Fanfics Brasil - Visita Without You

Fanfic: Without You | Tema: X Japan


Capítulo: Visita

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[hide POV]


Já faz um mês desde que encontrei Yoshiki desmaiado na porta de sua casa. Ele passou alguns dias no hospital devido a desidratação e também para tratar uma luxação na mão, por causa do murro que ele deu em Taiji. Fiquei todo esse tempo em sua casa, cuidando do que fosse necessário para que se alimentasse bem e tomasse os remédios na hora certa. Yo-chan sempre ria de mim pois me preocupava em sair da cama de modo para não acordá-lo, mas sempre derrubava alguma coisa no andar debaixo ou mesmo na cozinha.


Esse despertador que arrumei ainda vai me matar do coração – disse Yoshiki rindo da situação enquanto entrava pela porta do quarto tentando não derrubar a bandeja. Com cuidado, depositei-a na cama.


Você quer trocar de despertador? - eu disse baixinho dando vários beijinhos no rosto do meu amado. Seu cabelo bagunçado era algo que me fascinava e sem contar que acordara sempre antes das 6 da manhã só para vê-lo dormir. Yoshiki era lindo de todas as formas, principalmente dormindo.


Hmmm... não quero trocar não, eu quero sempre assim. A casa cheia de barulho logo pela manhã – disse Yo-chan segurando meu rosto com as mãos e passando a língua por seus dentes de modo a me dizer de outra forma o que queria dizer com “barulho”. O beijei ternamente.


Como está a sua mão? - perguntei.


Está melhor sim, quase não sinto nada. Preciso saber se já posso tocar piano pelo menos. – disse Yo-chan.


Depois a gente tenta, ok? Agora vamos comer. – eu disse entregando-lhe um guardanapo.


Qual o cardápio de hoje? - perguntou ele com um tom curioso.


Torradinhas, chá verde, e ovos mexidos com aquele negócio branco que a Mel mandou pra gente do Brasil. Sempre esqueço o nome – disse servindo Yo-chan.


É queijo minas, amor...e aliás é muito bom! Vou querer comer sempre. – disse Yo-chan feliz. Pelo visto a Mel conquistou o coração do rapaz.


Coma tudo então porque hoje nós vamos sair – eu disse mordendo uma torrada.


Onde nós vamos? Faz tempo que não saímos daqui. São as pessoas que vem nos visitar. – disse ele.


Até aquele seu amigo – respondi com um tom amargo.


Amor, ele veio se desculpar e você aceitou o pedido de desculpas dele. E outra, o Imai está com ele agora. Atsushi sempre foi apaixonado por ele. – disse ele.


Aceitei as desculpas por você, não por ele. Beijar minha princesa na frente de todos foi uma afronta – eu disse bufando.


Não faz assim, esquece isso tá? Onde nós vamos hoje? - perguntou ele feliz me fazendo esquecer o ocorrido.


Hoje vou te levar para conhecer minha obāchan  – respondi sorrindo achando graça pela cara de espanto que ele fez, se engasgando com o chá.


Mas hoje que nós vamos? Olha como estou feio. E se ela não gostar de mim? - disse ele preocupado.


Calma querido, calma. Você é lindo de qualquer jeito e ela vai amar você. A obāchan me conhece. Nunca levei ninguém lá então ela saberá o que isso significa – eu disse o tranquilizando – agora termina seu café, que depois vamos tomar um banho.


Você vai tomar banho comigo? - perguntou ele de forma manhosa.


A gente vai se atrasar – eu disse.


Por favor amor, por favor... – disse ele.


Tá bom, eu vou com você – disse rindo da cara de alegria que ele fez. Esse homem consegue o que quer comigo.


Depois do banho de uma hora de duração, decidimos o que vestir e saímos lá fora. O dia estava ameno. Yo-chan se preocupou em usar uma roupa mais comportada, que segundo ele, era menos chamativa e claro, calça e camiseta era o mais básico que ele tinha.


Você não precisa usar isso se não quiser. A obāchan  está acostumada com o que visto – eu disse tranquilizando-o.


O que preciso fazer para ela gostar de mim? - disse ele.


Seja você mesmo e ela vai te amar, princesa. Agora vamos. – eu disse.


Antes de chegar na casa da obāchan, decidimos comprar bombons de licor e Yo-chan insistiu que queria comprar flores para ela. Achei a ideia um tanto exagerada mas não quis contraria-lo. Afinal, toda mulher gosta de flores, então estamos no caminho certo.


Obāchan  morava em um lugar grande, no campo. Eu costumava dizer para as pessoas que estava indo para a fazenda mas a realidade é que estava indo visita-la. A casa era exatamente como me lembrara, o cercado de madeira na qual eu subia para alcançar as costas do Ojīchan estava intacta. Certamente meu irmão o deve ter pintado recentemente. Yo-chan estava fascinado por tudo que via, a casa, as árvores, a grama verde e bem cuidada. Parecia o paraíso para ele.


Como aqui é lindo, baby – disse Yo-chan sorrindo.


Sim, eu queria ter trazido você antes mas tivemos contratempos. Está pronto? - perguntei com um sorriso torto o fazendo sorrir.


Sim, vamos – disse ele.


Subimos as escadas e balançamos o sininho. Pouco tempo depois obāchan  aparece sorridente.


Obāchan , senti sua falta – disse lhe entregando a caixa de bombons – esse é Yoshiki...


Achei que você não iria me apresenta-lo nunca – disse obāchan me interrompendo. Ela se aproximou dele e segurou seu rosto com suas mãos pequenas e sorriu – você é bonito jovem rapaz. Mais bonito pessoalmente que na tv.


Yo-chan ficou sem reação. Olhou para mim e sorri o reconfortando. obāchan o aprovou. Yoshiki a cumprimentou, entregando-lhe os lírios rosa que havia comprado. Ela agradeceu pelo presente e pediu para que entrássemos pois o almoço logo estaria pronto.


Porque você não mostra a casa para ele, filho? - disse ela.


Vem comigo Yo-chan – eu disse o puxando pela mão, esperando que obāchan não se importasse com tal ato.


Ele estava fascinado pelo lugar. Mostrei cada canto da casa e ele se esforçava para não soltar gritinhos ou risadinhas quando encontrava alguma coisa minha pelos cômodos. Por ele, levaria tudo com ele. Quando cheguei no quarto que há tempos atrás dividia-o com meu irmão, ele ficou quieto, observando tudo atentamente como que se quisesse memorizar tudo que havia ali.


Tá tudo bem, querido? - perguntei preocupado.


Está sim. Só estava pensando como nossas vidas eram tão diferente antes do X. Como a gente se dá tão bem sendo tão diferentes – disse ele com lágrimas nos olhos.


Se nós fossemos iguais não teria graça – disse abraçando-o.


Estar com Yo-chan no meu antigo quarto era algo surreal para mim. Compartilhar tantos sonhos, conquistas e frustrações com outra pessoa era difícil, mas com ele não tinha problema. Ele entendia tudo antes mesmo de tentar explicar. Sem dúvidas ele é especial.


Obāchan  chamou para almoçar e falamos sobre várias coisas, como a banda era, a vida na cidade grande e as viagens em turnê.


Um dia você poderia leva-la num show nosso, hide – disse ele sorrindo.


Não é uma má ideia. Você iria com a gente, obāchan ? - perguntei sorrindo e ela acenou com a cabeça em afirmação.


Após o almoço, ajudei lavando a louca para obāchan  enquanto Yo-chan falava com ela na sala sobre como compunha suas músicas, a disposição para tocar piano e bateria nos shows e como nos conhecemos. Eu não precisava olhar para ele para saber como estava envergonhado. Sua voz ficava tremula quando falava de mim, me fazendo sorri imaginando seu rosto e como mexia nos cabelos quando conversava.


Assim que terminei tudo, me juntei a eles na sala. Obāchan  se sentia bastante a vontade. Será que ela já notou que Yo-chan e eu estamos juntos? Ainda não sabia como dizer a ela. Mas esperava de coração que ela entendesse.


O bāchan , eles tiraram aquele balanço da arvore perto do lago? - perguntei.


Não sei filho, há muito tempo que não me distancio da casa. Porque vocês não vão lá ver? - disse ela sorrindo.


Boa ideia. Me dá um minuto. – disse correndo para o quarto. Sabia que a muito tempo comprara um pano para mandar fazer uma roupa mas isso foi a algum tempo e nunca se lembrara. Encontrei o pano xadrez no armário, peguei meu violão e desci para a sala. Nos despedimos de o bāchan e seguimos a pé para a beira do lago através da estrada de terra.




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Autor(a): zoraidapierre

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[Yoshiki POV] Tudo era tão bonito nesse lugar. Eu ficava cada vez mais empolgado com as história que hide contara ter vivido nesse lugar. Um lugar impressionante, totalmente diferente da vida na cidade grande. Sempre ia me balançar nessa arvore. Depois tomava banho no lado. As vezes ia só para ficar sozinho e compor minhas músicas. & ...


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