Fanfic: Um professor para chamar de meu | Tema: Vondy

Dylan dirigia, eu ia no banco da carona ao lado dele e May ia atrás, o caminho até a mansão foi divertido. Confesso que realmente estava sentindo falta desse mala na qual aguento à muitos anos.

Dylan assoviou quando os portões se abriram e ele adentrou com o carro. 

Dylan: Que mansão. - elogiou.

Maite: É a única da cidade.

Dylan estacionou o carro, subimos os lances de escada e entramos. Maite agradeceu a carona e se despediu da gente para começar a trabalhar. 

Dulce: Vêm! - o puxei pelo braço.

Dylan: A oferecida está aqui? - perguntou enquanto subimos a escada.

Dulce: Provalmente. Deve está no quarto dela. - respondi.

Dylan: Tudo aqui é bonito. 

Dulce: Acho muito grande.

Dylan: Comparado as nossas coberturas? Aqui é uma casinha.

Entramos no meu quarto e eu fechei a porta. Dylan olhou tudo em volta.

Dulce: Vou tomar um banho e a gente vai. - avisei enquanto ia para o closet.

Dylan: Ok. 

Peguei uma roupa e sai vendo Dylan deitado na minha cama ligando a TV.  Neguei enquanto pegava meu celular e ia para o banheiro. Nenhuma mensagem de Christopher. 

Deixei meu celular na pia.

Tomei uma ducha rápida e vesti a calça jeans preta e uma blusa branca. Sequei meu cabelo, escovei os dentes e sai do banheiro olhando mais uma vez o celular. Nada.

Dylan: Podemos ir? Estou morto de fome. - fez careta.

Dulce: Você paga! - avisei guardando o celular no bolso a calça.

Dylan: Tá! - murmurou  - Gostei do quarto, apesar de achar pequeno. - levantou da cama na qual bagunçou tudo.

Dulce: O quarto é ótimo. - peguei uma bota preta e calçei. - Você e seu problema de espaço.

Saímos do quarto.

Dylan: Não tenho problema de espaço.

Descemos as escadas. Olivia apareceu saindo da sala de jantar.

Olivia: Deve ser Dylan. Movimentou o colégio inteiro hoje. - sorriu.

Dylan: E você deve ser Olivia. - sorriu - Lindos olhos. É um prazer Olivia.

Olivia: Obrigada! Vão sair?

Dulce: Ele quer comer algo típico do México, por isso, vamos no restaurante que a May indicou. Quer ir?

Olivia. Não Obrigada. Tenho algumas aulas para fazer ainda.

Dulce: Pega leve. - lembrei.

Olivia: Vou tentar. Bom almoço!

Dylan: Obrigado. Boas aulas! - piscou.

Olivia sorriu.

Saímos da mansão e entramos no carro. Dylan deu a partida e eu fiquei cutucando o rádio do carro.

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Quando o garçom deixou os tacos e o guacamole, Dylan devorou eles numa pressa que me fez rir. Eu estava sem fome e minha mente voava para Christopher.

Dylan: Quem é ele? - falou de boca cheia.

Dulce: Ele quem? - Franzi o cenho.

Dylan: O garoto por quem está te deixando louca de tanto olhar o celular.

Guardei meu celular.

Dulce: Como sabe que é um garoto?

Dylan: Por acaso é uma garota?

Dulce: Não!

Dylan: Então..- voltou a comer - Quem é ele? - enfiou quase um taco inteiro na boca e o mastigava rapidamente.

Dulce: Come direito. - mandei e provei um pouco de guacamole.

Dylan: Não muda de assunto.

Dulce: O quê quer saber?

Dylan: Quem é ele? Estão ficando?

Suspirei.

Dulce: Estou namorando com ele. - falei baixo e sem fita-lo.

Dylan: Você não namora.

Dulce: Não namorava. Agora namoro.

Dylan: Vocês brigaram? Esta com cara de chateação. - me analisou.

Dulce: Sim. Ele não gostou de você. 

Dylan: Ciúmes? - sorriu animado.

Dulce: Não começa. Ele é muito ciumento. Ele acha que..que...

Dylan: Que..? - incentivou mordendo outro pedaço grande de taco.

Dulce: Que você gosta de mim.

Dylan: Mas eu gosto de você. - ficou sem entender. - Eu te amo. - sorriu.

Dulce: Deixa de ser tapado. Ele acha que você quer transar comigo. 

Dylan se engasgou na hora que fechei a boca, torciu por alguns minutos e logo riu cruzando os braços.

Dylan: Como é que é?

Dulce: Ele é muito ciumento.

Dylan negou.

Dylan: Meu Deus! Você é minha irmã! - falou com espanto.

Dulce: Ele disse que você quer me ver pelada. - ri.

Dylan: Olha, se contar aos quatro e cinco anos quando tomávamos banho juntos, então já te vi pelada. - riu alto.

Dylan estava se divertindo com isso.

Dulce: Agora ele está me ignorando.

Dylan: Quem é esse babaca? 

Dulce: Não posso dizer. Estamos namorando escondido. - mordi os lábios.

Dylan: Escondido por quê?

Dulce: É complicado Dylan. Não posso falar.

Dylan: Ele deveria agradecer a Deus todos os dias por ter você como namorada e não esconde-la como se fosse amante. - fez careta. 

Olhei para a janela do restaurante.

Dulce: Eu o amo. - me encolhi.

Dylan: Eu sei.

O encarei.

Dulce: Sabe?

Dylan: Seus olhos brilham quando fala nele. O seu jeito de apaixonada diz tudo, nunca pensei que pudesse dizer isso, mas você ama alguém que pela primeira vez não é da nossa familia.

Dulce: Eu o amo Dylan e as vezes is..

Dylan: Te assusta?

Dulce: Eu faria qualquer coisa por ele. 

Amava o Christopher de uma forma que faria qualquer coisa por ele. Qualquer coisa mesmo. 

Dylan: Espero que ele saiba a jóia que ele têm como namorada. E quero saber quem esse cara. Tudo sobre ele.

Dulce: Não conta nada para o Jimmy.

Dylan: Meu pai precisa saber.

Dulce: Mas não agora.

Dylan revirou os olhos.

Dylan: Vou falar do mesmo jeito. - cantarolou - Dulce tem um namoradinhooooo, que se chama fernandinhoooo e que é bem pequenininhooooo - riu.

Dulce: Idiota! - joguei um guardanapo nele. - De pequeno ele não tem nada.

Dylan: Vamos ver se ele aguenta uma conversa comigo. - sorriu maldoso.

Neguei rindo.

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Dylan me deixou na mansão e seguiu para o hotel dele. Segundo ele, ia dormir porque estava cansado demais da viagem, já que veio do aeroporto direto para o colégio. 

A mansão estava silenciosa.

Marian estava no trabalho, Olivia e os gêmeos em alguma aula e Camila sei lá e nem quero saber também. Segui para o meu quarto, quando me joguei na cama meu celular tocou. 

Dulce: O quê foi? - atendi no terceiro toque.

Silêncio.

Christopher: Desculpa. - falou com a voz baixa.

Dulce: Foi um idiota hoje.

Christopher: Eu sou um idiota. Por favor me desculpa. 

Dulce: Não pode me ignorar e só me ligar quando quer. É infantil.

Christopher: Meu celular estava sem bateria. E também preferi me acalmar antes de falar com você.

Fiquei calada.

Christopher: Dul?

Mordi os lábios fitando o teto.

Christopher: Eu me descontrolei, tá? Quando vi aquele garoto te agarrando e depois você ficando ao lado dele na minha aula eu.. 

Dulce: Ele não estava me agarrando. E ele é novo no colégio. Apenas isso.

Christopher: Que seja. Quando se trata de você eu fico louco amor. Não quero ninguém tocando, beijando ou acariciando o que é meu.

Fechei os olhos.

Dulce: Só posso ser louca mesmo. Ao mesmo tempo que gosto desse seu jeito possessivo, também tenho um pouco de medo. - confessei.

Ouvi um barulho de algo caindo no chão, como se fosse vidro.

Christopher: Eu te dou medo? - a voz dele estava em pânico.

Dulce: Não de você. Só desse seu jeito possessivo demais.

Christopher: Quer que eu pare de falar isso? - perguntou baixo.

Dulce: Eu sou sua. Acho que já deixei claro isso. Só precisa controlar todo esse ciúme. Parece que não confia em mim. - murmurei a ultima frase.

Christopher: Não é questão de confiar é que...- parou de falar. - Podemos falar sobre isso outra hora?

Dulce: Claro. 

Christopher: Me responde uma coisa?

Dulce: O quê?

Christopher: O quê realmente rolou entre vocês dois? Porque a minha mente já criou várias cenas.

Dulce: Que tipo de cenas?

Christopher: Cenas de vocês dois juntos...na cama.

Ri.

Dulce: Sabe muito bem que você foi meu primeiro homem. Isso é impossível.

Meu primeiro e o único.

Quis falar, mas me controlei.

Christopher: Tem outras formas de fazer sexo. 

Dulce: Não. Claro que não. Isso nunca aconteceu Christopher. Eu era totalmente virgem, por que acha que escondi de você isso?

Christopher: Então..

Dulce: Foi com Dylan que beijei pela primeira vez e aprendi a beijar. Satisfeito? - murmurei.

Christopher: Não muito. 

Dulce: Depois disso, viramos irmãos.

Christopher: Amo você. - sussurrou.

Dulce: Também amo você.

Ouvi outro barulho.

Dulce: O quê é isso?

Christopher: Só o meu parceiro de laboratório quebrando tudo. Tenho que ir. Te ligo a noite. 

Dulce: Tá bom.

Desligamos e eu fechei os olhos.

Christopher tinha que ter um defeito e era esse.

Ciumento e possessivo.