Fanfic: Um professor para chamar de meu | Tema: Vondy

O médico me receitou analgésico para a dor de cabeça, falou que na segunda-feira já posso retirar os pontos e que os ralados irão sair com o tempo. E pediu para que o resto do dia de hoje e amanhã eu tivesse repouso apenas para descansar. Meu pai e Dylan disputaram quem pagariam a conta do hospital e quem ganhou foi meu pai. 

Saindo do hospital, meu pai preferiu me levar direto para a mansão. Segundo ele, eu não precisava ir na delegarcia, apenas ele. E pediu para que eu descansasse. Marian voltou para a empresa e Dylan continuou comigo junto com a May. Olivia era a única que estava na sala quando chegamos.

Olivia: Que susto Dul. - me abraçou - Você está bem?

Dulce: Estou sim.

Carlos: Filha, leva a Dulce para o quarto. Vou na delegarcia. - avisou.

Dulce: Tem certeza que eu não preciso ir?

Carlos: Querida, você precisa descansar. Maite irá comigo e qualquer coisa mando o delegado vir aqui - beijou minha testa - Daqui a pouco volto. Vamos? - olhou para May.

Maite: Claro.

Quando eles saíram, Olivia pegou no meu braço.

Olivia: Vêm. Precisa de um banho e de um bom sono.

Subimos as escadas e entramos no meu quarto.

Dylan: Pode mandar preparar alguma coisa para ela comer? - perguntou.

Dulce: Não estou com fome. 

Olivia: Vou preparar um sanduíche. - falou me ignorando e saindo do quarto.

Dulce: Acha que isso pode acontecer de novo?

Dylan: Agora não, mas pode acontecer sim. Por que alguém ia te matar?

Dulce: Eu não fiz nada. - neguei.

Dylan: Eu sei. - me abraçou - Mas vamos cuidar para que isso não aconteça novamente. Seu pai vai conseguir achar quem está fazendo isso e vamos saber o porquê também. Agora toma um banho.

Peguei algumas coisas no closet e entrei no banheiro.

Fiquei me encarando no espelho.

Os pontos estavam escondidos por baixo do curativo e ficava no canto da testa.

Fiquei ralada nos braços e nas pernas. E estava com dor de cabeça.

Mas eu estava bem.

Com um suspiro, tiro a roupa e tomo um banho frio.

Quinze minutos depois, volto para o quarto vendo Dylan e Olivia conversando.

Dylan: Sua irmã é muito inteligente. - sorriu.

Olivia: Você também é Dylan. - pegou a bandeja na cômoda - Aqui seu sanduíche, suco de laranja e o seu remédio para dor de cabeça. Primeiro toma o remédio - pediu.

Sentei na cama e como na receita tomei dois comprimidos com suco.

Dulce: Não estou com fome.

Dylan: Mas vai comer!

Olivia: Vai mesmo! 

Peguei o sanduíche e comi a metade apenas enquanto olhava os dois.

Dulce: Estou satisfeita.

Olivia: Ótimo! - sorriu - Quando os gêmeos chegarem vou mandar eles fazerem silêncio. - levantou junto com a bandeja - Vou te deixar descansar irmã. - avisou e saiu do quarto.

Dylan: Deixei seu celular carregando, você já tomou banho, se alimentou e agora precisar dormir.

Dulce: Com vocês mandando eu dormir toda hora, estou com sono mesmo. - deitei na cama.

Dylan levantou.

Dylan: É por causa do remédio. Já que está bem e segura vou voltar para o hotel.

Dulce: Tá bom. Obrigada Dylan!

Dylan: Sou seu irmão. Não precisa agradescer! 

Dulce: Não fala nada para o tio Jimmy por favor.

Dylan: Não posso esconder isso dele.

Dulce: Eu estou bem e meu pai vai resolver tudo. Não quero que ele fique preocupado.

Dylan: Ok. Não vou falar nada, mas se ficar mais sério vou falar. - avisou.

Dylan beijou minha testa.

Dylan: Qualquer coisa me liga.

Assim que Dylan saiu me deixando sozinha, encarei o teto querendo que Chris estivesse aqui agora.

Peguei um travesseiro e o abracei bem apertado fechando os olhos.

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Dulce: Estou bem. Juro que estou bem. - falei pela décima vez. - Não precisa se preocupar.

Christopher: Impossível. - bufou - Não sabe como eu queria esta aí com você.

Dulce: Também queria que estivesse aqui. Ainda mais que fui proibida por vocês três de ir para o colégio amanhã. - o lembrei - Um dia sem te ver é muito tempo.

Christopher: Você bateu com a cabeça, levou pontos, precisa descansar. Seu pai, eu e até seu amiguinho temos razão para pedir isso. 

Dulce: Pedir? - ri - Vocês ordenaram.

Christopher: Para o seu bem. E por favor, não saia sozinha.

Dulce: Não vou ficar sozinha e..- bateram na minha porta - Preciso desligar.

Christopher: Boa noite amor. Te amo!

Sorri.

Dulce: Te amo mais. - desliguei - Entra! - pedi.

Meu pai entrou no quarto com uma bandeja nas mãos e a colocou na cama.

Carlos: Vim trazer seu jantar. - sentou na minha frente.

Dulce: Não vai jantar na mesa com todo mundo?

Carlos: Depois eu como alguma coisa. Agora você precisa se alimentar.

Dulce: Mas não estou doente pai - dei um meio sorriso.

Ele pegou um garfo pegando uma generosa camada de macarrão e levou até minha boca.

Fiquei o encarando.

Carlos: Abre a boca! - pediu - Ou quer que eu faça aviãozinho?

Abri a boca comendo o macarrão.

Dulce: Não precisa me dar na boca. - falei sem jeito. - Meus braços estão ótimos.

Ele estava me tratando igual um bebê.

Carlos: Mas eu quero. - sorriu - Sempre quis fazer isso com você.

Apenas sorri.

Não nego que ser mimada era muito bom, ainda mais por ele...meu pai.

Dez minutos depois, eu deixava o copo agora vazio na bandeja.

Dulce: Obrigada pai!

Carlos: É um prazer filha - sorriu - Já tomou o remédio?

Dulce: Sim. Inclusive, já estou com sono. - bocejei.

Carlos: Vou te deixar dormir - ficou me olhando - Dulce, como falei antes, vou fazer o impossível para descobrir quem está fazendo isso com você. Mas eu preciso saber se...aconteceu alguma coisa, ou conheceu alguém que possa ter feito isso.

Dulce: Não. Eu não fiz nada, não conheço quase ninguém aqui. - neguei.

Por que alguém ia querer me matar?

Se a cidade todo soubessem quem eu realmente era, até podia desconfiar que poderia ser algo relacionado sobre dinheiro, apesar disso não fazer sentido, porque para me matar ia precisar que eu deixasse todo esse dinheiro para outra pessoa, aí ela sim podia me matar. Mas ninguém sabia sobre minha verdadeira vida.

Vingança? De quem?

Eddy? Impossível!

Ele só era um adolescente e o motivo era muito bobo.

Marian? Talvez...mas no fundo acho que não. Ela podia ser uma vadia e uma cobra, mas não era um assassina e a última coisa que queria era parar numa delegarcia.

Camila!

A minha madrasta seria capaz de tentar me matar?

Ela me odeia isso é fato e o sentimento é correspondido. 

Mas matar? Por que não gosta de mim? 

As vezes ela me olhava com um brilho nos olhos, um brilho...profundo, negro, dava medo.

Carlos: Eu vou achar quem fez isso. - segurou na minha mão - Mas enquanto isso, por favor, não saia sozinha. Dei ordens para Maite não sair de perto de você e tem aquele seu amigo também. Quanto mais cuidado melhor. - beijou minha testa - Amo você querida.

Fechei os olhos com aquele carinho.

Dulce: Também te amo pai.

Quando ele saiu, fitei a janela que dava para a vista do jardim.

Camila!

Realmente era ela que quer me matar?