Fanfics Brasil - O grande asteroide Pelo Vento (Kaze Ni Yotte)

Fanfic: Pelo Vento (Kaze Ni Yotte) | Tema: Fim do mundo


Capítulo: O grande asteroide

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31 de novembro de 2027 - Japão - 1 ano e 1 mês após o impacto


     


      Meu corpo estava pesado, tinha tido um sonho maluco, algo como um meteoro, um carro me atingindo, a Yuri, logo abri meus olhos, não estava deitado na minha cama habitual, mas sim em um quarto branco, o cheiro parecia meio diferente também, não conseguia identificar o que era, quando levantei compreendi a situação: estava em um hospital. Então não foi um sonho, me questionei sobre a existência do asteróide, se ele realmente caiu como estamos todos vivos? Estamos vivos? Isso não seria um sonho? Perguntas como essa estavam martelando minha cabeça, e acima de tudo achava estranho o fato de o cheiro do hospital estar diferente, alas hospitalares sempre possuíam o mesmo odor de remédios e álcool etílico, porém algo me incomodava, era como se tivesse algo a mais no ar, algo que eu nunca havia sentido.


      Antes que pudesse ficar de pé meus irmãos vieram rapidamente ao meu encontro, me abraçaram tão forte que chegava a doer, minha mãe apareceu com lágrimas nos olhos, estava feliz de eu ter acordado, me deu um abraço caloroso, notei que seu perfume também havia mudado, deixei de lado, existiam dúvidas maiores em minha mente, antes que pudesse perguntar algo, um médico veio checar meu estado físico. Ele explicou sobre meu quadro clínico, me espantei ao saber o tempo que fiquei em coma, passei um ano inteiro deitado nessa cama, isso então só me deixou mais curioso sobre o ocorrido, o médico porém, parecia estar mais espantado que eu, disse que era incrível conseguir me mexer tão facilmente após um ano parado, queria realizar uma bateria de exames o mais depressa possível, mas deixaria que eu falasse com minha família e amigos antes, logo saiu do quarto, não tinha notado pela falta de meus óculos, mas no fundo da sala estava em pé Emi, parada olhando para mim, parecia estar chorando, levantei vagarosamente e fui andando em sua direção, não era tão fácil andar, mas incrivelmente estava conseguindo, acabei me embolando com a quantidade de fios em meu corpo, tropecei e quase cai, Emi então correu para me segurar, de perto pude ver que seus olhos estavam lacrimejados e inchados, sua maquiagem estava borrada, ela me abraçou carinhosamente, me ajudou a voltar para a cama, comecei então a minha série de questionamentos, perguntei-os sobre o meteoro, o terremoto, o acidente, a sutil diferença nos odores, eram muitas perguntas, mas Emi respondeu cada uma delas calmamente, enquanto ela contava eu conseguia sentir como se estivesse presente:



  • “Estou atrás de você pois não quero sair de perto, muito assustada, olho em sua direção e só me aterrorizo mais, você parece apavorado e corre loucamente em direção a escola, repentinamente um barulho, seu corpo voa e atinge o chão, o sangue escorrendo e você parado, não pode estar morto, não na minha frente, em desespero ligo para a ambulância, em seguida para sua família, sinto o suor frio escorrer por meu corpo, em minha cabeça rezo desesperadamente para todos os deuses que consigo lembrar, nem penso no asteroide, por que tanta demora? Meu coração está a mil, sinto minhas pernas falhando, caio de joelhos em frente a seu corpo, sem força alguma para me levantar. Sinto então uma mão nas minha costas, Yuu já está aqui, parece assustada mas tenta me acalmar, não se passaram nem 10 minutos, olho para frente, minha visão está meio turva, mas consigo ver Kai sobre você, ele está desesperado, não consigo respirar direito, acho que vou desmaiar, todo esse sangue, Yuu então nos abraça e pede calma, nunca pensei que ela fosse tão forte, já me sinto mais calma, acho que devo verificar seu pulso, pego seu braço, está frio, seu batimento bem fraco, volto a entrar em pânico, estou apagando, um grito por seu nome me assusta,  porém me mantém consciente, abro meus olhos e vejo sua mãe, está toda suada, deve ter corrido muito, a ambulância ainda não chegou, está demorando demais, porém é um alívio sua mãe estar por aqui, afinal ela é enfermeira e sabe aplicar os primeiros socorros, depois de 30 minutos quase, a ambulância consegue chegar, te embarcam com velocidade e eu subo junto com sua família, os sensores mostram seu coração já fraco, está delirando chamando por Yuri, sinto um aperto no meu coração, por que ela Shin? Acho melhor checar as notícias, quando olho me assusto, o asteroide está a caminho realmente, ainda não consigo acreditar, porém felizmente os EUA têm um plano, vão bombardear as camadas exteriores do asteroide e tentar diminuir seu tamanho, vai ser difícil, mas tomara que eles consigam, o trânsito está um caos, deve ser por isso que a ambulância demorou tanto, o hospital mais próximo não tem como nos atender então vamos demorar muito para chegar, felizmente você já estava estável e recebendo os devidos atendimentos, de repente o sinal do celular cai, deve ser o tal efeito de P.E.M que foi mencionado na notícia, algo como uma falha nos equipamentos eletrônicos, não consegui entender direito. Um tempo se passou e estou com medo de olhar novamente o celular, acho que saber o que está acontecendo me assusta mais que não saber, porém estou curiosa, o sinal parece já ter voltado, vou olhar, a nova informação por sua vez me tranquilizou um pouco, graças ao plano dos EUA seu diâmetro já foi reduzido pela metade, assim a destruição causada será bem menor, é uma felicidade, porém se cair exatamente aqui no Japão não importa se for metade ou inteiro, certamente vai acabar com tudo, esses pensamentos só me preocupam, e para ajudar repentinamente seu estado está pior, seus batimentos estão caindo lentamente, minha cabeça está um caos. Mais um tempo se passa, parece que estamos no meio do caminho já, você está estável novamente, por sorte todos seus ferimentos foram muito leves e superficiais, estancaram os sangramentos e estão aplicando soro, acho que devo verificar novamente o celular, sinto um calafrio correr por cada centímetro de meu corpo, minhas pernas tremem e minha respiração pesa, a notícia é chocante, realmente está acontecendo, não é uma brincadeira, parece que o asteroide entrou rasgando nossa atmosfera, seu destino agora já pode ser traçado, os cientistas estão trabalhando nisso o mais rápido o possível para agilizar as evacuações e assim salvar o máximo de vidas, sinto um arrepio, em alguns instantes saberei, o mundo é enorme, o Japão é minúsculo comparado a outros países como a Rússia e o Canadá, seria muito azar cair aqui, estou atualizando loucamente o celular, esse “Calculando” me irrita muito, só torço para que não seja aqui, por favor, quando aparece meu coração quase para, mas é um alívio, será na Antártida, quase no centro da mesma, provavelmente também foi algo que os EUA planejaram, porém mesmo que seja isso eles não vão divulgar que escolheram certas pessoas para morrerem, enfim chegamos ao hospital, está uma bagunça, muitas pessoas estão dando entrada com problemas psicológicos e ataques de pânico, além de vários acidentes graças a confusão, eles vão levá-lo para que um médico realize os procedimentos, devemos esperar aqui fora, porém felizmente sua mãe conhece pessoas no hospital, ela vai acompanhar o procedimento, é um alívio, vamos então para a sala de espera, está lotada, porém totalmente em silêncio, todos acompanham a televisão no centro, está mostrando o asteróide em tempo real, é imenso e assustador, uma bola de fogo enorme indo em direção à antártida, fico pensando no que deve ocorrer após o impacto, bom acho que devo saber em breve, graças ao sistema anti terremoto no Japão esse hospital está adaptado para aguentar impactos além da escala normal, as preparações já começaram faz tempo aqui, os pacientes estão sendo levados um a um para o subterrâneo para se acomodarem, retiraram tudo das prateleiras e derrubaram estantes e móveis, tudo está uma bagunça, porém estão preparados para um grande tremor, o impacto deve ocorrer nos próximos 15 minutos, está sendo aconselhado na televisão evacuar áreas perto de vulcões e possíveis fendas, como as cidades próximas ao Fuji e a falha de São Francisco. Minutos depois acontece, como uma pedra de fogo caindo em um mar de gelo a colisão é incrível, assustadora, porém incrível, conseguimos acompanhá-la de cima, em tempo real, vimos o asteróide derretendo as camadas da superfície e por fim atingir o solo, a grande rocha flamejante então explode e racha em pedaços, conseguimos ver a onda de ar que foi gerada no impacto limpar o solo ao redor, aos poucos o asteróide se torna meteoritos que caem dispersos pelo gelo gerando outras pequenas crateras, o impacto central vai aumentando lentamente, a rocha maior vai afundando na terra e parece derrete-lá, um espetáculo aterrorizante da natureza, a admiração dura pouco, alguns instantes depois nós conseguimos sentir, como o previsto, repentinamente tudo estremece, nunca senti algo tão forte antes, mesmo próximo ao polo oposto parece que a terra está rachando ao meio, barulho de vidro se mistura com gritos e desespero, as paredes ameaçam ceder, começo a me assustar, por sorte nada despenca, tirando a televisão que está espatifada no chão agora, esse tremor durou cerca de 10 minutos, porém foi cessando gradativamente, é um alívio, já consigo checar meu celular, por algum motivo o sinal ainda está normal, acho que estávamos muito longe do epicentro do terremoto, somente notícias chocantes, a cada atualização cerca de duas ou três novas aparecem, mas resumindo, parece que os maiores vulcões do mundo jorraram metros de lava acima, até mesmo os adormecidos, assim gerando ondas flamejantes que avançaram derretendo diversas cidades como Fuji no Japão, Havai nos EUA e a Sicília na Itália, algumas rachaduras foram abertas ao redor do globo criando fendas que engoliram consigo grandes porções de terra e construções enormes como o empire states nos EUA, porém graças a sua queda não ser no mar, os tsunamis foram menores do que o previsto, caso contrário, o Japão sumiria do mapa assim como diversas outras ilhas, mas com a queda sendo na Antártida toneladas de gelo foram derretidas causando assim um aumento de 2 metros no nível dos mares inundando cidades costeiras, além de Veneza na Itália. Casas e construções que não estavam preparadas foram derrubados como torres de cartas caindo ao vento. a Antártida fora completamente destruída, países da América do Sul, do Sul da África e Oceania estavam aos pedaços, maravilhas e construções turísticas como o Cristo Redentor no Rio, a Torre Eiffel em Paris, as Pirâmides de Gizé no Egito, a Torre de Pisa na Itália, Taj Mahal na Índia e a Estátua da Liberdade nos EUA  sumiram do mapa e estavam no chão junto com centenas de arranha-céus. Barragens se romperam gerando ondas em locais sem litoral, além de déficits de energia em diversas cidades abastecidas por hidrelétricas, como a de Itaipu no Brasil, como se não bastasse, usinas nucleares tiveram problemas técnicos chegando até a explodir, desabitando consigo diversos quilômetros de terra. Um completo apocalipse, o contador de morte aumentava mais rápido que eu contava o tempo, é triste, para minha felicidade o Shin já está no quarto, não corre mais perigo algum, porém disseram que pode ficar em coma por um tempo, tomara que não demore a acordar”



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Autor(a): rainy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • dovecameronlover Postado em 14/07/2019 - 18:38:23

    Achei muito interessante, só acho que podia aumentar a quantidade de diálogos, mas isso é uma opinião própria ^^

    • rainy Postado em 12/11/2019 - 16:48:38

      Obrigada pelo feedback, espero que continue gostando


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