Fanfic: Um professor para chamar de meu | Tema: Vondy

O jantar ocorreu normalmente. Meu pai querendo saber como foi o dia de todos, Camila me ignorando, Olivia quieta, os gêmeos atacando a mesa e Marian me olhando torto. Ela conseguiu irritar Dylan quando se ofereceu para andar no carro dele. Mas apesar disso, sabia que ele meio que se encantou por ela, só que Dylan nunca ia dar trela para alguém como ela.

Escovei os dentes e quando estava indo para a cama, meu celular vibrou.

Dulce: Oii. - sorri.

Jimmy: Gostou da surpresa? 

Dulce:  Gostei sim. No primeiro dia de aula ele já foi assunto do ano inteiro.

Jimmy: Estamos falando do Dylan, então, é claro que tem assunto e confusão. - suspirou.

Dulce: Você está bem? Prometeu descansar depois daquela confusão na Suíça. - o lembrei.

Jimmy: Estou sim querida. Tive que vir para Istambul. Mas depois daqui talvez eu vá visitar um amigo no Brasil, claro, que não vou ficar muito tempo. Tenho muito trabalho.

Dulce: Dylan e eu te damos muito trabalho, né? - forcei um sorriso.

Jimmy: Obvio que não querida. Não falei nesse sentido e s..

Dulce: Administrar meu dinheiro e o de Dylan dá muito trabalho não negue isso. Estamos falando de muito dinheiro. - respirei fundo - As vezes penso que se fosse diferente meu futuro e..

Jimmy: Você está bem? - me interrompeu sério. - Está se alimentando?

Dulce: Estou bem sim. - murmurei - Não quero falar sobre isso. 

Jimmy: Fico aliviado por Dylan está com você. Assim ele me mantém informado.

Dulce: Esqueci que seu filho é um fofoqueiro. - revirei os olhos.

Jimmy: Dul, falando em dinheiro, poderia controlar o Dylan? Ele ama ostentar e falar da origem dele mas é diferente quando você mora numa cidade grande, agora ele está no interior e nem todos são tão bons e amigos. Não quero que nada aconteça ao meu filho. - pediu preocupado.

Dulce: Ele já chegou ostentando. Mas vou controlar a boca dele.

Jimmy: Queria que ele fosse como você. 

Dulce: Se ele fosse como eu, não seria o seu Dylan. - apontei.

Jimmy: Tem razão. 

Dulce: Vou te deixar descansar tio. Boa noite! 

Jimmy: Boa noite querida! 

Joguei o celular na cama e me cobri pronta para dormir.

Mais uma vez meu celular tocou.

Era Christopher.

Atendi no segundo toque.

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Carlos: Bom dia querida. - beijou minha testa - Acordou cedo.

Dulce: Perdi o sono. - sorri tomando um gole de café.

Christopher sempre me acorda às cinco horas da manhã. Já até me acostumei.

Desci mais cedo para o café.

Carlos: Sabe, fiquei sabendo de um aluno novo no colégio - se serviu do café - Parece que são muito amigos, seria bom conhece-lo. Gostaria de traze-lo aqui um dia desses para jantar?

Dulce: Quer conhece-lo? - fiquei surpresa.

Carlos: Claro. Quero conhecer todos que são importantes para você.

Sorri.

Carlos: Ainda mais que Marian disse que ele é bem...humorado.  

Dulce: Humorado..? - repeti.

Carlos: Ela falou que ele convidou ela para andar no carro dele e para conhecer o hotel dele. - falou sério. - O que devo pensar desse...rapaz? 

Dulce: Ele não fez isso. 

Marian que é uma vadia que se ofereceu.

Carlos: Marian mentiu? - questionou.

É isso que ela faz de melhor.

Dulce: Só foi uma confusão pai. - controlei a língua - Dylan não é assim.

Meu pai olhou para a xícara em sua mão.

Carlos: Bom, então vou gostar de conhece-lo.

Dulce: Vou ver um dia. 

Camila: Bom dia! - entrou na sala preenchido o ambiente com seu perfume.

Dulce: Bom dia! - murmurei.

Camila beijou meu pai e pela maneira que se olharam percebi que estava tudo bem com eles.

Seja o que tenha acontecido entre eles dois, já se resolveram.

Camila me encarou com os olhos brilhando de algo que não consegui identificar.

Perdi o petite na hora.

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Maite: Sério que vai me trazer para o colégio? - perguntou arrumando o cabelo enquanto saia do carro. Também ajeitei o meu que deveria está uma bagunça horrível.

Dylan: Claro. - apertou o alarme do carro - Você e a Dul. - sorriu.

Maite: Obrigada!

Dulce: Ele vai ser o nosso motorista. - ri pegando no braço dela.

Entranos no colégio e os olhares voltaram para nos três.

Dylan: Adoro isso. - sorriu para as garotas.

Neguei.

Dylan já não estava mas tão perdido, então, não me atrasei para nenhuma aula. Na hora do intervalo, meio que fugindo do Dylan fui para o porão do colégio. Cheguei primeiro que Christopher e fiquei sentada esperando por ele, com tédio fiquei encarando as paredes, mais um desenho bem discreto chamou minha atenção. Me aproximei na parede e me agachei, o desenho estava degastado e era pequeno e quase discreto. Passei meu dedo por ele.

Era um coracão e dentro dele duas iniciais L+M tanto o coração quanto as inicias foram feito por algum objeto cortante, tesoura, faca, navalha. Pelo jeito, aqui algum casal se encontra também. O que essas paredes escondem, heim?

Christopher: O que foi? 

Me assustei e levantei encarando Christopher.

Christopher: Desculpa te assustar. O que estava vendo? - olhou a parede atrás de mim.

Dulce: Nada. Demorou. - me aproximei dele.

Christopher: Foi difícil sair sem ninguém perceber.

Ficamos nos encarando.

Christopher: Desculpa Dul. - tocou no meu braço - Passei dos limites, desculpa.

Dulce: Dylan é meu irmão. 

Christopher: Acho que vou ter que me acostumar com isso.

Dulce: Eu te amo, mas isso não vai dar certo se você surtar todas as vezes que me ver com algum menino. Parece que não confia em mim. - falei séria.

Christopher: Não é questão de confiança, é qu..

Dulce: Já sei. Confia em mim, mas não nos outros. - revirei os olhos - Esse papo é velho.

Christopher: Também não é isso. - sorriu sem humor.

Dulce: Então o que é?

Christopher se afastou um pouco de mim e levou as mãos no cabelo agoniado.

Christopher: É a primeira vez que sinto isso. Nunca amei alguém e eu amo você. Todo esse sentimento é confuso pra mim, mas muito maravilhoso também e no fundo sei que você merece alguém muito melhor do que eu. Amo você Dulce e..se um dia você acordar e perceber que não me ama como achava que amava, ou que ama outro cara eu...eu...não sei o que vai ser de mim - abriu os braços - Outra coisa que me deixa apavorado é imaginar você com medo de mim.

Dulce: Medo de você?

Christopher: Até meus treze anos minha mãe vivia com medo do meu pai, todas as vezes que ele ia dormir em casa ela se apavorava. Mas tentava não demonstrar pra mim, o que não adiantava de nada já que eu acabava vendo ela chorar escondida. Se você sentir medo de mim..

Dulce: Vai está fazendo o mesmo que o seu pai. - conclui - Não tenho medo de você. Mas toda essa possessão confesso que me assusta um pouco. - me aproximei dele - Amo você e isso será pra sempre - toquei no rosto dele - Você precisa controlar esse ciúme, essa possessão. Ciúmes é bom, mas em exagero é um grande problema.

Christopher: Prometo tentar controlar isso. Não quero te perder, não quero perder o que temos. - me puxo pra si pela cintura - É tudo pra mim Dulce. - falou olhando nos meus olhos.

Dulce: Também é tudo pra mim. - sorri - Quero que...esse sentimento seja para sempre. Mesmo que o sempre, sempre acabe de algum jeito.

Christopher: Não o nosso sempre. - afastou meu cabelo que estava no meu olho - Ele é eterno!

Dulce: Ele é eterno! - sorri.

Christopher encostou nossas testas.

Christopher: Amo você ruivinha.

Dulce: Amo você Chris - murmurei antes dele me beijar.

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Dylan levou Maite para mansão e eu fiquei no colégio para minha consulta com a  Altair, mandei ele vir me buscar daqui uma hora e meia. Ele ficou me pertubando para saber onde eu estava durante todo o intervalo, que deixei ele sozinho e que o abandonei, mas perante meus tapas ele muou de ideia e sorriu malicioso já sabendo com quem eu estava.

Algo me diz que ele não vai parar até descobrir quem é meu namorado.

Estava entrando na sala da Altair quando recebi um imail da Alice. Nele estava o endereço, a hora e a médica com quem faria a consulta. Sexta-Feira a tarde seria o dia. Altair estava mexendo no tablet dela na poltrona e sorriu quando me viu.

Altair: Oi Dulce. 

Dulce: Oi. - sentei no sofá.

Altair: Tudo bem?

Dulce: Sim. 

Altair: Tem novidades?

Bom, estou namorando e ele é o professor Christopher, ele é ciumento demais mas prometeu tentar controlar, perdi a virgindade com ele esse final de semana que passou e eu o amo.

Dulce: Não. Tudo na mesma.

Altair: E os pesadelos voltaram?

Dulce: Eles sempre vão e voltam, mas por enquanto não voltaram.

Altair assistiu.

Altair: Soube do aluno novo. São amigos a muito tempo? Vi ele de longe e é um gatinho - piscou.

Ri.

Dulce: Ele é minha família. Fomos criados juntos.

Altair: Isso é muito bom. - se ajeitou na poltrona - Ainda pensa que é culpa sua a morte da sua mãe?

Dulce: Mas é culpa minha. - me encolhi.

Altair: Não é Dulce. Sabe, você precisa se libertar disso para poder seguir livre com sua vida.

Dulce: Uma hora o castigo pelo que fiz vêm, então, não vou seguir minha vida livre.

Altair suspirou.

Altair: Você é de longe, minha paciente mais teimosa.

Dulce: Não é a primeira vez que me falam isso. 

Altair me encarou curiosa.