Fanfics Brasil - {35} Aluga-se um Noivo -Levyrroni ADP (Finalizada)

Fanfic: Aluga-se um Noivo -Levyrroni ADP (Finalizada) | Tema: Levyrroni


Capítulo: {35}

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Li e reli, Anghelo William T. Di Piazzi Levy – Diretor Comercial.


A moça loirinha e miúda que estava sentada próxima à porta pigarreou e me virei para encara-la.


As sobrancelhas levemente arqueadas e um sorriso sutil nos lábios rosados, esperando que eu dissesse algo.


— Ah! É, Maite Perroni Albuquerque, ele me mandou vir. — consegui transparecer uma falsa calma.


— Ah sim, senhora Maite, a nova supervisora comercial... Sou Sabrine.


Seja bem vinda!


— Obrigada. — não por muito tempo, preciso dar o fora desse lugar o quanto antes!


—Pode entrar, o senhor Di Piazzi a aguarda.


Senhor Di Piazzi, humpf. Tarado, doente! ...Pelo menos Sabrine era engraçadinha, falava como uma mocinha adolescente. (Mas não do tipo idiota... só... ah! Dá pra entender!).


Entrei sem bater.


— Com licença Théo, mand...


— Sente-se senhora Maite. — me interrompeu.


Meu coração batendo na garganta.


William estava atrás de sua mesa com um monte de papéis na mão, não se parecia em nada com o William, na verdade aquele cara de terno grafite e camisa preta era o senhor Anghelo, Nossa, Anghelo...


Aquelas roupas que ele usava, eram do trabalho, com a lembrança dele me encontrando pela primeira vez no bar do centro um sorriso debochado escapou pela minha boca. Ainda estava bem nervosa e meus joelhos batiam um no outro com frequência, não sabia o que fazer ou como agir.


Era tudo tão estranho e surreal, não conseguia acreditar. William levantou os olhos por um instante me encarando, meu peito ardia, meus joelhos tremiam e minha boca ficou seca. Depois do que pareceu um século, voltou sua atenção aos papéis. Respirou fundo, passou a mão nos olhos com o polegar e o indicador, parecia exausto.


— A senhora perdeu a palestra. — merda, senti falta da voz dele, segurei aquele nó estranho na garganta, aquele que antecede o choro — Estes, são os documentos dos contratos que as empresas chilenas enviaram — esticou as mãos para que os pegasse, ele segurou os papéis por mais tempo que o necessário então largou de repente — como pode ver são duas empresas sólidas, entretanto preciso que faça suas considerações sobre os riscos de assinarmos os contratos, assim como estão.


— Sim... sim senhor. — não precisava ter me pedido isso, mas se ele queria agir assim.... fingindo que nunca me viu antes... faria o mesmo! Por mais que me doesse.


— É só.


— Com licença. — então me lembrei de uma coisa e me virei já próximo à porta,


— Ah! Will... — freei na mesma hora, ele estava me olhando, respirei fundo e prossegui — desculpe, Anghelo, precisa dessas informações para quando? Ele olhou para o relógio em seu pulso, olhou para a janela enquanto tamborilava o dedo no queixo.


— Quarenta minutos.


— Quarenta minutos??


— Isso. Tenho certeza da sua capacidade, me surpreenda positivamente, dessa vez.


Abri a boca para protestar e ele me indicou a porta com a mão, me negando a chance de falar.


Dá pra acreditar nesse cara?? “Me surpreenda positivamente, dessa vez.”


Imbecil. Pervertido.


Engoli aquele choro idiota e andei apressada até minha sala e no caminho chamei Ricardo e Gabriele, a quem me foi apresentada como a funcionária mais antiga do setor.


Contei a eles que o senhor Anghelo precisava de uma resposta rápida quanto aos riscos de cada contrato. Pedi desculpas ao Ricardo, para que não pensasse que estava passando por cima dele e seguimos com o trabalho. Fiquei com um dos contratos junto com Gabriele e Ricardo assinalando o outro.


Discutimos sobre os pontos em cada um e trocamos os contratos, achei mais algumas coisas que não poderiam passar despercebidas e em trinta minutos estávamos com os contratos prontos. Os peguei e praticamente corri até a sala do Will, então a adorável secretária disse: Ele saiu pra almoçar, assim que voltar lhe chamo.


Filho da puta!


Voltei pra minha sala e só de sacanagem scaneei os documentos, os compactei e enviei por e-mail.


Pronto! Babaca!


Cara, ainda estava fora de mim com aquilo tudo, parecia uma piada sem graça!


Por que um cara como ele se prostitui ou se prostituía? Essa pergunta não saía da minha cabeça! Um pervertido fetichista! Não havia outra explicação! Segui desnorteada durante todo o dia, tentando me concentrar no que fazia, a cada vez que me lembrava de algo era como montar um quebra cabeças, os compromissos inadiáveis, a viagem ao Chile, falar de DFP! Os telefonemas que o deixavam tenso...


Ainda não conseguia entender! Seria tão mais simples que me contasse a verdade de uma vez!


...


“— Tá. Mas pelo menos me diz se o seu nome é mesmo esse.


— É.... é? É.


— Isso foi ridículo Will. E lá estava ele rindo de mim mais uma vez.”


...


Pietra finalmente atendeu ao meu telefonema. ,


— Ô sua piranha! Tô tentando falar com você, cacete!


— E eu tô te ligando, porra Pietra! Preciso falar com você, mas pessoalmente!


— Pessoalmente não tem como, estou indo daqui a três horas resolver pepino na locação de áreas em Curitiba. Também queria falar contigo pessoalmente, mas né... Abre seu e-mail particular, agora!


— Está aberto, espera, vou atualizar. Ao abrir o e-mail da Pietra, senti meus olhos saltando pra fora da órbita.


— Que porra é essa??


— A porra do meu saldo. A Galáctica depositou dezoito mil de volta. Quer por favor me dizer o que está acontecendo?? — como se eu fosse capaz de saber o que se passava na cabeça daquele tarado!


— Ainda não Pietra, deixa primeiro eu descobrir, você volta quando?


— Amanhã à noite. Vou direto do aeroporto pra sua casa! Tive uma conversa com uma pessoa e preciso contar isso em detalhes.


— Perfeito, mesmo morrendo de curiosidade, até amanhã Pietra.


— Até. Juízo! — se até Pietra estava me pedindo pra ter juízo é porque a coisa estava feia mesmo.


...


 


 Resolvi tomar uma xícara de café, segundo item da minha dieta, depois dos chicletes. Ao retornar da copa, perguntei a Edna, como quem não quer nada, se ela sabia se o Dr. Anghelo morava no Joá. Ela respondeu que sim.


Filho da puta!


Ele me levou na casa dele! A casa era dele! Dele! Por isso não havia problema em dormirmos lá, usar as coisas do “amigo” dele, por isso ele sabia da bendita pomada no armário... Andando na frente pra ver os cachorros porra nenhuma! Devia estar escondendo os porta-retratos! Cretino!


Como não percebi antes? O nome das duas empresas se correlacionavam! É o nome de um seriado de tv, Battlestar Galáctica! Que absurdo!!! Ai como fui burra!


Cara, ele me fez de palhaça! Por quê? Pra quê?? “Dirijo”, “Dirige o que?”, “frete”! Dirijo um frete! Ai que ódio!!


Diretor de uma companhia de transporte multimodal. Ele realmente dirige um frete! Maníaco!


Caramba! Ele me entrevistou! Aquelas perguntas todas sobre ... Que merda! Caralho!


...


Já me preparava para ir embora às dezoito horas quando a secretária mais uma vez passou um chamado do “Dr. Anghelo”.


E lá fui eu com os contratos encadernados, e uma surpresinha para nosso diretor. ... — Sente-se. — nem esperou que dissesse nada


— A senhora não participou de toda a reunião e está atrasada horas com sua análise. — fez questão de frisar o horas.


— Como é? — Eu disse quarenta minutos, não o dia inteiro. — estava sendo duro e inflexível.


— Ridículo. — resmunguei.


— O que disse? — ele parecia se divertir com a minha cara.


Recostei-me na cadeira, nos encaramos.


Não saberia dizer o que se passava pela cabeça dele, mas na minha, estava desesperada para pular sobre ele, arrancar-lhe aquele ar autoritário da cara!


Primeiro queria estapear esse doente, traidor, mentiroso, mas quando os lábios dele se moveram com um bico contrariado, me odiei por perceber que queria tirar dele todos os beijos possíveis!


Aquele homem mexia absurdamente comigo! E talvez aquela mulher fosse mais uma a satisfazer seus fetiches! Mesmo assim minha vontade era morder seus lábios e arrancar-lhe todo o fôlego, queria mata-lo entre beijos ou morrer em seus braços já que no fim de tudo era ele quem me tirava o fôlego, que me fazia esquecer meu nome e abandonar meu bom senso com um simples olhar.


Precisava me comportar e agir... como ele disse certa vez... “sem misturar as coisas”, então apesar dele me fuzilar com os olhos, desviei os meus para a caneta de inox que vez e outra ele iniciava uma sequência de cliques.


— O senhor estava ausente. Por isso lhe enviei a análise por e-mail, para que pudesse acessá-la em qualquer reunião que estivesse. — tentei ser o mais polida e educada, possível.


Will arregalou os olhos sutilmente e desviou-os para a tela do computador, desconfiado, franziu o cenho e me olhou sério.


— Como o senhor pode observar a análise lhe foi encaminhada em trinta e oito minutos. — minha educação nada tinha a ver com o pequeno deboche.


— O que não significa que esteja correta... — Filho da mãe! Sabrine, a secretária, interrompeu pedindo permissão para ir embora e ele apenas fez um sinal com a mão mandando que fosse.


Por favor Deus que não fiquemos à sós ou não conseguirei manter a compostura.


Passei-lhe os contratos encadernados, os mesmo que antes vieram em folhas soltas e desorganizadas. Will estreitou os olhos para as encadernações e suspirou.


De repente, sabe-se lá o motivo, abri minha boca só pra terminar de ferrar com tudo.


— Will, o Rodrigo nã....


— Puta que pariu!! Tem algum Rodrigo aqui nos contratos que eu te passei? — ele me assustou ao me interromper desse jeito, nunca o tinha visto tão puto, meu coração quase parou


— Eu quero mais que o Rodrigo se foda e meu pau cresça!


Entendi o recado. Me levantei e andei até a porta.


— Eu disse que podia sair? — parei com a mão na maçaneta, só então percebi que mais uma vez havia esquecido de tirar aquela merda de aliança falsa!


Você trabalha pra mim, ainda. Sente-se.


É sério isso? Ele estava me repetindo em nossa discussão no chalé?? Respirei fundo, voltei e me sentei, queria ver até aonde ele iria com isso.


Demorou-se lendo os rabiscos em silêncio.


— Não tem apenas a sua letra aqui. — então sorriu maliciosamente.


— Não senhor. — respondi naturalmente.


— A senhora não é confiável? — quem era ele pra falar em confiança??


— Passou o trabalho que lhe incumbi a outra ou outras pessoas?


— Sim senhor. — respondi como se isso fosse lógico e ele estivesse me fazendo uma pergunta idiota.


— Por quê? — parecia um tanto irritado, e eu não estava gostando do rumo daquela conversa.


— Porque uma das diretrizes da companhia é que se valorize o trabalho em equipe, você pediu urgência, "quarenta minutos", o gerente comercial e a analista Gabriele estiveram presentes para o cumprimento da tarefa. — respondi segura.


Will ficou com a boca entreaberta e negava com a cabeça, por fim passou a mão nervosamente pelo cabelo, despenteando-o e o deixando incrivelmente sexy, novamente respirou fundo soltando o ar de uma só vez.


— Eeeu... Vou precisar de mais tempo pra ler suas considerações a respeito dos contratos. — dessa vez falou respeitosamente.


Me levantei, ele observava.


— Se é tudo, com licença, Doutor Anghelo. — não me respondeu, me encaminhei até a porta, mas então me lembrei de algo — Apenas um adendo, — mais uma vez me viro e o vejo ainda com os olhos em mim — ao final de cada contrato encontrará páginas a mais, são gráficos indicadores, a cotação dos valores de reajuste anual com a previsão do dólar nos meses críticos e uma cópia do contrato com as alterações já consolidadas a fim de preservar a companhia.


William se recostou na cadeira e folheou as páginas finais da encadernação que segurava. Parecia impressionado.


— Boa noite, senhor.


— Por que fez isso? — ele não me deixava ir?


— O senhor disse, “surpreenda-me positivamente”. Agora com licença.


— Maite!


— Sim. Senhor... — agora deixei um tom de voz descontente no ar.


Ficamos um tempo nos olhando e aquilo me machucou bastante, ele parecia querer dizer algo, mas não falava nada só ficava me encarando.


Não sei se é possível manter qualquer relacionamento que fosse com aquele homem, não sabendo que ele era... ou, foi, o único que me ouviu de verdade, sem querer só falar de si, pelo contrário, não falou nada de si; a foda mais incrível da minha vida e o melhor macarrão com tomate de todos os tempos. William parecia zangado e ao mesmo tempo confuso.


— Nada. Boa noite. — a voz era firme e autoritária num simples boa noite.


— Boa noite para o senhor também.


 


 



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Autor(a): felevyrroni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 16



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  • poly_ Postado em 31/07/2019 - 12:54:20

    Ah não acredito que acabou, foi tudo maravilhoso eu amei, espero que em breve poste outra fic. Bjuss!!!

    • felevyrroni Postado em 01/08/2019 - 21:29:43

      Q ótimo, fico mto feliz q curtiu a história. Eu vou ler a sua pq tbm sou traumada ponny ^^ Amore vou começar a postar a fanfic Lick então se quiser acompanhar a história ficarei imensamente feliz ^^

  • poly_ Postado em 26/07/2019 - 11:41:00

    Não aguento tanta fofura. Continuaaa

    • felevyrroni Postado em 30/07/2019 - 01:01:19

      Sim, são mto fofos ^^

  • poly_ Postado em 22/07/2019 - 12:29:17

    Quanto fogo, adorooo! Não é por nada não, mas faz uma maratona, não me aguento de tanta curiosidade O:-) kkkkkkkk

    • felevyrroni Postado em 23/07/2019 - 22:46:04

      kkkkkk eu tbm adoro todo esse fogo deles ^^ A fic já está terminando mais 6 capitulos e termina.. Postando amore ^^

  • poly_ Postado em 20/07/2019 - 17:20:45

    William se dando conta da burrada q fez, antes tarde do q nunca né kkkkkkk. Continua logo. Bjuss!!!

    • felevyrroni Postado em 21/07/2019 - 22:53:16

      kkkkkkkkkkkkkk concordo antes tarde q nunca ^^ Postando

  • poly_ Postado em 19/07/2019 - 00:21:13

    Ahhh não acredito, William chefe da Mai agora? Adoroooo. Menina me diz q vc vai postar mais um ainda hj, pelo amor de Deus????

    • felevyrroni Postado em 19/07/2019 - 23:36:02

      Sim kkkkkk ele é chefe dela, agora que vai começar a ficar legal ^^ Postando amore! tenha um ótimo final de semana

  • poly_ Postado em 18/07/2019 - 12:53:40

    Ahh não aguento ver esses dois separados, q ódio do Rodrigo viu. Continuaaaa to muito curiosa. Bjuss!!!

    • felevyrroni Postado em 18/07/2019 - 23:35:51

      Ranço eterno do fdp do Rodrigo, ele merecia uma porrada bem dada da May kkkk Muitas emoções ainda estão por vir ^^ Postando amore

  • poly_ Postado em 15/07/2019 - 23:39:04

    Amando a treta do Rodrigo e da Letícia kkkkkkkkkk. Tô que nem a Mai querendo saber tudo sobre o William. Miga se vc se interessar eu tbm escrevo uma fic Levyrroni e se chama "O namorado da minha irmã", se quiser dar uma passadinha e comentar o q está achando ficaria muito feliz. Continua logooo, Bjuss!!!

    • felevyrroni Postado em 16/07/2019 - 00:31:07

      kkkkkkkk essa treta entre eles foi um babado, ainda mais o motivo da briga foi a May, Rodrigo ta se roendo de ciumes dela com Will kkkkk Hmm tem muitas coisas pra descobrir sobre o Will, logo a bomba explode rs Obaaa sim eu vi que vc escreve uma fanfic muito top, vou começar a ler e com certeza vou comentar ^^

  • poly_ Postado em 15/07/2019 - 00:53:35

    Comecei ler a pouco tempo, estou no capítulo 15, e amanhã quero continuar. Tô adorandooo. Bjuss!!!

    • felevyrroni Postado em 15/07/2019 - 22:55:34

      Oiie, seja bem-vinda! Q ótimo fico feliz q esteja gostando ^^ Logo postarei mais capítulos.. uitas emoções ainda estão por vir.


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