaturas podia amar alguém? Confusa, ela se senta na cama e tenta acalmar seus pensamentos e inquietações. Ela, sempre tão durona e temida, apaixonada por alguém. Aquilo não poderia chegar aos Vingadores, se chegasse, já até sabia a piada que Tony Stark faria: A Bela e a Fera. Ela ri internamente com o pensamento e olha o relógio, 19:40. Se demorasse mais um pouco iria se atrasar. Rapidamente ela veste uma calça jeans e uma camiseta preta que logo combinou bem com ela, calçou seus tênis All Star pretos e dá uma verificada rápida no cabelo. Estava apresentável. É só um encontro bobo, repetia ela para si mesma. Ela aplica um pouco de perfume e um batom vermelho coral, o Uber já estava a esperando lá embaixo.
Bruce Banner nem viu a hora passar, estava em mais uma de suas pesquisas para as indústrias Stark, desde que começou a trabalhar para o gênio,bilionário,playboy e filantropo do Tony Stark ele poderia ter algo que raramente tinha, paz. Ele tinha uma sala de pesquisa só dele e com todo o equipamento da mais alta tecnologia que eram como uma mão na roda para seu trabalho. Faziam - se já muitos meses desde a última missão dos Vingadores e como última opção ele considerou trabalhar para Stark. Até que não estava sendo tão ruim. Ele estava tão concentrado em seus cálculos que só a voz de Jarvis o tirou de seus devaneios.
-Senhor Banner, a senhorita Romanoff se encontra lá embaixo e pede autorização para subir. - dizia a voz metálica daquela máquina.
-Oh Meu Deus! Esqueci totalmente do boliche! - ele põe as duas mãos na cabeça. - Mande ela subir, Jarvis.
-Sim senhor.
Ele não havia nem tomado banho ainda e nem tinha ideia do que vestir. Rapidamente ele corre pro banheiro de seus aposentos e toma uma rápida chuveirada, após sair do chuveiro, ele enrola a toalha rapidamente em sua cintura e sai de lá na tentativa de se vestir, porém logo quando chega na sala ele leva um susto. Natasha estava lá o esperando e ao vê-lo de toalha, ela tenta disfarçar o constrangimento.
-Desculpe, Natasha. - ele cora de vergonha e olha pro chão. - Esqueci que você estava aqui.
-Está tudo bem, Bruce. - ela abre um sorriso. - Já vi você se transformar no Hulk, então te ver de toalha é um mero detalhe.
-Vou me vestir rapidinho e já saímos. - ele corre em direção ao quarto.
Natasha dá risada de toda a situação, lógico que vê-lo de toalha a incomodou um pouco e lhe despertou bastante o interesse nele, mas ela não entregaria seus desejos assim tão fácil. Ela era dura na queda. Porém não deixou de imaginar como ele seria por baixo daquela toalha. Rapidamente a ruiva censura esse pensamento e volta à realidade presente, seus pensamentos são interrompidos por nada menos que ele,gênio,bilionário,playboy,filantropo,Tony Stark.
-Senhorita Romanoff. - ele sorri e lhe beija a mão. - Sentiu minha falta?
-Claro que não. - ela dá um revirar de olhos. - Estou esperando o Bruce. Vamos jogar boliche e comer uma pizza.
-Então vejamos o que temos aqui. - ele apóia os braços em uma das mesas de pesquisa. - Um encontro entre a Bela e a Fera.
-Para de implicar com eles, Tony! - Pepper surge e o abraça por trás. - Oi Nat.
-Oi Pepper. - a ruiva responde com voz suave. - Seu namorado estava fazendo uma piada sobre mim e Bruce.
-Mas veja só se não combina, Pepper! Ela é a Bela, Bruce é a fera. - ele ri. - Tenho que contar isso pros outros.
-Se ousar contar pros outros. - ela se aproxima dele e o encara. - Te transformo em sucata,homem de lata.
-Deixa eles, Tony. - Pepper lhe dá um beijo carinhoso nos lábios. - Vem,vou te fazer uma massagem especial.
-Promete fazer aquela outra coisa especial que você sabe fazer? - pergunta ele com voz melosa,o que faz Natasha revirar os olhos.
-O que você quiser. - diz Pepper com um enorme sorriso maroto. - Vem, vamos lá pra cima. Bom encontro pra vocês, Nat.
-Obrigada. - ela responde dando um meio sorriso.
Bruce surge na sala e procura por seus óculos, rapidamente os encontra e dá uma rápida olhada no espelho. Ele estava nervoso, e também não pode deixar de ouvir a comparação feita por Tony, ele era a Fera e Natasha era a Bela.
-Podemos ir Senhor Fantástico? - pergunta Natasha o provocando, ela sempre o provocava chamando assim.
-Claro,Viúva negra. - responde ele dando um sorriso irônico.
Ele torcia para que ela não pudesse ouvir as batidas de seu coração, uma emoção enorme tomava conta dele e por mais que tentasse não podia esconder o nervosismo. Natasha estava linda mesmo naquela roupa casual, ele sempre adorava vê-la de jeans. Naquela noite, sentiu uma imensa vontade de dizer o quanto ela estava perfeita, mas resolveu se conter. Tinha medo de dizer alguma besteira e acabar com o encontro.
-Está tão calado, Stark tem te torturado? - pergunta ela enquanto entravam no elevador.
-Não, só estou um pouco cansado. - ele responde sem graça. - Mas estou feliz que tenha aceitado sair comigo.
Ele viu ela esboçar um sorriso de canto, o que o deixou cheio de esperanças para aquela noite. Natasha também estava nervosa, mas como ela era ótima em esconder sentimentos, aquilo estava sendo bem fácil. Enquanto desciam silenciosos dentro do elevador, ela sempre o olhava de canto de olho. Bruce Banner sempre teve um visual mais bagunçado e ela gostava daquilo, aqueles óculos e cabelos despenteados o tornavam um nerd sexy.
Rapidamente a porta do elevador se abre, eles já estavam na recepção. Um frio gelado invade o local, Natasha deu graças aos deuses por ter colocado sua jaqueta jeans, Bruce também havia colocado seu blazer que combinava bem com sua camisa social azul marinho. Os dois chegam na calçada e o vento gélido de inverno toca em seus rostos, causando arrepios em ambos, Bruce se enche de coragem e oferece seu braço a Natasha, a ruiva dá um sorriso e aceita, e assim os dois vão para o boliche de braços dados.
Todd estava de olho naquela ruiva há semanas, ela nem se deu conta que ele a seguiu durante todo o mês para saber seus passos. Viu que pela manhã bem cedo ela gostava de correr no Central Park e depois dar uma pausa para um café no Starbucks, pela tarde ela ia ao supermercado e fazia compras, sempre andando atenta e olhando ao redor, parecia que até sabia que era seguida. Logo ele pressentiu que teria de ser mais esperto que ela quando fosse pegá-la. O que mais o animou foi saber que ela mora sozinha, ele deduziu isso pelo fato dela ter um gato, Todd sabia que essa era uma das características principais para saber se uma mulher vivia sozinha, elas sempre possuíam um animal de estimação.
Desde adolescente ele era um psicopata, começou aos poucos, matando animais de estimação dos vizinhos,depenando passarinhos e envenenando outros bichos de pequeno porte. Ele se deliciava ao ver as expressões de dores que eles faziam enquanto morriam, aquilo lhe causava um prazer indescritível em seu ser, até que um dia resolveu fazer sua primeira vítima humana. Aquele dia foi um grande divisor de águas em seu passatempo favorito, quando isso aconteceu ele já estava adulto e não morava mais com seus pais. Sua primeira vítima foi uma prostituta drogada que ele tinha encontrado no bairro do Harlem, a garota estava desesperada por drogas e aceitava qualquer valor por um programa. Foi uma presa fácil demais. Não tinha parentes, vivia nas ruas e ninguém daria pela falta de uma viciada e nem mesmo a polícia iria se encarregar de procurar por ela. Todd a atraiu para um beco escuro e sujo atrás de um prédio abandonado, quando chegaram lá e ele se certificou de que estavam sozinhos, apenas empunhou a faca e começou a desferir vários golpes pela garota, que nem teve tempo de gritar ou reagir. Não demorou muito para ela cair morta no chão e a adrenalina daquilo tomar conta dele. Seu rosto ficou salpicado de sangue e suas roupas também, mas logo ele daria um jeito, sua primeira vítima jazia ali, morta e jogada em um beco escuro. Logo em sua mente lhe veio a ideia de que talvez ele tenha feito um favor a sociedade, uma drogada não faria falta para aquela mundo cruel e desigual.
Desde aquele dia, ele pesquisou na internet outros meios de matar. Desta vez ele queria ser mais lento em suas mortes, queria torturar por mais tempo as vítimas, queria vê-las sofrer e gritar por piedade. Seus próximos assassinatos foram bem sucedidos, ele matara mais três prostitutas que ninguém daria falta. Logo ficou entediado de matar apenas mulheres deste tipo e resolveu se arriscar em escolher outras vítimas, até que um dia seus olhos viram aquela bela ruiva sair de uma loja de roupas. Desde então, ele veio a segui-la sempre e a descobrir uma maneira de pegá-la, mas com ela seria diferente. Primeiro iria aproveitar cada centímetro daquele belo corpo, depois iria matá-la, lenta e dolorosamente.
Hoje era sexta à noite, ele decidiu que não aguentava esperar mais. Precisava ter aquela ruiva só para si, todas as noites ele sonhava imaginando o seu corpo e em como seria matá-la. Ele a seguiu desde a hora em que ela saiu de casa,viu quando seu Uber parou em frente ao prédio da Torre Stark. Será que ela trabalhava para aquele idiota capitalista? Mais um motivo para eliminá-la da sociedade, ele odiava os capitalistas. Todd esperou pacientemente a ruiva sair do prédio, ela não demorou muito, porém logo quando saiu viu que ela estava acompanhada de um homem e também viu quando eles saíram de braços dados e juntinhos para algum lugar, o que o causou um pouco de ciúmes. Agora ele tinha duas vítimas para pôr um fim, primeiro mataria o cara e depois teria a ruivinha gostosa só para ele.
Natasha e Bruce já estavam na pista de boliche, os dois seguem empatados. Bruce era ótimo e esperto no jogo, ela também não era uma mau jogadora. A próxima jogada era a dela, a ruiva escolheu uma bola com um tom rosa choque, se ela ganhasse, Bruce perderia a rodada, se errasse, ele seria o vencedor.
-Podíamos apostar algo. - diz ela com um sorriso brincalhão.
-Tipo o quê?
-Bem, se eu ganhar, você me deve uma dança. - responde ela.
-O quê? Uma dança? - ele fica perplexo. - Eu tenho dois pés esquerdos quando o assunto é dança.
-Vai ser legal. - ela sorri o tranquilizando. - Eu te ensino. Agora me diz, se você ganhar, o que quer de mim?
Ele pensa em várias coisas que poderia pedir a ela. Já que ela foi tão ousada em pedir uma dança com ele sabendo que é uma negação nisso, o que custava ele pedir algo ousado também?
-Quero um beijo. - pede ele sentindo a vergonha queimar seu rosto.
Natasha engole em seco e fica surpresa com aquele pedido, ela quase deixa a bola de boliche cair de sua mão com o choque. Ela disfarça seu constrangimento e apenas diz.
-Fechado.
A ruiva se posiciona na pista de boliche e se concentra, uma aposta era uma aposta, estava feito. Suas mãos suam, porém ela mantém o equilíbrio e faz sua jogada. Sua bola rosa choque desliza suavemente pela pista, Bruce olhava atento e com grande expectativa para ganhar a aposta, porém para sua decepção, a bola dela derruba todos os pinos. Natasha pula de alegria e comemora, ele não sabia se era alegria por ter ganhado o jogo ou por não precisar beijá-lo. A decepção era evidente em seu rosto, porém ele logo tratou de disfarçar.
-Parece que alguém me deve uma dança. - ela dá uma piscada.
Depois do jogo, eles comem uma pizza e conversam. Bruce contava a ela coisas da época dele de colegial e de como descobriu sua paixão pelas ciências. Ela ouvia tudo atentamente enquanto comia, como será que teria sido se ele tivesse ganhado a aposta? Qual seria a sensação de beijá-lo? Era nítido que ele estava interessado nela também, porque não se declarar logo? Pelo menos uma vez na vida ela desejava ter sorte no amor.
-E então, eu sei pouca coisa sobre você. - diz ele enquanto a observa comer. - Você contou pouca coisa sobre a tal “sala vermelha”.
-É uma parte da minha vida que prefiro esquecer. - ela suspira. - Estou tentando ser uma pessoal normal, entende? Faz um mês que estou morando em Manhattan e procuro tentar ser alguém comum.
-E quais são seus planos para essa vida comum? Pensa em continuar na SHIELD?
-Gosto de lutar e ajudar a humanidade. Pretendo continuar lá por um bom tempo. - ela o encara. - E você? Vai ficar sendo empregado do Stark pro resto da vida?
-Ainda não sei bem. - responde ele distraído. - Gosto de estar sempre descobrindo coisas novas, e o ambiente de trabalho que ele me proporcionou é ótimo. Sem estresse, sem pressão. É ótimo para que o “outro cara” não surja.
Natasha entende ao que ele estava se referindo. Da última vez em que ele se transformou em Hulk o estrago foi enorme e ele quase ficou descontrolado, colocando até a vida dela em risco. Agora ele estava controlado e torcia para que isso não acontecesse de novo, não em momentos desnecessários.
-Sabe, lembrei que está tendo uma noite dos anos 90 aqui perto. É numa danceteria bem legal, sempre quis ir lá. Podemos ir agora e você paga a aposta. - sugere ela.
-Claro, você quer que eu pague mico na frente de um monte de pessoas. - responde ele irônico. - Espero que o “outro cara” não leve isso pro lado pessoal.
-Tenho certeza que seu amigo grandão e verde iria adorar. - ela sorri e se levanta.
Os dois saem dali em busca da danceteria, Bruce é surpreendido por Natasha segurar sua mão. A pele dela era tão macia que ele não soltaria sua mão o resto da noite de fosse possível,um sorriso tímido se forma em seu rosto e eles caminham até o local. Quando chegam lá, não estava tão cheio, a danceteria tocava músicas suaves que ambos já conheciam e já haviam curtido na adolescência. Poucos casais preenchiam a pista de dança, até que a música é trocada e começa a tocar “How Deep Is Your Love” do Bee Gee. A ruiva puxa Bruce pela mão até a pista de dança, ele vai até lá totalmente envergonhado, porém a obedece. Natasha cola seu corpo no dele e coloca suas mãos em torno de seu pescoço, ele segura firme em sua cintura fina de violão.
-Essa música é uma das minhas favoritas. - diz ela um pouco alto por conta do barulho.
-A minha também. - responde ele sorrindo.
-Você só precisa deixar os pés bem relaxados. - diz ela em seu ouvido. - Como essa música é lenta, iremos nos mexer pouco.
-Entendi. - diz ele torcendo para não pisar no pé dela.
Ela sorri lindamente e naquele momento ele se sentiu como o nerd da escola que sai com a garota mais popular e linda do colégio. Tê- la ali perto de si, sentindo seu corpo e seu olhar tão doce fazia seu coração bater forte. Ele queria se declarar para ela ali mesmo, ao som daquela música e olhando em seus olhos, porém algo dentro dele o impedia de fazer aquilo.
-Porque está tão sério? Senhor Fantástico. - pergunta ela o provocando.
Você! Você é a causa de tudo estar se desmoronando dentro de mim agora, pensa ele.
-Estou feliz por estar indo bem na dança e não ter pisado em seu pé nenhuma vez,até agora.
A ruiva dá um risinho.
-Se quiser, posso te dar aulas particulares. - ela morde o lábio inferior.
-Não vou ter tempo. - mente ele.
A verdade era que aceitar ficar a sós com ela implicava ter que se controlar para não beijá-la ou dizer alguma besteira. Ele percebia o tom provocativo na voz dela, mas precisava bancar o difícil um pouco. A música acaba e os corpos deles se separam, a que veio tocar agora era uma mais animada e ele não estava afim de pagar um mico de verdade. Os dois saem da pista de dança e vão até o bar, Natasha pede uma dose de vodka e bebe ela toda de uma vez. Bruce pede um Whisky duplo e o bebe aos poucos.
-Até que não fui um dançarino tão ruim, não acha? - ele se sente relaxado pela bebida.
-Você foi ótimo. - ela sorri. - Podemos sair para dançar mais vezes.
-Será uma honra. - ele toma o resto do Whisky e segura a mão dela por baixo do balcão.
Natasha o olha fixo e dá um leve aperto em sua mão, um sorriso se forma nela e logo Bruce entende que aquele era o sinal verde que ele tanto esperava. Ele aproxima seu rosto do dela lentamente e a vê fechar os olhos, logo seus lábios pousam no dela, dando início a um beijo terno e quente. Depois de se beijarem por poucos segundos, eles se olham e se dão conta do que houve ali. Bruce queria enfiar sua cara no chão, porém a expressão que se formava no rosto de sua deusa ruiva, era de felicidade.
-Melhor irmos embora, não acha? - pergunta ela quebrando o clima de silêncio.
-Ah, claro. - responde ele ainda desconcertado, o que a fez rir.
Bruce paga a conta e eles saem do bar de braços dados. O frio estava mais ameno e uma bela lua surgia no céu iluminando a noite. Natasha não poderia estar mais feliz com o que havia acontecido, ela olha para o seu Senhor Fantástico discretamente e vê que ele parecia quieto e confuso. Será que o beijo não foi bom para ele? Antes que pudesse responder algo, sente um pano tapar sua respiração e imediatamente ela cai desmaiada.
O sacolejar do veículo acordou Natasha imediatamente. Ela sente que está amarrada e presume que o carro seja um furgão ou uma Van. Bruce estava perto dela, também amarrado e ainda desmaiado. A ruiva se aproxima dele se arrastando.
-Bruce, acorde! - murmura ela assustada.
Ela não se lembrava de mais nada e nem de como foi parar ali, apenas se lembra que alguém a sufocou e ela desmaiou. O veículo para, era difícil saber onde estavam pois as janelas estavam pintadas de preto. Bruce começa a acordar aos poucos, a testa dele sangrava um pouco, deviam ter batido nele. As portas se abrem e dois homens surgem, um deles tinha o cabelo loiro e mal cortado, vestia um conjunto de moletom preto e portava um bastão de beisebol. O outro cara era um careca bem forte e alto,parecia quase um armário. O de cabelo loiro sorri para Natasha e diz.
-Não se preocupe meu anjo, iremos nos divertir muito essa noite.
Ele faz um sinal para que o cara maior e mais forte pegue Bruce, ele o puxa bruscamente do veículo e o arrasta até uma espécie de galpão abandonado. Natasha é levada pelo outro para lá também. Ao entrarem lá, os dois são amarrados cada um em uma pilastra de madeira. Ela procurava uma maneira de saírem dali, mas toda amarrada era praticamente impossível. Ela olha para o lado e vê Bruce totalmente desperto e confuso, ele a olha com medo.
-Desculpe não ter me apresentado, apesar que isso não vai valer de nada já que amanhã vocês estarão mortos. - o cara loiro começa. - Sou Todd Walker.
-O que quer com a gente? - pergunta Bruce atônito.
-Meu negócio hoje era apenas com a ruivinha. - ele ri. - Porém como você veio no pacote, teremos uma morte dupla hoje.
Natasha encarava Todd com raiva, suas palavras não a intimidavam, ela já passou por coisas piores quando ficou na “sala vermelha”. Teria que arranjar um jeito de fugir dali e acabar com a raça daquele maluco.
-Estou observando você há semanas. - Todd se aproxima dela. - Quero você na minha coleção pessoal. É tão linda, será uma pena machucar esse lindo rostinho. - ele acaricia o rosto de Natasha.
Bruce estava começando a se sentir estranho. Ver aquele cara tocando e falando com sua amada daquela maneira estava fazendo despertar o “outro cara”.
-Ronald, dê um fim no namoradinho dela. Quero ela só pra mim. - Todd corta a blusa de Natasha com uma faca, em seguida ele dá uma lambida na bochecha dela.
Aquela cena fez Bruce suar e tremer mais forte que o normal, ele vê Ronald sacar uma arma e se aproximar dele. Natasha olha para ele e logo se desespera, o “outro cara” estava chegando. Uma enorme adrenalina sobe em seu corpo como se fosse uma corrente elétrica, não havia mais como ele se controlar, Hulk estava chegando e já podia senti-lo se apoderar de seu corpo. Bruce urra e logo sente seu corpo crescer e suas roupas rasgarem, Toddy e Ronald empunham suas armas totalmente assustados e tentam por diversas vezes atirar em vão contra a enorme fera verde que cresceu a ponto de arrebentar o teto do galpão. As balas das armas deles se acabam e eles tentam fugir, porém logo Hulk os pega como se fossem duas formigas e atira eles contra a parede, os matando imediatamente.
Natasha o olha chorando e meneia a cabeça implorando pela sua vida, da última vez que ele estava assim quase a matou e também por pouco não dizimou a equipe dos Vingadores. Hulk a olha e urra dando um soco no chão, com lágrimas que desciam copiosamente em seu rosto, ela murmura.
-Bruce, não!
Ele arranca a pilastra que a mantinha presa e a derruba no chão, Natasha sente uma enorme dor nas costelas com a queda. Ele se aproxima dela feroz e urrando, a ruiva se senta no chão ainda chorando e tenta acalmá-lo.
-Sou eu, Bruce. - ela implora. - Não me mate. Eu te amo!
Ele grunhe e cai no chão ajoelhado perto dela. Mesmo com medo, Natasha se aproxima dele carinhosamente e toca seu rosto, acariciando sua face feroz. Hulk fica rendido com o toque dela e solta um gemido, lágrimas descem em seu rosto verde. Os dois choram juntos com os rostos bem próximos um do outro, até que depois de alguns minutos, ela abre os olhos e vê Bruce de volta a sua forma humana.
-Me desculpe. - ele sussurra ainda derramando algumas lágrimas. - Eu te machuquei, não foi?
-Só umas costelas doloridas. - ela sorri em meio as lágrimas. - Você me salvou, Bruce.
-Só pra constar uma coisa. - ele dá um sorriso de alívio. - Também te amo!
Natasha sorri e o abraça forte, em seguida ela envolve o seu rosto com suas mãos e o beija apaixonadamente. Naquele momento,nada mais importava,apenas eles dois.
Autor(a): marylari23
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