Fanfics Brasil - Forever Love Without You

Fanfic: Without You | Tema: X Japan


Capítulo: Forever Love

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[Yoshiki POV]


Após o banho no lago, sentamos debaixo da arvore de folhas vermelhas e hide começou a tocar e a cantar. Ele era incrível em tudo que fazia e agora posso falar com propriedade, meu hide era muito gostoso. Ele começara uma melodia linda no violão, começo a dizer frases acompanhando a melodia e hide me incentiva a continuar “Mou hitori de arukenai  toki no kaze ga tsuyosugite (Não mais posso andar por mim mesmo Tão fortes são os ventos do tempo.)”, hide emenda “Ah... kizu tsuku koto nante nareta hazu dakedo ima wa (Ah! Esta coisa envolvente, Deveria ter me acostumado, mas agora...)”. Ficamos ali até quase o sol se pôr, compondo essa canção que chamamos no final de Forever Love. Também resolvemos falar um pouco sobre nós dois. Eu contei algumas coisas que me aconteceram na infância e como me sentia com relação ao meu pai.


Você deve sentir muita falta dele, né? - perguntou ele.


Sentir, eu já senti muito mas agora eu sinto mágoa. Foi muito egoismo da parte dele fazer isso, nos abandonar, a mim e a mamãe. Sei que podia ser uma barra o que ele estava passando e a minha saúde não o ajudava mas se ele tivesse me dito...se tivesse falado eu o teria ajudado - disse olhando para baixo, meus olhos cheio de lágrimas.


Venha aqui amor. Não queria deixá-lo assim. Eu vim pra cuidar de você e te fazer feliz. - disse hide me abraçando. - Não quero nunca que se sinta sozinho. Sei que não é a mesma coisa que ter mamãe e papai mas eu estou aqui para o que der e vier. Eu amo você.


Obrigada meu ruivinho gostoso - eu disse enchendo ele de beijos.


Ué, não sou mais ruivo, esqueceu? - disse ele rindo.


Pra mim sempre será! O mais lindo e amoroso de todos - eu disso dando o beijo mais apaixonado de todos. Eu o amava tanto que sufocava o peito, me sentia tonto e com falta de ar. Queria sempre estar onde ele estivesse. As vezes achava tão estranho uma pessoa até menor que eu, cuidar de mim assim. A visão que tínhamos do pôr do sol era uma das mais linda que já vira até o momento, até porque mesmo se eu quisesse, jamais poderia esquecer esse dia.


Voltamos de mãos dadas e a o bāchan de hide estava sentada no lado externo da casa. Tentei tirar minha mão da dele mas hide apertou ainda mais meus dedos e ao observa-lo de lado, ele sorria.


Vocês demoraram, meus filhos – disse ela.


Viemos devagar, Yo-chan ainda está se recuperando de um pequeno acidente – disse hide.


O jantar está pronto. Fiz peixe assado do jeito que meu menino gosta – disse ela sorrindo.


Entrei em pânico porque não sabia como iria fazer para comer o peixe. Desde criança tinha medo dos espinhos, mesmo sem saber o motivo, olhei para hide que sorriu e piscou para mim como uma forma de dizer, eu cuido disso. Ajudei o bāchan a colocar a mesa e nos sentamos para jantar. Hide servia a vovó e a mim porém antes se sentou retirando todos os espinhos do peixe me entregando o prato. O bāchan observou tudo sem dizer nada, porém me conhecendo bem, estava com o rosto queimando de tamanha vergonha.


Vocês podiam dormir aqui essa noite, já está tarde. – disse ela olhando pela janela.


Parei de mastigar olhando para os dois ansioso, esperando que hide respondesse.


O que você acha, Yo-chan? - disse ele – ainda tenho algumas roupas aqui, acho que serve em você.


Não vamos incomodar? - perguntei.


Não. Aqui também é sua casa agora – disse ela sorrindo fazendo meu coração disparar e as lágrimas chegarem mais rápidas sem que eu pudesse controlar.


Yo-chan se emociona fácil, o bāchan. Ele tem o coração muito bom. – disse hide me consolando. Terminamos o jantar falando sobre como era viver longe da cidade.


Hide me arrumou roupas e fui tomar um banho. Podia ouvir as vozes dos dois conversando mas não conseguia entender do que se tratava. Será que estão falando de mim? Será que estão discutindo e é por minha causa? Não queria que isso acontecesse, ainda mais agora que minha família se foi, estou só. Hoje só tenho hide e o X Japan que são o mais próximo que tenho de família. Terminei de me vestir e fui para a sala enquanto era a vez de hide se banhar. Sua batchan me olhava com curiosidade. Será que era meu cabelo que agora estava preso num rabo de cavalo ou são as roupas um tanto curtas para mim?


Vejo um brilho diferente no seu olhar, meu filho. Você sofre mas não entendo o porquê – disse ela calmamente.


Sempre tive a saúde muito frágil. Perdi meu Otosan muito cedo e a pouco tempo minha Okasan também se foi. As vezes sinto que não é fácil. Eles são a minha família agora. Tento de tudo para fazê-los felizes, dentro claro das minhas possibilidades – disse olhando para os meus dedos sobre meu colo.


A vida não é fácil meu jovem. Você precisa entender que a vida vem e vai. Cabe a nós decidir o que guardamos para si ou não. Chega num determinado momento da vida que a gente quer guardar até as palavras que um dia foram usadas para nos ferir. Elas também são importantes.


É eu sei. Sou extremo demais com tudo. Se eu gosto, eu gosto demais e se odeio, odeio demais. Para mim não existe menos ou mais. Me desculpe – respondi envergonhado.


Hide chegou nesse momento, enxugando os cabelos com a toalha. Como ele era charmoso. Usava uma calça xadrez amarela com preto e uma camiseta preta. Bem que ele podia levar essa roupa com ele, ficou lindo.


Já estava tarde então fomos dormir. Hide insistiu para que eu dormisse em sua cama enquanto ele dormiria na sala em um futon. Tentei argumentar que deveríamos inverter mas ele não quis.


Tempos depois o bāchan foi se deitar, apagando todas as luzes. Meu inferno começou, tenha medo do escuro, de fantasmas. Hide nunca me perguntou porque sempre dormira de abajur aceso mas acredito que ele entendia a razão pois passado algum tempo ouvi um barulho na porta. Me arrepiei de medo pensando ser um fantasma, não conseguia me mexer, até ouvir sua voz me chamando.


Yo-chan, está dormindo?— perguntou ele.


Meu amor, que bom que você veio..está escuro....- eu disse e antes que terminasse a frase, hide abriu as cortinas e depois a janela, deixando que a luz da lua iluminasse o quarto e a ele também. Por um momento lembrei do beijo roubado por ele na casa do Toshi. Quem diria que hoje estaria dormindo no seu antigo quarto, na casa de sua voz. Levantei e fui até ele, e me beijou com amor, aquele beijo amoroso mas ardente ao mesmo tempo. Sua mão segurando meu pescoço me puxando para si. Como eu queria aquele homem...eu era louco por ele. Seu beijo foi ficando cada vez mais intenso, me deixando tonto, inebriado pelo seu sabor, pelo cheiro da sua pele.


Aqui nós não vamos fazer nada. Minha o bāchan pode ouvir a gente – disse ele segurando meu rosto, me olhando nos olhos – mas isso não me impede de te beijar, de sentir seus lábios em mim. Depois de longos e calorosos beijos, nos abraçamos e dormimos em sua cama.


Acordamos com o barulho dos pássaros. Por um momento me esquecera onde estava e ao lembrar, levantei em um salto quase derrubando hide no chão. Ele acordou olhando para os lados sem entender o que estava acontecendo.


O que foi?— perguntou ele sonolento.


Sua o bāchan já deve ter acordado e viu que você não está lá na sala – disse preocupado para não dizer em pânico. Hide riu da situação me abraçando.


Só você mesmo meu amor. Vamos levantar então? - disse ele me dando um selinho e se afastando para calçar os sapatos. Me levantei e fui para o banheiro. Esperei que hide também estivesse pronto para descermos juntos. Assim que chegamos na sala, o bāchan já estava nos esperando.


Dormiram bem?— disse ela sorrindo.


Sim. Obrigada – respondemos juntos. Minha cara estava queimando de vergonha. Tomamos café da manhã e nos despedimos.


Espero que voltem sempre – disse ela.


Claro o bāchan, a próxima vez eu que vou me balançar – disse hide, me fazendo sorrir, envergonhado, sabendo exatamente as intenções por trás daquelas palavras.


O bāchan, obrigada por nos receber – disse. Vovó pegou minhas mãos.


Voltem sempre que quiserem e que vocês sejam felizes – disse ela com a voz terna me emocionando. Hide colocou a mão em meu ombro dizendo tudo bem.


Agradeci mais uma vez e nós seguimos viagem de volta para casa. Não preciso dizer que voltamos outras vezes e aquele balanço agora tinha muita história para contar. O céu é o limite.



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Autor(a): zoraidapierre

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